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Mocorongos - G23 ( 2010 ) - Relato integral...


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Não foi uma tarefa simples separar e escolher as fotos que deveriam constar desse Relato, até porque resolvi que somente faria este material, tanto para os Mocorongos, quanto para o FTB, de modo que me perdoem por alguns eventuais excessos... De forma mais objetiva, mas sem perder alguns detalhes...

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Tudo começa sempre com uma noite mal dormida, até porque o nível de ansiedade é sempre grande, independente de quantas forem as vezes que se vá pescar ! Conosco isso se repete a cada ano, e dentro do ritual de preparar o embarque das coisas ( malas, tubos, tralhas, etc... ) para não atrasar na chegada ao aeroporto, após "fazer a coleta" dos diversos integrantes que fariam a viagem no mesmo vôo ( já tinha gente ido de véspera... ), chegamos com relativa folga ao saguão de embarque onde a certeza de que estaríamos em breve a caminho dos esperados tucunas, fez-nos esquecer uma das maletas, justamente a que levava os "acepipes", que para os Mocorongos é algo equivalente a uma vara customizada... caveira:: ( felizmente só descobrimos isso em Manaus ). Excitação, conversaria, e a "turma da fumaça" já antecipando a cota de nicotina pelo tempo de vôo pela frente ! Café, telefonema aos ausentes, risadas e tudo pronto para darmos início a nossa viagem...

Desta feita o Grupo estava formado com 10 integrantes, um dos quais substituído 3 dias antes por impossibilidades de última hora ! Com isso, foi possível encaixar o filho do Animal ( "Filhote" ) na vaga e levá-lo ( finalmente ) para conhecer a Amazônia !

arrow:: Temos o hábito de levar nossos filhos ( ou tentar levá-los conosco ) nessas idas que fazemos, já que é uma ótima oportunidade de convívio familiar e ampliação de conhecimentos no meio de tantos amigos... Apenas para conhecimento, já tem filho pensando em levar seu próprio filho num dos próximos anos ( idade mínima de 15 anos é uma condição prévia dos critérios existentes... ).

A viagem para Brasília ( TAM ) foi boa e apesar de ser num sábado com destino à Brasília, o vôo estava cheio ( já não há mais vôo vazio... ) e saiu um pouco atrasado, mas como nosso vôo era uma conexão com espera de 1 hora, havia pouco a temer ! Em BSB, enquanto os desesperados por nicotina foram amainar suas necessidades, tomamos conhecimento que haveria mudança de aeronave, e passamos todos para uma Air Bus 330 vindo de SP ! O avião estava reluzente de novo, e fazendo essa rota, GRU/BSB/MAO e vice-versa, de modo que mesmo cheio, foi uma viagem bem mais confortável... Nesse vôo haviam outros grupos de pesca ( só perdemos no alarido para os "grupos de pagode" e "jogadores de futebol" ), e papo vai, papo vem, algumas figuras carimbadas do FTB se fizeram presentes, como foi o caso do Mauro Nakatani ( que me presenteou até com uma isca dele )...

A chegada em Manaus aconteceu dentro do horário esperado, já que o atraso é computado como algo corriqueiro ! O importante contudo era que estávamos lá, e a poucas horas de nosso destino que seria Barcelos ! Surpreendentemente a temperatura na capital manauara estava amena ( descobrimos que na véspera à noite houve um temporal "dos brabos", o que fez com que a temperatura caísse daquela forma... ). Depois da sempre aflitiva espera da chegada das bagagens, até pelo medo de extravio, e já com os tubos, tralhas e malas individuais recolhidas ( quem foi que se lembrou de procurar pela sacola de acepipes... maldita hora em que resolvemos não levar esse material numa caixa térmica ! ), era hora de nos reunirmos com o Mandi e o Filhote, já em Manaus desde a véspera ( haviam ido trabalhar, visitando uns clientes ) ! Recepção acalorada, e no meio de um mar de gente no saguão, constituído na sua maioria por pescadores ( chegando e saindo ), era hora de buscar pelo traslado e seguir em frente !

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A realidade dentro da VAN, passado o efeito inicial da chegada, era de que os "queixumes" pela fome de todos eram murmúrios cada vez mais altos, e mesmo com o direcionamento explícito de que pararíamos antes de ir ao hotel no restaurante ( previamente reservado pelo Traíra - nosso signatário para ações dessa natureza ), ainda houve gente se queixando de fome... ( pareciam nem ter aproveitado aquele sanduíche fornecido pela TAM - irc ! ).

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O local metia um certo medo, principalmente por se situar fora do eixo de movimento da cidade, mas como haviam diversos carros estacionados ( e a fome ser implacável ), não custava passar os olhos... Na entrada um início pouco prazeroso, que foi não conseguirmos ver qualquer mesa desocupada, apesar de termos reserva marcada para as 14:00 h ( ainda eram 13:50 h ). Ar condicionado, nem pensar, e os ventiladores assoprando vento pelo local onde estavam dispostas as quase 20 mesas ( grandes ) do local ! Nosso embaixador Traíra foi assumir seu posto de "negociador", e não demorou a retornar dizendo-nos que estaríamos sentados no horário reservado, e não é que acabou acontecendo exatamente isso... ( timing perfeito ) ! Já com o suor escorrendo pelo rosto e a garganta seca clamando por líquidos, conseguimos nos fazer sentados já com copos cheios de cerveja estupidamente gelada fazendo as honras da casa...

