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Exibindo conteúdo com a maior reputação em 23-06-2022 em todas áreas

  1. Olá. Herdei um molinete do meu falecido pai...um Marine Beta 500f...judiadinho por fora mas 100% funcional, que com toda certeza trouxe alegria para o meu pai. Resolvi que é uma melhor lembrança colocar ele na tralha para também me trazer alegria. Desmontei inteiro, limpei e troquei toda a graxa dele por graxa de silicone com teflon. E quando falo por inteiro, foram absolutamente todas as partes limpas e engraxadas novamente. Porém o drag dele estava destruído. Carbontex pelo que eu pesquisei seria a melhor opção, porém não é de fácil acesso. Após tantas pesquisas no google cheguei a dois materias que não vi ninguém utilizando e têm grande potencial para funcionar perfeitamente: placa de fenolite para isolamento elétrico (sem o lado cobreado) e também essas mantas de teflon para churrasqueira. Resolvi arriscar, e já que precisava de uma manta para o forno elétrico, comprei a manta de teflon. Super barata, fácil de cortar na forma que precisa com tesoura. Meus amigos, o drag ficou perfeito. Uma finíssima camada da graxa e o molinete virou outro. Não enrrosca, não dá tranco. Testei a ponto de exagerar na força e o bichinho aguentou firme. Intercalei uma arruela de teflon com as arruelas originais, e inclusive uma entre o botão giratório e o carretel. Simplesmente perfeito o resultado final. É uma alegria compartilhar essa experiência, pois infelizmente nem sempre achamos todos os materiais para uma boa manutenção em nossas tralhas. Como não achei nada sobre o assunto em canto nenhum, a manta de teflon realmente é de fácil acesso e pode salvar muito equipamento de ficar parado sem uso.
    2 pontos
  2. Era Agosto de 2020 quando o Luís Mário sugeriu uma pescaria na Pousada Cururu Selvagem, no Rio Cururu, área indígena da Tribo Kaiaby, no Sul do Pará. Este afluente do Rio Teles Pires (ou Rio São Manoel) é uma das operações de pesca mais exclusivas do Brasil. Com apenas 8 vagas, rapidamente fechamos o grupo com os colegas Zacarias, Trevisol, Rogério, Vanderley, João Manoel, Pedro, João Pedro e Fernando. A pescaria foi agendada para Junho de 2022, época que esperávamos o nível do Rio Cururu mais baixo e os Tucunarés mais ativos. Notem que devido a compromissos pessoais o Luis Mário acabou sendo substituído pelo colega João Pedro nesta pescaria. Chegar na pousada não é assim tão fácil. Saímos de Curitiba às 09h15 num voo da Azul com escala em Cuiabá e chegamos na cidade de Alta Floresta às 13h30 com um atraso de 35 minutos em relação ao previsto. No aeroporto já éramos esperados pelo Barreto, gerente do Teles Pires Lodge (Mantega), que é o operador da Pousada Cururu, e seguimos com o famoso ônibus da Pousada Mantega sem almoço e diretamente para a pista de pouso onde pegaríamos nossos voos fretados para o Teles Pires Lodge. Fomos acomodados em dois aviões monomotores, um Sertanejo do piloto Alceu e um Cessna 210 do piloto Eduardo. Com uma hora de voo chegamos ao Teles Pires Lodge onde fomos recepcionados pelo nosso amigo Wado e nos serviram um rápido aperitivo de isca de peixe para enganar a fome. Carregamos os barcos e seguimos para o Cururu. Foram 37 km em barcos de alumínio com motores de 40 hps até a Corredeira da Varanda. Neste ponto deixamos os barcos e seguimos por um quilometro de trilha até outro ponto do rio, onde pegamos outros barcos com motores de 30 hps. A bagagem seguiu num trator que faz o apoio nesta pequena trilha. Isto é necessário para evitar maior exposição de risco dos turistas na travessia das corredeiras e cachoeiras deste local. Finalmente, mais 15 km de rio e chegamos à Pousada Cururu às 18h30, depois de pouco mais de 09 