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Fernando Petri recebeu reputação de Carlos Sommer em Carretilha Para Pesqueiro
A patroa viu na Net uma abu Garcia Black max3!!! Gostou dela!!! Irei tentar achar uma na loja para ela pegar na mão!!! Se gostar será ela!!! Pois a capacidade de linha até que está bom e o preço melhor aínda kkkkk, no momento ela usa uma chinesinha da kastking uma bx1000h. Ela até ficaria com ela, mas ela quer uma lado esquerdo!!! Acredito que ela se adpta fácil a uma abu Garcia bmax3!
Vlw pelas dicas!!!
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Fernando Petri recebeu reputação de Carlos Robaert em Filha de pescador...
Irei comprar sim!! Só deixarei o verão chegar!!! Para que voltemos a pescar!!! Mas já estou olhando alguns modelos!!!
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Fernando Petri recebeu reputação de Carlos Robaert em Filha de pescador...
parabéns realmente este tempo com os pequenos faram muita diferença no futuro!!! eu costumo fazer o mesmo sempre que posso, hoje a minha esta com 5 anos, desde os 3 ela vai pescar comigo sempre que possível, agora ela já esta me pedindo o primeiro molinete dela, ela só tem uma exigência tem que ser rosa!!! kkkkk
na foto o primeiro piau dela rsrsrs.
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Fernando Petri recebeu reputação de Gabriel Bessa em Linha multifilamento - escolha
Eu TB já fui assim!!! Agora ainda fico louco para chegar, mas!!! Ainda sim vale MT a pena!!! Comecei com iscas artificiais de 1 dólar!!! Já comprei MTS coisas de pesca!!! Inclusive vara(ainda não chegou) e 3 carretilhas duas nesta loja da kastking!!! Só não compro na china quando tenho preca!!! Mas é tranquilo!! Só ficar de olho no tempo da proteção, não deixando acabar, não tem perigo de perder$$$, quanto a taxa!!! Mesmo com ela geralmente vale a pena!!!
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Fernando Petri recebeu reputação de Gabriel Bessa em Linha multifilamento - escolha
certamente sera a mesma sim!!! dificilmente irão falsificar esta linha!! quanto a importar pelo aliexpress não tem segredo!! e só ir la escolher comprar e esquecer!! um dia chega!! kkkkkkkkk
o vendedor da kastking e bem de boa, e ja esta acostumado com brasileiros!! rsrsrs
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Fernando Petri recebeu reputação de Rafael Cunha em [Daiwa Tatula] Quais as diferenças de modelo?
Vamos ver se fds consigo dar uma fugidinha nem que seja só para arremessar umas iscas só para sentir como ela se comporta, mas tentarei o mais rápido possível ir atrás dos Tambas para ver como ela se sai, o problema é que me pegou de surpresa, estava esperando testala somente no próximo mês kkkkkk nunca imaginei que chegaria tão rápido!!!
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Fernando Petri recebeu reputação de Diogo Andreassa Borges em duvida sobre a fabricaçao de carretilha
boa noite!!! Então a shimano produz grande parte de suas carretilhas na malasia parte por redução de custo de produção, acredito que as que ainda sao fabricadas no japao seja mais para o mercado interno(japonês), o fato de ser feita na malasia nao a torna sem qualidade, ate pq sao fabricas modernas e as próprias carretilhas a venda no brasil tb sao feitas na malasia, no forum tem alguns que ja comprarão shimano no aliepres, acredito que desde que compre de vendedor confiável nao tera problema, so fique esperto para nao comprar uma shishamo achando que e uma original
ps nao sou nenhum expert no assunto!!! Porem sempre foi isso que eu li sobre o assunto!
abcs
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Fernando Petri deu reputação a Diego Cruz em Qualidade das carretilhas made in china!
amigo @Fernando Petri tenho a infelicidade de informar lhe que a kastking não é chinesa e sim americana só e fabricada la pra abaixar o custo
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Fernando Petri recebeu reputação de Diego Cruz em Qualidade das carretilhas made in china!
sim apos a compra fis essa descoberta!!! Kkkkkk, isso me animou muito, pois sei que o mercado americano e um forte mercado no ramo da pesca, e uma empresa que consegue vender seus produtos la certamente tem um certa qualidade pois acredito que eles sao bem exigentes, inclusive o mesmo modelo que adquiri tem a venda em alguns sites americanos.