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O garçon ( Ramon era o nome da "fera" - devia ter 1,5 m de altura... ), ja nos avisara que os pratos encomendados estavam prontos... Não havia porque esperar mais, e para não perder o ponto do assado mandamos vir, e qual foi a nossa surpresa ao chegarem os pratos na nossa mesa ! Se o aspecto estava bom imaginem o sabor ! Peixe fresco, feito de churrasco com o tempero oriundo da própria gordura era algo inimaginável para nosso paladar, e apesar de aparentemente grande, a banda do tambaqui de 13 quilos pareceu se evaporar no meio de tantos pratos... Ressalve-se uma pimentinha da casa que estava absolutamente impecável, com o sabor da Amazônia, naquela infusão de tucupi com ardência local ! Absolutamente inesquecível...

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Engana-se contudo aqueles que pensam que me esqueci da caldeirada do tucunaré ! Na verdade não tive como chegar nela, pois mãos ( e braços ) evitaram qualquer assédio aquele prato fundo onde o caldo denso e cheiroso indicava que mais uma excelente pedida fora feita ! Ainda com a cerveja rolando gelada e as feições dos diversos integrantes começando a demonstrar algum arrependimento pelo exagero cometido, foi preciso chamar o garçom ( de modo discreto ) e pedir-lhe fechar a conta, sob o risco de alguém ter uma indigestão ali mesmo !

Contendo o riso, fui levado a presença de Dona Peta ( a proprietária ) a quem paguei e elogiei pela qualidade dos pratos servidos ! Ficamos clientes e prometemos um retorno na próxima viagem para conhecer outros segredos da casa ( depois do que provamos, dava até vontade de voltar por lá o quanto antes ). Uns sorvetinhos da Kibon ( eskibon ) para tirar o gosto do sal, e já nos movimentávamos em busca do nosso transporte para ir ao hotel descansar... ( e cadê a VAN ? ).

arrow:: Depois de uma espera de uns 30 minutos, eis que surge o motorista “lépido e faceiro”, que argüido sobre sua ausência, simplesmente nos informou ter ido em casa almoçar... ( dizer o que ? ).

Fomos finalmente fazer o “check in” e deixar as malas, visto que as reservas haviam sido feitas há quatro meses ! Felizmente, pois estava havendo o FestBoi de Manaus e todos os hotéis da cidade estavam lotados ! Olha aí a importância de um planejamento e preparo prévio da viagem...

arrow:: Foi tomar uma “lufada de ar condicionado” e, não mais em grupo, já que houve uma dispersão previamente estabelecida, seguir para o Shopping Manauara, recém inaugurado, em busca de uns brindes a serem usados ao longo da pescaria, já que não trouxera as customizações tradicionalmente preparadas pelo Hilton Lellis desta feita.

arrow:: Seguimos ( eu e o mano Mandi ) para a Casa Sucuri – 2ª loja, onde voltamos a encontrar pescadores conhecidos ( Nakatani entre eles... ) na "cachaça das tralhas", como sempre... Estivemos também com o proprietário Jorge, que nos informou estarem muito baixas as águas na região, com perigo de um repiquete... ( só notícia estimulante... ).

arrow:: Compramos umas Sub Walks, pois sabíamos que iriam agradar, e já na saída, sem qualquer combinação, esbarramos com dois do nosso Grupo, Piaba e Jacundá ( pai e filho ) que estavam “buscando assunto”...

arrow:: Novo atraso no retorno ao hotel, onde havia marcado me encontrar com o Johnny Hoffman ( a pedido dele ). Mandei-lhe um torpedo avisando do atraso ( 30’ ), até por consideração a pessoa que ele é ! Finalmente conseguimos nos desvencilhar daquela conversa interminável de pescador, que tem um “visgo” pior que o de jaca, e que lhe mantém hipnotizado como um “zumbi” a ouvir temas e causos absolutamente estéreis e pouco representativos... ( é mesmo um vício assemelhado ao álcool ou coisa pior ).

De volta ao Century ( nosso ótimo hotel ), e o recebimento dos troféus encomendados ao Marco Antonio ( nosso fornecedor dos últimos anos ), devidamente condicionados dentro de uma caixa de papelão que sequer foi aberta, permanecendo pronta para seguir viagem no dia seguinte...

arrow:: Foi abrir a porta do quarto, e o telefone tocar informando a presença do Johnny no saguão do hotel... Beber uma água andando no corredor e rapidamente chegar ao hall onde essa “figuraça” estava a espera ! Não nos conhecíamos pessoalmente, apenas de forma virtual, mas a empatia foi imediata ! Chamou-nos ( a mim e ao Mandi ) para dar um pulo do lado de fora do hotel, onde estava toda a família ( esposa e um casal de filhos ), além do novo integrante – um golden retriever de 2 meses ! Como possuo uma cadela dessa raça, o envolvimento em torno do tema foi imediato e rapidamente estávamos conversando como amigos de longa data !

arrow:: Aliás, conversar com o Johnny é algo impossível de se fazer com tempo de relógio marcado ! O cara é uma simpatia e tem uma conversa muito legal e envolvente ! Não fosse um compromisso familiar que tinha ( para o qual nossa conversa já o tinha atrasado... ), a conversa teria continuado por tempo indeterminado... ( o cara estava querendo que fôssemos jantar com ele e por aí vai... ).

arrow:: Ficou acertado que na próxima vez, combinaremos previamente para uma conversa mais extensa, com troca de experiências e informações... como se eu pudesse fornecer algo que ele já não saiba...

arrow:: Gostei demais do cara e de sua família ! Gente do bem, para quem desejo o melhor sucesso que ele possa obter nas suas programações e planejamentos futuros, alguns dos quais conversamos a respeito...

