Olá pessoal,
nas últimas pescarias essa foi a isca mais pegadeira, ganhando de todas as iscas de bait e dos grandes clássicos do fly como clouser minnow, ep minnow, hollow minnow etc...
Batizei de Predator Streamer devido à fibra utilizada que se chama Predator. Como sei que muitos aqui pescam de fly, espero ser útil para salvar a pescarias de muitos como salvou as minhas mais recentes.
O trabalho é ajustável conforme a situação, eu gosto de deixar afundar (uso linhas sink tip ou intermediate) e dar toques curtos sem pausa entre eles, a menos que o peixe esteja muito manhoso, daí a pausa entre uma puxada e outra deve ser maior para atiçar os tucunas.
Para quem pesca de bait, dá para meter um chumbo também ou atar em jig head, o trabalho não fica 100% igual mas meu pai que só pesca de bait usou e aprovou.
Abraço!
Olá, o melhor acabamento para iscas de madeira balsa é, de longe, a resina epoxi cristal (não é cola araldite a base de epoxi, é a resina bi componente própria para laminações, acabamento rígido em peças diversas).
Em segundo lugar, verniz PU automotivo bi componente 3x1 ou 5x1.
Por que da preferência? explico: a resina epoxi fornece uma camada bem rígida, que realça as cores, não reage com nenhuma tinta, o tempo de cura é longo então permite ajustes e correções, demora para amarelar em contato com luz solar (anos de exposição), e ainda por cima é super barato. Recomendo: Redelease SQ2001
Desvantagem da resina epoxi: necessita de suporte giratório pois o tempo de secagem é de algumas HORAS.
Verniz PU fica em segundo porque não fornece a mesma resistência mecânica (quando aplicado diretamente sobre a madeira), não permite correções no acabamento antes da secagem e cura, e pode reagir com tintas a base de solvente.
Vantagens do PU: secagem mais rápida (MINUTOS), camada fina, facilidade de aplicação (dispensa uso de um suporte giratório).
E se juntar os dois? Fica ótimo, uma camada de resina epoxi para selar e proteger a madeira, em seguida a pintura, e por último acabamento com o verniz PU, fica profissional e perfeito, ultra resistente e não vai amarelar por muitos anos.
Outras opções de acabamento: Verniz spray (recomendação: Luxcolors verniz brilhante para interiores e exteriores). Vantagem: facilidade de aplicação, rapidez da secagem.
Desvantagens: não fornece resistência mecânica alguma, tende a amarelar mais rapidamente, pode reagir com algumas tintas a base de solvente, exige uma superfície completamente lisa e perfeita por baixo, se não vai realçar os defeitos, ao contrário da resina epoxi que disfarça pequenas irregularidades na isca ou na pintura.
Olá, o melhor acabamento para iscas de madeira balsa é, de longe, a resina epoxi cristal (não é cola araldite a base de epoxi, é a resina bi componente própria para laminações, acabamento rígido em peças diversas).
Em segundo lugar, verniz PU automotivo bi componente 3x1 ou 5x1.
Por que da preferência? explico: a resina epoxi fornece uma camada bem rígida, que realça as cores, não reage com nenhuma tinta, o tempo de cura é longo então permite ajustes e correções, demora para amarelar em contato com luz solar (anos de exposição), e ainda por cima é super barato. Recomendo: Redelease SQ2001
Desvantagem da resina epoxi: necessita de suporte giratório pois o tempo de secagem é de algumas HORAS.
Verniz PU fica em segundo porque não fornece a mesma resistência mecânica (quando aplicado diretamente sobre a madeira), não permite correções no acabamento antes da secagem e cura, e pode reagir com tintas a base de solvente.
Vantagens do PU: secagem mais rápida (MINUTOS), camada fina, facilidade de aplicação (dispensa uso de um suporte giratório).
E se juntar os dois? Fica ótimo, uma camada de resina epoxi para selar e proteger a madeira, em seguida a pintura, e por último acabamento com o verniz PU, fica profissional e perfeito, ultra resistente e não vai amarelar por muitos anos.
Outras opções de acabamento: Verniz spray (recomendação: Luxcolors verniz brilhante para interiores e exteriores). Vantagem: facilidade de aplicação, rapidez da secagem.
Desvantagens: não fornece resistência mecânica alguma, tende a amarelar mais rapidamente, pode reagir com algumas tintas a base de solvente, exige uma superfície completamente lisa e perfeita por baixo, se não vai realçar os defeitos, ao contrário da resina epoxi que disfarça pequenas irregularidades na isca ou na pintura.
