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Exibindo conteúdo com a maior reputação em 24-09-2019 em todas áreas

  1. Olá amigos. Estive um pouco afastado por motivos pessoais, mas segue abaixo um relato de uma pescaria espetacular recém realizada no Canadá, próximo a Vancouver. Foram dezenas de exemplares de esturjões e salmões com pesos de até 150 kg. Espero que gostem. Quando recebi o convite para pescar no Canadá, confesso que fiquei na dúvida e minha primeira reação foi dizer não. Canadá? Tão longe para pescar o quê? Seria ainda na mesma época do início da pescaria de Tucunaré-açu no Brasil e provavelmente eu não poderia ir para a Amazônia em outra data nesta temporada.... mas acabei aceitando o convite. No início eram apenas duas vagas, mas à medida que ocorriam confirmações e desistências, parte do nosso grupo foi se acomodando em 4 vagas de uma turma para 12 pescadores aberta pela Fishing Business (www.fishingbusiness.com.br) do amigo Marcos Glueck. Confirmaram a participação nesta pescaria os colegas Pescadores de Verdade / ÉNóisNaLinha: Zacarias, Luís Mário e Luiz Cláudio, além deste redator (Fernando). Nos juntamos ao grupo formado pelo Marcos, Neander, Anselmo, Rudi, Júnior Beiço, Flávio, Wilson e Hélio. Nosso anfitrião na chegada em Vancouver foi o Sr Henrique, um chileno muito simpático, que nos acompanhou por todos os translados e passeios, quando do nosso retorno da pescaria. Dia 09 de setembro de 2019 o grupo completo se encontrou pela manhã no aeroporto de Vancouver, onde o Henrique e o motorista Hermannn nos esperavam com um ônibus de turismo bastante confortável. Seguimos para a Pousada sem pressa e com paradas para compras de bebidas numa "liquor store" e almoço em Abbotsford. Chegamos ao Fraser River Lodge às 17h00. O lodge é dividido entre uma casa principal (bem maior e mais luxuosa, onde eram feitas as refeições) e uma casa menor (com 4 quartos) destinada a grupos e denominada "Outpost". O "Outpost" foi perfeito para nós e acomodou a maior parte do grupo (9 pescadores). Ficava a poucos passos do Lodge principal e tínhamos toda a liberdade privacidade para ouvir músicas, conversar e utilizar uma cozinha completa, onde fazíamos nossos aperitivos e drinks. Como observação, a comida do lodge é excelente e foram preparadas para nós algumas iguarias locais, como costela de bisão, trutas e salmão. O detalhe negativo foi a cobrança de rolha no restaurante para o consumo dos nossos vinhos. Nos barcos o almoço sempre foi de um churrasco canadense, muito semelhante aos churrascos americanos (com salsichas e espetinhos). Todo material de pesca era fornecido pelos guias, que são empresários da pesca, contratados pelo Lodge e com seus conjuntos impressionantes de barco e camionete. Todo dia, no horário determinado, nosso guia nos buscava de camionete (4 pescadores por barco), rebocando o barco, para irmos ao local designado. Alguns destes barcos utilizavam motores V6 Supercharged de 380 cv. O lodge fornecia os "waders", capas e botas, e ao final do dia toda a vestimenta era deixada para secar em armários aquecidos. O programa de pesca preparado pelo Marcos, Ari e pessoal do lodge foi muito bem organizado e todos sabiam com antecedência aonde iriam pescar, que horas deveriam tomar o café da manhã, que horas sairia a camionete, quem seria o guia e qual tipo de pescaria seria feito. Para cada grupo de 04 pescadores seriam dois dias de pesca local no Fraser River, um dia de pesca de esturjão no cannyon e um dia de pesca de salmões numa reserva selvagem. Nota: apenas no terceiro dia de pesca descobrimos que nossas licenças de pesca ainda não haviam sido entregues pelo lodge e que todos corremos o risco de pesadas multas, mas acabou tudo correndo bem e apenas um dos grupos foi um pouco prejudicado, pois quando o guia descobriu que estavam sem o documento ele recolheu o material e retornou às 14h00. A PESCARIA. Nosso Lodge estava localizado em Agassiz, próximo a várias rampas para barcos. Nós pescamos entre a região de Agassiz a leste, passando por