Finalmente chegou a hora do banho, e com ele, a realidade do cansaço pelo dia que tivemos... Por uma deformação estomacal ( em duplo sentido... ) precisaria jantar, e pelo cansaço, terminei optando em ficar no próprio restaurante do hotel, onde pude desfrutar de umas belas costelas de cordeiro... ( quem diria, cordeiro em Manaus ) !

arrow:: Ainda estivemos com o Magal, nosso velho conhecido e responsável pelo traslado ( por conta do Angatu ), que teve o cuidado de vir nos confirmar que a “coleta” aconteceria mesmo às 04:10 h, pois o vôo da TRIP para Barcelos fora antecipado em função do Horário de Verão, e com isso não deveríamos arriscar, já que estava havendo “Overbook” nesse vôo... Dizer o que ?

arrow:: Mais fácil foi pedir a recepção do hotel para telefonar para todos os quartos dos demais Mocorongos às 03:15 h, vez que ainda iríamos tomar um café da manhã ( ou da madrugada ) antes do traslado para o aeroporto...

Nem me lembro de quantos segundos demorei para dormir...

arrow:: Parecia nem bem ter fechado os olhos e já o telefone estrilava nos meus ouvidos anunciando já ser hora de levantar ! Com o quarto frio pelo ótimo ar condicionado, e o corpo ainda reclamando por um descanso merecido, tive mesmo que levantar para puxar os demais no quesito horário ( tão pensando que a vida de coordenar grupos é simples ? ).

arrow:: Malas fechadas e já a caminho do hall, e no elevador o encontro de outros “sonolentos”, unanimemente reclamando do horário, como se dependesse de qualquer um de nós estabelecer uma espera no único vôo do dia para Barcelos...

arrow:: Encontramos Piaba se refazendo do "susto" de não ter encontrado o filho no quarto ao acordar, já que o jovem havia ido dar um “bordejo” e chegara a poucos instantes, pronto para o café e saída... ( não foi o único, diga-se de passagem... ) .

arrow:: E não é que não só teve café, mas o mesmo estava notável ( lembrando ser antes das 04:00 h ) ;

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Ainda com o gosto do café na boca, foi hora de fazer uma “varredura” nos demais componentes do G23, que desta feita estava todo no hall, ou de café tomado acertando as contas da hospedagem, ou terminando o respectivo “café da madrugada” !

arrow:: Arrumar a VAN é sempre motivo de “estresse”, mas no final, tudo acaba numa boa, até porque em sendo “ida”, tudo é festa...

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O traslado pela cidade que deveria estar vazia aquele horário, assim não se evidenciou, pois a festa que ocorrera ao longo do noite havia se encerrado ( FestBoi – ou algo do gênero... ), e os “foliões” esperavam os ônibus de transporte, que só iniciariam seu ritual diário às 05:00 h, ou seja, aquelas dezenas ( quiçá centenas ) de pessoas nos pontos de transporte teriam que esperar uma eternidade” para chegarem em casa...

Mas fiquei impressionado com o número de pessoas nos pontos, sentados e complacentes, conformadamente aguardando o horário dos ônibus circularem... ( será que nessas ocasiões, alguém não deveria providenciar ônibus extras... ?! ).

arrow:: Mas o fato é que com menos de meia hora estávamos desembarcando no aeroporto ( Eduardão e não mais o Eduardinho, de onde saíam os vôos para Barcelos nos anos anteriores... ).

arrow:: Olha a disposição dos que estavam prestes a chegar no local onde vivem os brutos...

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Esperávamos algum tipo de problema com o despacho das bagagens, mas para nossa absoluta surpresa, tudo funcionou de forma tranqüila, e sequer fomos “admoestados” por eventual excesso de peso ( na verdade havíamos feito o cálculo para 18 quilos, e não 23, como terminou sendo o concedido... ).

arrow:: Lógico que no aeroporto nesse mesmo vôo ( 32 lugares ) estavam ( além dos Mocorongos ) mais 22 pescadores, e logo o cenário de tubos e caixas de pesca “inundava” o local do “check in” !

arrow:: O pessoal do TRIP deu uma aula de agilidade e presteza, pelo menos até entrarmos para o saguão de embarque, onde tivemos que esperar pela chamada do vôo, estipulada para 06:00 h ! Hora de uma rodada de café, re-encontro com alguns conhecidos de outros grupos, alguns dos quais conhecidos do FTB ( Daniel e Chico Neves, além do sempre sorridente mgusman ) !

arrow:: A conversa e expectativa corria solto, embora – para alguns – ainda era hora de um “soninho”...