Essas são algumas iscas selecionadas, conforme for atando mais eu posto aqui!
Finalizo o tópico com uma imagem de um dos peixes mais bonitos que já fisguei, voltando para a àgua
Eu também uso maglite, às vezes, mas tem um problema... eu já perdi 4 maglite (sim, 4 maglite caríssimas que a gente espera que dure décadas) pelo mesmo motivo: a rosca da tampa travou e não consegui mais abrir para trocar as pilhas!! Já mandei até para torneiro, sem sucesso, a rosca travou com terra/sujeira provavelmente, além do calor excessivo que faz aqui no sol. Se comprar maglite, já sabe, sempre após usar guarde com a tampa solta, seque e limpe a rosca da tampa, guarde com as pilhas fora da lanterna.
Alguns modelos de maglite tem outro problema: peso! são pesadonas e isso me atrapalha muito quando vou pescar no final da tarde, pois carrego bolsas de pesca pequenas.
Algumas lanternas chinesas são ótimas! Eu tenho 2 Richuana, daquelas xing ling mesmo de led de 150W, eu adoro!! A luz é super forte , são leves e a tampa não trava. A bateria dura MUITO, eu carrego uma vez por mês e uso com frequência. Além do mais, é barata! Então se cair na água, estragar, ou cair no barro, não tem problema, passa um pano e pronto. Muitas vezes precisamos exatamente disso, equipamento bruto para aguentar pancada e cumprir sua única função que é iluminar o ambiente.
Abraço.
Eu só uso anzóis no lugar das garatéias, bem melhor! Perde menos peixe, fisgadas mais certeiras, menos danos ao peixe, sem alterações no trabalho da isca e ganha-se a possibilidade de trabalhar a isca no meio da pauleira com menores chances de enroscar. O mesmo serve para o meio da vegetação.
A posição do anzol é importante, o do meio da isca deve ficar com a ponta para baixo e o da traseira deve ficar com a ponta para cima, assim otimiza-se o balanceamento e precisão nas fisgadas.
Já faz um bom tempo que não uso as garatéias...
Ah, outro ponto importante na escolha dos anzóis é usar anzóis com olho vertical, uma recomendação é o VMC Inline Super, muito resistente (acreditem, mais resistente que as garateias 4x da VMC e owner).
O tamanho certo para a isca ainda não vi tabelas, mas por experiência criei a minha regrinha: o gap do anzol deve ser um pouco maior que o gap da garateia original da isca, mas não superior ao dobro do gap original da isca.
Outra forma de escolher o tamanho é colocar na isca com ring e tentar encostar os anzóis no centro da isca. A curvatura dos anzóis devem tocar-se na maioria das iscas, mas o gap de um não pode entrelaçar no gap do outro, como num aperto de mãos. Em algumas iscas maiores e mais compridas as curvaturas não se encontrarão, daí utilizo o bom e velho olhômetro e teste do nado da isca.
Não é a toa que a Rapala está lançando várias iscas com anzol já de fábrica (que por sinal é o VMC inline tamanho 1/0 s enão me falha a memória), e a grande maioria das iscas para pescaria no mar utilizam anzóis, por terem diversas vantagens sobre o uso das garateias.
Um cuidado que se deve ter ao usar anzóis é NÃO FISGAR com aquela força de homem das cavernas. Tem que apenas firmar. Não há necessidade de fisgar como quando se usa garateias, pois entra muito mais fácil na boca do peixe e normalmente no canivete.
Abraço.
Eu só uso anzóis no lugar das garatéias, bem melhor! Perde menos peixe, fisgadas mais certeiras, menos danos ao peixe, sem alterações no trabalho da isca e ganha-se a possibilidade de trabalhar a isca no meio da pauleira com menores chances de enroscar. O mesmo serve para o meio da vegetação.
A posição do anzol é importante, o do meio da isca deve ficar com a ponta para baixo e o da traseira deve ficar com a ponta para cima, assim otimiza-se o balanceamento e precisão nas fisgadas.
Já faz um bom tempo que não uso as garatéias...
Ah, outro ponto importante na escolha dos anzóis é usar anzóis com olho vertical, uma recomendação é o VMC Inline Super, muito resistente (acreditem, mais resistente que as garateias 4x da VMC e owner).
O tamanho certo para a isca ainda não vi tabelas, mas por experiência criei a minha regrinha: o gap do anzol deve ser um pouco maior que o gap da garateia original da isca, mas não superior ao dobro do gap original da isca.