Chilliwack, Harrison Mills, até Pitt Lake a oeste, quase chegando em Vancouver. Nosso primeiro dia de pesca iniciou às 07h30 do dia 11/set/19 com o guia Fred, que é empresário da pesca na região com 5 conjuntos de barcos e 2 lojas de artigos de pesca. Pensa num barco top! Na minha opinião ele foi o melhor e mais profissional de todos os guias, inclusive iniciando o trabalho com uma preleção sobre medidas de segurança e o quê deveríamos fazer caso ele viesse a falecer... Descemos de barco numa rampa próxima ao lodge e pescamos no Rio Fraser entre as torres de transmissão de energia e o Rio Harrison. Logo pela manhã tivemos a primeira grande ação com um esturjão de mais de 2 metros, capturado pelo Zacarias. Naquele momento, para nós que estávamos de observadores ficava difícil imaginar por que o Zacarias ficava falando: - "o bicho é bruto". Esta primeira batalha durou cerca de 30 minutos e o peixe foi rebocado para a praia para conferência de tag, medidas e fotografias. Ao longo do dia ainda pegamos alguns peixes menores, um exemplar de 1,49m capturado pelo Luiz Cláudio e um de 1,98m que eu peguei nos minutos finais da prorrogação (peixe este que não tinha "tag", ou seja era "virgem" e não tinha registro de captura até este dia). Notem que o peixe de até 1,50m pode ser recolhido à bordo após ser colocado numa espécie de maca para ser içado. A pesca encerrou às 16h00. Retornamos ao lodge satisfeitos e conferimos que as turmas de Neander/Rudi/Anselmo/Junior e Hélio/Flávio/Wilson/Marcos também tinham capturado belos exemplares. No segundo dia saímos às 06h30 com o guia Matt em direção a Chilliwack na rampa "Island 22". No caminho entre a rampa e nosso primeiro ponto pudemos notar muita ação de salmão pink, mas não tínhamos material para este tipo de pescaria e seguimos. Novamente começamos a ação cedo e todos capturaram belos esturjões. A pescaria é feita no fundo e são utilizados sondas "fishfinders" de última geração com visão lateral e alta definição. Cada barco solta 4 varas iscadas com pedaços de salmão fêmea, "trouxinhas" de ova de salmão (feitas com pedaços de meia calça feminina) e iscas de Pike Minnow. São utilizados pesos de chumbo de até 2 kg, anzóis circulares (circle hook), linha de multifilamento de 120 libras e leader trançado. As varas longas de até 100 lb são sempre apoiadas nos suportes de popa e a ação do pescador inicia somente com a sinalização do peixe, sendo que neste momento o pescador começa a recolher a linha ainda no suporte e só arranca a vara para fisgar quando o peixe inicia a corrida. As carretilhas tem padrão de pesca oceânica. A força do esturjão é absurda e não é exagero dizer que é necessário preparo físico prévio para esta aventura. No terceiro dia saímos com o Mike e seu impressionante barco. Fomos para o local conhecido como "Cannyon" e vários esturjões eram visíveis no sonar, mas apesar da grande quantidade de esturjões na tela, apenas os pequenos (de 1,00 a 1,20m) estavam sendo capturados...até que a minha vara começou a dar sinal de vida. Comecei a recolher ainda no suporte e o peixe correu. Arranquei a vara e fisguei. Parecia que eu havia fisgado um boi. Ele levou cerca de 200 metros de linha enquanto o guia liberava o barco. Não havia muito o que fazer, somente muita força e calma para não fazer bobagem. Eu recolhia e o peixe voltava a correr e foi assim por 30 minutos, com direito ainda a saltos espetaculares do peixe, em momentos verdadeiramente inesquecíveis. Então passei a vara para o Luís Mário que trouxe o peixe para a superfície e que depois passou para o Luiz Cláudio para levar até a margem. Após quase uma hora de luta pudemos ver o lindo monstro de cerca de 2,70m na superfície. Rebocamos o esturjão até a praia para conferência de tag, medições e mais fotografias. Eu estava segurando a vara neste momento e o guia segurou e puxou firme diretamente na linha para arrastar o peixe para o raso da praia de seixos e....a linha estourou. Um grito "fuck!!!" generalizado. De qualquer modo, foi nosso maior troféu que não quiz aparecer