abcs
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Fernando Petri recebeu reputação de BrenoB em Carretilhas no aliexpress
boa noite!!
ja comprei inúmeros itens no alixpress, inclusive linhas, carretilhas e molinetes!! Desde que vc fique atento ao periodo de proteção nao deixando ele acabar antes da mercadoria chegar, nao ha riscos, pois caso nao chegue, e dinheiro dvolta!! Ate hj so uma balança de pesca nao foi entregue, porem o dinheiro foi devolvido, e somente um molinete foi taxado em 30reais, quanto a originalidade acho bem difícil ser falsificado, pois o vendedor e mt conceituado e trabalha mt com daiwa, shimano e abu garcia alem da marca propria. E no aliexpres geralmente as falsificações nao usao o nome das originais, assim como as shishamo(https://m.pt.aliexpress.com/s/item/32693138813.html) kkkkkkk
tb estou de olho nessas tatula!! Em breve acredito que pegarei uma!!!
abcs
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Fernando Petri recebeu reputação de Diego Cruz em Qualidade das carretilhas made in china!
como experienciá própria, só pescava com molinete, sempre quis aprender a usar carretilha, para não fazer um investimento alto, pois pesco pouco e geralmente em pesqueiros, acabei comprando uma chinesinha, uma KastKing, para o meu uso, e um ótima carretilha, freio forte, tem freio centrifugo e magnético e pelo que paguei na época (100R$) acredito que não tinha nada parecido no mercado nacional. estou com ela a cerca de 1 ano, os maiores peixes que peguei com ela foi pacu e tamba de cerca de 5kg, ao meu ver e um ótimo investimento inicial, para quem nunca utilizou uma já serve para começar a brincar, porem sei que em breve irei querer uma de qualidade maior, e que provavelmente sera de uma marca mais conhecida, afinal já sei que não sera disperdicio de $ pois realmente pretendo aposentar os molinetes.
abcs
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Fernando Petri deu reputação a Romulo_njr em Helices avulsas da isca JET 90 e 120
Estava em viagem, por isso a demora na resposta...
As 06 unidades, já com o frete incluso. fica por R$32,00... Mandei msg inbox.
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Fernando Petri deu reputação a Eduardo Chedid em review combate perfil baixo / perfil alto / molinete long cast , QUAL O MELHOR PARA A PESCA DE PRAIA ?
Salve galera , fiz esse review técnico das peças abaixo pedido pelo Vladimir Ferreira e ele saiu na opinião e sintese do próprio Vladimir na edição de fevereiro da revista pesca e cia.
E aqui pra vcs o review técnico na íntegra , vai servir para sanar algumas dúvidas !!!!!!
Hoje iremos comparar 2 carretilhas e 1 molinete para tentarmos descobrir de fato qual deles traz o melhor custo benefício , ergonomia , performance e facilidade nas pescarias de praia
Dentre eles temos 1 carretilha perfil baixo contender da MS :
Temos 1 carretilha abu garcia 6601 c4 perfil alto :
E o molinete gh 7000 da maruri , long cast:
E vamos começar com o molinete:
Nessa matéria foi escolhido o molinete long cast da maruri GH 7000 vamos as espcs dele:
Modelo: GH 7000
- Peso: 450 g
- Carretel em alumínio
- Relação de recolhimento: 5.2:1
- Rotor balanceado por computador
- Manivela intercambiável em alumínio
- Aplicação: pesca de praia e de costeira
- 13 Rolamentos (12 de esferas + 1 de roletes)
Capacidade de linha:
0,32 mm - 450m
0,35 mm - 380m
0,45 mm - 270m
De longe o mais pesado das 3 peças com 450 gramas
Vejo algumas qualidades e defeitos nos molinetes em geral , o simples fato de um sistema de transferência de forças da manivela para o carretel e do carretel para o distribuidor de linha , já diminui consideravelmente a sensibilidade do conjunto.
Isso sem falar nas torções que o corpo (polímero) sofre e evidente que a manivela exerce também.
Porém com a maior capacidade de linha também
Por dentro do molinete vemos a visão explodida das peças aonde vamos comentar a respeito:
Esse molinete possui fricção em feltro vai deixar um drag de 3 kg , inferior aos das carretilhas porém proposital por possuir um eixo muito longo , uma característica muito importante desses molinetes , eles são desenvolvidos para longos lançamentos e briga com peixes pequenos .