Outra forma de escolher o tamanho é colocar na isca com ring e tentar encostar os anzóis no centro da isca. A curvatura dos anzóis devem tocar-se na maioria das iscas, mas o gap de um não pode entrelaçar no gap do outro, como num aperto de mãos. Em algumas iscas maiores e mais compridas as curvaturas não se encontrarão, daí utilizo o bom e velho olhômetro e teste do nado da isca.
Não é a toa que a Rapala está lançando várias iscas com anzol já de fábrica (que por sinal é o VMC inline tamanho 1/0 s enão me falha a memória), e a grande maioria das iscas para pescaria no mar utilizam anzóis, por terem diversas vantagens sobre o uso das garateias.
Um cuidado que se deve ter ao usar anzóis é NÃO FISGAR com aquela força de homem das cavernas. Tem que apenas firmar. Não há necessidade de fisgar como quando se usa garateias, pois entra muito mais fácil na boca do peixe e normalmente no canivete.
Abraço.
Olá, tentarei aqui imprimir minhas dicas, sugestões, conselhos e demais informações sobre a pescaria de "Tamba" em pesqueiro utilizando Fly. Todo o conteúdo foi elaborado com base nas minhas pescarias e estudos na mesa de atado. Por favor sintam-se à vontade para sugerir correção de alguns trechos ou acréscimo de informações.
1. INTRODUÇÃO
A pescaria de tambaqui tem revolucionado a forma de se enxergar os pesqueiros no Brasil inteiro, por ser um peixe extremamente resistente, de crescimento incrivelmente rápido, bastante adaptável ao meio e alimentação, amistoso com outras espécies e possuidor de uma força colossal, proporcionando brigas muitas vezes inesquecíveis aos pescadores esportivos. É possível pescá-lo com diversos equipamentos, mas sem dúvidas o mais eficiente é o fly, que inclusive proporciona as brigas mais emocionantes.
Sem mais delongas, vamos dar continuidade ao tópico:
2. EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS:
É um assunto bastante divergente, pois há pescadores que utilizam conjunto #4 para tambas de mais de 10Kg, outros preferem conjuntos #8 ou #9 para tambas do mesmo tamanho.
A verdade é que quando se trata de pesqueiro, alguns fatores influenciam no peso do conjunto a ser utilizado:
1) O local é grande o bastante para que o peixe leve toda a sua linha principal + backing? Se sim, não recomendo um conjunto muito leve como #4, pois tambaquis grandes não cansam fácil, e poucos segundos após o ataque, seu backing já está na água.
2) Outros pescadores estarão próximos a você, com equipamentos de outras modalidades? Se sim, talvez não queira um equipamento tão leve como um #4, pois torna-se difícil controlar a direção do nado do peixe com equipamentos leves, podendo enroscar nas linhas dos demais pescadores.
3) Quais atados pretende utilizar? Entrarei melhor no assunto mais adiante, mas por agora é importante deixar claro que em alguns pesqueiros o tambaqui está acostumado a comer rações ou frutos maiores, o que lhe obrigará a utilizar um equipamento #6 ou #7 pelo menos, para conseguir fazer arremessos mais longos sem sobrecarregar o conjunto.
Ao meu ver, essas são as principais perguntas a serem respondidas enquanto escolhe seu equipamento.
Equipamentos #4 podem ser usados pelos mosqueiros mais radicais, de preferência em tanques menores e sem muitos pescadores de outras modalidade por perto. Caso ignore essas recomendações, poderá ter dor de cabeça quando engatar um tamba de mais de 10Kg!
Equipamentos #6 podem ser utilizados com mais segurança, até mesmo em tanques maiores, mas é importante ter pelo menos 50 metros de backing de 20 a 30lbs e garantir que não vai deixar o peixe enroscar nas linhas dos demais pescadores. Com conjunto #6, a adrenalina tomará conta de você em cada ataque, esteja preparado para grandes emoções!
Equipamentos #7/8 são bem equilibrados para essa pescaria, é uma opção segura tanto para mosqueiros iniciantes quanto para mosqueiros já com anos de experiência. Essa numeração permite que arremesse iscas maiores e mais volumosas, que provavelmente chamarão a atenção dos peixes de porte maior. Permitirá também que tenha certo controle da briga, impedindo que o peixe enrosque nas linhas próximas ou que leve todo seu backing embora.
Equipamentos acima de #9 podem ser usados, encurtará o tempo de briga com o peixe, mas podem ser pesados demais, fazendo com que não sinta toda a emoção da briga com um tamba gigante.
Portanto, as escolhas mais sensatas ao meu ver são equipamentos entre #6 e #8, com varas e linhas de boa qualidade, carretilhas também, pois precisará de um freio muito bom. Caso utilize carretilhas ruins, o freio poderá desregular (afrouxar) durante a briga, fazendo com que perca o peixe.