nas fotos finais, mas ficaram muitas imagens desta luta, dos saltos e do peixe sendo rebocado na superfície. Notem que a boca do peixe é voltada para baixo e o risco da linha de multifilamento roçar na praia de seixos e arrebentar sempre estará presente. Ao final deste dia havíamos pego 8 belos esturjões, mas ainda estávamos com o gostinho amargo do final imprevisto com este troféu. Acho que por conta disto, o Mike nos levou a um passeio pelo impressionante cannyon e suas águas violentas, que despejavam como uma canhão na região que estávamos pescando. Na chegada ao lodge contamos nossas histórias e vimos as fotos dos belíssimos exemplares capturados pelas outras equipes, com tamanho tão grande ou até maior do que o nosso. Este dia foi um verdadeiro "jackpot" para todos. O combinado para o último dia seria de sairmos com o guia Kerry às 04h30 em direção ao Pitt Lake. Havia chovido a noite inteira e o tempo estava bem mais frio (cerca de 12 graus celcius). Nossa previsão era de chegada ao ponto de pesca de salmão às 07h00, com direito a café da manhã no Tim Hortons, mas as coisas não começaram tão bem. Saímos um pouco atrasados e o no caminho o Luiz Cláudio ainda esqueceu sua carteira com todo o dinheiro e documentos na mesa da cafeteria e tivemos que voltar, perdendo 19 minutos e 38 segundos de pescaria. Ainda bem que era no Canadá, pois a carteira ainda estava esperando nosso retorno. Para resumir, quando finalmente chegamos na entrada do rio da reserva em Pitt Lake a água estava toda barrenta. Nosso guia Kerry nos colocou a situação, mostrando que não iria ser um dia produtivo naquele local, mas poderíamos retornar ao "Island 22" para tentar os salmões pink que vimos a dois dias, e que segundo seus contatos ainda estavam por lá. Voltamos com o barco, seguimos até a rampa, subimos o barco, rebocamos,..., e chegamos ao nosso destino às 10h40, 06h00 após a nossa saída. Não dá para negar que foi um início difícil, mas o Kerry fez um grande esforço para chegarmos neste ponto e começamos a trabalhar com nossos jigs e colheres e capturamos 20 salmões pink e alguns pike minnows. O material era bem leve, com varas de 14 libras, dando grande esportividade neste tipo de pescaria. Apenas alguns exemplares de fêmeas foram embarcados para servirem de isca para as próximas turmas. E assim terminou nosso dia, após um churrasco à bordo preparado pelo Kerry, que também é Chef de Cozinha. No local da reserva de Pitt Lake as outras equipes que lá estiveram nos outros dias também não tiveram grande produtividade, mas pegaram algumas trutas e pequenos salmões. Retornamos no dia seguinte para Vancouver para 3 dias de turismo e compras. No caminho paramos no Cabela's para compras e preparativos para as próximas pescarias. Deixo abaixo algumas fotos destes dias à título de curiosidade e também de alguns peixes pegos nas imediações da cidade pelo Hélio e pelo Wilson, que resolveram pescar mais um pouco, pois pescar nunca é demais. Agradeço aos meus colegas de turma (Zacarias, Luís Mário e Luiz Cláudio) pela amizade e companherismo, aos novos amigos que estiveram conosco nesta aventura (Rudi, Hélio, Flávio, Wilson, Júnior Beiço, Anselmo e Neander), aos representantes da Fishing Business (Marcos e Ari), a Deus e às nossas famílias por esta incrível experiência.
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  2. o sufix 832 possui um fio gore no meio ... esse fio é 8x mais forte que o multi que a compõe ... tornando mais resistente ao impacto e à abrasão ... mas em consequência ele se torna menos "pinchativo" que o YGK ... pra usar com grandes hélices e sob abrasão e alto impacto, eu não troco minhas PP 4x por nada ...
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  3. Sou das antigas. Ainda uso PP65lbs, 4 fios. Para hélice ela ainda é top. Quanto mais torce, mais forte fica...rsrs
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  4. Opa... Eu já useu as duas e na minha opinião a Sufix832 é muito melhor que a Gsoul. Atualmente no AM só uso Sufix832 de 63lbs. Boas pescarias!
