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Valdir (Flor), Paulo (Bola),Eu e Carneirinho iniciamos conversas em 2017 sobre uma pesca “grande”. Em verdade eu e meu querido Tio Flor, iniciamos as conversas em Novembro de 2017 depois que li sobre o record não homologado no Marié, um fantástico temensis de 14Kg.. Dessa conversa surge a ideia de iniciarmos os contatos com a operação. Recebemos informações suficientes para empolgar, tanto em relação ao barco quanto ao Rio e os locais de pesca. Tudo de primeiríssima qualidade, inclua aí uma hidromassagem para final de tarde... e não é só isso. O barco é fantástico em todos os aspectos. O barco de pesca é o da foto abaixo. Com plataforma para dois e motor de 90hp. Quando chegamos no Barco Hotel, estava de saída Marcel, o venezuelano que pegou o record não homologado ano passado. Em uma postagem aqui no fórum eu disse equivocadamente que o peixe era pequeno para o peso. (89 cm e 14,1kg.). Apesar de ser um garoto tímido, consegui arrancar dele um breve relato e depois ele ainda me mostrou o vídeo da captura do monstro. Peixe muuuito forte, grande e principalmente LARGO. Porém, o momento era outro, O RECORDISTA me deixou preocupado com o nível das águas. Em 15 de Novembro de 2018 as águas estavam CINCO METRO ACIMA DA CAIXA!!!! Com as notícias ruins começamos nossa pesca. Nos primeiros arremessos de Rip Roller a sensação é de que o bichão vai sair na próxima puxada. Mas isto não se confirmou. Mudei para Realis de 13cm cor palhaço e nada ainda. Até que meu Tio Paulo, companheiro de sempre, arremessou uma Yo-Zuri de 16cm a 2m do barranco e o bocudo cravou a mandíbula no anzol INLINE 5/0. (TODAS AS ISCAS DEVEM SER MODIFICADAS TIRA GARATÉIA E TROCA POR ANZOL). Ele ainda não havia pego seu troféu, seu maior peixe foi até então de 3,5kg., mas em menos de uma hora de pesca já pegou um de incríveis 21 libras e oitenta e cinco centímetros. Com alegria estampada no rosto, meu querido Tio, parceiro de muuuitas pescas, devolve seu troféu para as águas Negras do Rio Marié. Em seguida começou a chover e tivermos que dar uma pausa para reidratação e roupas de chuva. Saíram alguns borboletas de manhã mas nada digno de fotos.😭 Veio a tarde e com ela o sol voltou a brilhar. Mais alguns pacas e borboletas e nada do meu peixe. Já que a ordem da natureza é meia-água, cumpra-se! Tirei minha inna verde limão da caixa, não sem relutância pois saímos de casa pensando em usar só superfície, arremessei próxima ao pé das palmeirinhas e então veio o ataque. O meu troféu acomodou a isca na boca e iniciou uma sucessão de saltos alucinantes! A cada pulo do peixe meu coração saia pela boca. Para minha sorte e alguma competência o peixe cansou e foi embarcado. Para ficar claro: 20 LB.(vinte libras). Meu record, o maior anterior foi no lago Acará em 2015: 8Kg. Como diria Paula Toler – “Uma perfeição nos mínimos detalhes”! Com dierei a boné do Clube de 20 libras. Para descrever melhor a sensação precisaria de um relato exclusivo para tal. Deixo então para os senhores pescadores que tiveram esse incrível prazer, relembrarem suas emoções! O peixe encharutou a isca e foi difícil para deixa-lo em boas condições. Tivemos que esperar 20 minutos para devolve-lo com saúde para o fundo do rio. Mais alguns arremessos e já era hora do retorno para o Barco. Ao encontrar os companheiros descobrimos que eles não tiveram a mesma sorte. Como disse o Guia Argentino: “MESMO SABENDO TUDO SOBRE PESCA, SEM SORTE A ISCA FICA NO MOLONGÓ E O PEIXE VAI EMBORA!” No segundo dia de pesca meu Tio Valdir que diga-se logo: É um grande pescador! Entende tudo sobre material, inclusive fabrica Jig e está sempre pronto para teorizar sobre a pesca. Mas na prática o tucuaré deu uma surra com uma vara de molongó no velhinho! Kkkkk😁 Deixou a isca engarranchada na madeira mole e o pescador duro, tenso, rígido de raiva consigo mesmo. Assim é a pesca. Meu dia foi bom com alguns pacas e este peixe especial, com dois ocelos e um “cupim” enorme! Arremessei a bomber Long A e recolhi muito rápido, percebi a onda e na sequencia o tranco na meia-água. O barulho da fricção emociona ainda hoje quando escrevo. Com muita destreza o piloteiro sai para o meio do lago e enfim consigo dominar o bocudo. Em seguida fotografo e devolvo para vida mais um grande peixe. No terceiro dia Valdir volta com sorriso nos lábios, saiu o seu peixe! Ricardo, seu parceiro também tirou grandes peixes, inclusive um de 21 libras, também. Para mim foi o "dia da pesca", perdi um peixe que certamente seria digno de foto. Sabe aquele peixe que você jura ser o seu troféu? Aquele que dá tranco pesado, leva a linha em uma puxada constante e na sequencia o peixe muda de direção e afrouxa a linha, então você acha que perdeu o peixe? Aí você pensa " se fosse garateia não teria perdido". Pois dessa vez não foi assim. Ao recolher rapidamente a linha confirmo que o bruto não soltou do anzol. Mais alguns segundos e então ele prancha e consigo embarca-lo. Se tivesse perdido juraria que era o de 22 libras. Era um belo açú de 5kg. Reparem que este também tem dois ocelos. Mas não é o mesmo peixe. O anterior tinha a protuberância e este não. Ao voltar para o barco muuiitas cervejas e alguns coices de burrichós: SUPER DICA DE PESCA(de pesca?) A “LA EDUARDO MONTEIRO” COICE DE BURRICHÓ 1)BASTANTE CAMPARI; 2)doze de vodka boa; 3)SUCO DE LARANJA; 4)TÔNICA. MISTURE TUDO E ENCHA O POTE (?). Sem copo grande não se faz este drink bubalino!😁 Então para mim a pesca estava feita! Kkkkkkk Depois disso alguns pacas, uns borboletas e muitos coices de burrichós! Ao voltar ainda tivemos tempo para um medinho (algo tipo bota cheia de m...!) no avião da Ricco. Muita turbulência. Abraços a todos e boas pescas!
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