2.1 CARACTERÍSTICAS RECOMENDADAS PARA A VARA
A vara escolhida, independente da numeração, deverá ser resistente e de ação rápida ou pelo menos média-rápida. Portanto, varas de bambu ou fibra de vidro lentas não são as melhores opções, pois elas dificultam a "fisgada", o controle da direção do nado do peixe durante a briga (fazendo com que a linha passe pela dentição do peixe mais vezes, sob risco de ruptura) e podem dificultar o arremesso dependendo da isca a ser utilizada.
O comprimento da vara não é fator decisivo para a escolha do conjunto, mas tenha em mente que varas mais compridas permitem um roll-cast mais distante. Isso significa que se o pesqueiro não possuir espaço livre para fazer false casts, você ficará refém de bons roll-casts para conseguir arremessar onde os tambas gostam de ficar.
Número de partes da vara, material do cabo e número de passadores também não influenciarão nesse tipo de pescaria.
2.2 A LINHA DE FLY RECOMENDADA
Sempre recomendo levar 2 conjuntos, ou um conjunto com 2 carreteis, um deles com linha flutuante e o outro com linha intermediária ou sink tip. Isso porque os peixes nem sempre estão se alimentando na superfície, e é sempre uma incógnita para nós a profundidade na qual ocorrerão mais ações, mesmo com várias discussões que relacionam o tempo, condições da água ou até mesmo fase da lua com o comportamento dos peixes.
Caso não possua 2 equipamentos para levar, ou opte por levar apenas um por qualquer que seja o motivo, então eu sugiro que leve linha flutuante, pois a maioria dos pesqueiros fazem uso de ração flutuante para tratar dos peixes. Assim, mesmo com linha flutuante, poderá aumentar o comprimento do leader se quiser que uma ração de miçanga por exemplo fique um pouco mais no fundo.
A linha precisa ser adequada à temperatura do ambiente na qual ela será utilizada, sempre. Portanto, certifique-se de que sua linha aguenta temperaturas altas caso na sua região faça muito calor como na minha. Uma linha de clima frio para regiões de tempo quente pode significar perda de eficiência na pescaria, pois a linha pode ficar grudenta ou mole demais, prendendo-se aos passadores e impossibilitando que a linha se desenrole corretamente nos seus roll-casts.
2.3 A CARRETILHA
A carretilha precisa de 2 qualidades: capacidade de armazenar linha + 50m de backing pelo menos; e possuir um bom freio, que não vai desregular ao longo da pescaria ou durante as longas brigas dos tambaquis.
Uma dica é utilizar carretilha de numeração maior do que a numeração da vara/linha. Há puritanos que torcem o nariz para essa prática, mas eu a defendo, pois gosto sempre de ter bastante backing a minha disposição e um espaço de pelo menos 1 dedo entre a linha e o chassi da carretilha.
2.4 A FRICÇÃO DA CARRETILHA
É importante regular bem a carretilha antes de iniciar a pescaria, pois ajustes durante a briga podem afrouxar a linha e fazer com que perca o peixe.
Independente do número do equipamento que estiver utilizando, recomendo manter a fricção apenas levemente apertada. Uma fricção muito apertada pode submeter a vara a estresse maior do que o recomendado e pode manter seu tippet muito tensionado, facilitando sua ruptura.
Durante a briga, o tambaqui mastiga a linha algumas vezes, mas ele só possui dentes na frente, e enquanto a linha estiver nas regiões sem dentição, a sua linha não será cortada... A menos que ela esteja muito tensionada.
Portanto, mantenha a fricção no ponto certo: nem muito solta a ponto de permitir que o carretel gire mais rápido que a saída de linha (causando um tipo de "cabeleira"). Nem muito apertada a ponto de causar danos à vara ou submeter o tippet a grandes tensões, que facilitam sua ruptura.
4. COMPRIMENTO DO LEADER
Varia de acordo com o gosto do pescador (eu gosto de leader curto, bem curto, algo entre 1,7 e 2m)
Alguns mosqueiros utilizam leader de 3 metros, ou do mesmo tamanho da vara, sem prejuízo algum de efetividade ou apresentação da isca.
Um leader muito longo exige muito mais energia oriunda da movimentação da vara e linha para que a apresentação seja correta. Caso utilize um leader muito longo com uma isca pesada, com certeza sua isca vai pousar na água com o tippet alguns centímetros à frente, o que pode espantar os tambas mais ariscos. A energia do arremesso se dissipa conforme há mudança no diâmetro das linhas que compõem o leader. Na verdade, boa parte da energia é dissipada na conexão da linha de fly com o leader. Portanto, se o seu leader não estiver se esticando ao fazer a apresentação da isca, encurte-o, pois é sinal de que a energia se dissipou por completo antes de chegar até o tippet.
