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O PESCADOR e o pescador.


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O PESCADOR e o pescador.

Sou amante da pesca desde criança, quando meu pai me levava às lagoas , fazendas e conforme o tempo foi passando me levou a lugares mais distantes, como o Rio Amazonas, Rio Negro, Madeira, Branco, dentre outros.

Moro em Manaus há 30 anos, e participei de pescarias em lugares maravilhosos como o Janauacá, que hoje em dia não proporciona pescarias tão frutíferas quanto a 20 anos atrás.

Mas não é bem disso que vim falar, mas sim de uma peça de essencial importância para a pesca esportiva, O HOMEM, que da mesma maneira que faz com que esse esporte se propague cada vez mais, já o fez e muitos ainda fazem com que ela desapareça aos poucos, ficando apenas em nossas lembranças momentos e peixes inesquecíveis, assim como suas atitudes vem diferenciando o PESCADOR do pescador a quem vou me referir neste texto.

O PESCADOR é aquele que passa horas arrumando suas coisas em casa, e a cada isca que pega imagina o peixe a atacando, e a briga que este irá lhe proporcionar, o PESCADOR, ao ver uma loja de pesca, olha as novidades, questiona, se intera, e quase nunca resiste a comprar uma tralha que seja por semana.

O pescador é aquele que tem seu material, mas quase nunca o conhece, usa aquilo que acha que que irá pegar o peixe, mas não aquilo que lhe proporcionará prazer, que muitas vezes saiu de última hora correndo atrás de material , por que não sabe onde os colocou, ou ainda tem que comprá-lo.

O PESCADOR, curte a cada momento a pescaria, seja o simples fato de entrar em uma embarcação, ou de ir ao um pesque-pague, ele tem a generosidade de dar e receber, de curtir uma viagem de, 1, 3 , 5 ou 7 dias , do primeiro ao último dia, das conversas no barco, das risadas, dos tão famosos causos, e das lembranças que ele sabe que jamais serão esquecidas de toda e qualquer pescaria, seja ela maravilhosa ou não tão produtiva.

É aquele que sai de sua casa com a mente, ouvidos e olhos abertos para tudo aquilo que virá recepcioná-lo, como uma árvore contorcida mais a frente que tem uma forma diferente, um pássaro com um canto diferenciado, e claro, um peixe que seja ele, o esperado troféu, ou um intromissor de menor porte que o desejado, porém recepcionado com a festa e alegria que um peixe merece ao ser fisgado e depois ser solto.

O pescador, já sai com a intenção de ver o peixe, de pegá-lo e embarcá-lo, seja para tirar uma foto, ou para colocá-lo em uma geleira, esquece tudo que rodeia e engloba uma pescaria, não liga se o lugar é bonito ou não, se ali perto havia um outro animal, esquece de compartilhar o que a natureza vem proporcionar a ele além do peixe, esquece até mesmo do companheiro na hora de tirar uma foto, e ao pegar um troféu, o tão esperado troféu , indaga: esta bom, mas eu esperava mais.

Já o PESCADOR ao pegar seu troféu ou não, curte de um a um cada peixe fisgado, e a mesma emoção ao soltá-lo, e o troféu? Ah, não esqueci não, quando sai o troféu é uma festa só, gritos, palavrões, goladas de cerveja, cachaça, qualquer coisa que ele veja pela frente, é o ápice da sua vida naquele momento, nada mais importa, tira foto de todas as maneiras e posições, entra na água e fica doido para chegar seja lá onde for e contar sua história, seja quantas vezes for necessário. Ele vibra quando seu companheiro fisga um peixe, grita junto, ele quer compartilhar este momento. O PESCADOR vê a pescaria como um filme, onde o peixe é um mero coadjuvante, porém a partir do momento que é fisgado passa a ser além do artista principal o diretor, pois é ele quem vai ditar as regras dali em diante.

E ao final de cada pescaria o PESCADOR observa o tanto quanto ele é insignificante diante da natureza, o tanto que muitas vezes ele (ser humano) é cruel e desequilibrado com sua prepotência e imposição.

Esse é um texto de reflexão, para que a cada pescaria que formos fazer, vejamos nossas atitudes e as dos outros, de como nós seres humanos nos comportamos diante da natureza, que é perfeita com seu equilíbrio e sua lei, porém frágil ao sentimento do HOMEM, que acha que nada se acaba.

Poderia escrever páginas e páginas sobre esse assunto, porém creio que isto é o suficiente para mudar ou ao menos causar uma reflexão em muito pescador.

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Show o Texto , Fabio Sanches.

Parabéns.

Obs :

Vi que mora em Manaus a bastante tempo e deve conhecer quase tudo por ai , saberia me dizer algo sobre Urucurituba ?

( se sim , responda neste topico , por favor : http://www.turmadobigua.com.br/forum/vi ... rucurituba )

Abraço!!!

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Parabéns Fabio! palmas:: palmas:: palmas::

E como disse o Jean... somos esta coisa multi facetada, que vez por outra, mistura o PESCADOR com o pescador.

Mas que DEUS nos livre do "pecador"... aquele pé no saco que embarca se achando e rei da soja, não faz a parte dele e atrapalha o laser ou trabalho dos outros.

Mais uma vez parabéns pelo texto, e por tudo que ele engloba.

Abraços e até qualquer dias destes, talvez quem sabe, com fotos de uns bocudos do Rio Branco ou do Rio Negro.

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Olá Fábio,

Um belo e perfeito texto para reflexão, parabéns.

Em poucas linhas explica de foma clara como funciona a pequena linha da vida que separa as pessoas pequenas dos grandes homens.

O peixe é apenas uma consequência que pode ou não aparecer, mas o principal são as experiências e recordações que te acompanharão pelo resto de sua vida e seu texto me fez lembrar de uma outra sábia e verdadeira frase que diz:

" Qualquer dia e em algum lugar, você há de encontrar consigo mesmo e só dependerá de ti se nesta hora será o pior momento de sua vida ou seu momento maior"

Abraços

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::tudo:: ::tudo:: ::tudo:: ::tudo:: ::tudo:: ::tudo::

Meu grande amigo Fábio, no sentido duplo da palavra, quando comecei a ler seu texto, liguei o meu video tape de bordo, e relembrei os milhares e milhares de arremessos que dei na vida pescando, e vendo cada linha de suas palavras. E senti que cada um desses arremessos estão em perfeita sintonia com seu texto. E relembrando um professor que tive na faculdade que dizia: "escreva o que eu digo, pois o eu digo não esta nos livros", eu complementaria: "esta na diferença de vida do PESCADOR e do pescador.

Meu brother um axé prá lá de porreta do Ricardo da Bahia

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Sensacional Fabio!

A pequena diferença entre ser bom ou ruim,grande ou pequeno está no querer,lendo suas sábias palavras não há como não querer crescer,ser grande.E ser grande é olhar-se ao espelho e orgulhar-se do que vê.

Parabéns......,continue difundindo seus pensamentos,a natureza agradece,nós agradecemos.

Att.

Manoel Alonso

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