É muito comum entre eles a quebra da tampa superior do carretel que faz força sobre o sistema de drag , quando muito apertada acaba cisalhando a rosca da porca (espanamento) .
Esse molinete possui também 13 rolamentos do tipo comum (NÃO SÃO MARINIZADOS) e anteverso do tipo comum tb,deveriam ser marinizados , porém o preço seria bem superior também haja visto ser a peça mais barata entre as 3 comparadas e com certeza demanda manutenção periódica (a cada pescaria)
Possui coroa em antimônio , pinhão em latão/ bronze (melhor material para aguentar o sal).
O sistema de braço oscilante é do tipo devaneador (igual aos das carretilhas) o que diminui demais a folga do carretel e aumenta em muito a vida útil do conjunto coroa/ pinhão.
O projeta é muito bem feito ,mas oferece alguns defeitos citados acima.
A nível de lançamento o molinete no geral fica muito suscetível a influencia dos ventos , com as famosas barrigas .
Possui sistema de alarme de tomada de linha.
Agora vamos falar da carretilha PERFIL ALTO ABU GARCIA 6601 C4 ( FINAL 1 POR SER ESQUERDA)
Vamos as especs dela:
Relação de Recolhimento: 6.3:1 Rolamentos: 4 Rolamentos de Esferas em Aço Inox Carretel em Alumínio Peso: 345g Possui Alarme de tomada de linha. Freio Centrífugo de 6 Pinos. Carretel com Sistema Anti Torção para Cargas Extremas Capacidade de Linha: 0,40mm / 200m A carretilha perfil alto escolhida para o combate foi a famosa e confiável abu garcia 6600 c4 Sueca (pelo menos o projeto).
Elas nasceram há muito tempo atrás para pesca mais pesada que os molinetes para alto mar e foram sendo introduzidas no mercado de pescaria menor.
De inicio podemos falar sobre o quão compacta ela é em relação ao molinete, seu corpo por ser de alumínio e travado por postes transversais não sofre praticamente nenhum tipo de torção , só perdem em torção para as carretilhas com corpo em alumínio usinado.
Como todo e qualquer material feito em alumínio sofre com a corrosão e também precisa de manutenção periódica.
Vamos a vista explodida dela:
Ela oferece conjunto motriz (coroa e pinhão em latão / bronze) mesmo sendo os que aguentam mais a corrosão vejam que a coroa sofreu corrosão e teve que ser mexida .
Agora depois de devidamente limpas:
O conjunto de freio original dela é em carbono multidisco e oferece um drag na casa dos 5 kg bem acima do molinete citado acima e maior também que das carretilhas perfil baixo.
O sistema de internos dela é muito simples e confiável porém para uma pescaria de peixes menores ela acaba sendo grande e pesada.
Possui alarme de tomada de linha .
Sua manivela é montada com buchas internas , é blindada e era bem mais curta, hoje em dia já usam com 90 mm , o projeto foi mantido quase que intocado das primeiras, umas das coisas que foi substituídas foi o sistema de anteverso que nas primeiro modelos usava a famosa trava cão (gerava uma folga para trás) e hoje em dia usa um excelente rolamento anteverso da INA.
Essa carretilha usa apenas 4 rolamentos pois foi desenvolvida para uso no sal , porém na desmontagem achei apenas 1 rolamento marinizado , os outros eram do tipo comum.
No caso do uso na pesca de praia e com um caniço feito para ela , arremessa tão bem quanto os molinetes , porém sem tanta influência do vento e com o controle necessário para evitar a famosa cabeleira , falando nela essa carretilha possui sistema de freio centrífugo de 6 pinos.
