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Perdoem-me aqueles que se permitem ler esses tópicos que venho postando como "considerações", alguns dos quais relativamente extensos... (acabam sendo). Uma das formas que me parece interessante de buscar participações nesse nosso Fórum, vez que este já começa dar mostras de diminuição dos usuários "realmente ativos". Nada que não seja interpretado como uma "fase" onde os interesses (ou disponibilidade de tempo) estejam mais "ariscos" de uma participação efetiva. Já vimos isso acontecer antes e quase sempre retomam mais adiante... O tema de hoje é "saudosista" e poderá trazer à lembrança alguns fatos que estão guardados nas memórias mais antigas de alguns de nós! Pescar com varinha de bambu, nylon, boia e anzol "mosquitinho" é algo que quase sempre nos remete à idade em que tínhamos a liberdade (e prazer) de procurar pelas minhocas a serem usadas nas pequenas barragens, ou riachos de locais "de roça" onde eventualmente frequentávamos ! Por vezes alguns parentes de idade mais velha eram intitulados como responsáveis pela ida do "grupo" (mínimo, na maior parte das vezes), ou com a presença de alguém mais velho (pai, tio ou avô). Os lambaris (piabas no nordeste) eram velozes nos ataques à iscas oferecidas e não fosse a quantidade dos cardumes, podia se correr o risco de perder a grande maioria das "investidas". Mas era só o jeito de dar o tranco na ponta do bambu e orgulhosamente exibir mais uma captura (me lembro que eram todos praticamente de um mesmo tamanho, parecendo terem sido "clonados"). O tempo se tornava nosso inimigo pela pressa com que esgotava aqueles momentos de folguedo e genuína alegria ! Levar uma "fieira" de lambaris para casa era motivo de enorme orgulho (muitas vezes maior do avô do que do neto...). Já nesse tempo, antes de qualquer "evocação de ecologia", já era um hábito existente a libertação de grande parte dos peixes apanhados, pois não haveria sequer como utilizá-los nas frituras com farinha de trigo. O grau de consciência das pessoas nesse sentido era algo bastante natural e talvez por conta disso parte dessas noções de "equilíbrio" tenham ficado impregnadas no subconsciente, embora adormecidas na fase do "trazer para casa" na época das aventuras e excursões... Impressiona-me nos dias de hoje a dificuldade existente em encontrar um material mais simples como os de outrora ! Tenho "receio" de me deparar com uma simples varinha de bambu "made in China" quando for renovar as minhas antigas para uso dos meus netos (já usam as minhas "relíquias" sob supervisão). As linhas de monofilamento (esse é o atual nome para "nylon") permanecem como antes, embora os fabricantes de hoje já não sejam os que ficaram na memória (pelo menos na minha). O chumbinho do peso permanece inalterado, mas a pequena boia mereceu um "banho de loja", não apenas no formato, mas na forma e atuar com a batida do peixe (fica até uma "covardia" com os peixes). Já os anzóis "mosquitinhos" se tornaram mais escassos, sendo constantemente substituídos por uns "moscas" pelo seu tamanho de maior envergadura. Parte dessa "evolução" é devida pela infestação das prolíferas tilápias nos nossos principais cursos de água, e como crescem bem mais que os lambaris, os anzóis foram ajustados para essa demanda. Hoje em dia buscamos nossa diversão em torno de peixes mais brigadores, como o dourado, tucunaré, matrinxã, e tantos outros que costumamos encontrar nas nossas pescarias. Momentos de enorme prazer no embarque desses quase campeões de "MMA" (ou UFC) dos rios. Estamos melhor equipados, com material de tecnologia moderna e competitiva, onde a esportividade nos permite ter ondas de adrenalina ao longo desses "cabos de guerra" travados entre o peixe e o pescador. Muita farra e alegria nessas conquistas fazem parte das nossas aventuras da atualidade e como nos fazem bem, mesmo sendo de poucos dias no ano... Todavia aqueles que tiveram a oportunidade de participar das "pescas de lambari" na infância, na companhia de "alguém", saberão que o sentimento de alegria já é seu conhecido, embora o de criança venha sempre ser muito mais apreciado...