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A chamada para embarque finalmente aconteceu, e aquele “bando de ansiosos” se locomoveu pelo corredor de acesso já ciente de que não haveria o “finger”, mas jamais suspeitou que tivesse que entrar num ônibus para percorrer os menos de 100 m até o ATR-32 da TRIP que já nos esperava sob uma nuvem escura de chuva, cujas primeiras gotas já anunciavam sua intenção de “estragar nosso vôo”...

arrow:: Embarque mais que ligeiro ( por que seria ? ) e os motores turbo-hélices já mostravam sua potência naquele amanhecer já claro, e às 06:00 h em ponto, já estávamos na pista de decolagem... Apesar da nuvem ameaçadora, o avião fez uma curva e pelas janelinhas pudemos observar a quantidade de praias e areias alvas existentes em contraste com as águas escuras do rio Negro !

arrow:: O avião alcançou sua altitude de cruzeiro, já num céu limpo, embora com nuvens esparsas, e assim continuou impávido até as proximidades do nosso destino ! Nesse meio tempo, houve serviço de bordo, com direito a sanduiche e suco/refrigerante, com qualidade superior à GOL ou mesmo a TAM ! Muito legal...

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No meio de conversas entre a grande maioria dos presentes que não estava adormecida e que estava mais a fim de conversar sobre as expectativas que tinham pela frente, tive a oportunidade de conversar um pouco mais com os Neves ( Daniel e Chico ), já que seria a primeira pescaria deles em Barcelos, e entendi interessante lhes passar algumas dicas e expectativas / comportamento de como “enfrentar” os tucunas da região... Pessoal legal !

Também o mgusman estava a bordo, e com ele é sempre uma alegria... ( mas com esse, tenho mais que aprender do que passar minhas experiências... ).

arrow:: Iniciado o processo de descida, e rapidamente nos foi possível detectar nossa já saudosa Barcelos se aproximando...

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Mais alguns minutos, e o ATR-32 fazia seu pouso suave e tranqüilo, gerando em todos seus passageiros o acalanto de chegada na “terra dos tucunarés, onde os bichos são brutos”...

Melhor dizendo, pulso acelerado e adrenalina bombeando o sangue no coração de todos ! Portas abertas, e apesar de ainda serem 07:00 h, aquele “bafo úmido de calor” deu-nos as boas vindas !

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O hall do pequeno aeroporto já estava cheio daqueles que haviam usufruído de seu período de pesca, de modo que para os que chegavam, o jeito era ir mesmo para a praça ao lado do saguão, onde ficam armadas as vendas de artesanato para os sempre ansiosos pescadores que desejam levar “recuerdos” para casa... Olha a aparência “de feira” que reinava no local ;

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Hora de juntar as tralhas, descobrir as últimas informações que todos ansiávamos descobrir, ou seja, como estava o nível das águas versus os peixes ! Notícias tranqüilizadoras de que apesar das águas muito baixas, havia peixe batendo, a apesar dos sinais de repiquete dados pela “mãe natureza”, não havia notícia do mesmo até então, no que pesem as informações de chuva lá para os lados de São Gabriel da Cachoeira...

arrow:: Malas acomodadas pela tripulação do Angatu ( já nossa conhecida ) e era hora de irmos para o terminal de embarque, onde o Angatu já nos esperava pronto para a partida !

arrow:: Seria entrar e dar a partida... Nesse clima de alegria é que chegamos ao terminal ;

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Enquanto esperávamos as bagagens chegarem na caminhonete que as traria com os piloteiros / tripulação do Angatu, reunimo-nos para uma “foto para a eternidade” desse G23, que se revelava ótimo em tudo, e que a exemplo dos anteriores, faria uma pescaria inesquecível ;

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Enquanto esperávamos o embarque da bagagem, permitam-me apresentar-lhes nosso “capitão e amigoPilolô, que teria a missão de nos levar até o peixe !

arrow:: Anteriormente – através de sua filha Patrícia – já havia agilizado a questão das licenças municipais, adiantando a grana ( dica do amigo Lamana – Molongós – que já havia vindo para o Angatu mirim ), e com isso, estávamos prontos – e legalizados – a dar continuidade à nossa viagem...

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Já com o Angatu em marcha ( como é bom deixar Barcelos logo após o desembarque do vôo ), era hora de fazermos os sorteios de sempre, definindo as cabinas das duplas, bem como os piloteiros que iriam ser usados nos diversos botes, mesmo com o sistema de rodízio que fazia com que todos pescassem com todos os integrantes, e respectivos botes, atenuando essa questão de “melhor e pior” ( na verdade, a estrutura oferecida pelo Angatu tanto em gente como em equipamento, minimiza esses efeitos ).

arrow:: A surpresa, no entanto, principalmente para mim, que não fui pescar em 2009, foi encontrar a sala de refeições climatizada com uma grande mesa que muito bem funcionou para a integração do grupo...

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Sorteio feito e definidas as principais referências para serem imputadas no SMOP ( Sistema Mocorongo de Organização de Pescaria ), que será posteriormente apresentado a todos num tópico específico..., era hora de arrumação das tralhas, pois estaríamos pescando logo após o almoço no rio Itu, ainda que como um “aquecimento” para o dia seguinte, dia em que realmente estaríamos dando início a pescaria propriamente dita...

arrow:: Acompanhava-nos um barco de apoio, onde ficavam os piloteiros, combustíveis e demais itens de suporte a apoio ao Angatu. Olha o regional a nos acompanhar...

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O “frenesi” da arrumação das tralhas logo contagiou a todos, e o espaço do salão refrigerado logo pareceu pequeno para os tubos serem abertos e varas sendo montadas... Os “meninos” ( sem exceções ) estavam indóceis para molhar as iscas...

arrow:: Chegou a hora do almoço, e o mesmo foi freneticamente devorado por todos, a despeito dos lanches servidos pelo garçom que se esforçou para atender a tantos pedidos simultâneos de renovação de bebidas e sandubas ao longo desse trecho de viagem, onde o horizonte estava coberto de nuvens ameaçadoras...