Vamos falar agora da carretilha perfil baixo contender da MS:
A Mais leve das 3 , com corpo compacto , perfil baixo , ergonomicamente a melhor das 3 disparado porem mesmo possuindo carretel extra fundo a capacidade de linha dela é reduzida em relação as outras peças comparadas.
vamos as especs dela:
REL. DE RECOLHIMENTO: 7.1:1 5 ROL. DE ESFERAS 1 ROL. DE ROLETES CHASSI & LATERAL DE ALUMÍNIO GUIA DE LINHA EM TITÂNIO FREIO E BOTÃO DE CONTROLE DE ARREMESSO COM REGULAGEM PONTO A PONTO. FREIO: 5KG DUPLO SISTEMA DE FREIO: CENTRÍFUGO DE 4 PINOS CONTROLE MAGNÉTICO CAP. DE LINHA: 0,30mm 210m Exatamente como a carretilha perfil alto sofre também com a corrosão e precisa de manutenção periódica , possui sistema duplo de freio diminuindo a incidência de cabeleiras que no molinete é zero . No lançamento com um caniço apropriado terá menor influência do vento , e afirmo ser dos 3 a mais precisa no lançamento. Possui uma engenharia mais moderna , pois ela é derivada da perfil alto. Vamos a foto explodida: Ela possui corpo e tampa lateral da manivela em alumínio , fricção em carbono multidisco dando 5 kg de freio , ou melhor a mesma quantidade da abu garcia .
Possui 6 rolamentos pois é marinizada ( se preparada para o sal quanto menor a quantidade de rolamentos menor a possibilidade de travamentos durante a pescaria) .
Possui rolamento anteverso de excelente qualidade em micro roletes e rolamentos marinizados .
4 deles localizados dentro da carretilha (no carretel , base da torre , e anteverso) os outros 2 estão na manivela .
No caso a contender da MS , é uma carretilha tipo ocean (marinizada) e BIG GAME com carretel extra fundo , porem gostaria de deixar bem claro aqui que na modalidade carretilhas perfil baixo temos carretilhas que vão desde o tamanho 50 (pequenas para peixes de até 3 kg) até carretilhas tamanho 400 Lexa nova da daiwa , que se trata de uma carretilha perfil alto adaptada no corpo da perfil baixo , porém com toda tecnologia moderna.
No caso da contender nos parâmetros de tamanho das carretilhas ela seria entre tamanho 150 a 200 , hoje em dia temos algumas carretilhas de mercado como a lexa, revo toro , a titan big game, a nova giant da saint todas no tamanho 300 desenvolvidas para pesqueiros mas que quando customizadas são poderosas ferramentas para uso na praia e com preços bem acessíveis.
Por si só ela já arremessa muito bem, mas quando falamos em controle temos que nos atentar a linha ,isso mesmo ao tipo de linha que usamos.
Monofilamento (nylon) , multifilamento ou fluorcarbono.
Nos molinetes temos que usar uma linha monofilamento bem fina com um líder cônico e evidente que um distorcedor (girador) na ponta pois bobinamento de linha torce ela o tempo todo.
Agora imaginem vocês usando uma linha trançada (a famosa multifilamento) pois é por isso que não é recomendado usar a multifilamento no molinete , pois com o tempo a linha que é trançada (enrolada) vai começar a desenrolar e pronto , perdemos o carretel.
No caso da carretilha temos a linha enrolada no mesmo sentido de saída pelo distribuidor de linha que apenas serve para deixar a linha organizada no carretel e facilitar a nossa vida.
Vale a pena citar que as carretilhas adaptadas para competição (não são usadas em pescarias) nem possuem tal distribuidor de linha e algumas mais pesadas também não o possuem.
Foram customizadas apenas para lançamentos aonde são retirados devaneadores de linha , e instalados um sistema de freio magnético para influenciar o minimo possível a rotação no lançamento e por fim instalados rolamentos abec 7 e até abec 9.
Citado a mim pelo nosso Amigo Vladimir , dono das carretilhas acima ,e o maior conhecedor no Brasil de pesca de praia o recorde MUNDIAL de arremesso mede assustadores 280 metros.
E me foi feita a seguinte pergunta:
Edu o que é melhor para praia um molinete long cast , uma carretilha perfil alto ou uma carretilha perfil baixo?
Pois bem até agora fora a capacidade de linha que na sequencia é molinete , perfil alto e perfil baixo:
O sistema de freio das carretilhas é superior .
A ergonomia das carretilhas é melhor.
A torção de corpo das carretilhas é menor e evidente melhor.
A sensibilidade na pescaria das carretilhas é melhor.
A influência dosa ventos no lançamento das carretilhas é menor.
O peso das carretilhas é menor , se bem que para deixar na espera importa pouco isso.