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  5. Após dois anos usando anzóis single/inline nas minhas iscas, hoje cheguei a um ponto que não uso garatéias. Apresentarei neste tópico todas as análises que fiz e os resultados que obtive, me levando a tomar esta decisão. Não pretendo aqui ser dono da verdade, já tem muitos fazendo este papel. Mantenho minha cabeça aberta, pois a mesma convicção que tenho hoje quanto a anzóis, já tive de pensar estar fazendo o certo com garatéias. Que venha uma discussão saudável. O problema original As garatéias que vêm nas iscas são projetadas, geralmente, para a pesca do bass. Tucunarés pequenos abrem com muita facilidade essas garatéias. Eficientes para o bass, as garatéias originais das iscas, para tucunaré, são inúteis. A análise errada sobre a resistência das garatéias é que os anzóis que a compõem são finos e de material fraco, errada porque desconsidera qualquer outro fator. Daí, a "solução" encontrada foi a substituição por anzóis triplos cada vez mais grossos e resistentes, ignorando todas as outras variáveis e obtendo um resultado que nunca me deixou satisfeito. Por mais reforçadas que sejam, as garatéias continuam abrindo e, poucos percebem, proporcionando fisgadas superficiais - este item é, na minha opinião, o maior vilão para suas capturas. A minha análise leva em consideração muitos fatores da pescaria, e não a resistência do anzol como fator isolado. Na prática, e em resumo, os anzóis são mais resistentes que as garatéias, a ponto de resolverem esta questão, mas vamos falar de cada item que analisei. O GAP ou abertura do anzol O espaço entre a haste e a ponta do anzol deve ser proporcional ao tamanho da boca do peixe. Parece simples, mas isso é ignorado pela maioria dos pescadores. Uma garatéia de tamanho #1, normalmente usada na T20, a isca mais comum na pesca do tucunaré na Amazônia, tem uma abertura tão pequena que é a mesma de um anzol utilizado na pesca de tilápias em pesqueiros, ou de pequenos peixes de praia. A desproporção é evidente. O resultado é que muitas fisgadas são superficiais, o famoso "pelo fio do bigode", que costuma resultar em fuga do peixe por rasgar aquele fiozinho. Na substituição por anzol, há um ganho de abertura que leva a fisgadas mais consistentes, com mais material da boca do peixe, que fica mais difícil de rasgar. Engana-se quem acha que 3 pontas levam a uma maior chance de trazer o peixe até o barco. Embora sejam mais chances de perfuração, os anzóis não fixam firmemente em grande parte das vezes. Para o argumento numérico, deixo a eficiência do fly, da colher e do jig como reflexão. O comprimento da ponta do anzol O tucunaré salta bastante e chacoalha a cabeça. Também chacoalha dentro d'água. Esse é um dos pontos mais fáceis de visualizar. Quanto mais comprida a ponta, mais difícil de desfazer a volta e escapar. E a comparação se torna muito clara. O ponto de apoio do peixe no anzol Eu não sou muito bom de física, mas quando o peixe apóia o peso dele na ponta do anzol, abre mais facilmente, enquanto que a mesma força na curva do anzol é muito mais difícil de abrir. Num anzol triplo, é frequente que duas pontas fixem no peixe, então ele fica apoiado em duas pontas e nenhuma curva. Aparentemente, é mais fácil abrir duas pontas de uma garatéia (já me aconteceu dezenas de vezes) do que abrir um anzol simples. Como eu disse, não sou expert nesse ponto, é minha observação como leigo no assunto. A espessura dos anzóis Um anzol inline pode (dependendo do modelo) ser mais grosso do que cada anzol da garatéia que substitui, e ainda assim ser mais leve. Portanto, na quantidade de material e resistência à tração, o anzol tende a ser mais forte. Não testei em laboratório, somente uso prático. Aliás, cabe lembrar que testes de laboratório frequentemente contradizem a prática, no tocante à resistência das garatéias. Os peixes não abrem tão facilmente as garatéias Owner como sugerem os testes, nem as VMC são tão indestrutíveis assim. Há diferença, mas ela é muito menor na boca do peixe do que no laboratório, além da questão do GAP. A isca na boca do peixe Este item é fundamental para mim. Quando pescamos, queremos que o peixe morda a isca. As bocas dos predadores suportam muitas injúrias, que acontecem naturalmente na alimentação do peixe, e é por isso que as perfurações não são danos tão importantes. Me incomodam as fisgadas na cara do peixe, na lateral, em qualquer lugar que não seja a boca. Já presenciei olhos sendo arrancados por garatéias, e já deixei alguns peixes cegos durante a briga. A sensação é das piores! Com o uso de anzóis, a isca fica menos volumosa, enxarutando melhor. As fisgadas com anzóis costumam acertar no canto da boca, o famoso "canivete", não sei o motivo ou a dinâmica disso, é o que constato nas minhas