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Apesar desse cenário, sabíamos que em se tratando da região amazônica, isso pouco indicava, pois no decorrer da noite tudo poderia mudar, como de fato terminou acontecendo...

arrow:: Esses indicadores de chuva seriam mais acertados de acontecer para os lados de Santa Izabel do Rio Negro, e não em Barcelos... ( chuva que cai precisa escoar por algum lugar... ).

arrow:: Depois de uma “interminável espera”, chegara a hora da saída, e como desejado o tempo nos dera uma trégua, e embora o sol não tenha dado sua cara, só o fato de não estar chovendo, já era bom demais para essa parte da tarde, onde aproveitaríamos para experimentar as iscas e regular equipamento e os próprios “braços”, dosando-os da força necessária para colocar as iscas próximas dos locais desejados... Simbora...

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Entramos por outro acesso do rio Itu, nosso conhecido de outras pescarias, e assustou-nos a pouca quantidade de água encontrada nele, ou pelo menos nesses locais por onde fizemos o trajeto até alcançarmos alguns pontos de lagoas e lagos fechados... Em compensação, o visual era absurdamente fantástico...

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Depois de alguma dificuldade de navegação e acessos difíceis, alcançamos águas um pouco mais profundas, e com elas, os primeiros peixes apareceram...

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Para quem estava “se iniciando” na Amazônia, um começo assim não poderia ser melhor...

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E isso para o “pai coruja”, era algo esperado e que muita alegria compartilhava ! Na verdade, ter nossos filhos ao nosso redor, é sempre uma recompensa maior em estar convivendo numa harmonia como esse que encontramos em locais desse tipo ! Não é a toa que a “mágica” dessa pescaria tanto nos une em torno de objetivos de vida...

As situações começam a acontecer, e ter máquina fotográfica por perto é importante para registrar fatos como esse abaixo, que contando, parecerá “causo de pescador”... e na verdade a comprovação está aí para os que só acreditam vendo, na linha do São Tomé !

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Não sem razão tivemos a possibilidade de embarcar alguns peixinhos, e perder outros tantos, alguns deles inclusive que chegaram a “posar para a foto” antes de partirem, como foi o caso desse belo Açu que abocanhou minha Popper, e já próximo ao bote, depois de alguns pulos exibicionistas, expondo seus mais de seis quilos, terminou cuspindo a isca que não é pequena – e deixando-nos de boca aberta diante de tamanha ousadia...

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Mas a tarde terminou, e com ela o retorno de todos ao Angatu, para a “conferência & anotações” no SMOP dos dados dessa tarde/noite, onde o sono certamente iria nos derrubar cedo, tão logo forrássemos a barriga com o jantar...

Assim, em meio a caipirinhas e cervejas geladas, entremeados de tira gostos, fizemos as anotações devidas, e para surpresa desse 1º turno, havíamos embarcado 57 peixes, dos quais 47 tucunarés, 1 dos quais pesando 4,8 quilos ( olha a criança abaixo )...

arrow:: Ou seja, um belo início e boas promessas para os dias vindouros !

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Aproveito para mencionar a sistemática que utilizamos ( já há algum tempo ) para mensurar os peixes embarcados, até por entender que "o valor" ( teórico ) de um tucuna de 8 quilos, não se assemelha a outro de 2 quilos, da mesma forma que esse de dois quilos não se assemelha a uma saicanga ou mesmo a uma traíra...

Assim sendo, o critério estabelecido é de que todo tucunaré até 4 quilos tem peso um, e a partir dai vai tendo sua pontuação crescente até chegar aos dois dígitos ( até para premiar os grandes troféus ).

os demais peixes, quase sempre restritos a pesos infoeriores a 4 quilos, recebem 50% dessa pontuação, o que equivale a dizer que para cada tucuna embarcado, a equivalência de outros peixes é de duas unidades !

Nessa conta, piranha ( exceto as pretas ) não marca ponto...

arrow:: Com isso, passamos a celebrar ao final de cada dia, o levantamento ( via SMOP ) daquele que mais pontos acumulou, e que faz juz a um brinde ( lembram-se das Rapalas Sub Walks que fui comprar na Casa Sucuri ? Pois é... )

arrow:: Nesta primeira tarde ( equivalente ao dia de Dom ) sagrou-se vencedor o Jacundá, que repetiria o feito em outros dias... ( o cara é um máquina... ).

arrow:: Apenas para efeitos estatísticos ( extraído do SMOP ), Jacundá embarcou 13 tucunarés ( até 4 quilos ) + 1 traíra, totalizando ( pelo critério estabelecido ) 13,5 pontos !

arrow:: Faturou portanto a Rapala Sub Walk do dia, e esse montante passou a se acumular para a premiação no final da pescaria, conforme será visto oportunamente...

