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  1. Amigos do FTB, Antes de iniciarem a leitura desse material, é importante que saibam que o mesmo se trata do REGISTRO que faço aos Mocorongos ao final de cada uma de nossas pescarias ! Normalmente termino postando um Relato reduzido, mas desta feita trata-se mesmo do "original". Por conta disso não é pequeno, mas trás alguns detalhes e observações pertinentes aos fatos que aconteceram e que consegui me lembrar para reproduzir dessa forma, com imagens e brincadeiras (na verdade, isso acaba se tornando um material impresso e entregue aos participantes). Espero que venham apreciá-lo da mesma forma que tive ao escrevê-lo. Com o objetivo de já irem se familiarizando com os diversos personagens (integrantes do Grupo 27) dos Mocorongos, um "quem é quem" abaixo... Peço-lhes levar em consideração que Somos um Grupo de Amigos, que também pesca... daí algumas das brincadeiras realizadas ! Quase sempre é impossível reunir os 36 participantes dos Mocorongos, daí eventos periódicos, grupos de WhatsApp, redes de e-mails, e até mesmo "relatos" (como este) para manter a coesão e vontade de participação dos demais, quase sempre parentes de sangue ou de escolha pelos + antigos. Tudo começou em 1989, com a 1ª pescaria dos 3 irmãos APF Composição do Grupo 27 - 2016 01 Desde 1989 27 pescarias 02 Desde 1989 26 pescarias 03 Desde 1989 23 pescarias 04 Desde 1994 19 pescarias 05 Desde 1991 17 pescarias 06 Desde 2006 8 pescarias 07 Desde 1997 4 pescarias 08 Desde 2014 3 pescarias 09 Desde 2014 2 pescarias 10 Desde 2015 2 pescarias 11 Desde 2015 2 pescarias 12 novato de 2016 1 pescaria 13 novato de 2016 1 pescaria 14 novato de 2016 1 pescaria 15 novato de 2016 1 pescaria 16 convidado especial de 2016 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Pescaria realizada no período de 23 à 29.07 Grupo 27 : Mandi, Kid, Animal, Capacete, Traíra, Imundo, Cachara, Sardinha, Cachorra, Biguá, Xandego + Piáu, Matrinxã, Pirarara e Piranha (novatos) Convidados especiais : Carlinhos e Denis Prezados amigos, Como de hábito, esses são os registros que guardei (memorizei) desses dias que desfrutamos de uma convivência harmônica e divertida na Pousada Asa Branca, que foi muito mais uma “Confraria” do que verdadeiramente uma “Pescaria”, mesmo com os belos exemplares de peixes que foram registrados, alguns dos quais fotografados e que irão sendo postados ao longo desse relato. Vamos à resenha... Pescaria que se preza, principalmente dentre os Mocorongos, nunca se faz de uma forma simples ! São meses de preparação antecipada, de ações “escondidas”, de abnegação, mas que no final se transforma em muita alegria de ver tudo (ou quase tudo) funcionando da forma adequada (ou prevista). Desta feita, após a definição do local onde iríamos pescar (parece simples, mas é algo sempre complicado para atender os diversos desejos...), foi preparar a lista dos integrantes, convidar os “novatos” (nunca havíamos levados mais de um em nossas pescarias), e iniciar os preparativos de forma efetiva. Por termos ido a Pousada Asa Branca no ano anterior, Carlinhos (dizem ser o dono, embora existam “línguas viperinas” que desmereçam essa realidade), se tornou um parceiro ativo, e com base nisso pode fazer um precinho especial para que pudéssemos mais uma vez desfrutar do local, tanto do rio Araguaia (em frente à Pousada) quanto o rio Cristalino (a poucos minutos distante). Combinada a forma de parcelamento antecipado, e contando com o endosso do Xandego (suspeitam ser o “sócio oculto” do Carlinhos), fixamos as diretrizes para – como outros Grupos, chegarmos com o pagamento quitado na pescaria (o que foi feito). Passamos então para a mobilização de uma forma de transporte até Fio Velasco, onde embarcaríamos para a última hora e meia de navegação até nosso destino - Pousada Asa Branca. Através da ajuda do Fabrício Biguá, que nos indicou uma empresa especializada em fazer “transfers” de Brasília (www.royalreceptivo.com.br) ajustamos as condições de viagem, através do aluguel de uma Van Renault Master (com motorista) e capacidade para até 17 passageiros (modelo executivo), para fazer esse “leva e trás” ! Registre-se a parceria do Carlinhos que alojou/alimentou o motorista em Fio Velasco (Pousada Asa Branca II) sem qualquer ônus para nosso Grupo. Como o Biguá e talvez o Xandego fossem nos seus veículos, poderíamos distribuir melhor os viajantes... Bola pra frente ! Passagens aéreas seriam o desafio seguinte, pois – via de regra – são “caras” e dificilmente entram em promoção ! Demos sorte, e conseguimos um voo da LATAM (direto) que chegaria no Distrito Federal às 09:00 h, tempo mais que suficiente para embarcarmos e seguir viagem ! Tratei da emissão de algumas das passagens, mas a maior parte ficou por conta de cada um, até por ser algo simples de realizar. Nessa linha de providências, e face o quantitativo saindo de Salvador (seríamos 12), melhor mesmo seria providenciar uma VAN para esse “transfer”, até por conta do horário do alvorecer ! Ficou por conta do Animal, que providenciou tudo dentro do que fora combinado. Licenças de Pesca (embarcada = R$ 60,00) foram emitidas em data mais próxima a viagem, evitando qualquer problema com a fiscalização ! Com esse “básico” tratado, chegara a hora de cuidar das “demais” ações que envolvem nossas pescarias, e dessa forma contamos com o auxílio de Cachara (até então ainda não incorporado ao Grupo) na providência de encomendar ao Marco Antonio (www.tucunarenarede.com.br) os dois troféus que seriam usados nesta pescaria. Ambos para os maiores peixes embarcados, um de couro, outro de escamas (isca artificial).Os troféus ficaram espetaculares e nos foram trazidos de Manaus pelo também amigo e parceiro Marcel Werner do “Cabras da Pesca”, numa vinda à Salvador após os feriados do São João (Junho). Também foram providenciadas as camisas da pescaria ! Na linha da tradição já implementada há tempos, fizemos aqui mesmo em Salvador, as camisetas brancas de algodão penteado com as indicações da pescaria (www.coresvivas.com.br), limitando-as contudo a apenas duas unidades por integrante ! Neste ano iríamos inovar com uma camisa de pesca especial (dry fit), com proteção solar, e desenvolvida especialmente para o Grupo Mocorongos, com um layout pré-aprovado e personalizadas ! Foram feitas no Paraná (www.artegola.com.br), e trazidas para distribuição sem conhecimento (do Grupo) que estavam sendo feitas... (agradou a todos). Em período mais próximo à viagem, encomendei ao Xandego jogos de empates 12/0 e “snaps”, que terminaram sendo bastante uteis, quando usados... Para finalizar, e dentro de uma tradição antiga, encomendamos um lote de 4 iscas a ser usado nessa pescaria (2 de superfície, e 2 de meia água – todas nacionais Marine Sports, Nelson Nakamura – em tons claros, tipo osso, branco ou pérola), e todos ficaram satisfeitos com esses “mimos”. Além disso, importante registrar que existiram diversas encomendas de artigos de pesca dentro do Grupo ! Gente que não renovava material há anos, entrou no mercado, e não foram poucas as compras realizadas ! Bass Pro Shop, Marine Sports, Isca & Companhia, Safari, e diversas outros pontos de venda, sem contar com a ajuda sempre especial do Eduardo Chedid, que nos permitiu recuperar parte dessa tralha antiga... No final das contas, estávamos (quase todos) “armados até os dentes”... Mas planejar e preparar uma pescaria passa sempre por encontros gastronômicos e etílicos, e os Mocorongos não são diferentes nisso ! Dessa vez foram dois eventos “preparatórios”, sendo um deles na “sede”, onde fizemos um belo churrasco regado a cerveja e vinho, e outro na casa de praia do Traíra, com cerveja geladíssima e um serviço de almoço (também já dentro da tradição) de frutos do mar, inteiramente irrepreensível ! Neste evento, agregaram-se as esposas e famílias que puderam comparecer ! Uma grande festa sempre ! Risadas, brincadeiras e uma verdadeira comunhão de interesses ficou evidenciada, prenunciando que teríamos uma excelente semana pela frente ! Nesses eventos não reunimos apenas os que vão pescar, mas também os demais integrantes dos Mocorongos (os que podem comparecer), e foi justamente nesse último evento, há 15 dias do embarque, é que conseguimos “convencer” ao Cachara a entrar para o Grupo 27 ! O compromisso que tinha e que evitara sua adesão fora adiado, não mais restando desculpas senão a de seguir conosco, e por conta disso, os brindes foram a justificativa de estender um pouco mais o término do evento... (sempre tem as “patroas” cobrando a finalização do programa, e o retorno para casa – quase sempre elas estão com a razão). Juntamos um belo Grupo de Mocorongos em Traíra ! Mesmo com todos os preparativos previamente estabelecidos, nunca se consegue conciliar o sono de forma adequado nos dias que antecedem a viagem ! É um tal de rever, recontar, re-arrumar que o sono termina se tornando fracionado e incompleto ! Depois de tantas idas, a proximidade da partida ainda provoca essas sensações em todos nós pescadores ! Talvez até essa seja uma das magias de “sair para pescar”... Na véspera do embarque, a arrumação final dos tubos ! Um verdadeiro arsenal estava sendo embalado ! Dois conjuntos de pesca por pescador, mais um reserva para cada dois, além do material de fundo, sempre avantajado e ocupando o precioso espaço ! Nem mesmo o tubo de PVC de 150 mm que foi usado no ano anterior se tornou suficiente para essa arrumação, e tivemos que remontar os outros tubos que já estavam bem carregados ! Um esforço de enorme paciência que foi feito pelo Animal e o Sardinha, aqui no salão da sede ! Caixas de pesca, molinetes a “dar com o pau”, aviamentos diversos, e uma montanha de coisas que se leva “por precaução”, mas que dificilmente é utilizado ! Sempre afirmamos ser a “última vez”, mas a memória nesse caso termina sendo leviana e se esquece disso nas vezes vindouras... Como ponto de coleta da bagagem, várias bagagens do grupo já haviam sido trazidas para a sede, inclusive um enorme isopor com um belo corte de carne de sol, potes de ambrosia, cereja em calda – ofertadas pelo Capacete, além de um sarapatel (miúdos de porco) especialmente preparado para o Xandego pelo Traíra. Para complementar, seguia também um pequeno “farnel” contendo farinha, camarão seco, beijus, cocadinha, manteiga de garrafa e até mesmo melaço de cana, especialmente preparados para Marieta e Letícia, as respectivas esposas do Biguá e do Xandego, que recentemente (Dez 2015) estiveram conosco em Salvador. A coisa foi tão "malocada", que é possível que alguns sequer tenham sabido disso... Ainda que para registro (e importante), nossos “novatos” eram exigentes – etilicamente falando – de modo que com a presença do Cachara, resolveram levar “uns vinhos” para a Pousada ! Coisa pouca, tipo 34 garrafas, sem contar com as que o Biguá levou... Achou muito, então deve considerar também as garrafas de cachaça (3), scotch (3 – sendo 1 Royal Salute - Traíra), e as incontáveis “cervejinhas” estupidamente geladas do Asa Branca (desta feita nas versões Brahma, Antártica e Skol, a escolher, lata ou garrafa de 600 ml) - acham que estava bom ? Pois estava ótimo ! Horário marcado para a VAN passar às 04:15 h, mas desde antes já perambulava pela casa. Minha esposa (Christiana), já estava “passando um café”, pois esse “forra barriga” se tornou uma tradição