horas de viagem. A pousada é composta por 4 amplos chalés com camas confortáveis, ar condicionado, varanda e banheiro privativo, a área de apoio tem o restaurante e o galpão de suporte, onde ficam os quartos dos funcionários e o almoxarifado. Todas as construções são feitas sobre palafitas para evitar maiores riscos nos períodos de cheia, quando o rio pode subir mais de 3 metros. Como são apenas 8 vagas na pousada, nós éramos os únicos turistas no local. Nos dividimos em 4 duplas e fomos apresentados aos nossos guias, todos índios Kaiabys: Fran, Jenisson, Raphael e Paulo (que foi substituído pelo Daniel no segundo dia). A pescaria ocorre num trecho de aproximadamente 40 km do Rio Cururu (Rio acima até a Lagoa da Ilha e Rio abaixo até a Cachoeira da Varanda), suas lagoas e no Rio Arapari. Irei descrever a pescaria conforme o local e peixes principais, pois a pescaria foi muito rica em diversidade de peixes e técnicas que foram empregadas. Os poços do Cururu (Couro). A tradicional pesca de grandes exemplares de couro ocorre no Poço do Jaú e Poço da Praia, entre outros. São utilizadas varas médias (~50 libras) e pesadas (~80 libras) e iscas de minhocoçu e tuvira (encomendadas previamente por nós) e pedaços de peixes, principalmente piranhas pescadas no local. Foram vários peixes capturados neste locais, com destaques para Jaús, Pirararas, Jundiás, Corvinas, Piranhas, Barbados, Armaus e Cachorras. O exemplar destaque foi capturado pelo colega Zacarias no último dos seis dias de pesca, sendo uma Pirarara com mais de 60 Kg (talvez 70). Como não podem faltar as histórias de pescador, eu (Fernando) estava pescando com o Rogério no Poço da Praia no segundo dia e pegamos um dublé de Jundiás. Estávamos esperando o Rogério acabar de recolher o segundo Jundiá para tirar as fotos, ...quando os peixes foram atacados na lateral do barco por um jacaré-açu com aproximadamente 3 metros de comprimento (Baita susto!). O Jacaré mordeu um dos Jundiás e ficou fisgado por alguns minutos, até nos recuperarmos do susto e seguirmos o bicho por um trecho de rio para cortar a linha mais próxima ao Jaca. Detalhe: o Jacaré-açu é extremamente agressivo e não tem medo dos barcos ou pessoas, sendo o principal perigo neste rio. Olhando as fotos com calma podemos ver que o Jaca já estava se aproximando do barco e nós que não estávamos prestando atenção suficiente naquele momento. Praias e áreas rasas (Cacharas e Capararis). Nas diversas praias e áreas rasas dos Rios Cururu e Arapari ocorre a pesca de cacharas, capararis e trairões no visual. Como a água é muito clara é possível localizar o peixe na areia do fundo, daí a isca viva (tuvira) é atirada a montante e com o barco à deriva ou no motor elétrico se aguarda que a isca passe próxima ao peixe e ocorra o ataque. Todos os exemplares capturados foram soltos e a prática de visualização dos nossos guias era absurda, pois conseguiam ver os peixes muito antes que nós. É importante o uso de óculos polarizados neste tipo de pesca. A presença de muitas piranhas nestes locais e o uso de material leve (máx. 25 libras) dá o tom do desafio, pois o arremesso com poucos centímetros de erro leva a isca para cardumes de piranhas e diversos tipos de enrosco. Corredeiras (Pacu boracha). No início das corredeiras da varanda nos aventuramos na pesca do Pacu Borracha utilizando as algas que nascem entre as pedras como iscas. Aqui também eram utilizados materiais leves e o maior desafio era um bom posicionamento do barco para que a isca flutuasse ao longo de um bom trecho de corredeiras. A fisgada com anzóis pequenos era suave, mas a briga era animal. Os Pacus se alimentam nos trechos de maior movimento de água e o formato do corpo deles somado à força das águas dá o tom da