Bigão, sua notícia é muito legal porque faz a gente refletir um pouco mais. E eu comecei a voar assim:
Se a lei é supostamente justa, a quem ela faz justiça? Se a lei é supostamente abusiva, quem pagará a conta ou, se preferirmos, quem pagará mais a conta -- a sociedade, o estado, o profissional, o amador ou a natureza ?
Anos após anos, tem restado para mim a convicção de que não haverá rateio dessa conta em partes iguais entre os cinco interessados citados acima.
A natureza, em especial, é a única parte que não propõe ou assina leis, nem reclama seu cumprimento, tampouco se beneficia delas. O papel da natureza é o de apresentar a fatura, algumas muito caras e a muitos sacados.
A natureza é protegida por leis de proteção ambiental, não é beneficiária delas. Ninguém pode receber o benefício de algo que já é seu. Imagina se alguém pode alegar que nos beneficiamos dos serviços do nosso braço direito. As leis de proteção ambiental promovem sim um benefício aos homens e suas organizações públicas ou privadas.
Se alguns concordaram comigo até agora, posso ousar um pouco mais e inferir que a suposta correção ou "abusividade" de uma lei não decorre da vontade natural, por isso a conta será apresentada àqueles que fazem uso dos benefícios das leis e àqueles que se beneficiam de recursos naturais em conformidade com suas próprias convicções.
Sei que só falei das dívidas, mas sobre esse tema não acredito que possa haver dividendos a distribuir a quem quer que seja.