a cada saída ! Junto com o café uns sandubas de queijo com mortadela (nada mais típico), e um pão artesanal que tenho costume de preparar (seria para levar, mas qual nada...). Antes da VAN chegar, já tinha gente esperando, e ajudando com o carregar das malas ! Antes até do horário estabelecido, o transporte estacionava no portão, já com parte do pessoal que havia sido coletado (circunstancialmente desta feita os integrantes moravam relativamente próximos uns dos outros, simplificando o percurso do veículo). Na verdade, se tratava mesmo de uma “grande família”, composta por genros, compadres, irmãos de sangue e por opção, todos focados em diversão, principalmente os “novatos”, já salientes... (“não os fazem mais como antigamente” – resmungava o veteraníssimo Capacete ao ver os “tempos atuais” – novato indo na janela ?). Só saímos mesmo pela escassez do café e dos sanduíches, embora o pão artesanal já estive próximo da metade... (havia prometido um pedaço ao Imundo, nosso integrante assim alcunhado, mas do jeito que a “guarda” estava, nem raposa no galinheiro se aproximava daquela realidade...). E fomos adiante, numa cidade ainda adormecida, com uns poucos carros e ônibus circulando, uma temperatura amena, e uma pressa (desnecessária) de chegar ao aeroporto, onde alguns tinham preferido ir de transporte próprio (faz parte) ! Fizemos bem em chegar mais cedo que o pretendido ! Mesmo já havendo feito o “check in” de véspera pelo computador, o processo de despachar toda aquela tralha foi complicado ! Felizmente pegamos uma (das duas) atendentes solícita, que nos atendeu com a tranquilidade necessária para superar as expectativas do “resto da fila”, cada vez mais inquieta com a nossa demora... Só melhorou com a chegada de mais funcionários da empresa (LATAM) para aliviar o “gargalo” das filas ! Não nos foi cobrado qualquer excesso (acho que deveria haver algum...), e nem os R$ 100,00 por tubo de pesca anunciados pela ANAC. Isto feito, era hora de... tomarmos um café (de novo) ! Agora já éramos quase o Grupo todo, pois Cachara estava indo de Avianca (horário próximo ao nosso), Traíra já tinha ido à Brasília pelo trabalho, e o Mandi estaria voando pela “combalida” Passaredo de Ribeirão Preto para Brasília (chegaria antes). Estávamos portanto, no aguardo da chamada (embarque no remoto, de ônibus...) Kid, Animal, Capacete, Imundo, Sardinha, Cachorra, Piáu, Matrinxã, Pirarara e Piranha (os quatro derradeiros eram os novatos). Xandego sairia direto (de carro) de Goiânia, e o Biguá iria nos esperar no aeroporto (ele também iria de carro – levando um amigo, o Denis, que se revelou um cara gente boa... obviamente que passou a ser chamado de Pênis). Voo no horário, e chegada a Brasília dentro do prazo, pelo “finger”, onde a andada até o local de retirada da mala, levou – seguramente – mais de 15 minutos... Pelo menos parte da bagagem chegou logo, mas outras – dentro da tradição – foram as últimas... Claro que perdemos um tempo precioso nessa espera ! Mas chegaram todas as bagagens que era o mais importante. No desembarque, o Mandi já nos esperava com a missão de irmos diretamente encontrar com o Fabrício, estacionado num local indevido. Também por ali, Cachara e Traíra já fazendo contato com José Felipe, o ótimo motorista da VAN, para que nos buscasse no ponto de encontro ! A algazarra de sempre quando o Grupo finalmente se forma, ou sua maior parte está presente ! Também a VAN demorou de chegar, o que atrasou mais ainda nossa previsão de horário ! Nada a fazer ! Cachara havia sido chamado pelo Biguá para ir de carona na sua Hilux (era o mais indicado pelo tamanho das pernas), ficando ainda responsável de parar em algum lugar no caminho para a compra de taças para os enólogos degustarem o vinho trazido... (o que foi feito). O motorista era “safo” e conseguiu (acho que foi milagre) acomodar a maior parte das tralhas dentro do bagageiro (principalmente os tubos), que ficava em baixo das poltronas da VAN executiva – não conhecia essa solução que terminou sendo ótima. Mas não teve jeito e algumas das coisas tiveram que seguir dentro do veículo ! Como eu sempre digo, na ida, tudo é festa... Melhorou mais ainda quando soubemos que a caixa térmica do veículo (eu havia solicitado à empresa que nos fornecesse uma emprestada) estava cheia de cerveja, providenciada por Traíra ! Hora de tocar em frente, pois já se aproximava das 10:00 h e tínhamos um longo trecho de estrada pela frente (umas 7 horas), e com a necessidade de chegar por volta das 17:00 h para ter luminosidade de pegar o barco rápido para a última parte do acesso à Pousada Asa Branca ! Não ia ser fácil, e dependeria muito de como estivesse o tráfego na estrada (Belém – Brasília), que surpreendentemente era bastante ruim pelo tráfego que tinha. A saída de Brasília é cheia de trânsito (mesmo nesse horário) e quebra-molas ao longo da pista ! Achei vergonhoso que os acessos à capital federal sejam tão malcuidados e desprezados... Pegamos a estrada (finalmente) às 10:00 h Nessa altura, a cerveja já rolava solta dentro da VAN ! O calor era grande, mas o ar-condicionado do veículo amenizava seus efeitos aos que estavam viajando, principalmente do lado onde o sol batia. Conversa e risadas correndo soltas, e o percurso inicial bastante prejudicado pelo volume de tráfego, mas o excelente motorista ia se desvencilhando dos “engasgos” ao longo da estrada (muito caminhão). Optamos em tocar direto, ou pelo menos seguir até onde fosse possível antes de uma parada para banheiro e “lanche”, e com isso pudemos desfrutar da paisagem, bastante diferente da que tínhamos visto saindo de Goiânia ! Já com o estoque das cervejas (Stella Artois) terminado, e face o calor que fazia, ainda que não fosse necessário abastecer o veículo, resolvemos fazer um “Pit Stop” na cidade de Uruaçu, rodados 270 km desde o aeroporto ! A paradinha resultou num local de almoço a quilo, com direito a churrasco. Notei um certo exagero em alguns dos integrantes (alguns repetiram), mas como a filosofia é de “não restringir os desejos”, bola pra frente. A qualidade da comida era questionável, mas isso nunca foi um problema para qualquer dos Mocorongos com fome... Hora de tocar em frente, com o “caixinha” assumindo os gastos havidos (com o motorista – bom de garfo). Não havíamos chegado nem na metade do caminho, e já temerosos com a questão do horário do traslado náutico em Fio Velasco, colocamos o motorista (Zé Felipe) no foco de nossas preocupações. Ele olhou o relógio e disse que dava para chegar, embora fosse apertado, pois iríamos pegar um trecho de estrada mais desimpedido, como de fato aconteceu ! Barriga cheia e balançar do carro para quem se levantou na madrugada foi praticamente um comando para a VAN silenciar e chegar a ouvir alguns inícios de “ronco” à bordo ! Infelizmente fui um dos poucos que não cochilou, de modo que pude apreciar a paisagem do local, apresentando agora um “retrato” mais condizente com o estado goiano. Conforme fora previsto pelo motorista, o tráfego na estrada diminuíra, permitindo uma melhor manutenção de velocidade, até porque a própria estrada apresentava um melhor estado de conservação ! O sol permanecia inclemente, já tornando o fluxo de ar condicionado insuficiente para evitar as primeiras gotas de suor em alguns dos passageiros. Mesmo com as “bundas achatadas”, não havia descanso pois o relógio já se tornara o nosso maior adversário ! As pessoas foram acordando, as conversas foram reiniciadas, e até mesmo o “CD do Mução” foi tocado, tudo como uma forma de aguentar a viagem ! Hora de abastecer o carro e a caixa térmica, e fizemos isso no entorno de Porangatu, quando mandamos um “zap” para o Biguá, informando nossa posição ! Esticadas as pernas, repostas as cervejas, alguns cafés e balinhas, e novamente voltávamos à estrada, sob o avanço inexorável do relógio ! O motorista já estava mais confiante, pois – segundo ele – iríamos sair da BR-153 (federal), e pegar um trecho de estrada estadual (GO-244), onde o movimento era ainda menor (como de fato foi constatado) ao longo desses 130 km rodados até chegarmos a São Miguel do Araguaia, local próximo do nosso destino daquela tarde. Eram pouco mais de 16:30 h quando evitamos passar por Porto Luiz Alves (felizmente, pois soubemos estar em festa de final de férias no Araguaia, com MUITA GENTE nas barraquinhas nas areias do rio – dentro da tradição do lugar), pegando mais de 70 km de estrada de chão (qualidade razoável) na direção de Fio Velasco, este sim, nosso destino para deixar o veículo e ingressar na lancha rápida (a tal briga do horário). Nesse trecho do caminho é que passamos pelos três viadutos construídos pela família Canhedo, para evitar o “abrir e fechar de cancelas” para suas terras na Fazenda Piratininga, que hoje já foi dividida e vendida para pagar as dívidas, mas os viadutos nas estradas de terra e o antigo aeroporto próximo de Fio Velasco continuam operacionais. No meio de muita poeira causada pela seca que castiga a região, íamos apreciando o cenário, onde algumas áreas com sistemas de irrigação geravam um contraste com seus arredores castigados pela marrom da seca. Na luta contra o relógio, acabamos conseguindo chegar no ponto de encontro pouco depois das 17:00 h, já com o sol acelerado para se pôr, mas ainda claro para pegar o bote rápido ! Mas onde estavam o Biguá e o Xandego ?? Notícias desencontradas e alguma apreensão, pois o Biguá viera de carro, e já deveria ter chegado (celular dando na caixa era um mal sinal...). Quanto ao Xandego, já havia uma notícia de que estava mesmo atrasado e vinha trazendo o Carlinhos com ele ! Frustração completa, pois chegou também a informação de que teríamos que pernoitar na Pousada Asa Branca 2, e somente seguir para a “1” na manhã seguinte, ainda que bastante cedo ! Paulão – o gerente desta Pousada – já havia preparado os quartos para essa situação (diz ele que por orientação do Carlinhos), e depois de estarmos cientes de que não haveria mais jeito mesmo, e já na degustação de um peixinho frito (pirarucu) com uma cerveja gelada, é que chegou o carro do Biguá com o Cachara e o Pênis, ops, o Denis ! Estavam desfrutando da festa em Luiz Alves, ainda que a distância, pois “pensaram” que não chegaríamos a tempo... Nada a fazer pois o “Capitão” (o prático condutor do barco rápido – motor de 300 HP’s) já havia “sepultado” qualquer tentativa de ida para a outra Pousada neste fim de tarde (já não havia mais sol, embora ainda houvesse claridade, mas com 1:30 h de navegação e o rio baixo e cheio de bancos de areia, era temerário seguir adiante). O jeito era tomar banho e se preparar para o jantar, que já estava sendo preparado – a Pousada tinha um Grupo de Cuiabá que estaria saindo na manhã seguinte – de modo que não éramos os únicos no local ! Distribuição das pessoas nos quartos, bagagens abertas para roupas limpas, e todas essas ações em torno do relaxamento merecido por um dia inteiro de viagem ! Depois das 19:00 h chegaram o Xandego e o Carlinhos, atrasados que estavam por problemas nos seus afazeres profissionais. Mas nessa altura, nada a fazer senão “sacaneá-los” por terem atrasado nossa ida para o destino final ! Risadas e brincadeiras, e fomos desfrutar o jantar, que é sempre um dos pontos de convergência dos integrantes dos Mocorongos. Comida SHOW, e o “converseiro” ainda ativo no pós jantar ! O outro grupo, que