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Exibindo conteúdo com a maior reputação em 10-08-2021 em todas áreas

  1. Estava procurando uma forma de guardar minhas tralhas de pesca quando me ocorreu postar um tópico sobre meus molinetes... Antes porém é importante dizer logo que por ter começado com o molinete, não quis passar para as carretilhas... (lá e então). Além de precisar mudar parte das varas (já tinha uma boa coleção) estava perfeitamente adaptado (e satisfeito) com meus equipamentos. Dessa forma fui "adiando" essa migração, cada vez mais convicto de que ainda podia usar meus molinetes (apesar dos críticos de sempre) Depois de um tempo considerável, passei a resistir ao pensamento de deixar de lado minhas "máquinas", usando-as em pé de igualdade às carretilhas. Há vantagens (e desvantagens) de usar molinetes (ou carretilhas) que uma vez ajustadas ao seu perfil de pescador, passa a ser só festa. Este foi meu primeiro molinete ! Ganhei de meu pai numa de suas idas à França. Eu era apenas alguém se aventurando na pesca (devia ter uns 13 ou 14 anos) e pescava muito no mar - nas pedras da Urca (RJ - onde morava). Pesquei muito nos Estados Unidos durante o ano que passei por lá como intercambista. Depois de uma certa "dormência" pelas alternativas de vida e outras interesses, somente resgatei (de fato) o gosto da pesca, tempos depois, já casado com filhos e morando em Belém (PA). As pescarias passaram a ser de água doce, atrás de tucunarés, ainda pescando basicamente de corrico com colheres (hábito regional). Comprei um par de molinetes (desses) para mim em Manaus e entrei definitivamente para o mundo da pesca esportiva (1989). Nessa época, arranjei uma (2) vara telescópica para molinete (2,4 m) que completaram bem o conjunto - linha mono 0,50 mm - e diversas colheres e as primeiras Rapalas que tive na vida ! Mas voltemos aos molinetes, embora tenha pescado por muito tempo com esses dois primeiros (ainda os tenho - sou péssimo para me desfazer dessas coisas...). Depois desses, já pescando em rios e lagos, chegou a vez dos Regal Z BL. Cheguei a ter desde o tamanho 1500 ao 6000, e pior, todos eles em dobro - era a fase da compra compulsiva ! Investi muito nesse período. Claro que as varas já não eram as mesmas, pois também fui me tornando exigente com os pinchos e as iscas que tinha. Antes de "me bandear" para as varas customizadas, tive muitas delas de fabricação industrial. Sempre me foram excelentes e mantenho um plantel para os novatos que estão se iniciando para evitar vícios e acelerar o aprendizado... Descobri os Ryobi Zauber, e aí parei de achar que poderia ficar ainda melhor... Molinetes pequenos, excelente freio, flexível, enfim, veio para ser "canonizado" (e foi). Tenho um par deles quando ainda podiam ser encontrados em SP (basicamente). Nesses não tem sequer a possibilidade de empréstimo. São meus e ninguém tasca... Tenho pescado com material tecnologicamente moderno nas pescarias marinhas de jig. Claro que são fantásticos esses molinetes Daiwa, mas minha pescaria não é de mar (dá para ir e fominhar) e sim de rios e lagos. Depois das varas customizadas da CBM (todas de 6'), não há mais o que pretender ! Meu intuito foi fazer uma "viagem" com alguns dos muitos equipamentos disponíveis à época e compartilhar (um pouco) minha própria evolução.
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  2. Estive "viajando no passado", na época em que comecei (de fato) a viajar para pescar ! Quantas diferenças de lá para os dias de hoje, mesmo sabendo que a evolução seria inexorável. Só não imaginei que fosse do tamanho em que se encontra nesses tempos de hoje (independente da pandemia) Lá e então, organizar uma pescaria pela Amazônia, era apostar no desconhecido e na improvisação permanente. Não havia infraestrutura direcionada a pesca esportiva, dependendo sempre da "boa vontade" dos piloteiros e seus conjuntos de bote e motores cada vez mais surrados... Na verdade não eram sequer "piloteiros" e sim ribeirinhos que se dispunham a disponibilizar aquele material tosco para uso na pesca... Os "barco hotéis" dessa época eram pequenos barcos regionais, que se adaptavam com a colocação dos motores de popa, barras de gelo, redes para a noite, alguns víveres básicos e uma cozinheira para cuidar do "rango"... Tempos de muita improvisação e aventura, que vistos hoje seriam considerados como "enormes irresponsabilidades" - isso é inegável ! De lá para cá a demanda de estruturas mais capacitadas começou a mudar o perfil dos ditos "operadores"... Motivados pelos dólares americanos dos pescadores da terra de Tio Sam, os investimentos foram crescentes e nós brasileiros, na esteira das disponibilidades... Poder pescar no rio Negro / AM era quase uma "benção" para qualquer pescador vidrado nos programas de pesca da época (fala Rubinho!). Em paralelo a todas essas fases, a indústria da pesca com praticamente todos seus segmentos cresceu de forma exponencial ! Passamos a ter - cada vez mais - produtos compatíveis aos estrangeiros (independente de serem, ou não, "cópias" dos originais) Como a oferta dos pacotes de pesca aos pescadores brasileiros passou a ser crescente, pudemos desenvolver viagens a diversos locais e conhecer operações diferenciadas. Grande aprendizado ao longo de todo esse tempo... Desenvolvemos inclusive "um questionário interno" para os integrantes dos vários grupos de pesca, passarem suas impressões a serem repassadas (como feedback) aos operadores que usávamos. Isso foi um sucesso na interação com os responsáveis pelas pescarias... A cada ano (talvez até por conta disso) fomos ficando "exigentes" com nossas próprias demandas, com itens até então pouco imaginados na "época antiga" tais como ar condicionado, motores elétricos, back up de bote/motor de popa, celular internacional, cabinas/quartos confortáveis com banheiro, comida de qualidade, refrigerantes, água mineral, cervejas, etc... Para muitos de nós (pescadores das antigas), pescar se tornou um item a mais nas saídas dos grupos (quase sempre com incidência anual), onde a liberdade que desenvolvíamos nesse período em que nos afastávamos das nossas rotinas do cotidiano, era sempre o melhor ! Claro que pesca havendo peixe é sempre mais vibrante, embora o convívio em ambientes como o que frequentávamos já era (é) um troféu. Fechando esse tópico (sempre é difícil "sintetizar"), os pacotes de hoje são absolutamente fantásticos de serem utilizados. Não são baratos (cada um sabe o tamanho do que lhe seja possível), mas oferecem condições de desenvolver aquilo que mais se procura nesse período - a alegria do convívio e a serenidade do espírito, quase sempre perseguido pelas obrigações da vida.
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