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Elias Neto

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Tudo que Elias Neto postou

  1. @Mike Que bom que se interessa pelo tema! Quanto aos questionamentos, lá vai: Hélices comuns de alumínio possuem pás de maior espessura devido a baixa resistência mecânica do material e portanto gastam mais energia para "entrar" na água (Hélices de superfície entram e saem da água em alta velocidade). Basta imaginar duas facas cortando água a 200km/h, uma de chapa fina e bem afiada e outra de capa grossa sem lâmina, percebe o desperdício de energia? Essa dificuldade de "entrar" na água causa aeração, diminuição de rotação, diminuição do empuxo e consequente diminuição de velocidade da embarcação. Mas dizer que apenas hélice do tipo Cleaver ou semi Cleaver podem gerar empuxo trabalhando na superfície está errado pois qualquer hélice tem essa capacidade, umas com maior eficiência outras com menor eficiência (bemmm menor no caso das hélices de alumínio). @Fabrício Biguá me corrija se estiver errado, mas a maioria dos Bass Boats utilizam hélices comuns de inox (de grandes passos e alto desempenho, porém não são Cleavers) e conseguem, com a atuação do Jack Plate Hidráulico, atuarem como hélices de superfície pois a embarcação entra em planeio com o motor baixo (hélice afogada) e depois de uma certa velocidade vai se aumentando a altura do motor e tirando aos poucos a rabeta da água fazendo com que o arrasto diminua, o giro aumente e Voilà! Temos uma hélice comum atuando como hélice de superfície! O que precisa ficar claro para quem pretende investir em hélices de superfície é que toda essa engenharia é voltada para velocidade final e não para força! Eu utilizo Cleaver em uma embarcação de competição com 4.5kg/hp, mas a minha Marajó continua com hélice comum pois com carga chega a 12kg/hp! CLEAVER FUNCIONA PARA EMBARCAÇÕES COM BOA RELAÇÃO PESO/POTÊNCIA! Com a hélice de superfície ganha-se em velocidade final, mas perde-se muito em arrancada e capacidade de carga. Abaixo mais um exemplo de uso da hélice de superfície, veja que trata-se do seguinte conjunto: Barco de alumínio Princecraft 14" Motor Evinrude 1990 20hp com carburadores maiores. CDI sem limite de rpm Jack Plate Power Trim Velocidade/rotação máxima: 43,7mph / 6400rpm Hélice tipo Cleaver passo 18" Corre né? Pois é! Experimente colocar 2 pescadores + tralha de pesca + isopor com cachaça ali, o barquinho não vai nem sair do arrasto! Quanto a segunda questão: Não tem nada frouxo ali não, são apenas 225hps tentando destruir um Jack Plate enquanto a pressão da água tenta jogar a rabeta p espaço! Outro artifício muito utilizado nessas configurações são os elásticos para manter o motor (destravados caso a rabeta toque em algum objeto) no lugar, pois em alta velocidade ao passar por alguma onda, a hélice, por estar muito elevada, poderá perder o "agarre" na superfície e a própria pressão da água levantar o motor, veja no vídeo do post anterior que os elásticos estão ali. @Astra-Taranis dê uma olhada no: Boa leitura! Qualquer dúvida é só perguntar
  2. @Fabio Giovanoni Que bom que gostou da tentativa de explicação, espero poder ajudar a quem se interessa pelo tema! Você é dono dessa relíquia? Eu preciso desse manual! Gosto muito das lendas construídas pela extinta OMC. Esse Stinger lá fora chega a 74mph e quase explodem o coitado a quase 8000 RPM! Recentemente comprei tb um 60hp 2 cilindros, pretendo construir um "chinelinho" de madeira, hidroplano 3 pontos da década de 60 muito utilizado em Porto Alegre/RS segundo meu sogro. Abraço dr!