Acredito então que se desenvolvido um caniço específico para essas carretilhas elas se tornarão (ja acontece) um verdadeiro canivete suíço na mão do pescador , que poderá usar linhas multifilamentos extremamente finas e mesmo assim terá a possibilidade de ter um poder de tração bem maior que com as linhas monofilamento do mercado.
Deixo aqui um Abraços ao amigo Vladimir Ferreira que lançou esse desafio e espero que tenha ajudado aos amigos pescadores
EDUARDO CHEDID/ LDS TUNING
www.ldstuning.com.br
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Fernando Petri recebeu reputação de Renato51 em Linha Multi boa e barata!!!
boa noite!!
Geralmente na descricao do produto tem a tabela de medidas, se nao me engano a 40lb seria a 4.0, neta tabela consta todas as informações da linha. Tipo resistencia em lb e em kg e tb a bitola mm dela.
abcs
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Fernando Petri deu reputação a Gilbertinho em CUIDADOS ESPECIAIS NA PESCA EMBARCADA
Pessoal, às vezes ouço ou leio narrativas sobre acidentes ocorrentes na pesca, envolvendo na maioria dos casos a pesca embarcada. Daí resolvi provocar a turma visando extrair e assimilar informações e conhecimentos que guardem relação sobre o tema, de modo que cada um conheça as principais causas e soluções para se obter uma boa margem de segurança nas pescarias, o que certamente trará por acréscimo a tranquilidade dos familiares que se preocupam bastante conosco quando nos ausentamos em busca de aventuras.
Como passo inicial, inicio este painel relatando causas e efeitos de ocorrências fatais que conheço por relatos de terceiros e por experiências próprias, que poderiam ser evitadas com um mínimo de cuidados. Tomo a liberdade de enumerar cada situação abordada, sob pena de acabar me perdendo das digressões, observando que quando me refiro à Amazônia, deve-se entender que falo sobre sua porção ocidental, onde resido. Então vamos ao que interessa:
Situação 1 - Rota de navegação: mês passado, no Rio Matupiri (proximidades do médio Amazonas e Madeira). o piloteiro de uma operadora de turismo conduzia o bote próximo da margem, deslocando-se para a área onde dois pescadores iriam pescar. De forma negligente, não se ateve a verificar se os passageiros estavam sentados nem os advertiu da proximidade de uma galhada baixa que se estendia sobre o trajeto do barco, nem tampouco dela se desviou. Por estarem de pé, em consequência ambos se chocaram com a galhada. Um deles teve o pescoço quebrado e faleceu. O outro ficou bastante ferido e foi encaminhado a um hospital nas imediações, creio que na cidade de Borba. Não sei dizer se conseguiu se recuperar. O piloteiro, sentadinho e certo de sua segurança, nada sofreu;
Apesar de lamentarmos esse episódio trágico, devemos aprender com ele. Afastar esse risco é coisa simples, basta que se adote como regra nunca ficar de pé num barco em deslocamento, mesmo que não existam galhadas visíveis em sua rota de navegação. O efeito pode ser o mesmo caso haja um choque com pedras e troncos submersos.