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O amanhecer da segunda feira foi mais cedo que o normal ! Havíamos combinado que este seria em torno das 05:00 h, para ultimas arrumações e tempo para o serviço de café matinal, mas o Mandi ( ansioso como sempre ) não nos permitiu esse “luxo” e já às 03:30 h batia nas cabinas de todos, anunciando já serem 05:00 h da matina ! Como sou dos que tira o relógio ao entrar no Angatu, até para ver se o tempo demora mais de passar, levantei crédulo de que seria verdade, e me arrumei todo para o café, já devidamente paramentado para a saída, com calça e camisas de mangas compridas, e tudo mais a que tinha direito, quando, ao chegar no salão descubro-me sozinho, diferentemente do que poderia esperar, e lá fora, no local dos fumantes, estavam os dois irmãos a conversar com caras safadas pela “peça” aprontada...

arrow:: Juntei-me a eles, naturalmente com um pouco de mau humor pelo sono perdido, mas em compensação pude apreciar o amanhecer do dia que teríamos pela frente, já sem as nuvens que tanto nos ameaçaram na véspera !

Paulatinamente os demais foram aparecendo, todos – sem exceção prometendo forra ao “fanfarrão do Mandi”, por preciosos minutos de sono desperdiçados ( esse é o clima permanente nas nossas pescarias, e enfrentá-los, só com o bom humor inerente aos Mocorongos... ).

Café na mesa, e na balbúrdia que sempre caracteriza as refeições do nosso Grupo, a comilança foi iniciada, com um cardápio ofertado com frutas variadas, bolos, sucos, sanduiches, café, leite, e todas essas guloseimas... Seria preciso forrar o estômago, pois já nesse primeiro dia não voltaríamos para almoçar, pois iríamos navegar para o rio Arirarrá, somente voltando a bordo do Angatu no final da tarde, num ponto pré-determinado com os piloteiros.

As mudanças de duplas ( previamente marcadas ) seriam feitas após o almoço, em conjunto numa das muitas praias que iríamos encontrar !

Na verdade, essa seria a opção para a terça feira, mas diante da dificuldade de navegar / pescar no rio Itu, em conversa noturna com o Pilolô, antecipamos essa ação, pois apesar dos resultados obtidos na véspera, chegar nos pontos de pesca estava muito difícil... Foi boa essa decisão tomada !

Antes de entrarmos nas ocorrências do dia, acho interessante também informar-lhes que dentro de nossa programação – previamente acertada – ficou estipulado que pagaríamos uma “premiação extra” ao piloteiro, em cujo bote fossem embarcados tucunas acima dos 8 quilos, e peixes de couro acima dos 30 quilos, além – é claro – do montante que lhes seria dado ao final da pescaria a título de gratificação !

Evitando a “socialização” ( tão comum nos dias de hoje ), também exercemos a escolha dos dois melhores piloteiros no final da pescaria ( grana extra ), além daqueles que possibilitarem os embarques dos maiores peixes ( escama e couro ) que merecem também uma grana extra !

arrow:: Para não desconsiderarmos o trabalho da equipe de serviços do Angatu, estabelecemos também – por votação direta e aberta entre os integrantes do Grupo a escolha restrita a alguém da tripulação ( exclusive piloteiros ) que mereça o reconhecimento de melhor serviço, faturando também uma “grana extra”.

Antes que tenham percepções indevidas, saibam que parte da remuneração que essas pessoas que trabalham nas temporadas de pesca na região, é composta de um salário fixo semanal ( pago pelo operador ) e das gorjetas oferecidas pelos clientes no final da pescaria ( funciona quase que 50% de cada fonte... ). Por conta disso, entendemos que para um melhor desempenho e reconhecimento mútuo, a distribuição deva ser dissociada dessa “socialização”, premiando aqueles que ( no nosso entender ) se destacaram !

Isso é avisado e fixado para conhecimento e consulta de todos em pontos estratégicos dentro do Angatu, e constituem uma disputa adicional entre todos os participantes, não apenas pela “grana extra”, mas pela competição a que se atribuem na escolha de quem serão os melhores escolhidos ao final da semana ! Com isso, fornecemos também a todos, indistintamente, uma camiseta da pescaria, absolutamente igual a que utilizamos durante esses dias de pesca !

arrow:: Tudo isso acontece no final, já nas despedidas em Barcelos, mas como termino me esquecendo de mencionar isso, já fica registrado desde agora...

Temos observado que é algo que agrada a todos e que muito os motiva a trabalharem com um grau maior de atenção e desejo de nos propiciar boas oportunidades de peixes...

Mas chega de “blá, blá, blá”, e retornemos a pescaria, pois é disso que o relato deve tratar...

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As dificuldades de navegação encontradas no rio Itu voltaram a se repetir no rio Arirarrá, embora este último seja bem maior e caudaloso que o anterior ! Para os que não o conhecem, era nesse rio que se situava a pousada do americano que se notabilizou num passado não muito distante ( a Rio Negro Lodge – acho que esse era o seu nome... ), e que está hoje fechada por ordem judicial !

Passamos pela frente de onde está construída, e de fato, parece ter ótimas instalações para seus clientes, americanos na sua enorme maioria...

Seguimos em frente a procura de bons locais, até porque esse é um rio extremamente piscoso e que – no passado – funcionava como uma “reserva particular” do Lodge... O rio é belíssimo, conforme alguns cenários encontrados...

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Mas chega de “conversa mole” e vamos a alguns dos peixes encontrados nessa região, até porque foi nesse dia em que “tropecei” com o bruto que viria ser meu maior peixe embarcado nessa pescaria, e por pouco não seria o peixe da pescaria, que me possibilitaria “ganhar o direito” de acrescentar mais uma estrela na minha camiseta...

arrow:: A "resenha" dessa captura foi muito legal, pois estava pescando com a Sub Walk num local onde as águas se aprofundavam um pouco após uma região de praia, tendo Traíra meu companheiro de bote, e a perversa estava tendo ataques seguidos de peixes menores, mas nem por isso de menor expressão, já que eram basicamente “pacas” ! Numa curva do rio, onde a lateral oposta à praia era mais funda, mandei ver a isquinha osso, que veio rebolante numa profundidade visível, mas sem sofrer qualquer ataque !

