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Tudo que Augusto Mestieri postou
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Cota zero. Radicalismo dara certo?
Augusto Mestieri respondeu ao tópico de Nelson Jr em Assuntos Gerais (água doce)
Concordo plenamente, acho que nem os pescadores amadores que consomem os peixes dentro da cota, nem os que pescam e soltam, contribuem para extinção dos peixes. Desde muito jovem acompanhei a morte de vários rios dentro e fora do estado de São Paulo, e recentemente venho acompanhando também o renascimento de outros como por exemplo o Rio Piracicaba, Rio Pardo entre outros. O que matava os rios em São Paulo era o derramamento de garapão que hoje é burrifado nas culturas pois é um ótimo fertilizante. O garapão acabava com os peixes, matava tudo. As barragens e outro fator que acaba com a reprodução. No MS, o problema foi o assoreamento e a pesca profissional indiscriminada. Eu sou contra a cota zero por que entendo que o problema está tão somente na fiscalização. Com a implantação da cota zero, as pessoas de bem que querem trazer um peixinho pra familia deixam de frequentar o local, com menos pessoas pescando o caminho fica mais fácil pra quem não respeita as leis e fica mais a vontade para jogar tarrafa, redes, joão bobo e etc. Acho que a lei só espanta os bons pescadores e ajuda os maus. Abraços aos amigos pescadores. -
Olá, meu nome é Augusto Mestieri, me formei em adm empresas e hoje também atuo como fotógrafo, me pós graduei em finanças. Amo a natureza e sou pescador amador desde os meus 5 anos. Iniciei pescando lambaris e carás, raramente pegava uma traíra e quando pescava uma era aquela festa. As férias escolares passava numa fazenda andando a cavalo a pelo, nadando em rios e pescando. Sempre pesquei, portanto acompanhei a degradação do meio ambiente, as industrias que poluíram os rios, garapão que matava tudo e a falta de saneamento que despejaram venenos, esgotos e detergentes nos rios de São Paulo. A pesca profissional que acabou com os peixes do pantanal ajudado pelos fazendeiros que acabaram com as matas ciliares que acabaram assoreando os rios. Minha primeira pescaria no rio Araguaia aconteceu em 1977, época em que se pescava vários peixes grandes em um único dia, depois começaram a pesca profissional que acabou com os peixes por lá, ainda bem que isto acabou. Me lembro das crianças que nasciam sem cérebro em Cubatão, cheguei a pescar no casqueiro quando ainda pegava pescada amarela e muito robalo, mas como era criança meu pai não deixava a gente entrar no barco. Não peguei a época que se pegava caranhas com certa facilidade, mas ouvi muitas histórias de linhas de aço quebradas, na época não existia ainda a linha de nylon, então os pescadores usavam cordas de violão e cabos de aço. Pesquei diversos finais de semana em Alcatrazes quando ainda era permitido. Já pesquei na Grande Barreira de Corais da Austrália, coisa que hoje imagino ser totalmente proibido. Capturei diversos tipos de peixe incluindo alguns que nem sei o nome. Pesco uma vez por semana, e pretendo pescar mais. Moro em São Paulo na região dos Jardins, e como todo pescador, quando não estou pescando estou comprando algo ou visitando lojas de pesca. Acredito que tantos os pescadores amadores (que trazem peixes dentro da cota) quanto os que fazem pesca esportiva representam o mesmo impacto ambiental, que na minha opinião é quase nulo. Pratico os dois tipos de pesca, mas sou a favor da cota de pesca e da maior fiscalização. Acho que não adianta nada fazer mais leis restritivas se o problema é falta de recurso para fiscalização. Não adianta nada restringir o pescador amador se o problema são a pesca predatória e a poluição e degradação dos rios. Acho que já esta suficiente a minha apresentação. Abraços aos amigos pescadores.
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Cota zero. Radicalismo dara certo?