já estava retornando (estavam em diversos monomotores que passáramos na chegada), esquematizou uma despedida com cantoria e violão de músicas sertanejas... (só para quem gosta...), e nosso grupo – pelo menos uma boa parte dele – preferiu se recolher ao ar condicionado dos quartos (estava muito abafado), enquanto que uma outra parte ficou conversando e bebendo um “scotch” até bem mais tarde... Problema mesmo não chegou ser a “cantoria”, pois alguns dos caras de Cuiabá resolveram jogar “truco”, e aí o barulho ficou ensurdecedor ! Uma gritaria... Felizmente o cansaço ajudou, pois o jogo e o violão sertanejo pareciam não ter fim... (estivemos próximos de um conflito com “os caras” com possibilidade de “geração de morte”). Terminamos capitulando ao sono, até pelo fato de termos iniciado essa jornada por volta de antes de 04:00 h, e com o estresse dos aeroportos, voos, estrada, poeira, bebida, e todas essas misérias, a recompensa de dormir razoavelmente bem, foi um alento para dar sequência na viagem ! Antes, o registro de acesso ao quarto por Traíra em busca de local (cama) para o Biguá e o Denis, pois os que haviam ficado para eles, tinham sido usados... Encontraram duas camas vazias no quarto do Mandi e do Sardinha, e tudo ficou certo. Acordamos na disposição de dar sequência na viagem até a Pousada 1, nosso destino, mas tirar a turma do café da manhã não foi tarefa fácil ! Uma enorme variedade de frutas, pães, bolos, ovos mexidos, sucos, café, leite, pão de queijo, que não provar (tudo ótimo) seria um crime ! Até a VAN foi mobilizada para levar as bagagens para o embarque, pois com a baixa do rio, até uma “estradinha” existia para isso ser feito ! Nesse arruma e desarruma, preferi ir de carro com o Xandego e o Carlinhos passando pela Ilha do Bananal (até para ver como é...) e pegando uma voadeira nos últimos 15 minutos para chegar à Pousada (lá o celular – VIVO – pega). Finalmente a “lancha rápida” saiu com uma voadeira de motor 40 HP’s atrás, com as tralhas... Também pegamos o carro (Carlinhos) e seguimos para o “território dos índios” ! No acesso à ilha, passamos pelo rio Caracol (bom de peixe, segundo os que estavam no carro) e dentro da reserva, surpreendeu-me o absoluto estado de “abandono” em que tudo se encontrava ! Um resto de capim de pasto misturado com umas árvores retorcidas – na linha de cerrado – mas sem qualquer esmero ! Soube que essas terras geravam receita aos índios através arrendamento aos fazendeiros da região. Como meio de subsistência, a população índia era cadastrada e recebia um aporte financeiro mensal (“bolsa índio” – já ouvi falar de algo assim nesse nosso País...). Não era gente afeita ao trabalho pesado ! Faziam algumas coisas de artesanato, mas ao que pude entender, apenas para “completar o tempo do dia”. Deixa quieto que é o melhor, senão os “caras” podem achar que são injustiçados... Estacionamos sob belas mangueiras próximas ao Araguaia e ficamos a esperar a voadeira vinda da Pousada ! Claro que esse acesso pela Ilha era coisa “costurada” pelo Carlinhos, pois não era um local de acesso indistinto ! Como eram vizinhos, é bastante provável que tivessem interesses partilhados. Soubemos que a lancha rápida já havia passado (de carro andamos quase uma hora naquela trilha que chamavam de estrada de chão), pois no silêncio da beira do rio, nada passa desapercebido ! Esperamos uns 10 minutos, mas na sombra e com um ventinho agradável soprando do rio, era o invólucro da serenidade que gostaríamos de ter presente no nosso dia a dia ! Que sensação de paz ! Maravilha... Logo chegou a voadeira, e rapidamente embarcamos com o restinho de tralha que havia ficado no carro (material do Xandego), e enfrentamos o aquecer do sol que já mostrava sua luminosidade e calor ! Motor aberto e o bote avançando em “zigue zague” pelo rio, evitando os bancos de areia... A coisa estava complicada, e cheias de “rasuras” ! Navegar por ali, somente os que conheciam bastante bem a região, tendo ficado claro (e mais que compreensível) a posição de véspera do Capitão em não querer correr o risco de trazer-nos ao anoitecer ! Não demorou e já encostávamos na barranca que fica na frente da Pousada ! A cachorrinha boxer (Paloma) nos recebeu com o “ladrar de boas vindas” ! O pessoal que havia chegado no barco rápido estava apreciando o local, e curtindo os ambientes, escolhendo os quartos, e alguns mais ansiosos já buscando preparar as tralhas para uma saidinha ainda pela manhã, coisa que terminou não acontecendo (foi o mais coerente). Abrir tubos, preparar os conjuntos (lembrando da presença de 4 novatos) terminou consumindo muito tempo ! Quando ficamos prontos (ou quase), já chegava o horário do almoço, e com os “tira gostos” sendo trazidos pelo ótimo garçom William (virou Bill na hora), conjuntamente com cerveja muita gelada (quase cu de foca), e aí não foi difícil argumentar que seria melhor sairmos já almoçados... Já estávamos em ritmo de algazarra ! As brincadeiras se sucediam e as gargalhadas foram tomando conta do lugar ! Haviam outros pescadores na Pousada, mas ninguém com esse perfil de brincadeira e amizade que emanava do nosso Grupo ! Normalmente havia um certo planejamento prévio em tono de rodízio e escolha dos piloteiros, mas desta feita – em função de tantos novatos – o processo correu frouxo, e foi o que de melhor poderia ter acontecido ! Os piloteiros eram (são) sempre os melhores da região, e conheciam o ofício de nos colocar nos lugares onde poderíamos achar peixes, de modo que fomos nos adaptando ao perfil deles, fosse na preferência de pescar com iscas artificiais, fosse em tentar os peixes de couro. O sol esquentou o dia, e mesmo na sombra, o calor se mostrava presente, o que nos fez marcar a saída para após às 14:30 h (ninguém aguentou chegar a esse horário, saindo antes do previsto...). Aproveitamos esse tempo para arrumar as tralhas, desempacotando os tubos, colocando os molinetes, passando linha, regulando freios, pondo os “snaps” (grampos), definindo as iscas a serem usadas preferencialmente, providenciando arrumar as tralhas de fundo (embora nesse primeiro dia não fosse provável utilizá-las...) e coisas do tipo ! Deu para preencher o horário da manhã... Dentro do que fazemos sempre, priorizamos as saídas dos novatos, colocando-os para saírem inicialmente com integrantes mais experientes no propósito de que eles venham rapidamente se familiarizar com as técnicas e formas adequadas de pescar ! Como – via de regra – fornecemos também a eles material emprestado para estarem adequadamente preparados para pescarem dentro daquilo que consideramos certo ! Dessa forma saí com meu primo, cunhado e compadre André, digo, Piáu, estreante após inúmeras tentativas anteriores que por diversas circunstâncias foram abortadas ! O importante contudo, é que a hora era aquela e não o tempo passado. Saímos devidamente paramentados em busca dos primeiros tucunarés azuis, parando no entanto, na boca do Cristalino para prestar socorro a um outro bote que teve problemas no seu motor e precisou trocá-lo no Pousada. Nesse meio tempo aproveitamos a grande faixa de areia que assoreava a foz do Cristalino e nos pusemos a treinar os lançamentos, até para aproveitar a firmeza do solo e a “ausência” dos inevitáveis “macacos” (início de pescaria eles estão sempre presentes). Brincando com uma isca de superfície, não é que entrou uma pequena cachorrinha facão num dos lançamentos realizados ? Promissor ! Finalmente retornam nosso bote com os dois piloteiros e um novo motor para o outro bote. Foi o tempo de descarregar e seguirmos em frente ! Já sabíamos que o porte dos tucunas do Cristalino, na sua enorme maioria, é de peixe pequeno, sempre em torno de até 1 kg, mas claro que existem exceções, principalmente os belos azuis que podem chegar aos 4 quilos. Por conta disso, estávamos com material bastante leve, com varas de até 12 lb para “enfrenta-los” com maior esportividade. O problema naquele momento era chegar aos lagos, já que o “raseiro” conduzia o acesso de forma de uma trilha, e mesmo assim com vários locais onde havia necessidade de arrastar o bote dentro do leito do rio. Nunca havia presenciado algo assim naquela região. Nosso piloteiro (Branca de Neve) disse-nos que essa era a situação do nível das águas no final de agosto/setembro, quando a navegação do Cristalino era quase que impraticável em determinados locais. Por estarmos ainda em Julho, fiquei pensando como seriam as semanas/meses seguintes, pois chuva por ali, só próximo do final do ano... Passamos por outras duas pousadas existentes no caminho (do “Cristalino” e “do Jean“), que já estavam em final de temporada de pesca, a julgar pelos botes encostados na frente dos seus acessos – acho que essa turma vai mesmo quase que exclusivamente para a pesca de couro ! Como era uma estreia, entramos logo no lago do Jean (fica atrás da Pousada), mas que pelo seu tamanho permite diversos botes pescando simultaneamente (claro que encontramos outros de botes com nossa turma). Primeiras tentativas, primeiros “macacos”, primeiros peixes embarcados ! A insistência com mas iscas de superfície, não estava dando grande resultado, de modo que enquanto insistia nelas, Piáu usava uma meia água ! Muito trabalho para pouco resultado, como já parece ser tradição no início das nossas pescarias. Sob o conhecimento do nosso piloteiro, passamos por diversos outros locais, alguns com excelente aspecto, mas a questão é que o peixe não estava entrando... Variamos as iscas, tamanhos, mantendo contudo as iscas claras e transparentes. Felizmente não ficou monótono pois de vez em quando saía um peixinho, mas era algo bem trabalhado o tempo todo. O parceiro já começava a acertar o braço e dominar a relação com seu conjunto. Poucas cabeleiras, e um índice bastante bom para um iniciante nas artificiais... acabou embarcando seu tucuna, até para não ficar “de dedo”... O sol esteve muito forte, e felizmente as camisas que fizéramos como “novidade” para essa pescaria surpreendeu a todos, não apenas pela maciez do tecido, mas principalmente pela proteção e troca de temperatura com nosso corpo ! Deveríamos estar suando “pesado”, mas isso não acontecia pela composição da “malha” (tecido) usada. Independentemente de ter ficado bonita (agradou a todos que as receberam), se revelaram excepcionais como proteção do calor que fazia. Pessoalmente não usei qualquer protetor solar sob a camisa (alguns não o dispensaram), e mesmo assim, não tive qualquer indício de ter me queimado, principalmente em comparação à mãos e rosto que não ficam protegidos. Acertamos nisso ! Com tanta recomendação para ter cuidado com a desidratação, o consumo de líquidos foi grande, até porque o calor não estava fácil, e quem é de resistir a uma cerveja bem gelada dentro do bote ! Esse serviço da Pousada é campeão, embora tenha certeza de que isso se repete em todas os demais concorrentes (importante é reconhecer o mérito). Final de tarde chegando, e com o entardecer o desejo de retornar para enfrentar “a resenha do dia”, que certamente não seria pequena... O retorno – como não poderia deixar de ser – passava pelos mesmos “raseiros” da ida, de modo que não fosse isso, rapidamente teríamos chegado ao nosso destino. Quase sempre encontrávamos outras de nossas duplas pelo caminho, até porque o Cristalino não tem muitos braços próximo à sua foz, e deles sempre víamos semblantes