Como tínhamos visto ( de longe ) um grande rebojo na região, o negócio era insistir, e na terceira tentativa, e já próximo a retirada da isca d’água, surge aquela flecha dourada, com uma bocarra escancarada, abocanhando os 9 cm de isca praticamente dentro do bote, exatamente na paradinha da mesma ( final de recolhimento ) !

Um bruto, e não houve qualquer gentileza na tomada de linha após a ferrada dos anzóis em sua boca, que para minha sorte, embucharam a isca ! Nâo tendo muito para onde ir, foi ainda melhor vê-lo passar pelo bote, e procurar refúgio do lado da praia, onde os 50 cm de profundidade e ausência de qualquer enrosco, me permitiram controlá-lo e admirar sua luta para escapar daquela “coisa” que lhe furava a boca ! Foram idas e vindas, muita pressão na vara Fenwick que usava, até que finalmente o “brutopranchou, e com a dignidade que lhe era devida, foi cuidadosamente erguido para a fotografia abaixo, entre gritos de alegria de todos os presentes... ( era ou não devida essa alegria ) !

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Dinho, nosso piloteiro daquele dia, já havia anunciado na bocada inicial ser peixe acima dos 8 quilos, e essa realidade se confirmou ao ser pesado na balança digital ( 8,2 quilos ), que se tornaram 8,1 quilos abatido o peso do boca utilizado...

O bichão era um belo exemplar, e com bastante cuidado, foram retiradas as garatéias ( ambas estavam presas ) da boca, e depois de um descanso merecido ao lado do bote, foi solto para seu habitat, onde esperemos venha procriar e quem sabe até dar a mesma alegria e satisfação a outro pescador num futuro não distante !

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Mas tivemos uma manhã sensacional, onde foram embarcados mais de 280 peixes ( 140 tucunas ) alguns dos quais acima dos 4 quilos, conforme demonstração abaixo ( por pescador ) :

? Mandi = 20 peixes ( 10 tucunas até 4 kg )

? Kid = 28 peixes ( 16 tucunas até 4 kg ) + 1 de 8,1 kg ( Sub Walk ) + 1 de 4,5 kg ( Sub Walk )

? Animal = 28 peixes ( 24 tucunas até 4 kg )

? Capacete = 13 peixes ( 6 tucunas até 4 kg )

? Traíra = 10 peixes ( 8 tucunas até 4 kg ) + 1 de 4,0 kg ( Pop Queen )

? Barriga = 39 peixes ( 34 tucunas até 4 kg ) + 1 de 4,5 kg ( Perversa )

? Bicuda = 17 peixes ( 14 tucunas até 4 kg )

? Piaba = 10 peixes ( 10 tucunas até 4 kg )

? Jacundá = 10 peixes ( 8 tucunas até 4 kg )

? Filhote = 9 peixes ( 6 tucunas até 4 kg )

Não se preocupem, pois não pretendo cansá-los com essas estatísticas detalhadas doravante, servindo-me apenas dessa como exemplificação do material que é fornecido pelo SMOP, cuja dificuldade é apenas a de cadastrar as entradas coisa que fazemos sempre nos horários prévios às refeições, de forma simples e rápida ! O mérito sdesse processo / programa – que será posteriormente apresentado – deve-se a “Paciência” ( de pescador ) do nosso bom Rogerio Cachara, que conseguiu colocar em programação algo que era anotado a mão antes, com enorme esforço e dificuldade !

arrow:: Sisteminha fantástico esse que temos, e que a cada anos evoluiu em “Novas versões” mais atualizadas ! Vocês haverão de conhecê-lo melhor, mesmo sendo restrito ao uso Mocorongo...

Hora de pararmos para preparar o almoço, e mais uma vez, compartilho esses momentos com vocês através das imagens que se seguirão...

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Naquela “aguinhatransparente, sob um forte sol, tomando uma gelada, e contando as diversas capturas realizadas pela manhã, onde a fartura se evidenciou de forma generosa para todos os integrantes do G23, o que mais esperar da vida...

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Enquanto os piloterios providenciavam o “peixinho do almoço”, improvisando uma “grelha” sobre uma fogueira numa praia, onde também foram colocadas algumas redes de descanso, víamos o tempo fluir vagarosamente num cenário em que a “preguiça” se fez presente com os estômagos saciados e a lembrança do amanhecer antes das 05:00 h...

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O problema maior, é que precisávamos seguir adiante, no que pese um visual assim ser encontrado apenas em locais paradisíacos como o que nos encontrávamos... ( será que estou errado ? )

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Com relativo pesar tivemos que seguir adiante, e isso só aconteceu porque a “fominhagem” foi mais forte, e os “brutosclamavam pela nossa presença naquela magnífica tarde de sol ! Seguimos pescando, e os peixes foram aparecendo de forma “participativa”, em intervalos que nos forçavam procurá-los com mais perícia e técnica, além ( naturalmente ) da perícia dos piloteiros em nos colocar em pontos em que seria impossível deixar de ter peixe ! Esse é um mérito que somente cabe nosso reconhecimento, já que os caras conhecem o ofício... Vamos a algumas fotos...

