Boa noite pescadores, espero que esse relato, os encontre com muita saúde e já se planejando para a próxima pescaria.
Faço hoje minha estreia aqui nos relatos, e, nada melhor que começar tendo o relato da quebra de recorde pessoal de tucunaré azul, bom, vamos lá.
Saímos de São Paulo na sexta feira por volta das 20:00, mais precisamente do bairro Ipiranga, rumo à Carmo do Rio Claro, distante aproximadamente 430 km, viagem tranquila e já rotineira. Nosso destino, é a excelente pousada Jatobá, que sempre nos acolhe da melhor maneira, com acomodações confortáveis, ar condicionado e tudo o que um pescador precisa pra se recuperar com uma boa noite de sono, para poder encarar a briga com os fortes azuis do mar de minas.
Meu parceiro de pesca e de vida, é meu pai, mais conhecido por Mazinho, com quem faço questão de pescarmos juntos, sempre que possível. Digo que ele é o astral da pescaria, sempre de bom humor, e sempre com pensamento positivo na busca dos peixes.
Chegamos na pousada por volta das 02:30, e, como a ansiedade já não nos deixava dormir, ficamos tomando algumas, arrumando a tralha e já pensando no primeiro dia de pesca que iniciaria dentro de poucas horas.
A pescaria seria com o mestre Leandro Silva, que na minha humilde opinião, é o melhor guia profissional de pesca com quem já tive a oportunidade de pescar. Barco excelente, conhecimento do lago de furnas e do comportamente do tucunaré, humildade, e o que mais nos empolga, ser apaixonado pela pescaria, ele literalmente se empolga mais que nós, a cada rebojada na isca, fazendo com que o sarrafo da pescaria fique cada vez mais alto. Para quem não o conhece, indico de olhos fechados e com a certeza que a experiência completa de um final de semana de pesca sensacional.
Mas vamos à pescaria, que é o que mais importa nesse relato.
Já no sabado pela manhã, depois do café reforçado feito pela Claudia e as meninas da cozinha, partimos rumo ao lago. Nossa pescaria deveria ser realizada no final de semana anterior, mas, pela intensidade das chuvas, foi cancelada devido à estrada de terra que dá acesso a pousada.
Com a esperança de boas ações, iniciamos nossa pescaria. Lago enchendo aproximadamente 20cm por dia, e estruturas ficando menos visíveis na superfície da água, o Leandro indicou que usassemos iscas de superfície, e com o barco afastado da margem, arremessando as iscas entre o bico do barco e a margem, no primeiro ponto, já tive a honra de quebrar meu recorde pessoal, 58cm de Tucunaré explodindo na superfície e já deixando as pernas bambas logo pela manhã.
Pra eternizar à lembrança, o momento mais importante da pesca, à soltura de quem tanto nos alegra e nos faz percorrer muitos quilometrôs.
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Depois de abrir o boteco (indispensável depois de quebrar um recorde), e com a adrenalina já abaixando, voltamos a pescaria, o peixe estava mais afundado, aproximadamente em locais com mais de 2,5 metros de profundidade, mas, não atacava iscas de meia água, apenas subia em iscas de superfície, se acertasse a isca, bem, se não, não voltava mais para atacar e só nos deixava na saudade e no imaginário do tamanho do peixe pelo rebojo que deixava na água.
Um pouco antes do almoço, meu pai, ainda acertou um belo peixe, de 54cm, que já deixava a pescaria da manhã feita, e, prontos pro churrasco, ponto forte da operação do Leandro Silva também, não é atoa que o chamamos de mestre.
Depois de alimentados e descansado, partiu segundo tempo do primeiro dia de pesca.
Conforme o sol esquentava, as ações diminuiam, mas, estávamos lá, batendo isca e hora ou otra, engatanado os azuis do lado sul mineiro.
Final de pescaria no primeiro dia, mesmo diante das dificuldades, a pescaria pra nós, estava mais do que suficiente no primeiro dia, era, só voltar à pousada, tomar uma ducha e apreciar uma boa comida mineira da pousada e aguardar o próximo dia.
Domingo cedo, pós café, e lá estávamos rasgando a água novamente em busca dos azuis, a pescaria se manteve parecida com o dia anterior pela manhã, com algumas boas ações, mas, o peixe não queria se dar ao luxo de aparecer pras fotos, até que uma pancada no stick e ele veio pra foto.
O dia ia passando e íamos topando com alguns peixes de menor tamanho, mas, que renderam boas porradas na superfície e alegria dentro do barco.
Destaque pra essa fêmea, que o macho deu uma pancada, a femea pegou antes dele, ele veio até próximo ao barco acompanhando, e não pegou, mas, o tamanho dele assustou, pelo olho do pescador, beirava os 60cm.
E assim, encerramos mais uma pescaria, sempre agradecendo a Deus pela oportunidade de continuar fazendo o que somos apaixonados e ter a presença do meu incentivador e meu espelho vivendo esses momentos comigo, e, com a certeza que viveremos muito mais enquanto papai do céu permitir.
Materiais Utilizados:
Varas: 12, 14 e 16 libras
Carretilhas: Perfil Baixo, tamanhos 101 e 151
Iscas: Zaras e Sticks de 8,5cm à 11 cm.