satisfeitos pelo que encontraram nessa primeira tarde de pesca ! A chegada de todas as duplas à Pousada foi em horário bastante próximo, e mesmo com um final de luminosidade do sol poente, as luzes do Asa Branca já estavam acessas e melhor que isso, a churrasqueira do local pronta para funcionar ! Poucos foram imediatamente ao banho, preferindo sentar ao redor das mesas e continuar bebendo e beliscando os tira gostos providenciados pelo Bill, já nosso íntimo ! Haja conversa ! A emoção dos “novatos” era digna de registro. Eles esperavam algo legal, mas nunca o que vivenciaram ! A alegria e satisfação estava em todos os rostos ! Outras pessoas se chegaram ao ambiente embaixo de um frondoso bambuzal, e o fogo foi colocado no carvão ampliando as expectativas de sair uma carninha em breve. Alguns dos nossos sequer foram ao banho para não perder o “lero lero”. Causos, situações, “macacos”, intervenções e tudo aquilo que sempre acompanha um grupo como o nosso num primeiro dia de pescaria. Fraco de peixe, é verdade, mas diversos foram embarcados, e o mais importante, satisfizeram a “ansiedade” dos que foram pegá-los ! O cheirinho da carne sendo assada começou a “incomodar”... Também presente a partir desta tarde na Pousada, o Joel Datena, com sua equipe do Coração de Pescador, que tinham por objetivo a filmagem da captura de uma piraíba para ser exibida na TV. Eram todos pescadores, e não demoraram a se misturar e participar das conversas com as pessoas do local. Em determinado momento o Xandego e o Biguá que já estavam em altos papos, me chamaram para que ele (Joel) fosse apresentado a mim, como o terceiro Moderador do Fórum, e tive que fazer um “converseiro” com eles por um pouco tempo (nada grave). E não é que a carne do churrasco ficou pronta ? Nada além de picanha fatiada ! Um monte delas, e “na faca de churrasqueiro” o próprio Carlinhos, irradiando a simpatia de sempre ! Parte do Grupo já estava se deliciando com os vinhos trazidos, enquanto outra se manteve no sabor gelado da cerveja oferecida. Os pratos com os pedaços de picanha cortados em tirinhas eram consumidos rapidamente, e quanto mais o Bill abastecia a nossa grande mesa, mais entusiasmo gerava no Grupo ! Teve também umas linguiças toscanas (só para variar o gosto), mas o churrasco era mesmo de picanha ! Show puro. A conversaria seguiu forte, e o grupo foi se dispersando aos poucos, em busca de um descanso merecido, já com a adrenalina normalizada e sem a ansiedade da chegada. As conclusões que já chegamos após essa primeira tarde, é que não seria fácil e dificilmente encontraríamos a grande quantidade de peixes que tínhamos vindo pescar, mas seria divertido ! Em contrapartida, os indicadores de troféus na pesca de fundo eram mais evidentes, no que pese a presença predatória dos botos e piranhas nas águas do Araguaia. Todo esse “banzeiro” estava concluído antes das 22:00 h, até pela necessidade de recuperação e estar pronto para o café da manhã às 06:00 h. Havíamos decidido não voltar para o almoço, preparando-o com o peixe pescado (olha o risco) num dos barrancos do rio Cristalino, coisa que os piloteiros eram exímios em providenciar. Com o quarto refrigerado (estava meio encalorado – mesmo sem estar insuportável – em baixo do bambuzal) não foi difícil pegar no sono, não sem antes uma leitura de um livro levado. Antes mesmo de amanhecer (clarear), já havia movimento de gente se arrumando no quarto ! Havia ficado com o Mandi e o Sardinha, repetindo o que acontecera no ano passado, de modo que não existiram surpresas nessas movimentações no alvorecer ! A excitação dos meus companheiros de quarto é inquestionável. Com calma fiz minhas abluções matinais, troquei de roupa, e fui ao café onde alguns já haviam terminado... Registro a qualidade dos pratos oferecidos, a exemplo do que já havíamos experimentado na véspera, bem como sua fartura e reposição ao sinal de que estavam próximas de terminarem. Sucos diversos, pães, bolos, café, leite, pão de queijo, presunto, queijo, ovos mexidos e por aí seguia ! Um verdadeiro “5 estrelas”, que se repetia diariamente às 06:00 h. Também fazer o registro de que os piloteiros estavam sempre com os botes prontos e abastecidos (gasolina e caixa térmica) nos horários pré-estabelecidos. Normalmente esses são dois pontos de muito desgaste entre as Pousadas (ou barco hotéis) e clientes, e que foram cuidados com uma precisão cirúrgica pelo Carlinhos. Não havia como se indispor com alguma coisa diante do serviço fornecido. A gestão desse importante item é (foi) impecável ! Hora de sair, e a notícia de que um dos novatos – Piranha – tinha passado mal durante a noite, e enfraquecido pela diarreia (comeu e bebeu pouco...) preferia ficar se restabelecendo na Pousada. Infelizmente (para ele), iríamos passar o dia fora e com isso não haveria como acoplá-lo no Grupo. Mas sua escolha estava coerente com “o melhorar” para aproveitar os demais dias da semana. Saímos portanto com menos um do grupo original, mas que foi facilitado pela presença do Denis (Pênis) que havia ido com o Biguá. Dessa forma, o Cachara saiu com o Xandego e o Biguá com o Pênis. Tudo certo e rio acima ! Não confirmaram se iriam (ou não) nos encontrar no almoço (terminaram não aparecendo). Com um piloteiro responsável em levar os ingredientes básicos para completar os “assados no mato” (cebola, tomate, azeite doce, sal, vinagre, arroz cozido, pimentão, soyho, talheres, pratos, etc...) era hora de passar pelos raseiros (diversos) e buscar pontos mais acima no rio Cristalino. Novamente tendo como piloteiro o Branca de Neve, e parceiro o novato Matrinxã, fomos parando ao longo do trajeto, entrando em alguns lagos, lagoas ou pequenas ressacas, atrás dos tucunas. Quanto mais para cima, mais ativos ficavam os peixes, que nunca eram muitos, mas sempre animavam! Apareceram as primeiras aruanãs, jacundás, traíras, piranhas, e os próprios tucunas azuis que estavam em tamanho médio desta feita Junto da beleza da região (vegetação), a fauna também colaborou, possibilitando-nos visualizar diversos jacarés, famílias de ariranhas, porcos do mato (mais de uma centena), anta, e até mesmo uma onça (apelidada de Sérgio Moro) deu as caras de forma plácida – estava caçando a anta – na beiradinha do rio, sem falar nos incontáveis pássaros que apareciam ao redor dos “intrusos”. Diferentemente de Piáu, Matrinxã tinha um estilo irrequieto, e sob certo aspecto, impaciente ! Já havia pego “a manha” de como pescar com as iscas artificiais, e até mesmo os lançamentos estavam saindo com alguma precisão. Andamos embarcando uns peixinhos (para animar), mas longe de ser o que pretendíamos... Foi chegando a hora do almoço, e num ponto pré-estabelecido pelos piloteiros, íamos chegando com a produção das capturas embarcadas (os que não foram soltos) para serem preparados num braseiro preparado no lugar com a lenha e madeiras tiradas (arranjadas) na matinha que ficava no local. Para nosso “conforto”, havia uma boa árvore na frente do local escolhido que nos propiciava uma boa sombra para o merecido descanso. Enquanto os piloteiros preparavam os peixes e o fogo, os pescadores aproveitavam o momento para um banho de rio. Contrariamente ao que conhecíamos, as águas não estavam tão transparentes como esperávamos, mas longe de estar ruim. Fui um dos poucos a evitar a água, pois estava de calças compridas e não havia levado o calção (na verdade, não queria me molhar). E tome cerveja ! Sempre o “pega a do outro bote” é uma marca registrada do Grupo. Os botes do Biguá + Pênis, e Xandego + Cachara não estavam nesse ponto, e sim em outro ainda mais acima no trajeto do rio. Foram tentar um pirarucu, e pelo que soube, chegaram a pegar um, que escapuliu quando o Biguá estava pegando sua máquina de retrato ! Faz parte, assim como as gozações posteriores em torno do tema, já que soltou nas mãos de Pênis... (mas pegar pirarucu é sempre uma dificuldade). Mas voltando ao nosso assado, não demorou muito para ficar pronto. A forma como é feito termina deixando a carne do peixe grelhada, perdendo um de suas principais características, que é a macies e sabor da carne. Mas com um arroz e vinagrete, não teve aquele que não o repetisse (estava bom mesmo – nada como peixe fresco). Foi o tempo dos piloteiros terminarem de comer, juntar as coisas (inclusive o lixo produzido), e voltar para os botes e fazer umas tentativas na região onde chegáramos. Mesmo em se tratando de um lugar por onde já haviam pescado, havia muitos pontos a serem testados... Com a ausência de Piranha (que ficou na Pousada) e de Pirarara, que havia ficado com Capacete num ponto mais baixo do rio, chamei Sardinha para aproveitarmos a tarde. Havíamos levado também o equipamento de pesca de couro, pois havia a intenção de tentar algo na “boquinha da noite” retornando ao Araguaia. Nada de peixe nas artificiais, por mais que mudássemos as iscas usadas. Locais absolutamente fantásticos como aqueles não poderiam deixar de ter peixe... Foi quando nosso Branca de Neve, tarrafeou no meio do lago onde estávamos, e pegando algumas dezenas de pequenos lambaris, mudou o processo de pesca, iscando-os vivos em empates com anzóis 6/0. Começaram aparecer alguns peixinhos, inclusive piranhas, e seguimos nesse esquema por um bom trecho, até mudarmos para tentar pegar um peixe de couro naquele enorme lago onde nos encontrávamos. Trocamos de material, e iscamos os empates - anzóis maiores - com cabeças de tucunaré (mais uma que aprendi), pouco chumbo pois não havia correnteza, e fomos para a margem (sombra) fugir do calor ! E toma esperar... Estávamos atrás de pirararas, que ficavam presas dentro dos lagos na época em que os acessos ficavam secos. Uma brisa inicial se tornou mais forte, encapelando um pouco a superfície até então serena do lago, mas estava era gostoso aquela ponta onde estávamos “na espera”. De repente um rebojão acontece próximo do local onde estariam nossas iscas ! Pirarucu, alertou-nos Branca de Neve, avisando de que ele poderia pegar a isca, e se o fizesse, deveria deixar levar por algum tempo antes de aplicar a ferrada. Não deu outra, e a isca escolhida foi a minha, que começou a ser arrastada continuamente, sem contudo ser puxada com força. Segundo Branca de Neve, esse é o padrão do Pirarucu, que carrega a isca por algum tempo para somente então comê-la ! Eu deveria ter paciência e deixar ele carregar antes de tentar ferrá-lo ! Foi o que fiz, deixando a linha correr por uns 30 metros quando finalmente diminuiu a pressão da puxada, como se tivesse parado. Hora de ferrar o bruto, mas logo nesse momento a linha ficou frouxa, indicando que ele havia “cuspido” a isca (fato também comum de acontecer – segundo o piloteiro). Pensei que fosse repetir o feito do ano passado, mas dessa vez saí perdedor ! Recolhi a isca e ficou visível que a mesma havia sido amassada por “algo”. Faz parte essas coisas acontecerem... Um pouco mais de espera (infrutífera) e resolvemos ir voltando, pois a luminosidade já dava mostras que não tardaria a escurecer ! Uma tentativa aqui, outra acolá, embarcamos mais alguns peixinhos, mas tudo isso muito distante do que nos havíamos proposto a fazer nessa pescaria ! Muito investimento para pouco peixe...