observações. A remoção do anzol também é muito suave, bastando desfazer a volta no sentido da curvatura. Por serem muito fechadas, as garatéias frequentemente travam, demandando puxões mais fortes ou trancos para a remoção. Quando são duas pontas da mesma garatéia, pior ainda. O tempo de manuseio é um dos maiores fatores de estresse ao peixe. A redução desse tempo é fundamental para uma melhor sobrevivência dos animais e prática mais correta da pesca esportiva. O equilíbrio da isca Este item é bastante polêmico. O menor volume do anzol proporciona um arremesso melhor, por menor arrasto no ar. Isso vale para 100% das iscas que testei. Porém, também diminuirá o arrasto da isca na água, modificando seu nado. Embora pareça uma vantagem, não são todas as iscas que reagem bem. A GC Waka-Pen é um modelo que eu não consegui acertar com anzóis de nenhum modelo. A Fakie Dog 70 ficou perfeita e a 90 não prestou. A Saruna é uma isca que desliza muito na água, nos tamanhos 110 e 125 fica deslizando demais, a ponto de atrapalhar o nado. Para a enorme maior parte dos modelos, fica mais leve e suave de trabalhar, melhora o trabalho da isca, mas há exceções como exemplifiquei. A flutuabilidade também será alterada, porque os anzóis são mais leves. Isso é vantagem quase sempre, mas também pode haver exceções. Alguns poppers podem ficar pulando, outras iscas podem ter suas possibilidades de trabalhos diminuídas - ou aumentadas. Na minha experiência, as iscas ficaram ainda mais atrativas com o nado mais solto. As hélices tendem a girar mais. O arrasto das garatéias na água ajuda a evitar o giro do corpo da isca. Claro que a puxada fica mais leve, mas a maior desvantagem desse tipo de isca é torcer a linha. Curiosamente, meus testes ficam muito melhores com iscas de hélice de tamanhos pequenos. Mas sigo testando - renderá tópicos específicos no futuro. Desvantagens Sem dúvida, o pouco conhecimento e prática são os maiores desafios nessa transição. Estou aprendendo tudo na raça, gastando tempo e dinheiro para obter este conhecimento. Outro fator é que os anzóis são bem caros. Nas iscas pequenas, podemos usar os VMC com segurança, mas nas iscas grandes para Amazônia não dá. Tem que ser Decoy 3/0 para quase todas as iscas, pois os Owner abrem facil neste tamanho e o VMC não dá nem pro cheiro. Nas hélices, como usamos 4/0 até 6/0 dependendo do tamanho da isca, nesses tamanhos os Owner podem ser suficientes, e os Decoy continuam sendo os melhores. O modelo da Decoy mais indicado é o Jigging Single (há ainda o modelo plugging e o castin, excessivamente grossos e com formato mais aberto). Um capítulo à parte são as grandes iscas de hélice. Como o peixe não coloca a isca dentro da boca, e sim a atravessa, as fisgadas diminuem. Também não há grandes ganhos de qualidade de fisgada, porque garatéias 2/0 em diante já são suficientes para agarrar bem na boca do tucunaré. Então para iscas acima de 15 cm, pode ser uma troca desvantajosa. Eu mantenho o uso por uma questão de testes, mas ainda considero a garatéia mais eficiente neste tipo de isca - com a ressalva das fisgadas fora da boca, que considero anti-esportivas. É meu grande ponto de dúvidas. Segurança Obviamente, o anzol é muito mais seguro para nosso manuseio do que as garatéias. Contudo, uma boa fisgada em nossa carne poderá ser mais traumática, já que a penetração pode ir muito mais longe, além da maior espessura. Amassar as farpas pode ser muito interessante, eu faço isso para principiantes. Quando um pescador acerta um piloteiro, parceiro ou ele mesmo, seja no arremesso ou puxando a isca que estava enroscada, as chances de acidentes são menores. Na Amazônia, é muito comum o guia mergulhar para buscar um peixe que enroscou. É muito mais seguro fazer isso quando se usa anzóis, devido ao menor número de pontas soltas - quando há. Vantagens adicionais Cabem muito mais iscas em cada estojo. Isso pode significar um estojo a menos no barco ou na mala de viagem. As iscas enroscam menos umas nas outras no estojo, facilitando pegar. As iscas não enroscam no capim e enroscam muito menos em qualquer outro tipo de estrutura. Se o peixe for pro enrosco, dificilmente acertará a única ponta solta na galhada - isso se houver ponta solta, pois geralmente a isca fica toda dentro da boca. As iscas se desgastam muito menos! Tenho Bonnies com uma semana de uso e não estão marcadas quanto estariam em apenas duas horas de uso com garatéias. Usando anzóis, as iscas carregarão principalmente as marcas das bocas dos peixes, ficando muito mais belas e cheias de histórias para contar. Tenho uma repulsa por iscas que ainda estão novas, mas têm aquela marca profunda de garatéia. Vários pontos de enrosco bem fechado que não arriscaríamos arremessar, com anzóis podem ser muito melhor explorados, sem