Estava procurando uma forma de guardar minhas tralhas de pesca quando me ocorreu postar um tópico sobre meus molinetes...
Antes porém é importante dizer logo que por ter começado com o molinete, não quis passar para as carretilhas... (lá e então).
Além de precisar mudar parte das varas (já tinha uma boa coleção) estava perfeitamente adaptado (e satisfeito) com meus equipamentos.
Dessa forma fui "adiando" essa migração, cada vez mais convicto de que ainda podia usar meus molinetes (apesar dos críticos de sempre)
Depois de um tempo considerável, passei a resistir ao pensamento de deixar de lado minhas "máquinas", usando-as em pé de igualdade às carretilhas.
Há vantagens (e desvantagens) de usar molinetes (ou carretilhas) que uma vez ajustadas ao seu perfil de pescador, passa a ser só festa.
Este foi meu primeiro molinete ! Ganhei de meu pai numa de suas idas à França.
Eu era apenas alguém se aventurando na pesca (devia ter uns 13 ou 14 anos) e pescava muito no mar - nas pedras da Urca (RJ - onde morava).
Pesquei muito nos Estados Unidos durante o ano que passei por lá como intercambista. Depois de uma certa "dormência" pelas alternativas de vida e outras interesses, somente resgatei (de fato) o gosto da pesca, tempos depois, já casado com filhos e morando em Belém (PA).
As pescarias passaram a ser de água doce, atrás de tucunarés, ainda pescando basicamente de corrico com colheres (hábito regional).
Comprei um par de molinetes (desses) para mim em Manaus e entrei definitivamente para o mundo da pesca esportiva (1989). Nessa época, arranjei uma (2) vara telescópica para molinete (2,4 m) que completaram bem o conjunto - linha mono 0,50 mm - e diversas colheres e as primeiras Rapalas que tive na vida !
Mas voltemos aos molinetes, embora tenha pescado por muito tempo com esses dois primeiros (ainda os tenho - sou péssimo para me desfazer dessas coisas...).
Depois desses, já pescando em rios e lagos, chegou a vez dos Regal Z BL.
Cheguei a ter desde o tamanho 1500 ao 6000, e pior, todos eles em dobro - era a fase da compra compulsiva ! Investi muito nesse período.
Claro que as varas já não eram as mesmas, pois também fui me tornando exigente com os pinchos e as iscas que tinha.
Antes de "me bandear" para as varas customizadas, tive muitas delas de fabricação industrial.
Sempre me foram excelentes e mantenho um plantel para os novatos que estão se iniciando para evitar vícios e acelerar o aprendizado...
Descobri os Ryobi Zauber, e aí parei de achar que poderia ficar ainda melhor...
Molinetes pequenos, excelente freio, flexível, enfim, veio para ser "canonizado" (e foi).
Tenho um par deles quando ainda podiam ser encontrados em SP (basicamente).
Nesses não tem sequer a possibilidade de empréstimo. São meus e ninguém tasca...
Tenho pescado com material tecnologicamente moderno nas pescarias marinhas de jig.
Claro que são fantásticos esses molinetes Daiwa, mas minha pescaria não é de mar (dá para ir e fominhar) e sim de rios e lagos.
Depois das varas customizadas da CBM (todas de 6'), não há mais o que pretender !
Meu intuito foi fazer uma "viagem" com alguns dos muitos equipamentos disponíveis à época e compartilhar (um pouco) minha própria evolução.