(pelo menos até então). De legal mesmo, a visão de diversos Jacus, Jacutingas e Mutuns (aves “selvagens” de bom porte) ciscando em frente à Pousada do Jean ! Coisa linda de se ver ! Também um fantástico espetáculo foi a figura de um ninho de tuiuiú numa árvore elevada, como inserida num cartão postal ! Aliás esses “jaburus” eram vistos com frequência, sendo que tinha um na Pousada do Jean que fica à espera da limpeza dos peixes, e a exemplo dos Mutuns, já virara animal doméstico... (isso não tem preço) ! Rotina da volta igual, ou seja, raseiros e mais raseiros a trespassar, e finalmente chegar ao Araguaia e logo depois à Pousada, sempre iluminada e acolhedora, com o latir da boxer Paloma nos dando as boas vindas... Subir as escadas da barranca e ser recebido pelo Bill com um copo de cerveja tinindo de gelada é algo indescritível! As resenhas já estavam a todo vapor, e desta feita com algumas ótimas novidades... Quem estava de “mestre de honra” dessa feita era o Piranha, que descansara bastante, e já estava repondo suas cotas etílicas há tempos ! Bem disposto, já estava contando suas versões dos fatos, e nem parecia aquele “amarelo” que deixamos no quarto dormindo... Passar um dia fora sempre é mais desgastante, mesmo que ocorra no início da pescaria, de modo que chegamos (a grande maioria) bastante cansados desse processo, mas nem por isso infelizes com os resultados apresentados. Capacete e Pirarara retornaram mais cedo do Cristalino, e se dedicaram ao chamado “courinho” no Araguaia, onde a busca é pelos peixes de menor porte, mas nem por isso mais fáceis de serem encontrados. Farto mesmo, só botos e depois as piranhas... Mesmo assim eles conseguiram pegar umas “pecinhas” interessantes, dentre elas uma bela bargada (tipo de surubim) e uma cachara já de responsabilidade ! Como previsto, o couro estava dando mais resultado que os tucunas... Biguá, Xandego, Denis Pênis e Cachara, foram atrás dos pirarucus em lagos mais distantes mas sem sucesso e ainda tiveram que arrastar os botes num trecho seco (ninguém merece). Pescaram uns tucuninhas, que ninguém é de ferro, mas não trouxeram nada de expressivo. Soubemos que o Joel Datena não havia pego a piraíba que estava atrás, mas o foco dele era esse, e só esse ! Hora das resenhas, gargalhadas, pirraças, brincadeiras, sempre com muita alegria, bebida e comida ! O serviço de bar feito pelo “Bill” estava ímpar, e ele – apesar do corpanzil – parecia ser incansável no “busca e trás”... Combinamos de pescar por perto no dia seguinte, até para aproveitar o almoço na Pousada, e mesmo com muita conversa rolando, aos poucos o grupo foi se dispersando, cada qual pegando o rumo do quarto. Antes que me esqueça, com o sinal de celular Vivo, e o WiFi disponibilizado na Pousada, acabaram-se as distâncias, e os “falantes” batiam o ponto sempre ! O Zap facilitava esse “lero lero”... Terça feira seria o último dia de pescaria do Biguá + Denis Pênis e do Xandego, pois precisavam retornar na quarta por conta de questões profissionais previamente informadas. Com isso, priorizei minha saída com eles, começando pelo Biguá, que levou a bordo seu drone – o poderoso “Phantom 4” – e fez umas tomadas sensacionais na região onde estávamos. Pensar que um aparelho daqueles podia fotografar com qualidade 4K (4 x melhor que HD) de uma altura de 5 km do comando (controle remoto) é algo que tenderá a revolucionar todos os conceitos de imagens que são tradicionais no nosso dia a dia ! De manejo bastante simples (foi o que me pareceu), esse é um substituto para as câmeras fotográficas/filmadoras que já estão sendo usadas nos próprios celulares nos dias de hoje. É tudo uma questão de evolução, só isso, e não demora. Fomos arriscar uns peixes de couro, e também uns tucuninhas, mas com o resultado de sempre, bastante fraco. Infernais mesmo, só os botos. Nada de troféu ! Pegamos contudo duas tartarugas grandes num local onde elas permanecem juntas e é bastante conhecido dos piloteiros. Uma bela curiosidade ver tantas num mesmo local ! Não eram tracajás e sim tartarugas de rio com peso superior aos 30 kg cada uma ! O tempo passou depressa, e já estávamos a caminho da Pousada... Mesmo sem peixe, os minutos pareceram ter voado. Meus genros (Sardinha e Cachorra) haviam saído juntos, e trouxeram a primeira grande novidade da pescaria, ou seja, uma pirarara de mais de 30 quilos ! Uma bitela ! Soube que perderam outra batida, mas no lago, e não no Araguaia. A coisa começara a esquentar, e isso sempre animava os demais do Grupo. A Pousada estava bem mais vazia com a saída dos demais grupos, e enquanto se preparava para uma “nova leva”, os principais hóspedes éramos nós e o pessoal do Coração de Pescador. Almoço fraco (diante dos servidos anteriormente), mas farto de opções e esmero. Calhou de não agradar, mas ninguém passou fome... As disputadas eram em torno da “jarra de ambrosia” (doce de leite) tradicionalmente trazida pelo Capacete, a qual Imundo se dedicou a guarda e uso depois das refeições ! Após o almoço, o grupo já aprendera a eficácia de uma descansada, principalmente para fugir daquele calorzão que estava fazendo debaixo do sol. Um “cochilo curto” sempre ajuda a recuperação das energias. Mas não demorou e novamente estávamos tratando de articulações em torno de “novas duplas” para sair com os piloteiros preferidos por cada um... Biguá e Xandego saíram juntos, pois estavam ajustando a questão de filmagem com o drone, e a meta não seria “necessariamente” pescar e sim o aprendizado do uso do “Phantom” (claro que levaram as varas). Já não tenho certeza de com quem saí nessa tarde, mas acho que foi com o Pirarara, novato com quem ainda não pescara, com foco tanto nos peixes de couro, como nos tucunas (ou seja, mais um fominha no Grupo). Não me tornarei repetitivo na questão dos tucunas, mas com relação aos peixes de couro, fomos ao local onde ele já havia pego seu troféu (uma bela pirarara de 35 lb = 17 kg), e labutamos um bom período da tarde para escapar dos botos, que não estavam dando refresco a quem quer que seja, nem mesmo às piranhas ! Chegamos a ter algumas linhas esticadas e freios funcionando pela corrida deles ! Não tinha jeito mesmo, tínhamos que ficar mudando de ponto, mas os bichos são perspicazes, e ao ouvir o barulho do motor associavam a comida fácil, ao ponto do piloteiro evitar lançamento das iscas, deixando-as nos pontos com auxílio do barco, e retornando à margem com a isca no local desejado. Terminou funcionando, e no retorno ao ponto onde já havia sido pega uma, encontramos uma segunda, menor que a primeira, mas nem por isso menos vigorosa ! Foi soltar o bote e fugir das tranqueiras (caímos numa, que o piloteiro safou rapidinho) e no meio do rio brigar no limpo com a bruta ! Não demorou a pranchar, ser embarcada, fotografada e devolvida ! Um belo troféu para aquela tarde de sol forte e por do sol típico da região ! Ainda insistimos mais um pouco até começar a escurecer, quando demos por finalizado nossos “trabalhos” e retornamos para o Asa Branca para a já conhecida e esperada resenha do dia ! Todo aquele ritual de receber uma cerveja gelada na chegada, encontrar a conversa rolando solta em baixo do bambuzal, uns pratinhos de tira gosto (quase sempre de iscas de peixe à milanesa), e a eterna dúvida de ir tomar banho ou aderir ao grupo... A turma do Coração de Pescador também estava de volta, ainda sem contabilizar a piraíba procurada, e o “lero lero” seguiu em frente, com as garrafas de vinho sendo abertas em paralelo às de cachaça e de cervejas, constantemente repostas pelo já “nosso Bill”. Importante registrar que minha idade já me permite falhar (um pouco) na cronologia das capturas, mas não da existência das mesmas, podendo estar equivocado em alguns dos dias informados. Tivemos mais capturas de cacharas, mandubés (que o boto pegou), de Apapá (que o boto comeu um pedaço), de arraia (uns 20 kg de desperdício numa isca artificial que pegou na nadadeira), de tucunarés diversos, alguns poucos barbados, cachorras, saicangas e por aí foi... A utilização de iscas vivas (lambaris na tarrafa) se mostrou bastante eficiente em vários pontos, inclusive junto aos já “velhacos tucunarés” em determinadas lagoas ! A piranha não dava vez, e o tempo de espera terminava sendo pequena para o ataque às iscas vivas... Na pescaria de “courinho”, ou mesmo das apapás (douradas), essa era a isca ideal, com um chumbinho muito leve para a isca não flutuar e lançada nas “corredeiras” do rio Araguaia ! Até lá tínhamos as piranhas que por ser raso, os botos não entravam! Rendeu a conversa, os tira gostos regionais servidos (valeu Xandego e Carlinhos), e a disposição da turma em esgotar a cota etílica da noite ! Seguindo a tradição estabelecida, foi aberto um Royal Salute (oferta do sempre generoso Traíra) para dar um pouco de competitividade aos ótimos vinhos que foram levados pelos diversos “somelier” do Grupo. A noite estava bastante fresca, e nem havia mosquitos ou borrachudos (que já são poucos nessa época do ano), de modo que não foi simples terminar a conversa, até porque no dia seguinte tanto Xandego quanto o Biguá e o Denis Pênis (gente da melhor qualidade) estariam retornando à Goiânia e Brasília respectivamente. Estabelecemos nessas conversas a preferência de no dia seguinte subirmos o rio Cristalino, chegando até o “Galego”, ponto mais distante de acesso navegável a partir da foz, precisando para isso, algumas providências complementares como gasolina extra, comida para levar (conseguimos uns franguinhos para variar do peixe – era para terem sido umas picanhas, mas deu mal-entendido e só seguiram as penosas, mesmo com a autorização do Carlinhos, que ficou “tiririca” quando soube do ocorrido posteriormente). Rações de bebidas extras, e todas as demais providências que os piloteiros estão mais que preparados para fazer com que o dia fosse proveitoso ! Com isso estabelecido, chegou a minha hora de descanso, embora tenha deixado o ambiente onde estávamos, cheio dos que insistiam na teoria da “saideira” ! Com a idade, o cansaço aparece com maior intensidade que antes, e é preciso se cuidar para ter proveito ao longo de todos os dias ! Uma ressalva importante, embora já não lembre quando ocorreu, foi a determinação de Cachorra em ir atrás de uma piraíba ! Estávamos marcados de sair juntos, mas os planos do piloteiro eram o de não voltar para o almoço, já que o local era bem distante do Asa Branca. Resumindo, ele terminou indo sozinho com o piloteiro, retornando no final da tarde com seu belo troféu de 1,70 m, com o peso aproximado de uns 80 quilos ! Um recorde dentro dos Mocorongos ! Esse troféu (peixe de couro) já estava com dono certo ! E pensar que o pessoal do Coração de Pescador estava na mesma área e não tivera sucesso ! A bem da verdade, Cachorra já havia ferrado uma outra grande (de uns 1,40 m) que se soltou ao aproximar do barco, de modo que repetiram a dose, e embarcaram esse belo peixe ! No amanhecer do nosso penúltimo dia, a saída se atrasou um pouco (para alguns...) enquanto fazia as despedidas do Xandego e do Biguá, pois o café – no refeitório servido às 06:00 h durante todos os dias – não reteve os mais “agoniados”... Agradecimentos feitos, “lembrancinhas trocadas”, e era hora de seguir adiante com o sempre irrequieto Mandi, falante permanente ao longo de toda a pescaria ! Iríamos usar o piloteiro chamado de Coreano (índio por nascença), que ele já vinha usando com frequência nos dias anteriores ! Como ele é competitivo ao extremo, e adora se gabar das disputas individuais comigo no