Augusto Mestieri respondeu ao tópico de Nelson Jr em Assuntos Gerais (água doce)
Kid M, sua colocação pra mim é perfeita, minha satisfação em ler seu post é igual a que tive quando li o post do Xandego. Antes de me inscrever neste forum percebi o alto nível dos integrantes, e me sinto em casa apesar de ser novo e ter postado apenas alguns comentários. Adoro a diversidade de opiniões, e vejo aqui um local democrático onde todos respeitam outros pontos de vista, mesmo que nem sempre concordem. Quando falei em hipocrisia estava apenas alertando para o fato de que muitos pescadores acham que ao soltarem os peixes ficam de consciência limpa e acham que de nenhuma maneira depredaram o meio ambiente. Apenas acho que tanto os pescadores que respeitam as cotas de captura e aqueles que pescam e soltam interferem igualmente na quantidade de peixes que restam na natureza. Também sou do tempo em que se pescava 800 kilos de peixe em um dia, me lembro de ir em comunidades carentes com uma veraneio cheia de peixes para doar. Ainda bem que isto acabou... Sinto uma evolução tanto nas leis quanto nos pescadores. Sou contra radicalismos, e considero que a educação tem que andar em conjunto com as limitações e punições da lei. Pesco normalmente um dia por semana, e tenho tempo para pescar mais, o que falta normalmente é companheiro. Obviamente solto muito peixe, mas faço isto normalmente sem ao menos fotografar para evitar estressar o peixe ainda mais. Já me deparei inúmeras vezes com pesca predatória tanto em águas continentais como no oceano e sinto que o problema hoje não está em fazer leis e sim em melhorar a fiscalização. Acho que a figura do pescador profissional em águas continentais deveria ser extinta. Penso que toda critica construtiva é bem vinda. Abraços aos amigos pescadores. -
Cota zero. Radicalismo dara certo?
Augusto Mestieri respondeu ao tópico de Nelson Jr em Assuntos Gerais (água doce)
Xandengo, obrigado pelos esclarecimentos, fico feliz em saber que o Deputado Frederico Nascimento seja um conhecedor da pesca e além disso uma pessoa digna. Seria bom que existissem mais políticos assim. Quanto ao valor, calculo que por pessoa gastemos por volta de 2500 como são duas pescarias uma com 19 pessoas e outra com 12, posso realmente ter errado no cálculo, mas não muito. Além disso sempre tem os extras. Com referência a tortura de peixe, pelo que conversei e pesquisei existe uma margem de aproximadamente 10% dos peixes que são fisgados em pesque e pague morrem, mesmo quando se utiliza anzol sem farpa. Entendo que o sistema nervoso possa ser menos desenvolvido, e que a dor que eles sintam possa ser menor. Mas o estresse nitidamente é gigantesco. E quanto mais esportivo o peixe, mais frágil ele é. Já tive o desprazer de soltar peixes que nitidamente não teriam condição de viver. Eu como muitas pessoas aqui do fórum também praticam a pesca esportiva. E como praticante da pesca esportiva, vejo muita hipocrisia quando um pescador solta por exemplo uma corvina pega a mais de 30 metros de profundidade com a bolsa natatória pra fora da boca. Já tive que soltar cachorra com a boca quebrada por que não tinha a medida para captura. Prefiro pescar menos tempo e capturar apenas o que serve para consumo a pescar diversos peixes e soltar. Mesmo quando estou praticando a pesca esportiva, uso material que seleciona os peixes pelo tamanho e dificuldade. Prefiro insistir e iscas de superfície, que pegam normalmente exemplares maiores, mas em muito menos quantidade, a usar uma meia água e capturar um monte de peixes. Acontece que a maioria dos pescadores esportivos ou que se dizem esportivos usam iscas vivas. Isto me parece uma tremenda inconsistência, pois para capturar alguns exemplares sacrificam diversas iscas. Sem falar que nunca conheci um pescador esportivo que pesque na natureza com anzóis sem farpas, condição básica da pesca esportiva. Concordo com a pescaria esportiva, praticada com apenas e tão somente iscas artificiais, e com anzóis sem farpa, e que o peixe seja liberado imediatamente, sem a utilização de alicate de contenção (que machuca muito o peixe). Ai acredito que o peixe tenha melhores condições de sobreviver e escapar dos botos e das piranhas. Estou muito feliz com o alto nível de esclarecimento, do seu comentário. Me sinto privilegiado por ter recebido suas observações ao meu post. Continue assim, e apesar de não concordarmos em alguns pontos sempre terei o prazer em discutir assuntos relacionados a pesca com você. Abraços aos amigos pescadores. -
Cota zero. Radicalismo dara certo?