medo da isca ficar lá e nem do peixe se prender após fisgado. Também vale para vegetações, pedras etc. Regra básica de substituição Os anzóis não devem ser capazes de se cruzar. Em alguns casos raros, o equilíbrio depende de anzóis tão grandes que isso pode acontecer. Os anzóis devem ser os maiores e mais reforçados possíveis, desde que não atrapalhem o nado da isca. Os anzóis devem ser proporcionais à boca do peixe-alvo. Os anzóis devem ter as pontas em direções opostas em zonas limpas ou com apenas capim. Se houver mais vegetações ou nas galhadas de mangue, as duas pontas devem ficar viradas para trás. Nas iscas de hélice, eu não uso no pitão da hélice, mas se você for colocar, a ponta deverá ficar para frente, senão ela bate na hélice durante o trabalho e perde o fio em poucos minutos de trabalho. Mas esse anzol atrás é totalmente dispensável, pois é raro ele acertar o peixe e costuma quebrar a isca quando pega ali, além da própria hélice ser um empecilho para acertar bem o peixe. A resistência tem muito a ver com a vara utilizada, e não significa que todos os tamanhos de anzóis de uma determinada marca são bons. Farei tópicos mais específicos sobre as particularidades de cada modelo. Minha postura e decisões Na minha operação (lá vem jabá kkkk) eu proibi o uso de garatéias! Agora, só usaremos anzóis. Algumas turmas que vendi antes dessa regra, poderão usar garatéias, mas todos compraram alguns anzóis voluntariamente e vão testar, em respeito aos nossos princípios. Muita gratidão por isto! Nas minhas pescarias, as garatéias também foram abolidas. Espero ter ajudado. Eu também gosto de discutir os assuntos técnicos e mantenho este tópico aberto a contribuições. Um forte abraço a todos e aproveitem. IMG_5747.HEIC
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  6. Pessoal,nesses dias 19,20 e 21,mais uma vez pude comprovar o quanto a Natureza é forte,e mesmo em locais que o homem insiste em degradar,ela sempre mostra toda sua força,se regenera e retribui à aqueles que de alguma maneira tentam ajudá-la. Frequente os rios Grande e Pardo,mais precisamente na região à jusante da hidrelétrica de Porto Colombia,desde 1998....Fiz ali inúmeras excelentes pescarias,algumas das melhores da minha vida,mas por ser uma região de muito fácil acesso e densamente povoada,infelizmente tive que assistir também ao grande maltrato que esses 2 rios sofreram durante esses anos....Devastação de mata ciliar,contaminação das águas do rio Pardo por rejeitos de usinas de cana-de-açúcar,pesca altamente predatória,enfim,inúmeras agressões que só quem viu pode ter noção do tamanho estrago que já foi feito nesse local...E o resultado não poderia ser diferente.Ao passar dos anos os estoques pesqueiros diminuíram e muito.Mesmo tendo casa à beira do rio Grande,houve um período que cheguei a ficar por pelo menos uns 4 anos sem ver uma traira,só pra vocês terem uma noção de como a quantidade de peixes havia diminuído....Mas,certa vez ouvi o Juninho dizendo uma frase muito legal,e que hoje concordo em 100% com ele: Quando alguém lhe pergunta qual o melhor rio que ele já conheceu,ele de imediato responde que é o rio Pardo,rio esse que também banha a cidade que ele mora...Hoje posso dizer o mesmo,no meu caso,o melhor rio que conheci é sem dúvidas o Grande,pois um rio que teve seus aproximados 1300km divididos em 12 reservatórios,nenhuma escada para subida de peixes e sofre diariamente com a pesca predatória,ainda nos enche de alegrias nos presenteando com boas pescarias,só pode mesmo ser um rio "mais que especial"... E mesmo com todos os problemas citados,posso afirmar que nos últimos 3 anos,por incrível que pareça,tem apresentado uma leve,porém significativa melhora em seus estoques.Não em todas as espécies,mas algumas bem interessantes pra pesca esportiva,vem aparecendo em boa quantidade e tamanho nas linhas dos pescadores...Nunca tinha visto tanto piauçu como vi esse ano na abertura da pesca,período que normalmente mais eles aparecem mesmo...Pacus caranhas também apareceram em grande quantidade,junto aos jurupensens que também tem sido bem comuns de serem fisgados...Corimbas muito grandes deram as caras durante o inverno,os tucunas ficaram super ativos com a chegada da primavera e consequentemente a subida da temperatura da água...E nesse início de setembro começou a tão esperada subida dos peixes de couro,barbados e pintados..Muitos de bom tamanho...Infelizmente toda essa explosão de vida da Natureza acontece em meio à muita matança ainda,seja ela dos pescadores profissionais ou dos amadores,mas quem ama esse rio,como eu,faz sua parte,e consegue usufruir das coisas boas que ele nos oferece. Dessa vez,estávamos eu e meu amigo Cláudio Scarelli....No primeiro dia,19,não saímos pela parte da manhã,pois o vento estava bem forte,impossibilitando