Situação 2 - Rota de Navegação: há algum tempo, o mesmo tipo de acidente ocorreu no Água Boa do Univini, em Roraima, é relativamente perto de onde moro. Dessa feita o bote seguia só com o piloteiro em idêntica condição. Não viu uma galhada baixa à sua frente, e apesar de estar sentado, com ela se chocou, vindo a falecer. Extraímos daí um acréscimo aos cuidados que devemos tomar, que é o de evitarmos traçar rotas sob galhadas baixas, quando estivermos no controle da embarcação;
Situação 3 - Manejo de Combustível: ano passado, no mesmo Água Boa do Univini, um piloteiro da Ecotur transferia gasolina de um tambor para o tanque do motor de popa, já de noite, visto que os pescadores iriam sair para a pesca ao alvorecer. Munido de uma lanterna, executava normalmente a tarefa, até que a carga das pilhas se esgotou, obrigando-o a trocá-las e seguir com a tarefa. Entretanto, ao ligá-la novamente, uma centelha fez com que a gasolina explodisse, provocando queimaduras de terceiro grau no infeliz. Socorrido, ficou internado por um longo tempo e só recentemente voltou à ativa. Como aprendizado, já que muita gente tem o hábito de abastecer à noitinha (e do mesmo modo) para sair bem cedo para pescar, devemos abrir mão desse hábito, executando essa tarefa de dia e longe de qualquer fonte que possa provocar acidentes dessa natureza;
Situação 4 - Descer ou subir o rio? Essa é uma questão que em geral não envolve risco de vida, embora eu conheça exceção. Trata-se de decisões que tomamos quando estamos na pescaria com outros colegas que têm barcos. Caso resolva descer o rio, seu barco nunca deve seguir desacompanhado, porque se houver uma pane de motor, é uma roubada. Nada melhor que ter um companheiro por perto para rebocá-lo até o acampamento. Subir o rio não dá esse tipo de problema, porque para baixo todo santo ajuda, embora haja a questão do controle da direção do barco. Extraímos desses casos a importância de termos ao menos um par de remos no barco, que viabilizarão o controle da direção e eventualmente movimentar o barco;
Situação 5 - A importância dos remos: apesar de ter abordado essa questão na situação anterior, gostaria de submeter uma situação hilária que testemunhei por causa de remos, ou melhor, pela falta deles. Por uns dois anos, morei numa lancha no Rio Negro, região das Anavilhanas, mais precisamente nas proximidades da cidade de Novo Airão, onde atracava o barco na boca de um igarapé, situado um pouco a jusante da cidade, para ter mais tranquilidade e segurança por conta das tempestades. Via de regra, comunidades rio abaixo faziam festas em que muita gente da região comparecia para beber, dançar e namorar. Na verdade, em nenhum outro lugar do país vi tanta paixão por festas, é festa religiosa, de torneios de futebol, do Tucumã, do Açaí, do peixe ornamental, do boto cor-de-rosa, do peixe-boi, enfim, qualquer coisa é motivo para festejar, e sempre com muita bebida, muita música do boi e muita dança, muito de tudo. À noitinha, minha esposa e eu ouvimos e vimos várias canoas de madeira descendo o rio, todas tocadas por motores rabetinhas, deduzindo que deveriam estar seguindo para alguma festa rio abaixo. A noite passou, e lá pelas cinco da manhã, o sol surgindo preguiçoso, quando ouvimos um chilep chilep constante, como algo batendo incessantemente na água, subindo o rio bem juntinho do costado da lancha. Olhamos pela janela e vimos uma canoa de uns 7 ou 8 metros, nego vazando pelas bordas, todos remando com as havaianas para chegar na cidade. Só risos. Deduzimos que essa turma deveria estar remando madrugada adentro, já que o dia seguinte era dia de branco, todo mundo ao trabalho. Desse dia em diante, jamais deixei de levar os remos no bote, mesmo que meu deslocamento da lancha fosse de 50 ou 100 metros. Macaco velho não pula em galho seco. Essa foi uma boa lição que aprendi, e recomendo que também o façam, por mais que os remos ocupem espaço e incomodem;
Situação 6 - Serpentes peçonhentas: pouco tempo atrás, um pescador curioso resolveu fazer uma pequena caminhada por uma trilha na região do Rio Amajaú, sul de Roraima. A intenção era a de tentar a sorte num lago situado atrás da comunidade de Canauini, onde o barco-hotel estava atracado. Orientado por um cara da localidade, entrou mata adentro e ao passar sobre uma árvore caída, foi picado no peito do pé por uma Pico-de-Jaca, a cobra mais peçonhenta da Amazônia, Socorrido e conduzido de avião para a capital do Estado, Boa Vista, ficou internado por vários dias. O estrago foi tamanho que quando deixou o hospital e nos exibiu o local do ferimento, era possível ver o chão através de seu pé, um buraco da dimensão de uma moeda de 1 real. Coisa feia de se ver. Isso ensina que sempre devemos ter um cuidado imenso com incursões na mata. Não basta olhar o chão coberto de folhas onde as cobras se ocultam esperando presas, tampouco troncos caídos que servem de abrigo a elas. Na Amazônia, existem espécies peçonhentas que vivem e caçam em árvores, e é relativamente comum vê-las dependuradas em galhos, do mesmo modo que a cobra Papagaio, não venenosa. Assim, extrai-se o ensinamento que, se adentrarmos a mata ou caminhar junto às margens, devemos observar com cuidado não apenas o chão, mas também por onde todo o corpo vai passar ou possa ser alcançado por um bote de uma cobra;