Um leader muito curto, por outro lado, torna a apresentação grosseira, pois há muita energia ainda percorrendo o leader e tippet, e essa energia toda faz com que a isca cause barulho e agitação na água, podendo espantar tambaquis mais ariscos.
Via de regra, leaders de 2 a 3 metros costumam ser os mais utilizados, no caso de dúvida, faça um de 2,4m.
Como existem diversas receitas de leaders envolvendo diversas bitolas de linhas, vai muito do seu gosto montar o seu leader, mas a minha receita é a seguinte:
120cm de linha fluorcabono 0,55mm (com os primeiros 40cm trançados)
60 cm de linha fluorcarbono 0,40mm (com os primeiros 20cm trançados)
+ 20cm de tippet também fluor 0,40mm
5. TIPPET
O tippet para a pescaria de tambaqui em pesqueiro não precisa ser fino, pois o tambaqui não possui visão tão fina quanto de uma piraputanga por exemplo. Eu costumo utilizar tippet de fluorcarbono 0,40mm. Pode usar tippet mais fino, apesar de eu não recomendar mais fino que 0,35 para tamba. E pode usar tippet mais grosso, apesar de eu não recomendar bitola acima de 0,60mm pois pode atrapalhar na apresentação e pode deixar o peixe desconfiado.
6. O ARREMESSO
O arremesso em pesqueiro é relativamente fácil de ser executado, salvo quando há muito vento. As opções de arremesso são limitadas, não há o que complicar quando se trata de pescaria de tambaqui em pesqueiro com fly.
O roll-cast é o arremesso mais utilizado, permite colocar a isca com delicadeza, facilidade e agilidade. Se utilizar linha pesada e vara de qualidade, é possível colocar a isca até 15 ou 20 metros de distância com um ou dois roll-casts.
False cast é utilizado para arremessos mais precisos, não necessariamente mais longos, mas exige um local com bom espaço livre atrás do mosqueiro, o que é difícil em alguns pesqueiros.
E o Belgian Cast é utilizado em situações de vento, com as mesmas vantagens e desvantagens do false cast comum.
Dominando esses arremessos é possível fazer praticamente todo tipo de pescaria, incluindo a de tambaqui em pesqueiros.
7. OS ATADOS
Sem dúvidas a isca mais utilizada em pesqueiros para tambaqui é a imitação de ração feita com pelo (hair ball). Mas existem outras opções também efetivas as quais abordarei neste momento:
1) Hair ball atada com Deer Body Hair, Deer Belly Hair ou Elk Hair: imita a ração utilizada na maioria dos pesqueiros. É uma isca flutuante, que encharca com o tempo e tem sua flutuabilidade reduzida ao longo da pescaria. Quanto mais compactados os pelos, maior a flutuabilidade. Sabendo disso, pode-se atar algumas bem compactadas e outras menos compactadas para que se possa manipular a apresentação da ração. Hair ball menos compactadas são boas para quando o peixe está manhoso, quando a água está bem limpa e o pescador contra o sol. Pode ser atada em uma ampla gama de anzóis, mas um modelo bastante utilizado atualmente é o Pacu, da Pinneacle, em tamanho 1/0 para iscas menores ou arremessos com conjuntos #6 e o tamanho 2/0 para conjunto #8 e iscas maiores. Pode-se utilizar o famoso Chinu, nos tamanhos entre #7 e 9 ou 2/0 até 3/0 dependendo da marca escolhida.
2) Imitação de ração com rolha, cortiça, EVA ou material similar: imitação de ração feita com rolha. É simples, porém menos realista e mais fácil de ser recusada pelos tambas em dias manhosos, pois o anzol fica a mostra e em alguns casos é possível ver a aproximação do peixe com consequente desinteresse após observar o anzol. Há solução, colocando um pequeno pedaço de chumbo na rolha na extremidade contrária à que se encontra a ponta do anzol, fazendo com que ao cair na água, o anzol fique voltado para cima. A desvantagem desse método é que o peixe pode engolir a isca com mais facilidade. Os mesmos anzóis descritos acima podem ser utilizados.