a pescaria de rodada que era nosso foco...Resolvemos então sairmos somente as 15:30h,após o vento dar uma acalmada.Mas veja só como são as coisas.Quando digo da valentia do rio Grande,isso se mostra de várias formas ,pois praticamente de frente a cidade de Colombia,num lugar com grande quantidade de barcos,conseguimos num curto espaço de tempo nos divertirmos muito....Briguentos e vitaminados barbados vieram nos dar as boas vindas na pescaria de rodada com lambari de isca.... Reparem na quantidade de barcos rodando... Até um mandizão saiu rsrsrs..... E o rio Grande fecha nosso dia com aquele costumeiro maravilhoso por do Sol.... O segundo dia de pesca também começou tarde,por volta das 9 da manhã,porém dessa vez devido à uma "resenha um pouco alongada demais rsrs" na noite anterior...E mesmo saindo tarde,tendo que enfrentar um forte vento e novamente grande quantidade de barcos na água,novamente os barbados deram show,e apareceram em boa quantidade...Não pegamos nenhum grande exemplar,mas outros barcos conseguiram alguns entre 5 e 6kg,além de pelo menos 2 pintados na faixa de 10kg ou mais que conseguimos ver... O terceiro dia foi o único que conseguimos ter um "dia completo de pescaria"... Na parte da manhã novamente atrás dos barbados...Além deles,pegamos 2 jurupensens também... Na parte da tarde resolvemos subir o rio Pardo,rodar em locais de pedreira e águas rasas usando tuvira de isca, pois tínhamos notícias de dourados e pintados por aquelas bandas....E eram verdadeiras as notícias.....Eles apareceram,e conseguimos embarcar 2 dourados e 2 pintados,todos pequenos,porém a sensação de ver essas espécies sobrevivendo e procriando praticamente no nosso quintal é maravilhosa....E ainda vou lhes contar uma história de pescador que acho que nenhum de vocês ouviu:OS MAIORES PEIXES ESCAPARAM .......Acreditem se quiseram,mas perdemos 2 dourados de muito respeito,amarelões daqueles dignos de várias e várias fotos...Mas........mas....Pescaria sempre tem o mas.......kkkkkk E mais um dia terminou dourado... É isso aí amigos...Menos de 2 dias e meio de pescaria,e os rios Grande e Pardo mais uma vez mostraram sua valentia. Embarcamos 2 barbados e 2 jurupensens pra consumo e soltamos aproximadamente 25 peixes..... A Natureza mais uma vez prova que faz a parte dela..Quem sabe,um dia,nós humanos também consigamos. Abraços!
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  7. Amigos, estou pescando atualmente a trairas no sistema Texas Rig com iscas soft. Fiz dois videos-relatos com as minhas ultimas pescaria de agosto e setembro: Pescaria feitas na Represa Billings em São Paulo Pescaria feita em lago na Região de Sorocaba -SP Material utilizado Varas: Enzo 20lbs 5'6" / Saint Croix SC III 20lbs 5'7" by Waka Carretilhas Shimano Scorpion 71XG, Shimano Core 51MG, Venator SE Linha Power Pro 4 fios 30lbs Leader Line System 40lbs Anzol offset 3 e 5/0 chumbos 7-12g Iscas soft tipo criatura da Camalesma e da Monster Abs Dini
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  8. O lance de comentar sufix 832 Xlbs é perigoso porque a comercializada aqui tem uma librarem muito maior para o mesmo diâmetro do que a comercializada nos EUA. Fica esperto.
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  9. Sempre que usei Sufix832 nunca tive linha estourada e já tive muitas ações de peixe grande... meu record, um Açu de 83cm e 9kg tirei tranquilamente... entre tantos outros que explodiram e foram pro enrosco... e etc... Temporada passada usei YGK, tive 3 vezes a linha estourada devido ao peixe ir pro pau... Desisti e voltei pra minha querida Sufix832.
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  10. Uso sempre Sulfix832 50lbs, muito boa e resistente a abrasão. Nunca tive problemas, ao longo da pescaria vc vai cortando a ponta mais desgastada e assim não corre riscos de entrar um bruto com a linha meio comida. Outra linha que achei top por ser mais fina e dependendo da sua carretilha pode ser uma vantagem é a MaxCuatro da PowerPro.
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  11. Eu indico o Luis (11) 94775-9087 e o Diego Motta: (13)99603-3055 . Os dois são feras, tanto no plug como JH. os 2 tem otimos barcos (bass boat) e manjam tudo da região.
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  13. Grande Fabiano. Estes guias são empresários da pesca - tipo melhor trabalho do mundo. Cada conjunto destes de barco e camionete custa C$ 250.000 (dólares canadenses) e o guia Fred tinha 5 conjuntos. Obrigado e um grande abraço.
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  14. Octávio e Ricardo, Obrigado pelos comentários e que bom que gostaram. Eu gosto de registrar os detalhes, pois já estou naquela fase que os neurônios começam a falhar, assim não tem como esquecer. Abraços.