Augusto Mestieri respondeu ao tópico de Nelson Jr em Assuntos Gerais (água doce)
IMPORTANTE, depois de ler e reler a lei entendi o seguinte: Goiás esta criando uma nova figura de pescador que ainda não foi contemplada em nenhuma lei anteriormente escrita que é a figura do pescador esportivo. Pensando neste pescador, que pratica o pesque e solte Goias vai regulamentar regiões onde só poderá ser desenvolvida esta prática, e nestes locais será proibido o transporte de pescados. Nos lugares outros lugares o pescador amador poderá pescar e transportar o pescado só que agora com uma cota maior, antigamente era 5kgs + um exemplar agora aumentou para 30 kgs + um exemplar. Entendi também que como as represas "inclusive Serra da Mesa" e os rios Araguaia e Paranaiba que são de responsabilidade Federal não poderão ser inclusas nas áreas a serem regulamentadas. Por esta razão o que houve foi uma tentativa de desenvolver áreas que ainda não tem muitos pescadores. Na cabeça do legislador, com uma lei de proteção rios menores menos conhecidos se começarem a pegar muito peixe é provável que aumente a frequência de pescadores esportivos que praticariam o pesque e solte. Sendo assim Goias teria locais super piscosos apenas para pescadores esportivos, aqueles que na descrição praticam o pesque e solte. Depois de muito ler e reler foi isto que entendi. Abraços, Augusto -
FINALMENTE GOVERNADOR APROVA COTA ZERO EM GOIÁS
Augusto Mestieri respondeu ao tópico de JCKruel em Assuntos Gerais (água doce)
IMPORTANTE, depois de ler e reler a lei entendi o seguinte: Goiás esta criando uma nova figura de pescador que ainda não foi contemplada em nenhuma lei anteriormente escrita que é a figura do pescador esportivo. Pensando neste pescador, que pratica o pesque e solte Goias vai regulamentar regiões onde só poderá ser desenvolvida esta prática, e nestes locais será proibido o transporte de pescados. Nos lugares outros lugares o pescador amador poderá pescar e transportar o pescado só que agora com uma cota maior, antigamente era 5kgs + um exemplar agora aumentou para 30 kgs + um exemplar. Entendi também que como as represas "inclusive Serra da Mesa" e os rios Araguaia e Paranaiba que são de responsabilidade Federal não poderão ser inclusas nas áreas a serem regulamentadas. Por esta razão o que houve foi uma tentativa de desenvolver áreas que ainda não tem muitos pescadores. Na cabeça do legislador, com uma lei de proteção rios menores menos conhecidos se começarem a pegar muito peixe é provável que aumente a frequência de pescadores esportivos que praticariam o pesque e solte. Sendo assim Goias teria locais super piscosos apenas para pescadores esportivos, aqueles que na descrição praticam o pesque e solte. Depois de muito ler e reler foi isto que entendi. Abraços, Augusto -
Cota zero. Radicalismo dara certo?
Augusto Mestieri respondeu ao tópico de Nelson Jr em Assuntos Gerais (água doce)
Caro Ramon, com todo o respeito, acho que sua colocação esta completamente equivocada. Entendo que muitas pessoas pensem como você. Mas eu não acho justo sequestrar um peixe, fazê-lo sentir todo o estresse da captura e depois fazer isto repetidamente. Acho muito melhor uma pessoa que pesca seus 5 ou 6 mandubés para comer, do que uma pessoa que pesca 30 a 40 peixes por dia pelo mero prazer de fazê-lo sofrer e depois soltar. Acho que a pesca esportiva como está hoje sendo desenvolvida é muito pior para os peixes do que a pesca amadora com o objetivo de comer o pescado, lógico que tudo dentro da lei que era de trazes os 5 ou 6 mandubés. Não acho que o homem é um ser tão superior que pode machucar um monte de peixe para obter prazer. E perante a religião então nem se fale, os animais foram colocados no mundo para alimento. Portanto acho que este pensamento radical de que a cota zero é uma coisa boa, sem duvida nenhuma não é. Além do mais a gente sabe que os peixes que encontramos nas peixarias são pescados utilizando-se redes, bombas, tarrafas, espinheis, arrastões e diversas outras formas de pesca que tem um impacto ambiental muito maior. Sou a favor de uma cota para o pescador amador, mas além disso sou a favor de uma maior fiscalização tanto no rio como nas rodovias. E no Brasil como sabemos este tipo de lei serve apenas como intuito de marketing pois é feita normalmente por alguém que não entende nada do assunto mas que foi influenciado por universitários ainda muito jovens e sem experiência, e a lei é aprovada como moeda de troca para um outro projeto onde normalmente os politicos estão levando uma graninha. Esta é a realidade. Pesco no rio Araguaia desde 1977, estou cancelando minhas duas pescarias no Araguaia e eu e minha turma iremos pescar na Bahia. Onde a cota é normal. Pior para Bandeirantes e Luis Alves que vai perder quase 100 mil reais que iriamos deixar lá este ano como fazemos todos os anos. Não sou torturador de peixes, apenas um pescador amador que solta apenas os peixes que não tem medida e paro de pescar quando atinjo minha cota. Abraços, aos amigos. -
Mais uma na represa de Salto Grande - Americana - S.P
Augusto Mestieri respondeu ao tópico de Leonardo Dix em Relatos de pescaria (água doce)
Não tinha visto o post, legal vc ter postado. Agora vamos tentar fazer desta pescaria uma diversão semanal. Abraços Augusto Mestieri