Situação 7 - Insetos voadores venenosos; como muita gente vem para a região amazônica para pescar, vale discorrer sobre os principais insetos voadores venenosos daqui, a começar pelas famigeradas abelhas, fáceis de identificar e totalmente semelhantes às que encontramos no resto do país. As novidades ficam por conta dos cabas (marimbondos) amarelos e os da noite. Em geral têm o corpo avantajado e possuem uma pegada bem dolorida, característica comum dos dois. A diferença é essa "coisa" do caba-da-noite, que só entra em operação quando anoitece, e é bem maior que o caba amarelo, e sua picada injeta mais veneno. As soluções de redução de riscos quanto às abelhas e os cabas diurnos são, no primeiro caso, buscar identificar colmeias em troncos e construções velhas e manter distância, exceto se resolver extrair o mel, aí deve se preparar direitinho, senão...Já os cabas diurnos são preferencialmente encontrados em construções abandonadas, onde instalam suas casas, mas também habitam troncos de árvores mortas em meio à selva, exigindo algum cuidado nesses locais, apesar de ser praticamente impossível evitá-los quando nos visitam. Contra o o caba-da-noite, mais perigoso, só o que resolve e trancar portas e janelas ou se meter sob um mosquiteiro, aí está tudo resolvido;
Situação 8 - Insetos voadores transmissores de doenças: seguindo a mesma linha da situação anterior, destaco alguns pontos sobre essa questão. Como se sabe, a incidência de transmissores do vírus da malária na Amazônia Ocidental é considerável. A única forma segura de prevenção é evitar o contato com esses caras, e para isso deve ser observado que, diferentemente do que muita gente pensa e diz, o Anopheles spp ataca também durante o dia, em menor intensidade, dependendo do clima. Se chover ou garoar, atacam mais. Porém, costuma-se dizer que o horário crítico é das seis às seis (da noite até a manhã). Uma curiosidade: caso esteja pescando em local onde há moradias de ribeirinhos por perto, observe se suas casas estão fechadas por volta das cinco da tarde. Se estiverem, é certo que a região é infestadas de pernilongos (carapanãs, para os amazônidas). Prevenção: repelente durante o dia e uma rede de dormir grossa e um mosquiteiro de boa qualidade, ou ainda um camarote fechado e vedado e refrigerado, senão irá morrer de calor;
Situação 9 - Formigas Críticas: diz a lenda que Novo Airão, cidade localizada no curso médio do Rio Negro, antes era denominada simplesmente Airão. Assolada por formigas de todos os tipos, credos e raças, mudou-se tempo atrás para a atual localização, bem a jusante da posição geográfica original, ensejando a denominação "Novo" Airão. Fato ou mito à parte, o certo é que aqui as formigas são de lascar. Não se trata de formigas lavapés ou outras mais comezinhas do país, afinal, quem já não foi ferroado por alguma delas? Mas o fato é que aqui as mais parecidas fisionomicamente com as lavapés são as formigas-de-fogo, amarelinhas e não muito graúdas, mas portadoras de uma ferroada pra lá de dolorosa, queima como fogo, como o nome já diz. Porém, a pior delas é a famigerada Tocandira, bem avantajada, preta e menos comum de ser encontrada, e se for, alguém vai ter uma experiência inesquecível. Em geral, são solitárias em suas andanças pela selva, vadiando pelos troncos das árvores à procura de insetos menores que servem de alimento. Os acidentes com elas ocorrem em situações em que incautos resolvem apoiar as mãos ou o corpo nos troncos das árvores, e aí ela não perdoa, acabou o dia para quem for ferroado. A lição que se extrai é que devemos evitar, no caso das formigas-de-fogo, vacilar perto do formigueiros. Já no caso das Tocandiras, é pra lá de recomendável evitar o contado das mãos e do corpo com troncos de árvores, é sempre onde elas estão;
Turma, já é madrugada e o sono está pegando. Retornarei com novas experiências e aprendizados. Grande abraço e grato pela atenção, lembrando que seria por demais útil conhecer experiências e medidas preventivas da turma do FTB para garantir nossa segurança.
Gllbertinho, pescador da Amazônia