3) Imitação de frutos com hairball: imitação de alguns frutos feitos com Deer Body Hair. A cor da isca vai depender da época em que se está pescando. A decisão da cor no momento da pescaria depende da observação do pescador, inclusive para determinar o material com que será atada a isca, uma vez que alguns frutos boiam ao cair na água (daí o emprego do Deer Hair), enquanto outras afundam, como os coquinhos (daí o emprego de “lã ball”, miçangas, cactos chenille, craft fur e outros materiais que afundam).
4) Imitação de ração, massinha, pão ou frutos com lã, chenille, craft fur e outros materiais que afundam: atados que irão afundar vagarosamente imitando algum alimento que o peixe esteja comendo naquela época do ano. É uma isca que necessita de maior dinâmica, isto é, mais arremessos, pois o peixe costuma pegar na caída dela na água. Portanto: arremessou, esperou afundar 5 ou 10 segundos, não bateu? Faça um roll cast seguido de um novo arremesso. Em alguns casos pode-se lastrear o anzol para aumentar a taxa de afundamento da isca ao cair na água.
5) As polêmicas miçangas: Existem inúmeros modelos, algumas nas cores café com leite, outras que nem parecem ração (bola de futebol miniatura, bola de basquete miniatura)... Enfim, a variedade é enorme. Alguns flytistas mais puritanos não consideram as miçangas como atados próprios para a modalidade de fly, e realmente não são, uma vez que podem ser utilizados em outras modalidades. No entanto, os tambaquis gostam, e muitos outros mosqueiros as utilizam com grande sucesso. Pode-se utilizar a miçanga sozinha ou em par no anzol, ou associadas a um EVA boleado para manter a miçanga logo abaixo da superfície. São iscas que estragam com facilidade quando recebem dentadas de pacus, tambaquis, pirapitingas e outros peixes, então se for utilizar miçangas, leve sempre algumas a mais para repor as quebradas.
Outras iscas: há quem tenha sucesso na pescaria de tambaqui utilizando streamers como “micro-minnow”, Woolly buggers, ninfas e até imitações de insetos. Depende muito do pesqueiro e do hábito alimentar do peixe, da disposição de alimentos diferentes da ração no tanque e até da quantidade de vezes que os peixes são alimentados diariamente ou semanalmente, pois quando famintos, podem atacar algo que nunca comeram antes.
O trabalho dessas iscas é bastante variável de acordo com as condições climáticas, cor de água, comportamento dos peixes naquele momento, temperatura da água, etc. Via de regra, peixes de pesqueiros são sedentários, e preferem iscas com trabalho lento.
- Opções de anzóis para atado
-O uso de sinalizadores de fisgada:
Eu conheço 2 tipos de sinalozadores utilizados em pesqueiros:
1)Rodelas de EVA de cor vibrante na parte superior da isca
2)Pequeno EVA boleado ou mecha de pelo de cor vibrante no meio do leader
Facilitam muito a identificação do ataque em meio às rações lançadas na água, mas podem assustar os peixes mais manhosos. Particularmente prefiro não usar sinalizadores, mas em dias de muito sol em que o reflexo na água ofusca a visão, sou obrigado a utilizá-los para não perder a ação.
8. TÉCNICA DE PESCA E A “FISGADA”
As técnicas de pesca em pesqueiros são limitadas, fato que faz com que alguns pescadores não tenham apreço pela pescaria em pesqueiros.
De longe a técnica mais utilizada consiste em jogar um punhado de ração na água e a sua isca no meio, e aguardar o ataque. Pode-se fazer o contrário, arremessando primeiro a isca e as rações em seguida.
A respeito desta técnica tenho algumas observações a fazer, que podem melhorar o seu desempenho na pescaria:
I) Quanto de ração jogar? Bem, não adianta jogar um saco inteiro de ração na água, pois o peixe provavelmente ficará “de barriga cheia” antes de encontrar sua isca. E não adianta jogar algumas poucas unidades de ração ou jogar uma por uma como se estivesse alimentando galinhas, pois o peixe possui memória associativa e condicionamento operante, isso significa que ao longo de sua vida, aprendeu que o seu alimento cai na água de forma similar todos os dias, passando então a associar o som ou a movimentação na superfície da água ao momento de se alimentar. Deve-se, portanto, fazer com que as rações caiam na água ao mesmo tempo, sem se espalhar muito, pois isso gera um som bastante fácil de ser identificado pelo peixe. Então não tem erro, nem o que inventar. Algumas ferramentas ajudam nessa tarefa, como as colheres de arremesso de ração e os estilingues, ambos à venda em lojas de pesca.