brincadeira. Notem que apesar da diversão, a proximidade das corredeiras e cachoeiras torna a brincadeira perigosa e todo cuidado deve ser tomado para se evitar acidentes. Arapari (Trairões). Os maiores trairões foram capturados no Rio Arapari e a pescaria mais divertida era com iscas artificiais barulhentas e coloridas na superfície. No meu barco, utilizamos uma Feed Popper de cabeça vermelha e uma Sumax de superfície com cabeça amarela, ambas com excelente ratling. Aqui eram feitos arremessos longos e recolhimento rápido para receber fisgadas magistrais de trairões entre 4 e 8 quilos. Este rio também é rico em Tucunarés e Bicudas. Lagoas e beiradas do rio (Tucunarés). Os peixes mais buscados foram os tucunarés, mas a captura não estava tão fácil. Pegamos dezenas de exemplares com jigs, iscas de subsuperfície (papa black, perversa, tantan,...) e iscas de superfície (hélice, bonnie, t-20,..). Em algumas oportunidades eram vistos diversos exemplares na superfície, mas eles não atacavam as iscas, provavelmente por estarem cuidando de filhotes. Também apareceram vários Jacundás e alguns peixes elétricos. Os famosos tucunarés-fogo também deram as caras e esta variedade de espécies (paca, borboleta e fogo) de diversas colorações, somada à ferocidade e força destes peixes que deixam esta pescaria tão atrativa. A pescaria com tuviras também é bastante produtiva nestes pontos. Uma curiosidade foi a queda de pressão atmosférica de 1027 mb para 1011 mb no quinto dia de pesca, fazendo os tucunarés rarearem. A temperatura não chegou a variar fortemente, mas ao longo dos dias começava em 21 graus e chegava a um máximo de 33 graus, sendo bastante confortável para pescar. Claro que os piuns (mosquitos) mordiam dia e noite em qualquer parte do corpo que estivesse à vista e não ligavam para pressão ou temperatura. Nossa pescaria ocorreu em período de Lua Cheia até o início da Minguante. Beiradas de rio com árvores de flores amarelas (Matrinxã). Apesar da descrença dos nossos guias e do fato da temporada de matrinxãs já estar acabando, testamos a pescaria com pequenas iscas na sombra de árvores carregadas com flores amarelas. Foi uma técnica que aprendemos a muito tempo no Rio Juruena e, surpresa!, funcionou. Não foram muito exemplares, mas vários foram capturados nestas condições, inclusive alguns belos Jacundás. Retorno para casa. O retorno para casa é sempre bom, mas o convívio com a natureza e com os amigos sempre deixa saudades. Único transtorno na volta foi devido à irresponsabilidade da Azul Linha Aéreas que cancelou nosso voo de retorno e tivemos que ficar um dia aguardando em Alta Floresta, mas todos felizes com esta pequena aventura. Deixamos nosso agradecimento especial ao Zé Luiz, gerente da Pousada Cururu Selvagem, Dona Cida (cozinheira) e toda a equipe de terra da pousada e aos nossos amigos guias de pesca, sem os quais nada seria possível. Abraços!
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  3. Aê galera, uma informação para quem tiver o Arrais Amador que já venceu ou está vencendo neste ano, a Marinha prorrogou o prazo para renovação até 31 de Dezembro, até essa data pode navegar sossegado com o documento vencido mesmo, sem risco de ser multado por esse motivo. DELIBERAÇÕES DA CFTP - INFORMAÇÕES IMPORTANTES PRORROGAÇÃO DE PRAZOS DE TÍTULOS DE INSCRIÇÃO (TIE/TIEM) E CARTEIRA DE HABILITAÇÃO DE AMADOR (CHA) A Diretoria de Portos e Costas (DPC) autoriza em caráter excepcional a prorrogação da validade até 31 de dezembro de 2022, restrita aos processos de renovação de Títulos de Inscrição (TIE/TIEM) e Carteira de Habilitação de Amador (CHA), existentes nesta Capitania. Fonte: https://www.marinha.mil.br/cftp/inicio
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