  3. @Fabrício Biguá 1 - Veja que existe uma mangueira que acessa a lateral da rabeta, essa mangueira chega diretamente na bomba d´água e provavelmente parte de captores no fundo do casco na região do PAD, onde sempre tem água. 2 - Os horários citados referem-se a momentos dos vídeos postados e a partir daquele momento as hélices estão com seu rendimento máximo (~30% da área) Minha lancha possui dois captores que saem do fundo do casco e através de mangueiras acessam diretamente a bomba d´água original do motor. Veja também que fechei a captação natural do motor para não permitir a entrada de ar, o que impossibilitaria o funcionamento da bomba e o consequente superaquecimento do motor. Tudo o que estou falando é muito comum em motonáutica e algumas equipes até instalam pequenas mangueiras que levam água do bloco até o piloto para o monitoramento "visual" do sistema (sensor de baixo custo rs) Não reparem na "estética" pois ainda estou finalizando a "mecânica" da criança
  4. Fabrício, obrigado pelo feedback! Nos primeiros comentários ficamos inseguros, espero conseguir passar um pouco do que aprendi na montagem desse e de outros projetos. Outra informação interessante sobre a Cleaver é que sua eficiência máxima se dá quando ela está com apenas 30% da área de seu círculo dentro da água, ou seja, em uma hélice com 30cm de diâmetro a sua maior eficiência será com aproximadamente 10cm dentro da água! ?Isso ocorre pq, como em qualquer hélice, a parte centro-extremidade é responsável pela maior realização de trabalho. Embora a velocidade angular seja a mesma, a velocidade linear da extremidade da hélice é muito maior do que a velocidade linear da hélice próxima ao eixo. Com base na explicação acima podemos confirmar que a rabeta preparada com Nose Cone não vai fazer muito efeito em uma embarcação com Jack Plate hidráulico se considerarmos apenas velocidade elevadas, pois na velocidade máxima o "torpedo" ou "gear case" fica completamente fora da água! Temos muitos exemplos no youtube. (Vídeo acima postado pelo Renato Blumenau - Vlw Renato!) Exemplo de rabeta Arneson Drive, um ótimo sistema para o uso da Cleaver Propeller pois essas rabetas permitem o movimento vertical da hélice como em motores de popa com Jack Plate hidráulico, permitindo melhores planeios (motor baixo) e eficiência máxima em altíssimas velocidades (motor alto) - Vejam quem apenas uma pequena parcela da hélice (~30%) toca na água ja em velocidade final (1:10min). Exemplo de Cleaver em motor de popa com Jack Plate hidráulico, velocidade máxima com torpedo fora da água - Apenas os tais 30% dentro da água (2:45mim).
  5. Mike, hélices desenvolvidas para uso na superfície (eixo aproximadamente alinhado ao fundo do casco) são normalmente fabricadas em aço inox para se ter o mínimo de espessura e cortam como facas de churrasco, tudo isso para cada pá "entrar" na água tendo o menor atrito possível e causar, em alta velocidade, o mínimo de aeração. A ideia é simples: Menos rabeta dentro da água: Menor atrito, menor arrasto 1/2 hélice dentro da água: menor atrito, mais RPM, maior potência atingida pelo motor Compensação do alto giro com hélices de maior passo (mais pesadas) Maior eficiência em alta velocidade, menor consumo, mais velocidade Como todo projeto revolucionário existem os prós e contras, então tb temos para o uso da Cleaver em Outboards. Dificuldade de planeio (Na saída a cleaver fica "aerando" ou "patinando" até a embarcação atingir uma velocidade em que a água "fique dura" o suficiente para o escorregamento (SLIP) cair e a hélice ter "agarre" na superfície da água). Essa "dificuldade" pode se transformar em "impossibilidade" de planeio caso a embarcação esteja mais pesada do que a configuração do projeto. O barulho também aumenta bastante, como disse o Carlos Augusto anteriormente, pois o escape principal do motor fica fora da água e lá se vai o "silenciador" natural do motor de popa. Outro "problema" da Cleaver é a "levitação" da popa, pois a força que cada pá faz para "entrar" na água tem uma resultante vertical para cima que faz com que eleve a popa da embarcação e consequentemente abaixe a proa, podendo até causar riscos de navegação pois esse efeito fica mais evidente em alta velocidade (embarcação vai acelerando e já próximo da velocidade máxima a proa abaixa e aumenta rapidamente o atrito do casco na água causando uma "frenagem" (Aconteceu comigo em um casco inadequado para o uso da Cleaver). Dificuldade de configuração: Não é "plug-e-play" como motores de popa com hélices comuns. Precisa-se configurar a altura fina do motor (variação de ~1" em média do eixo da hélice com o fundo do casco - considerando sistemas sem jack plate com ajuste hidráulico vertical $$$$$), passo do hélice, diâmetro, peso do conjunto (quanto menor melhor), ajuste de trim e principalmente o ajuste do CG (centro de gravidade do casco), os especialistas em motonáutica citam a distância do CG a popa de 20 a 27% do comprimento total da embarcação. (Meu projeto atual tem 3,90m com CG a 0,72m da popa). Captação de água para arrefecimento: No Nose Cone em rabetas preparadas ou captores no fundo do casco com mangueiras que levam a água diretamente a bomba d´água do motor. O motor com Cleaver puxa mais a direção do que com hélice comum. Números do meu projeto atual: Motor: Johnson Stinger 1976, rabeta curta com relação de 1.866:1, sem limite de giro, 75hp a 5800 RPM Rotação do motor em velocidade máxima: 6100 RPM a 67 mph (ainda configurando) Hélice: Cleaver inox 3 x 11.3/4” x 23 Slip atual: 6% (é possível melhorar com a diminuição do peso total do conjunto) Casco em V com PAD de 12" Peso total do conjunto: 340kg (Casco/motor/som/combustível/trim hidráulico adaptado/piloto) Alex Prime, mto bom seu projeto, nos informe os números atingidos até agora Espero poder dar continuidade na discussão para que possamos aprender mais sobre esse sistema pensado para economia de combustível e altas velocidades! Abraço a todos!
  6. Bom dia pessoal, meu nome é Elias, tenho 31 anos, sou atualmente morador de Cuiabá-MT e pesco desde os 5 anos pois até os 16 morei em Buritama/SP onde tínhamos um rancho na represa Santa Bárbara (UHE Nova Avanhandava) lá pescava Tucunaré, Corvina, Pacu, Piauçu e hoje no Rio Cuiabá Cachara, Pintado, Pacu, Piraputanga, Jaú, Arraia (rs), dentre uma infinidade de outras opções que vcs devem imaginar. Sou Eng. Eletricista / Telecomunicações / Téc. Mecatrônica / Especialista em sistemas de proteção contra incêndio e tenho uma empresa de projetos na área – Elétrica industrial / Proteção contra Incêndio / Aeroportos. Adoro náutica! Desde muito novo pratico pesca, esqui e outros esportes aquáticos e como essas paixões de infância só tendem a crescer hoje gasto o pouco tempo que sobra para esse “Hobby” que as vezes é um pouco caro e limita a quantidade de idéias colocadas em prática rs Atualmente temos uma Marajó 17 modelo antigo (Preferência) com Yamaha 60hp 2T 2009, um Yamaha Enduro 25hp 1986 (xodó a 20 anos com a gente) pinado com CDI e hélice editada do 40hp Johnson (refeito inteiro e hj com menos de 5h de uso) e o meu mais novo e veloz projeto, um casco de competição para 1 pessoa (em breve p 2) com o lendário Johnson Stinger 75hp 1976 (todo refeito) rabeta curta (relação 1,86:1) e hélice tipo cleaver inox (superfície) 11.3/4” x 23” atingindo atualmente 67mph (ainda configurando). Participei recentemente da construção de uma chata p carga (40ton) e em breve deveremos iniciar a construção de uma chalana de pesca completa p 8 pessoas (para uso próprio - pesqueiro móvel rs). Por gostar muito do tema acabei adquirindo algum conhecimento em náutica e sei que aqui poderei compartilhar e aprender muito com vocês, estou sempre a disposição para questionamentos, pescarias e churrascos rss Forte abraço a Todos!
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