Observe também se o dono do pesqueiro ou o responsável por alimentar os peixes realiza algum “ritual” antes de alimentá-los. Esse “ritual” pode ser chacoalhar a mão na água, gerando som facilmente percebido pelos peixes, ou bater na água com uma vara de bambu, muito comum até mesmo em rios na pescaria de pacus e pintados por exemplo. Mas certifique-se de que isso é realmente utilizado no pesqueiro em que esteja pescando, caso contrário pode espantar os tambaquis e ainda ficar marcado no pesqueiro como doido.
II) Pescar de “espera” ou de “batida”? Quando se emprega essa técnica de pesca, talvez surja a dúvida entre arremessar a sua isca no meio da ração e esperar o ataque por vários minutos, ou arremessar a isca várias vezes, como na pescaria com as imitações de frutos caindo na água... Bem, pela minha experiência os melhores resultados são obtidos na pescaria de “espera” e observação. Observação que eu digo é averiguar onde os peixes maiores estão se alimentando. Eles podem estar se alimentando bem no centro de onde jogou as rações, ou nas periferias. Cabe então ao pescador observar o comportamento dos tambas naquele momento e colocar sua isca na posição mais estratégica, resistindo à tentação de tirar a isca de um lugar aparentemente parado e arremessar em outro ponto onde um tamba gigante acabou de bater.
A “FISGADA”, é a ação que mais faz o mosqueiro iniciante perder troféus. Para quem leu este texto enorme até agora, percebeu que em todos os momentos coloquei a “fisgada” entre aspas, propositalmente. É vício adquirido na modalidade de bait, o de fisgar o peixe, puxando com força e firmeza a vara para trás, quase que “arrancando a boca do bicho” em alguns casos.
Na pescaria de tambaqui com fly em pesqueiros, deve-se evitar fisgadas, por 2 motivos:
1)Não há necessidade... A própria mordida do peixe faz com que o anzol perfure as estruturas mais moles da boca.
2)A fisgada causa ruptura do tippet... Então já sabe que a próxima vez que fisgar e estourar a linha, não adianta dizer “era tão grande que levou tudo...”, pois mesmo com um peixe pequeno o tippet pode estourar durante a fisgada.
- O que fazer então, quando o peixe atacar a isca?
No caso da pescaria de tamba em pesqueiro utilizando imitação de ração, o que eu gosto de fazer é apenas firmar a vara e esperar a corrida do peixe. Quando ele iniciar a corrida, deixo levar os primeiros centímetros de linha e vou aumentando a pressão na linha gradativamente, até que eu tenha o controle da situação. Dessa forma, o anzol penetrará nas estruturas ósseas da boca do peixe e o tippet vai aguentar a tensão da arrancada do tamba.
9. DURANTE A BRIGA
A briga com alguns tambaquis parece um verdadeiro cabo de guerra, você puxando de um lado quando ele “cansa”, e ele levando toda sua linha quando recupera o fôlego.
A briga é a parte mais difícil da pescaria, pois deve-se prestar muita atenção nos movimentos do peixe, imaginando o tempo todo por onde o tippet está passando na boca dele. Quando o peixe está nadando em uma linha horizontal, vamos supor que para a direção esquerda, eu gosto de inclinar a ponta da vara também para a esquerda. Movimentar a vara para os lados nem sempre é a melhor opção, então não tentarei criar “regrinhas” de posicionamento de acordo com o nado do peixe. Mas há uma dica importante acerca da briga com o peixe: nunca tente quebrar o nado do tambaqui como fazemos na pescaria de tucunaré. Caso tente domar a fera na brutalidade, terá um tippet estourado ou um anzol aberto.
10. DICAS
1)Cheque sempre sua linha em busca de nós de vento (Wind knots) no seu tippet. Os nós são causados por arremessos errados, ou com atraso no tempo ou com movimentos muito rápidos sem dar o tempo certo para a linha desenrolar no false cast. Ventos repentinos podem causar esses nós no tippet também. E cada nó no tippet reduz em 50% a resistência do tippet. Não inventei esses dados, a RIO publicou um vídeo no youtube mostrando exatamente isso, deixarei o link do vídeo logo abaixo.
2)Após cada “fisgada”, verifique a integridade do tippet próximo ao anzol, bem como fazemos na pescaria de tucunarés ou robalos.
3)Mantenha-se de costas para o sol. Assim o peixe vai enxergar apenas sua silhueta, confundindo-o com um galho ou qualquer outra coisa. Ficar de frente para o sol ressalta o brilho de sua pele, carretilha, vara, óculos e vestimenta, assustando os peixes mais próximos.