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  15. Junior....pode ir direto no Schmidt. O cara sabe tudo de Bertioga. @Schmidt 13 99616-0039
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  16. Adriano, existem alguns problemas junto às dc, vedações ruins, entra água e isola o sistema, inclusive pode oxidar e abrir os contatos internos, nesse caso apenas troca resolve. Outro problema, forçar o sistema na desmontagem para limpeza ou troca de rolamentos, o mais comum, com isso rompem os fios e ele para de funcionar. No seu caso se for intermitente o problema sugiro desmontagem e deixar secar, as vezes volta a funcionar, se precisar chama no zap 11 967808633, abraços.
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  17. https://www.google.com/search?client=firefox-b-d&q=Alicate+Corte+Diagonal+7.1%2F2+Polegadas+Força+Dupla+Vonder Marcos boa noite! Eu tenho esse, pode comprar sem medo, já fiz testes, corta com facilidade.
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  18. Estarei lá entre dos dias 20 e 23....Quem sabe tomamos uma cervejada por lá...Abraços!
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  19. Pessoal, Vou pedir licença ao pessoal do Pesca Amadora (www.pescamadora.com.br) e transcrever um texto e imagens sobre o assunto no sentido de facilitar (ou não) o entendimento das espécies existentes... Segundo o Wellerson Santana, em material publicado em 28.04.17, "Existem 15 espécies diferentes no Brasil. O nome tucunaré tem origem indígena, porém incerta, especula-se que seu significado seja “olho para trás” ou “olho para a água”, devido à presença de uma mancha em forma de olho (ocelo) na cauda, típica da espécie. O tucunaré pertencem à família Cichlidae, considerada a mais rica em espécies de peixes de água doce do mundo e uma das maiores famílias de vertebrados, com pelo menos 1.300 espécies registradas e estimativas de aproximadamente 1.900 existentes. O nome do gênero, Cichla, tem origem na palavra kichla, que os gregos antigos usavam para denominar diversos peixes. Em 1801, quando Cichla foi descrito, muitas espécies de várias partes do mundo (incluindo o tucunaré), foram incluídas neste gênero. Com o passar dos anos e aumento dos estudos, muitas mudanças taxonômicas ocorreram, e hoje apenas os tucunarés são chamados de Cichla. O Tucunaré é uma espécie carnívora, alimentando-se principalmente de peixes e camarões. No Brasil, encontramos 15 espécies diferentes distribuídas no Amazonas e nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Ele habita principalmente açudes e represas no sudeste e os rios da bacia Amazônica. Sua reprodução na natureza ocorre no período chuvoso, mas em ambientes como reservatórios e lagoas artificiais, onde há pouca variação no nível da água, a espécie pode se reproduzir várias vezes ao ano. Este peixe não realiza piracema, mas na época reprodutiva os adultos formam pares, constroem ninhos em ambientes lênticos como fundo de lagos, remansos de rios e embaixo de troncos submersos, onde cuidam de sua prole. Possui escamas pequenas, com corpo alongado e um pouco comprimido. Sua coloração varia de acordo com a espécie e a região, com manchas pretas distribuídas regularmente pelo corpo. Todos os Tucunarés apresentam uma mancha redonda (ocelo) no pedúnculo caudal. É bastante rápido, agressivo, forte e até estúpido. Também é muito sedentário (não realizando migrações). Tem hábitos diurnos. A espécie açú pode chegar a pescar 15 kg e medir mais de 1 m de comprimento total. Por serem peixes muito apreciados na pesca esportiva, as espécies de tucunarés vêm sendo, ao longo das últimas décadas, introduzidas em ambientes onde não ocorriam naturalmente. Esta introdução ocorre quando os peixes chegam às lagoas e rios após o rompimento de tanques de piscicultura, ou pela soltura direta por parte de alguma pessoa. Introdução da Espécie A introdução de espécies exóticas (não-nativas daquele local específico) traz sérios problemas para a conservação ambiental, e é hoje junto com a construção de barragens e hidrelétricas, um dos maiores responsáveis pelo declínio e extinção de espécies nativas. O tucunaré-amarelo, foi introduzido em diversas localidades onde não estava presente naturalmente. Hoje, há registros da espécie em áreas dos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e até no Paraguai. A Maioria Foi Descrita Apenas em 2006 Das quinze espécies de tucunarés reconhecidas atualmente, nove foram descritas pela ciência apenas em 2006, após um amplo estudo realizado por um pesquisador sueco e outro brasileiro. Várias dessas novas espécies vinham sendo confundida com outras que já eram conhecidas, como Cichla ocellaris e Cichla monoculus.
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