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Marcel Werner

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Tudo que Marcel Werner postou

  1. Falcão, Esse setor não é diferente dos demais no país. Livre mercado passou bem longe daqui. Vivemos num Estado de bem-estar empresarial, onde quem conseguiu desvendar e passar por todas as etapas do processo de licenciamento (são vários) pode trabalhar, mas os amigos do rei têm acesso a dinheiro transferido dos pobres para eles - defendo a inexistência de qualquer subsídio ou empréstimo estatal. Aliás, a concorrência nos rios da Amazônia tem sido uma aberração. Onde cabe muita gente, se disputa espaço. Onde cabe pouca gente, defende-se acesso irrestrito. Onde vai ter qualidade? Nenhum dos dois. Uma das raízes desse problema é falta de capitalismo: não existe propriedade privada sobre águas no Brasil. Divago: embora eu me afaste das questões indígenas, começo a pensar que também resolve com propriedade privada. Sobre contrapartida, concordo! Eu, por exemplo, passei por coisas que dinheiro nenhum pode pagar. Boas e ruins. Mas acho que os pescadores em geral não dispõem de informações suficientes para avaliar a contrapartida que estão recebendo, ou possuem valores diferentes. Você pode escolher entre pagar 10 mil pra acampar no mato ou ficar num hotel de luxo na Europa, tem gente que enxerga valor em um e não no outro. Existe um outro conceito que é a Viabilidade Econômica, e precisa ser atendido. Em outras palavras, precisa dar lucro. Como o pescador não tem acesso a esses dados, não leva em consideração. Mas, veja só que curioso: existem operações com preço de custo e até abaixo da viabilidade, por motivos dos mais diversos. Sei que tem gente que não se importa, o que interessa é pagar barato. E o exemplo de Dubai foi aleatório. Quando puder sair do Brasil, vou pescar Barramundi, sei nem que pescaria que se faz em Dubai. 😁 Abraço.
  2. “Deve estar” significa que você não mediu, certo? Primeira coisa que sugiro fazer é medir. Segunda coisa é conferir se está regulando direito. Terceira é abrir a carretilha pra conferir, se você tem confiança. Se o problema persistir e você não encontrar nada errado, explique para o Alemão (aqui no fórum tem o contato) e veja com ele o que fazer. Dica extra (parece óbvio, mas muitos cometem esse erro): de maneira alguma envie sua Shimano para quem não gosta de Shimano. OBS.: as minhas duas estão ótimas com muitos dias de pescaria na Amazônia. Abraço.
  3. Já que você não falou a pescaria a que se destinam, vou deduzir que pesca principalmente azuis, como o deu avatar. Dessas carretilhas que você citou, só melhora indo pra Metanium MGL XG, talvez a nova Antares (tá saindo uma versão um pouquinho mais compacta) e algumas carretilhas com DC (Metanium, Antares, Excense).
  4. Já que você não falou a pescaria a que se destinam, vou deduzir que pesca principalmente azuis, como o deu avatar. Dessas carretilhas que você citou, só melhora indo pra Metanium MGL XG, talvez a nova Antares (tá saindo uma versão um pouquinho mais compacta) e algumas carretilhas com DC (Metanium, Antares, Excense).
  5. Entre as duas cotadas, já tive as duas e a durabilidade e confiabilidade da Freedom é, pelo menos, o dobro da Moura Clean. Já tive DF1000 e muitas DF2000, inclusive na minha operação na Amazônia são todas DF2000. Mas “a melhor” é a Optima Blue Top, vale a pesquisa e, com certeza, vale o investimento (bem alto). Já tive também e não se compara.
  6. Sei que ninguém perguntou sobre anzóis, mas pode ser útil: T20 nada melhor com 3/0. Neste tamanho, Owner abre fácil e Decoy não abre. VMC vira palito até com Peixe de 1 kg e o BKK Lone Diablo deve aguentar, mas eu não testei. Com 4/0, a T20 nada mais pesadinha, afunda mais fácil. Eu gosto. Owner dificilmente abre, mas pode acontecer. Decoy não abre. VMC nem pensar e BKK não testei. Resumindo: teste Decoy 3/0 e 4/0, escolha a configuração que proporcionar o trabalho que você gostar mais. Na falta, Owner 4/0.