bote, esperava repetir as “cagadas” havidas nas pescarias passadas, e estava confiante... A subida do rio nessa época de rasantes é sempre um problema ! Sai do barco, empurra, levanta o motor, procura o canal, diminui a velocidade, enfim, é bem diferente de sair direto para os pontos de pesca ! Havíamos encontrado um dos 12 barco-hotéis que operam a partir de Porto Luiz Alves, de modo que haviam muitos botes naquela região, atrás dos tucunas (normalmente são pescadores de peixe de couro, mas sempre tem os fominhas – como nós – que fazem as duas coisas). O ponto a ser alcançado era o tal do “Galego”, o que não nos impediu de ir pescando ao longo do caminho, quando os raseiros permitiam. Pescaria na base de muito esforço com o peixe manhoso, mas saindo pela insistência dos pescadores, quase sempre com iscas de superfície, ou sub-superfície, e a tal da Lambari (transp) da Intergreen foi uma das mais produtivas, principalmente em recolhimentos lentos (zarando) com paradinhas. No início íamos pegando em quantidades parecidas, mas o tempo foi esquentando, e apenas essa Lambari é que estava pegando ! Ofereci uma ao “mano”, mas ele (orgulhoso) não aceitou, preferindo continuar trocando incessantemente de iscas... Tenho a impressão de que ele não percebeu (ou fez de conta não ter percebido) que estava ficando bem para trás na contagem, mas tudo bem, vamos adiante ! Entra em lago, sai de lago, volta para o rio, troca de isca, pega-se mais uns peixinhos, e assim fomos indo até chegarmos no local onde havíamos ido na segunda feira, o tal do “Benedito”. Encontramos poucos dos nossos ao longo do caminho, sinal que estávamos bem para trás... Hora de acelerar o bote e ir para o local de encontro no “Galego” ! Com o sol de meio dia, a coisa estava difícil, e o melhor a fazer seria mesmo chegar no local combinado e adiantar a fogueira... Já próximos ao local da chegada, íamos encontrando os demais botes, quase sempre ainda em busca dos tucunas. Como havia o propósito de comermos fora, todos os botes estavam com peixe, e aproveitamos o conhecimento do “Coreano”, nosso piloteiro, para fazer um “shashimi”, que estava mais para “chevice”, mas indiscutivelmente saborosíssimo ! Não deu para quem quis ! Fogo acesso, uma grelha de frango (coxa e sobre coxa), arroz branco já cozido, e o vinagrete sendo preparado na hora com os tomates, cebolas e pimentões trazidos e embebidos em vinagre e azeite doce, certamente com a medida certa de sal ! Não sei se era a fome, mas houve disputa... De ruim mesmo, o esquecimento da pimenta (imperdoável). Tucunaré e frango grelhado na beira do rio Cristalino, sob a sombra das árvores... cervejas, refrigerantes e água gelados e abundantes... não dá para achar ruim... Mas ainda teríamos a tarde pela frente. Para tentar mudar um pouco, terminamos por trocar algumas das duplas que começaram pela manhã, e fomos em busca de novos troféus ! Fiquei com Sardinha, enquanto Mandi ficou com Cachorra (é do quem me lembro, já que outros mantiveram seus parceiros matinais). Mandi levou o “Coreano”, e passei a pescar com “Branca de Neve”, meu já conhecido piloteiro. Não foi por falta de esforço dele, mas a pescaria foi muito fraca nesse período da tarde. Vento sempre atrapalha, e mais que isso, o peixe parou de atacar as iscas, salvo quando estas passavam próximas, e isso significava coloca-las no “pé do barranco” ! Pegamos alguns poucos, mas o melhor da tarde foi surpreendermos numa ponta de lago, uma família de ariranhas saindo da toca para assustar um enorme grupo (uns 100 indivíduos) de porcos do mato que estavam por perto. Alguns minutos de fascínio, com todo aquele barulho em torno dos porcos que terminaram batendo em retirada, deixando contudo, um fedor característico de animal silvestre para trás. Imaginamos que poderia ter alguma onça por perto, mas ficou só no imaginário ! (essas imagens já foram postados acima) Iniciamos o nosso retorno já no final da tarde, pois havia muita água pela frente, e certamente os raseiros a serem transpostos, coisa que provavelmente aconteceria já no escuro da noite, embora antes das 19 h. Chegamos sem maiores percalços, com praticamente todos em torno das mesas ! Ausente apenas Capacete que tinha ido com alguém (Pirarara ?) para o couro ! Resumindo, o bote faltou gasolina quase na pousada, mas eles tiveram que andar uns 45 minutos pela areia fofa e mato para chegar ! Como estava escuro, ninguém imaginou que estariam tão próximos assim, e mesmo com a luz das lanternas que usaram, não teve jeito, e voltaram no esforço da andada á noite, com iluminação de lanterna ! Seria algo “anormal” (desatenção do piloteiro) se o mesmo problema não tivesse também prestes a acontecer com o “Coreano”, que por alguma falha (não apurei de quem...), não recebeu a reserva complementar de combustível lá no Galego, como todos os demais botes que lá estiveram, forçando – por conta da possibilidade de ficar sem combustível – o retorno direto para a Pousada, sem pescaria a tarde. Soube por Cachorra, que quase teve “porrada” a bordo do Mandi com o até então seu “brother” Coreano. Cachorra foi pelo bom senso de querer retornar, o que deixou o Mandi ainda mais irritado (fica irracional – ainda mais tomando uma “corça” na contagem dos embarcados pela manhã quando esteve comigo...). Felizmente não chegaram às vias de fato ! Penúltima noite, e a resenha correndo solta, principalmente pela notícia – confirmada pelo próprio Joel – que o pessoal do Coração de Pescador havia embarcado uma piraíba de praticamente 2 m (uns 100 quilos), devidamente filmado e que seria uma das atrações da temporada televisiva que iria se iniciar. Pescador não perde tempo, e já fui querendo saber a isca usada, e confirmei de que peixe vivo sempre trás alegrias (no caso uma curimba, ou papa terra, de 1 quilo). O local de captura havia sido próximo onde Cachorra pegara a sua, e que parece ser um “ponto fixo” de passagens dos grandes bagres do rio – fica há umas duas horas de motor no sentido inverso de Fio Velasco, ou seja, bem para dentro do estado do Tocantins. E o Bill se desdobrando para atender a todos os pedidos que eram feitos quase que simultaneamente ! A dificuldade dele era saber se a cerveja seria, Skol, Brahma ou Antártica ! Como todas estavam super geladas, não havia “retornos” por eventuais “enganos”. Carlinhos já não mais estava na Pousada, tinha retornado à Porto Luiz Alves para pegar um transporte para visitar uma fazenda (umas terras...) que tinha mais para dentro do estado (MT), mas isso não resultou em qualquer problema, até porque o comando e gestão administrativa é conduzida – com maestria – pela esposa Edna. Fomos mais que bem cuidados, com a possibilidade de provar alguns petiscos nativos, todos excepcionalmente saborosos e bem preparados ! Nesse ponto o Asa Branca é SHOW sempre ! Muito “converseiro” e a decisão de que no nosso último dia, seria “livre”, cada um fazendo o que desejasse, o que me incentivou logo a dizer que sairia um pouco mais tarde na manhã seguinte, pois pretendia me recuperar do cansaço dos dias anteriores. Uma das “pirraças” (birras) mais usadas durante a pescaria era a tentativa dos integrantes do Grupo 27 em qualificar “o Coordenador”, pois com a presença de 3 deles (Kid, Traíra e Cachara), o “jogo de empurra” era inevitável. Por já ter avisado que deixara o cargo, me aposentando também dessa atividade (virei “conselheiro”), as brincadeiras em torno disso eram repetitivas – sempre ! Com tanto “marmanjo” junto, era impossível que não soubessem “se virar” por um dia ! Demorei mais de me recolher, participando das “resenhas” em torno da bebida que parecia não ter mais fim, mas chegou uma hora em que até o “porvinha” ou "maruim" (a mim incomodou pouco, mas teve gente dentro do grupo que sofreu demais com o bicho, mas se era alérgico, não deveria ter se precavido ? Pescar de short ? Merecido, com todo o respeito...) sinalizou que já era hora de “naninha”, e o quarto já frio do ar condicionado foi uma recompensa por todo o trabalho do dia. Não senti pernilongos hora alguma ! Mas os “pés de cana” continuaram por um tempo indeterminado, e haja conversa e risadas. Amanhecer do último dia ! Como pretendido, respeitaram meu desejo de não acordar às 05:30 h, embora isso tenha acontecido uma hora depois, mas já fora um diferencial ! Com calma e tranquilidade fui para o refeitório atrás do café, e certamente encontrei diversos integrantes ainda com dificuldades de levantar da mesa e ir pescar ! O fato concreto que terminaram todos saindo, cabendo-me fazer dupla com Piranha, com quem mesmo sendo novato não havia saído (no dia, ficara doente), mas ele ainda não havia aparecido para o café ! Não demorou muito e eis que chega de short, bem à vontade me informando que não ia pescar, pois precisaria usar a internet para resolver alguns assuntos de cunho profissional ! Fazer o que ? Acabei meu café com mais calma ainda, e já na certeza de não voltar ao Cristalino, iria tentar uma pesca de courinho, em local próximo a Pousada, até para retornar na hora do almoço. Fortuitamente sobrou de piloteiro o Branca de Neve, o que já me animou, e mesmo sozinho, fomos atrás de umas douradas (Apapás) se as piranhas deixassem ! Ele já havia providenciado mais cedo, dar uma tarrafada num ponto próximo, de modo que as iscas para uso naquela pescaria (lambaris e branquinhas vivas) já estavam no viveiro prontas para uso ! Não navegamos muito e logo depois da foz do rio Cristalino, nuns bancos de areia que faziam “drop offs” (valas submersas), posicionamos o bote de modo as iscas ficarem nadando no limite dos bancos e as águas mais profundas, local estratégico dos cardumes de predadores ! Logo na primeira isca, o toque corrido, e uma travada forte seguida de uma retirada de linha mostrava que o local era promissor ! A favor da correnteza, o peixe demorou a aparecer, e para minha surpresa – que esperava um belo Apapá pela briga demonstrada – veio mesmo uma cacharinha de uns 5 quilos... Claro que foi solta ! Já fazia algum tempo que pegara uma dessas ! Mas também ficamos nisso ! As piranhas descobriram o lugar e as iscas mal entravam na água e eram atacadas ! Próximo de nós estavam Capacete e Pirarara, sofrendo do mesmo mal que tínhamos... Eles insistiram, mas nós mudamos de lugar, navegando rio Araguaia acima, na direção de Fio Velasco. Paramos no local onde chegara de carro com o Carlinhos e o Xandego, ou seja, na ponta da Ilha do Bananal ! Dali para cima seria Goiás de um lado e Mato Grosso do outro ! No rio divisor dos estados as piranhas faziam a festa, não importa para onde fôssemos ! Com o nível das águas bem mais baixo que o de costume, os pontos mais profundos eram inevitavelmente locais de refúgio para os cardumes das “malditas”, fosse remanso ou mesmo águas mais rápidas ! Retrocedemos ainda mais, passando por uma comunidade existente, local de pedras – quem sabe não sairia um mandubé, peixe tão presente na região – e de passagens estreitas entre bancos de areia ! Não foi por outro motivo que o prático responsável pela lancha rápida evitou nos trazer no anoitecer do sábado ! Terminamos sem pegar nada, não sem pararmos no retorno no local onde pegara a cacharinha ! Presentes mesmo só a “piranhada de sempre”... Quase meio dia, hora de retornar para a Pousada, fugindo da inclemência do sol naquela bela região do rio Araguaia. A nossa espera, apenas Piranha (já com um copo de cerveja na mão) e Paloma, a simpática cachorrinha boxer do Asa Branca. Os demais barcos ainda não haviam retornado ! Fominhagem típica de último dia, na base de “é hoje só e amanhã não tem mais” – o que não deixava de ser verdade nesse caso. Aos poucos os demais Mocorongos vinham chegando, quase sempre mais cansados do que verdadeiramente satisfeitos com as capturas realizadas ! Uns com mais histórias que outros, mas a essência sempre passava pela dificuldade de encontrar os peixes, fossem de escama, fossem de couro. Um final de festa que poderia estar sendo mais desfrutado por todos ! Infelizmente é impossível ter conhecimento prévio do clima, e por consequência, das condições de pesca, embora seja praticamente inviável desmarcar o que se planejou e pagou com meses de antecedência (sem falar de férias, compromissos, licenças e ausências dos integrantes). O sol estava muito quente (parecia até mais forte que nos demais dias), e nem o vento forte ajudava a refrescar ! O almoço não estava a altura dos demais dias ! Não sei se pelo hábito já desenvolvido de comer fora, mas a realidade desta feita era pouco convidativa às repetições. O básico, sempre bem preparado, mas nenhum ponto de destaque ! Mesmo assim, o horário da saída pela tarde foi sendo procrastinado, até que finalmente os “mais fominhas” foram à luta, quase sempre com os equipamentos para pesca de fundo e de artificiais, o que significava dizer que estariam preparados para o que aparecesse. Já havia encerrado minha pescaria pela manhã ao retornar para o almoço, vez que pretendia usar o turno da tarde para ir desfazendo e recolhendo as tralhas de pesca no sentido de deixa-las em condições de serem embaladas, principalmente a questão dos tubos, estes sempre repletos de inúmeras unidades por serem compartilhados. Como havia um bote maior com um motor de 40 HP’s, que podia levar três pescadores para uma pesca de couros, todos puderam ir se despedir do local ! Alguns dos botes foram rumo ao rio Cristalino (nos primeiros lagos), enquanto que outros foram atrás dos peixes de couro. Cada um traçou sua estratégia de acordo com o que desejava fazer (acho até que as “duplas” foram montadas já nesse perfil do que seria feito). Os tucunas sempre tiveram nossa prioridade, mesmo em condições adversas, embora os peixes de couro prometessem mais emoção (descontando os botos e piranhas). Cada um na sua, e eu na minha, feliz com essa “folga” no final da pescaria. Tem horas em que o peso da idade nos faz pensar e ser um pouco mais racionais do que impetuosos. Já havia arrumado a maior parte de minhas coisas, tomado banho, quando os botes começaram a voltar com o “povo” nitidamente exausto por conta desse acúmulo de dias pescando, tomando sol e deixando de lado os hábitos sedentários. Mas em todos, sempre as feições alegres e satisfeitas pelas experiências (no caso dos novatos) e pelo convívio e pescaria (no caso dos demais). Algumas alegrias pelas capturas no último dia, mas nada que se comparasse à de Sardinha, que no primeiro lago do Cristalino (atrás da Pousada do Jean), ou seja, num local “super hiper batido” por todos os botes que entravam no rio, engatou nada menos que um pirarucu de uns 50 kg ! Felizmente tem a foto para não passar por mentiroso. Soube que até foi filmado pelo pessoal do Coração de Pescador que estava por perto testando umas tomadas com o drone para a próxima temporada... Todos do Grupo estavam exultantes, já que ele (Sardinha) havia sido um dos mais animados e “fominhas” ao longo de toda a pescaria, tendo investido pesado nos seus equipamentos para usá-los num momento como este ! E que belíssimo peixe ! Certeza mesmo foi a coincidência de ser o mesmo piloteiro de outras capturas – o cara sabia das coisas...(meio marrento, como sempre acontece, mas conhecia muito). Acho que o pirarucu foi pego em filé de peixe, mas isso, só o Sardinha para confirmar! Os outros “ex-novatos” (naquela altura já devidamente batizados) também tinham histórias para contar, principalmente os concunhados Matrinxã e Piáu, com um acertando a bochecha do outro com uma isca artificial (claro que engatou, e precisou a intervenção do alicate de corte do Cachara – que estava por perto – para sanar o problema). Essas coisas sempre podem acontecer, por mais que se reitere aos de menor experiência que tenham cuidado com os arremessos... Mas ambos se resolveram, continuaram pescando e pegando seus tucunarés... Outros também apresentaram seus resultados, inclusive – salvo engano – de uma enorme arraia (uns 20 kg) pega pela lateral num arremesso de artificial (Traíra), que não posso precisar ter sido nesse final de tarde, mas não tenho dúvidas que aconteceu. Também uma imagem fotográfica de um veado (quatro patas) na beira do rio, complementou as histórias de anta, onça, ariranhas e outros bichos vistos ao longo dos dias. Apareceu nesta tarde – com certeza - uma cachara (acima da medida) que foi ser preparada para nosso “último tira gosto” dessa pescaria. Bill, nosso presente e ativo garçom, que já havia ganho um presente comprado e dado pelo Mandi (uns óculos escuros polarizados), estava ainda mais elétrico, não permitindo que copo algum ficasse sem a respectiva bebida que estivesse sendo apreciada. A turma do vinho, da cachaça, da cerveja e a do refrigerante, apenas começara essa noite derradeira, que ainda nos levaria a algumas escolhas eleitas por votos abertos de todos os integrantes do Grupo – dentro da tradição. Isso iria acontecer após o jantar que se misturou com os tira gostos na parte externa do restaurante, ou seja, sob o bambuzal ! Juntou-se a nós o pessoal do Coração de Pescador, que conseguira repetir o feito da captura (filmada) de mais uma piraíba para ser exibida na televisão, e o papo rolou firme, até porque eles também seguiriam viagem na manhã seguinte para Goiânia. Aproveitei o momento para estar com os piloteiros que tão bem nos serviram nesses dias, bonificando-os com uma boa gorjeta (anteriormente prevista e já recolhida dentro do Grupo), agradecendo também ao pessoal da cozinha (também recebeu um “agrado”) e até mesmo o pessoal do bar, que se esforçou sempre para nos proporcionar bebidas sempre geladas e em abundância. No momento do jantar, foi feito um acerto de contas com a Pousada pela gasolina a mais utilizada (ida ao Galego), que fora previamente autorizada, dos chumbos dados em “consignação”, e dos alugueis das tralhas pesadas para uso nas pescarias de couro (alugados uns 3 ou 4 conjuntos). Para variar uma “choradeira” – senão não seria um grupo de pescadores – que no final do “lero lero” resultou em um acerto aceito pelas partes... (nem poderia ser diferente disso) Já com todos os Mocorongos alimentados (bebidos, jamais...) e reunidos, começamos na mesa externa, sob o olhar dos recém chegados (tinha uma família mineira que viera pegar peixe de couro), as confabulações e votação dos troféus e medalhas levadas ! Começamos pela Medalha de Fair Play, e após um quase consenso, foi indicado o até então “ex-novato” Pirarara, também conhecido como Rabeta de ouro, Rabetinha dourada e até Rabeta Perfumada ! Essa era uma “barbada”, pois o sempre sorridente e brincalhão Calixto, mereceu esse reconhecimento ! O cara foi SHOW ! No caso da Medalha Pé de Freezer, como o próprio título sugere, a disputa foi mais acirrada com necessidade de um 2º turno, disputado voto a voto (aberto) até a indicação de Piranha, bastante merecida ! Vomitou, ficou sem pescar, pegou verdadeiros “orangotangos”, sem perder em momento algum o “fair play” (foi concorrente lá também). A medalha tinha uma fotografia do cantor “Fábio Junior” (vou ver se consigo pegar uma imagem dela), e foi motivo de muitas risadas e brincadeiras. No caso dos troféus, o de maior couro foi para Cachorra – indiscutível com sua piraíba de 1,70 m e uns 80 quilos. Lembrar apenas que ele pegou também uma pirarara de mais de 30 quilos... e estava na sua 2ª pescaria... Um verdadeiro marco ! Estava num contentamento merecido esse meu genro Lucas. O outro troféu (destinado ao maior peixe pego com isca artificial), mereceu uma “virada de mesa”, se tornando – como já fora num passado recente – no maior peixe de escama capturado. O troféu na verdade não seria utilizado, pois não houve registro de qualquer tucunaré acima de 3 quilos, medida (peso) mínima pré-definida. Importante deixar claro que essa alteração foi proposta pelo Mandi e votada por todos os integrantes do Grupo 27, validando – de modo inequívoco – a entrega do troféu ao Sardinha, com seu belíssimo pirarucu ! Mais um genro premiado, e também com todo o mérito ! Curioso apenas que os troféus traziam as figuras de um tucunaré azul (deu pirarucu) e pirarara (deu piraíba). Momento final de muitos brindes, discursos improvisados, mais brincadeiras, promessas, e todo o elenco de coisas que sempre se repete ao final desses sempre ótimos dias de convívio. Hora sempre complicada de terminar as “arrumações”, colocar as varas nos tubos (reconhecimento e agradecimento ao Animal e ao Sardinha, que fizeram essa chatíssima parte), pegar e guardar as tralhas usadas e não usadas (sempre parecem ser em quantidade maior que o desejado...), para se recolher com o olho no relógio, pois nossa saída seria (estava prevista) para as 05:45 h, com o café sendo tomado na Pousada Asa Branca 2, lá em Fio Velasco, onde nos esperava José Felipe e nossa VAN para seguirmos para Brasília. Deu trabalho para as arrumações terminarem, e já era tarde quando o entra e sai nos quartos aconteceu ! Como havia “sacrificado” minha tarde na arrumação, pude ficar lendo meu livro com tranquilidade... Aproveito para fazer referências a alguns dos equipamentos usados, pois é algo que sempre existe curiosidade em torno do tema. De carretilha, só as do Xandego, Biguá e Denis Pênis, se bem que o Biguá levou um molinete Stella 2000 com uma vara REDAI que era uma tetéia! Todos os demais usaram molinetes para os tucunarés e courinho (alguns chegaram "aos couros" com seus molinetes, que corresponderam às expectativas e embarcaram diversos "brutos"). Varas diversas, variando de 8, 12, 14 e até 17 lb para as iscas artificiais ! Algumas de fábrica (Berkley Lightnnig, Shimano, etc), diversas delas customizadas (CBM, By Rinco, etc). Molinetes acompanhando as varas, quase sempre de 1000 à 3000 de tamanho ! Resolvi fazer uma "peraltice", e levei 3 molinetes comprados por US$ 27 (os 3) no Gear Best (origem Chinesa), para ver o que aconteceria... (posto a foto deles para avaliação já que tem 10 rolamentos, mais todos esses "penduricalhos" oferecidos pelas marcas mais famosas). Funcionaram esplendidamente (se bem que amostragem de 1 pescaria não conta, ainda mais com peixes pequenos...), comprovando a tese de que os preços das marcas mais famosas + imposto cobrado, estão fora da realidade do mercado internacional... (incluindo a China). Mas tivemos bons molinetes em uso, alguns bastante caros e excepcionais - como o Stradic CI4 (só para dar um exemplo), sem esquecer dos que haviam sido consertados pelo Chedid. As linhas na sua grande maioria de multifilamento PP com até 30 lb, e as iscas comuns do "dia a dia" (já falei da Lambari - Intergreen, e não poderia deixar de mencionar as de NNakamura, sempre excelentes, as tradicionais sub walk da Rapala, as T20 e T10 - esta última bem mais eficiente por lá, algumas da Marine Sport (Inna), alguns