4)Amasse as fisgas dos anzóis. Para todas as pescarias, em todas as iscas... Assim machucará menos o peixe, facilitará a entrada do anzol em estruturas ósseas, agilizará a manipulação do peixe quando este chegar à margem e evitará a necessidade de procedimentos cirúrgicos caso o anzol entre em você ou em seus parceiros de pesca.
5)Cuidado com o boga grip, ou alicates pega-peixe, pois a boca do tambaqui é compacta. Quem nunca viu um boga grip varar a boca de alguns peixes? Pois bem, vamos evitar danos ao peixe, pois sem ele o nosso amado esporte não existiria...
Grande Abraço!
As bolhas no acabamento foram um erro ao passar resina epoxi. Estava vencida, e quando fui estourar as bolhas com calor, catalisou instantaneamente, prendendo inúmeras bolhas no epoxi. Tive de lixar o epoxi para retirar as bolhas mais superficiais e refazer o acabamento com verniz automotivo de PU 5x1. Não ficou perfeito, mas consegui me livrar da maioria das bolhas. Agora vou me atentar mais ao prazo de validade da resina rs
Abraço.
8°- Preparar os pitões (usei fio odontológico de 0,8mm)
9°- Insira os pitões com super bonder + pó de madeira
10°- Começar os entalhes... Nessa isca fiz poucos, apenas as escamas. Não deixei a guelra, nadadeira e boca em relevo, mas é possível fazer e fica muito legal.
11°- Adesivo de alumínio é o material que melhor consegue reproduzir o brilho natural dos peixes
12°- Usando um formão ou estilete, terminar os desenhos, mantendo o máximo de simetria, sempre.
13°- Acrescentar os olhos, fazer uma pintura caprichada... E dar acabamento:
Agora a isca está secando, quando estiver pronta com garateias eu posto mais fotos!!
Qualquer dúvida, sugestão, críticas... Sintam-se a vontade!
Abraço!
Bacha.
As bolhas no acabamento foram um erro ao passar resina epoxi. Estava vencida, e quando fui estourar as bolhas com calor, catalisou instantaneamente, prendendo inúmeras bolhas no epoxi. Tive de lixar o epoxi para retirar as bolhas mais superficiais e refazer o acabamento com verniz automotivo de PU 5x1. Não ficou perfeito, mas consegui me livrar da maioria das bolhas. Agora vou me atentar mais ao prazo de validade da resina rs
Abraço.
Olá a todos, estive ausente do fórum por algumas semanas devido aos estudos, mas estou de volta...
Estou tentando aprimorar um pouco o realismo nas iscas artificiais que faço em madeira, e a isca deste passo a passo foi a primeira neste estilo, ainda há muito o que melhorar, e conforme os resultados forem melhorando eu posto aqui para vocês.
Ação: Twitch Bait (5cm)
Madeira: Guajuvira (pouca flutuabilidade)
1°- Projeto. O papel rabiscado é fundamental para nos mostrar o que pretendemos criar e nos permite economizar tentativas falhas. É mais fácil apagar o desenho que refazer o projeto.
2°- Escolher a madeira adequada ao projeto e recortar:
3° Arredondar o corpo. É um passo importante para o realismo da isca... Nenhum peixe de verdade possui quinas...
4°- Furação para o encaixe dos pitões:
5°- Furação para inserir o peso para balanceamento da isca:
6°- Iniciar os testes com chumbo, determinar a quantidade de peso necessário para o projeto e inserir no furo.
8°- Preparar os pitões (usei fio odontológico de 0,8mm)
9°- Insira os pitões com super bonder + pó de madeira
10°- Começar os entalhes... Nessa isca fiz poucos, apenas as escamas. Não deixei a guelra, nadadeira e boca em relevo, mas é possível fazer e fica muito legal.
11°- Adesivo de alumínio é o material que melhor consegue reproduzir o brilho natural dos peixes
12°- Usando um formão ou estilete, terminar os desenhos, mantendo o máximo de simetria, sempre.
13°- Acrescentar os olhos, fazer uma pintura caprichada... E dar acabamento:
Agora a isca está secando, quando estiver pronta com garateias eu posto mais fotos!!
Qualquer dúvida, sugestão, críticas... Sintam-se a vontade!
Abraço!
Bacha.
As bolhas no acabamento foram um erro ao passar resina epoxi. Estava vencida, e quando fui estourar as bolhas com calor, catalisou instantaneamente, prendendo inúmeras bolhas no epoxi. Tive de lixar o epoxi para retirar as bolhas mais superficiais e refazer o acabamento com verniz automotivo de PU 5x1. Não ficou perfeito, mas consegui me livrar da maioria das bolhas. Agora vou me atentar mais ao prazo de validade da resina rs
Abraço.