  7. As melhores iscas artificiais, a meu ver, podem ser escolhidas por dois parâmetros. O primeiro é a produtividade. Creio que dizer que “a T20 pega mais porque é a mais utilizada” é um equívoco. Ela é a mais utilizada porque, num determinado momento histórico, se destacava em produtividade e sua fama ficou estabelecida. Mais: permanece em tal condição porque, apesar da imensa gama de modelos criados desde então, contamos nos dedos os modelos tão ou mais eficientes - mesmo dentre as cópias da T20. Isso também vale pra Bonnie, Red Pepper, Saruna, The First etc. Mesmo após décadas, com tantas concorrentes mais modernas, elas ainda figuram no topo da produtividade. E suas cópias, mesmo com custo muito mais acessível, não chegam aos pés, e olha que Red Pepper e TF possuem cópias bem atraentes. O único caso que me lembro de exceção é o da Firestick, a cópia que superou a original Ken Stick - com a ressalva de que pescamos Tucunaré, pois um pescador no Japão pode discordar. No critério produtividade, devemos levar em consideração a técnica do pescador, que consegue se sobrepor à qualidade da isca e proporcionar resultados contrários à tendência, ao esperado. A outra visão que se pode ter é sobre recursos técnicos da isca. É uma discussão para os mais técnicos, sendo necessária uma certa experiência e bastante sensibilidade. Dentro das características esperadas para cada pescaria, as iscas podem apresentar melhores ou piores atributos. Mas, para atender ao propósito do tópico, exibirei a minha opinião. 1- a melhor isca do mundo é, na minha opinião, a Realis Pencil, dos tamanhos 85 e 110. Possuem características idênticas, têm os mesmos recursos e tudo mais. A 130 não me agrada e não tem a mesma desenvoltura, e a 65 ainda não chegou pra mim. O que me leva a eleger esta isca é a quantidade inacreditável de trabalhos que se pode executar. São inúmeras variações, velocidades, transições, inclusive na subsuperfície. É uma isca com resistência a impactos e torções bastante superior à maioria das iscas. Tem acabamento impecável e ótima gama de cores e acabamentos. O rattlin é extremamente eficaz para tucunarés. Arremessá-la é muito fácil, pouquíssimos modelos igualam. Tem altíssima flutuabilidade, o que permite reforço de anzóis visando à luta com peixes fortes. O fabricante divulga resultados dessa isca com uma enorme variedade de espécies ao redor de todo o mundo, não somente fotos, vídeos também. Não consigo apontar defeitos. 2- Shore Line Shiner. É uma isca ímpar e pouco copiada. Meia água que flutua como um Stick, com uma técnica apurada é possível transitar entre os dois, manipulando com específicos toques de vara a posição do cilindro interno. Esta característica é tão única que a coloco como segunda, até por ser uma isca muito difícil de imitar. Executa também vários trabalhos de meia água com excelente desenvoltura e seu rattlin é muito eficaz com robalos e tucunarés. Obs.: a Queen do Nakamura (para mim a melhor isca brasileira no quesito técnico) também transita entre Stick e meia água, mas por meios diferentes e sem opção de escolha. 3- a terceira é a Saruna e eu quero parar por aqui. Em todos os tamanhos da 80 à 147MAX, possuem características presentes em todas e também únicas de cada tamanho. Seguiria com Dog-X (teria que falar de cada modelo, sendo que todos são incríveis), X-Rap e a lista ficaria bem grande. Uso/usei apenas umas 10 iscas diferentes em cada um dos muitos lugares que já pesquei. E é por isso que a lista é enorme. E adoro testar novidades e a lista vai crescer, aos poucos, com muito critério. Essa é minha contribuição pro tópico. Forte abraço a todos.
  8. Amigos, não me faço rude ou mal-educado. Por favor, enxerguem apenas a minha boa-vontade de tentar contribuir para o seu enriquecimento financeiro, através de um estudo de caso pautado na lei do mercado (oferta e demanda): já que o negócio é tão lucrativo, abram operadoras de pesca vocês também. Isso vale para tudo que você encontrarem ao redor. Lacoste cobra caro? Abram lojas de roupa que dá muito dinheiro. BMW é caro? O que estão esperando para iniciarem sua própria fábrica de carros? E não digam que só quem já tem muito dinheiro consegue começar. Eu comecei com pouco e conheço quem começou com menos ainda, vendendo um Siena velho, então não tem desculpa. Juntem-se a nós e vamos todos passar o próximo Réveillon em Dubai.
  9. Valtolino, Investir na vara é mais importante que na carretilha. Se for customizar, recomendo fazer uma com o Waka. Já que precisa de distância, acima de 6’ é recomendável. Algumas carretilhas DC ajudam a arremessar longe sim, as que são feitas para multifilamento, mas são muito pesadas. Excense, Antares, se não me engano a Metanium também. Caso opte pelas convencionais, a Scorpion/Curado 70/71 XG é a opção mais racional de todas. Se puder pagar pela nova Antares mais compacta, sem dúvida valerá a pena.
  10. Que pescaria fantástica, Maurício!!! Sensacional! Obs.: a perda das varas é mesmo de chorar!
  11. Se eu fosse o dono da pousada, não teria saído pra procurar barco nem nada. Isso é trabalho pra funcionário. Obrigação de operador é com o cliente! Eu não teria desgrudado dos pescadores nem um minuto enquanto não estivessem tranquilizados e satisfeitos, com todas as dúvidas esclarecidas e possíveis compensações por erros estabelecidas. Quanto aos materiais perdidos, por ter acontecido em virtude de evento natural, não é responsabilidade da pousada. Mas justifica uma busca com mergulhadores, pois guias geralmente encontram os materiais perdidos e ficam para si. Eu resgataria o possível e enviaria, já feita a manutenção, para os clientes. Os guias precisam de um pouco mais de treinamento, só isso. Tudo é uma questão de postura. De tanto o João Medeiros fazer propaganda, ainda tenho vontade de ir lá, mas depois dessa, muito atento com esses detalhes. Já peguei “tempo ruim” lá e não conseguimos sair nem de bassboat, deve ter sido mesmo terrível a situação. Que bom que estão todos a salvo!