shads - apesar da piranhada, mas todas sempre mas tonalidades claras, osso ou mesmo transparentes). Alguns usaram líderes, mas não vi necessidade (minha opinião), snaps normais (nada de Capella), bons empates trazidos pelo Xandego. Varas de fundo a partir de 45 até 120 lb, linha de 80 lb, molinetes e carretilhas compatíveis ! O soninho foi ligeiro (pelo menos essa foi a impressão) pelo alarme do celular avisando-nos ser hora de concluir o que ficara faltando e seguir para a lancha rápida ! Eram 05 h da matina (ninguém merece isso para voltar, se fosse para vir...) e não demorou muito para já estarmos nos arredores do refeitório atrás do café, cujo cheiro nos convidava a compartilhar esses últimos momentos ! Ainda sem sol, mas com claridade (já eram mais de 05:30 h), o que deveria ser uma “simples xícara de café”, se transformou num “mata fome”, pois tinha bolo, sanduíche, pão, suco e quase a mesa normal do café da manhã servido no refeitório ! E para tirar os viajantes daquele recinto ? Estão pensando que vida de coordenador é fácil ? Demorou, mas às 06:00 h estávamos embarcados na lancha rápida, com as tralhas num bote auxiliar (motor de 40 HP’s), com a turma encasacada a procura de refúgio na parte traseira do barco. O capitão (prático) chegou encasacado em contraste com minha camisa polo... (algo estava errado !). Rapidamente a lancha deu marcha ré e sob o latir frenético de despedida da boxer Paloma, partimos para Fio Velasco. Não teve conversa, e o motor despejou sua potência alcançando uma velocidade de cruzeiro de 60 km/h, que é bastante em termos náuticos. Pela ausência de qualquer vidro ou proteção, o vento frio do amanhecer (ainda sem sol) provocava “gemidos” nos mais friorentos, alguns dos quais estavam vestindo capotes e se protegendo com pedaços de plásticos... Ao longo da viagem, mesmo após o aparecimento do sol no horizonte, a turma do frio ainda estava “batendo queixo” – a começar pelo capitão que conduzia a embarcação ! E eu de camisa polo sem sentir esse frio declarado por todos... A viagem levou pouco mais de uma hora, mesmo estando contra a correnteza, e a chegada em Fio Velasco, foi providencial para alguns que já estavam alucinados por um banheiro. Nosso bom Zé Felipe estava com a VAN no local da chegada esperando pelas malas, mas estas demoraram mais uns 20 minutos para chegarem. Café da manhã servido (mesmo padrão de qualidade do Asa Branca 1), e novamente todos comendo como se não tivessem feito isso anteriormente – até para esperar pelas bagagens... segundo algumas justificativas apresentadas. Não demorou muito e já a VAN chegava do local onde o bote encostara com as tralhas. Junto com a nossa, vieram também as tralhas de filmagem do pessoal do Coração de Pescador, que rapidamente arrumaram o carro que lá ficara estacionado e após despedidas de praxe, seguiram viagem ! Nós também não demoramos para sair, pois a esticada era grande e precisávamos chegar a tempo do Mandi pegar um voo mais cedo – o ideal seria chegarmos às 16:30/17:00 h - mas isso dependeria do tráfego, não esquecendo se tratar de uma sexta feira... Senta a pua, Zé Felipe ! Superado o trecho do “poeirão” que existe entre Fio Velasco e Luiz Alves, a chegada do asfalto foi o equivalente a um colchão macio, e não demorou para ficarmos apenas o Zé Felipe e eu acordados, e os demais em sono profundo (claro que até uns roncos foram ensaiados, mas “abortados” no nascedouro...). Essa era a parte de estrada pouco trafegada, e por assim ser, a VAN não aliviava, e sob a direção segura do José Felipe, íamos avançando para nosso objetivo de chegar o quanto antes em Brasília ! Havia uma “conversa” que desta feita não haveria almoço, mas apenas um lanche, o que certamente não se confirmou. No retorno não havia necessidade de caixa térmica com álcool, e sim com água, até para atender a “boca seca” do que foi bebido não só na véspera, mas ao longo de todos os dias ! A questão era que com água, haveria – obrigatoriamente – a necessidade da “mijada”, e isso iria atrasar... (mas claro que não teve como não parar). E isso aconteceu na beira da estrada mesmo, no melhor estilo brasileiro, talvez baiano... Paramos para abastecer em Porangatu, num posto que tinha almoço a quilo (treta do motorista, a julgar pelo tamanho do prato feito), de qualidade acima do que se pudesse prever, com opções, inclusive de um churrasquinho bastante “interessante”, ainda que só de carnes de boi, porco e frango. Claro que teve gente repetindo... Boletos recolhidos e bancados pelo caixinha, pois isso era previsto no planejamento, e depois de uma andada forçada (pneu da Van apresentava problemas, e fora ser avaliada pelo “borracheiro de plantão”, que sempre existem nesses postos de gasolina em estradas – felizmente era apenas perda de ar, sem estar furado ou o furo ser detectado...). Paramos por quase uma hora... De volta a estrada, desta feita sob os efeitos de um calor digno de Goiás. O ar condicionado da VAN parecia não estar ligado, e aqueles sentados junto às janelas onde batia o sol, chegavam a suar... e tome estrada, mas num ritmo mais “moderado” pelas condições da rodovia (Belém – Brasília) e o tráfego de caminhões, carretas e SUVs. Ao chegarmos nos arredores do Distrito Federal, a capital do País, um festival de desleixo e abandono próximo as cidades satélites que compõem o entorno de Brasília. Além de uma estrada pessimamente conservada (haja buraco remendado), não havia acostamento e qualquer outro sinal de civilidade. Quebra-molas eram as únicas formas de “educação” ao tráfego que era sempre intenso a qualquer hora (estamos falando de um dos acessos à Brasília)! Não apenas de tráfego comercial, mas também de ônibus e transportes coletivos que levam a mão de obra desses locais para os empregos na cidade ! Em determinados locais, chegamos a pegar “engarrafamento”, o que é inconcebível numa estrada como aquela. Felizmente havíamos feito uma viagem bem rápida (graças ao motorista – também bonificado no aeroporto) e tínhamos uma pequena margem de tempo para chegar ao aeroporto antes do horário fixado para o voo do Mandi, mais cedo que o nosso. Mas essa margem foi se estreitando com o tráfego que pegamos a caminho do nosso destino (segundo o Zé Felipe, trata-se do único acesso ao aeroporto de onde estávamos). O fato é que chegamos ao acesso do embarque ! Retirada das bagagens, conferência, agradecimentos e ida para o “check in”. Traíra recorreu a um “despachante” que atende a empresa em que trabalha para facilitar nosso embarque (ledo engano, pois a sistemática do check in havia mudado, passando a ser praticamente finalizada pelos próprios passageiros – nos totens, onde além do tíquete de embarque, era necessário também pegar os tíquetes da bagagem, que posteriormente era pesada e despachada no guichê da companhia – no nosso caso, a LATAM). Resultado disso, uma verdadeira ZONA ! Felizmente estávamos com tempo para fazer e desfazer esses procedimentos. A correria por conta do voo para o Mandi pegar o rumo de casa mais cedo ainda não se concretizara – isso só iria acontecer mais tarde – pois ainda estava numa lista de espera, onde era o primeiro da lista. Após despacho das tralhas (que coisa chata !), pude ir com calma ao banheiro, onde aproveitei para fazer a barba, mudar de camisa, e melhorar o ar de cansaço que, a exemplo dos demais, estava estampado no rosto. Mas voltar para casa sempre tem seus encantos e preferências (em uns mais do que em outros). Acessamos a zona de embarque, passando pelo raio-x (acho que alguém do grupo teve que tirar sapatos, cinto, etc... mas nem me lembro quem foi) em busca do portão de embarque. E toca andar pelo aeroporto ! Desencontramos do Mandi, mas soubemos (Zap malcriado) que ele havia embarcado no voo desejado. Depois de tanta andada, chegamos a ala nova do aeroporto, onde os locais de fast food praticamente lhe empurram comida ! Paradinha estratégica e entre pizzas e comida japonesa, fizemos hora para a chamada do voo, que ocorreu – felizmente – dentro do horário programado. Com lugares previamente marcados, ficamos próximos uns dos outros, e mesmo com o voo bastante cheio (sexta à noite – 18:45 h), a decolagem saiu praticamente no horário estabelecido. O que não contávamos era com um ”vento amigo” que acelerou nossa viagem, toda ela tranquila até a chegada em Salvador ! Saltamos num dos “fingers” mais distantes das esteiras das bagagens, e andamos consideravelmente até o local onde fomos surpreendidos com alguns dos nossos volumes já rodando na esteira. Esperamos um pouco por algumas malas que vieram como “frágeis”, mas nada que fosse grave, e ali mesmo nos despedimos daqueles que seguiriam viagem para outros destinos sem usar a VAN. Com isso, André Piáu e Cesinha Matrinxã seguiram com as esposas para suas residências em Praia do Forte. Marcelo Imundo embarcou rapidamente num taxi, pois era aniversário da esposa e não podia chegar tarde (soube depois que saiu para jantar). Valdir Capacete e Calixto Pirarara Rabetinha Dourada, seguiram com a esposa de Calixto, que viera pegá-los, e os demais ficaram de ir mesmo na VAN (grana do caixinha – previsto no planejamento). Falando nela (VAN), esperamos alguns minutos até que pudesse encostar sem ser multada (isso está virando uma piada...) para nos pegar, assim como os tubos e tralhas que ficaram por nossa conta ! Apesar do cansaço, as conversas renderam a bordo, e a cada parada para uma descida, as brincadeiras se repetiam. O retorno foi tranquilo e antes das 22:00 h já estava em casa tomando um banho ! Como já devo ter comentado anteriormente – é difícil memorizar o que já foi escrito, principalmente quando não se escreve de forma contínua, e sim aos poucos – é bastante possível e provável, que alguns dos fatos narrados não estejam em dia certo, pois sem registros (saudades do SMOP – Sistema Mocorongo de...), termina ficando meio confuso guardar quando – exatamente – aconteceu o fato, embora nenhum deles relatado tenha deixado de ocorrer, ou sido inventado. A memória hoje não é mais a de antes... (vem junto com a “melhor idade”, para os que ainda não sabem disso). Agradecimentos especiais a todos que participaram dessa pescaria, independente do seu resultado “pescativo”, pois no aspecto de companheirismo e alegria, ela não ficou abaixo de qualquer outra realizada por grupos anteriores. Poder contar com a presença e participação dos “já Mocorongos” Biguá e Xandego, é sempre um motivo a mais de se buscar uma repetição dessa complementação sempre absurdamente efetiva ! Não posso me esquecer de Denis Pênis, que com seu jeito “calado” se chegou e se entrosou com todos nós (gente da melhor qualidade). Falar bem do Carlinhos, Edna e do Asa Branca, já é chover no molhado ! Para nós, assim como já acontece com o barco hotel Angatu em Barcelos, a Pousada Asa Branca já virou “nossa casa” no Araguaia. Não posso deixar de ressaltar o entrosamento dos “ex-novatos”, que abrilhantaram (sempre) os dias de pescaria e “cachaça” que tivemos ! Nem parecia que estavam apenas começando nas pescarias com os Mocorongos, que já passaram a ser ! Como de hábito, acabou sendo um ótimo período juntos, com grandes troféus, e solidificação de amizades. Certeza mesmo, é que o Grupo 28 (2017) será ainda melhor, onde quer que venha a ser, já sob o comando do novo coordenador Sardinha !
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