  12. Acho que você quis dizer subdimensionado, ao invés de ultra light. E não, não é quase sempre fatal. Compreendo que você tenha essa impressão (eu já tive!) ou tenha passado por algum evento do tipo, mas a prática e a repetição desses acontecimentos me fizeram saber que não é assim. E material sobredimensionado também provoca lesões/traumas mais significativos, além de perder a graça da briga. Cada material deve ser empregado de forma equilibrada. Além disso, é tão difícil e complexo determinar as variantes sobre equilíbrio do material... Quando pescamos tucunarés açus na Amazônia, pegamos peixes de 500 g a 10 kg com o mesmo material, sendo que a enorme maior parte dos peixes tem entre 1,5 e 3 kg. E aí, dimensiona pra qual? Tenho certeza de que a sua intenção é a melhor e legítima em relação à integridade do Peixe, brigas mais longas expõem sim o Peixe bastante, cansam mais, mas longe de ser fator determinante. Manuseio, esse sim, é fator determinante, estamos muito distantes de uma realidade com manuseio minimamente danoso. Inclusive sobre recuperação de um peixe que cansou demais.
  13. Valeu, Carocinho! Aquisição de conhecimento é um investimento importante em tudo que fazemos. Na pesca, pode ser a diferença entre ter sucesso em determinada pescaria ou se conformar em estar naquele lugar. Muito comum isso acontecer. Abraço e sucesso no seu programa também.
  14. Eu tenho uma Metanium XG que comprei assim que lançou. Usei até moer, hoje está aos cacos. Terceiro jogo de coroa e pinhão, precisando trocar evoutrocar e usar de novo. Até rolamento já quebrou de tanto uso, não porque não presta. Maravilhosa, mas não compro outra. É extremamente confortável, mas pra Tucunaré grande vou de Antares ou Curado/Scorpion 200, e pra Tucunaré pequeno vou de Aldebaran ou Curado/Scorpion 70. E sempre nas versões mais rápidas da geração mais recente, ninguém tá involuindo nada, nem a Marine Sports, quanto mais Shimano e Daiwa. Mas, pra peixe pequeno, já pensou em molinete?
  15. Muito obrigado pelo reconhecimento, Jorge! Cada oportunidade de mostrar o meu trabalho é sempre muito prazerosa. Quando cumpre-se o objetivo, melhor ainda! Forte abraço! PS.: não tenho acompanhado tanto o fórum. Vou retomar.
  16. Graças às redes sociais, picaretas de todos os tipos estão se sobrepondo aos tecnicamente capazes. Tem sucesso quem sabe atingir audiência, muito mais do quem sabe o que está fazendo. Geração lixo.
  17. Gehhard, Peso e comprimento são categorias distintas. Inclusive, o Peixe submetido pra uma, não pode ser submetido pra outra. Por peso, você pode registrar qualquer espécie que seja reconhecida pela ciência, que seja normalmente pescada, que tenha pelo menos 1 libra de peso e cumprindo as normas internacionais de pesca emitidas pela IGFA, que você pode obter no site deles. Nesse documento tem isso e tudo mais que você precisa saber, recomendo ir direto lá. Por comprimento, somente as espécies listadas por eles. Já pedi para abrir novas espécies de tucunarés por comprimento, mas fica só na promessa. Para registrar o recorde soltando o Peixe vivo, você deve ter um BogaGrip original que esteja com aferição válida pela IGFA. Você pode comprar em sites americanos e mandar entregar na sua casa. Se você estiver disposto a bater o recorde matando o Peixe, aí se vira sozinho que eu me recuso a ajudar. Pode usar garatéias sim. O uso de anzóis no lugar das garatéias tem uma série de outros motivos, mas não esse do recorde. Boa sorte.
  18. Show, Maurício!!! Parabéns pelos lindos peixes e relato emocionante. Forte abraço!
  19. Tu transformou a Fakestick em Frankestickein. 😳🤯
  20. Tem várias iscas que fazem isso, meu amigo Maurício! A Stick Popper da Borboleta é uma delas, assim como a lindíssima e raríssima Mouth Washer da Daiwa. E várias outras. Com barbela como a do Jorel também já vi, mas não me recordo os modelos. Não sei quem é mais curioso, nosso amigo Jorel ou o Tucunaré. 🤣 Abraços em todos.
  21. Em tempos de desavenças por verdades particulares, um chamado à lucidez se faz mais importante que instruções técnicas. Muito obrigado, mestre @Pepe Melega, por compartilhar sua sabedoria (técnica e de vida) conosco. Forte abraço!
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