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http://i10.photobucket.com/albums/a140/mpedreira/Grupo%2023/Jacunda/SAM_0218.jpg http://i10.photobucket.com/albums/a140/mpedreira/Grupo%2023/Jacunda/SAM_0222.jpg

http://i10.photobucket.com/albums/a140/mpedreira/Grupo%2023/Barriga/0DSC02318.jpg

Nesse ritmo, chegamos ao final do dia com 258 peixes embarcados, dos quais 198 eram tucunarés ! Um saldo admirável para um começo de pescaria !

A satisfação de todos era evidente, e mais que isso, a alegria pela superação das dificuldades de águas tão baixas e acesso a pontos que com mais água seriam magníficos, foi a nota positiva desse saldo verificado, cujo brinde da Sub Walk do dia, foi arrematado por Barriga, com 43 pontos no somatório final !

Apenas para verem como pegamos peixe, olhem os totais por pescador nessa data ( total / tucunas ) ? Barriga ( 46 / 38 ); Kid ( 34 / 24 ); Animal ( 39 / 34 ); Bicuda ( 25 / 21 ); Mandi ( 26 / 16 ); Jacundá ( 20 / 18 ); Piaba ( 16 / 16 ); Capacete ( 20 / 11 ); Traíra ( 16 / 9 ) e Filhote ( 16 / 11 ).

arrow:: Observem como a questão do critério de pontuação por peso / qualidade faz algumas correções dentro dessa apuração...

Fomos dormir com o coração em estado de graça, e animados com as perspectivas que ainda estariam por vir, até porque a pescaria ainda estava começando, e daquele local não iríamos sair mais... ( pelo menos esse seria nossa intenção... )

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Terça pela manhã, dentro da combinação de critério estabelecida pelo SMOP, era dia de pescar os dois turnos com o parceiro de quarto, que no meu caso seria com o Mandi, o que anteciparia a “disputa interna” que temos há anos, verificando no final do dia qual dos dois mais se destacou no embarque de peixes...

arrow:: Claro que isso é feito na maior festa, e a “competitividade” é apenas para dar margem a brincadeiras e gozações dentro do Grupo, até por sermos os mais antigos do Grupo a pescar nos Mocorongos...

arrow:: Dia de muita disposição e trabalho, pois pescar com o Mandi é sinônimo de muita atenção e técnica, pois a dupla sai mesmo atrás dos “brutos”... Nesse esquema, até mesmo Pilolô se incorpora, fazendo questão de pilotar para a dupla ( normalmente tem uma reclamação generalizada dos demais, mas é coisa contornável... ).

Com isso, e com o café tomado, e tralhas dentro do bote, era hora de “irmos trabalhar”, e isso foi feito com enorme disposição por todos... ( será que poderia ser diferente ? )

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Os peixes continuaram entrando, e mesmo com algumas dificuldades de acesso, os piloteiros conseguiam ( muitas vezes para nosso espanto... ) encontrar locais ainda aparentemente “virgens” onde podíamos pinchar alguns exemplares !

arrow:: Na verdade não encontrei em momento algum aqueles cardumes caçando, que fazem com que a água pareça estar em estado efervescente ( soube que algumas duplas – durante a semana de pescaria - encontraram alguns cardumes de peixes menores, mas eu fiquei com esse “crédito” a ser resgatado numa próxima... ).

arrow:: Os peixes iam saindo na base de muito trabalho, e quase sempre de forma unitária nos locais onde eram encontrados ! Claro que fizemos alguns dublês, mas a maioria era pega de forma individual...

Vou listar apenas aqueles acima de 4 kg capturados pela manhã ; Mandi – 6 kg ( Biruta ); Traíra – 5 kg ( Pop Queen ); Barriga – 4 kg ( Perversa ); Barriga – 4,5 kg ( Perversa ); Piaba – 7 kg ( Perversa ); Piaba – 4 kg ( João Pepino ); Jacundá – 4 kg ( João Pepino ).

arrow:: No decorrer da manhã, foram embarcados 236 peixes, dos quais 152 tucunarés ! Tá ruim ??

Nesse dia não teve almoço ( para não perder tempo ) e cada dupla já havia providenciado seu estoque de sanduiches antes da saída matinal, de modo que a parada foi dentro do bote, embaixo de uma sombra, e não deve ter durado nem 30 minutos ( no nosso caso – meu e do Mandi ).

arrow:: Estávamos num local onde havíamos presenciado um grande rebojo e por mais que tentássemos pegar o bruto, somente encontráramos uns paquinhas de 2,5 quilos, que são sempre divertidos e dão espetáculo...

arrow:: Ficamos por ali fazendo hora, mas na hora em que iríamos “atacar o ponto”, eis que surgem Piaba e Jacundá batendo as margens próximas e tirando-nos a chance do grande aparecer para nossa captura ! Terminou mesmo não dando as caras...

arrow:: Presenciamos contudo a captura de um belo aruanã pelo Jacundá, que dava a impressão de ser um peixe maior, pela forma como brigou !

Terminamos seguindo caminhos diferentes, confiando sempre na perícia e conhecimento do Pilolô, que poderia ( deveria ) ser uma vantagem, mas pelo número de vezes em que encontramos os demais botes ao longo do dia, é conclusivo que esses pontos são de domínio público, principalmente junto aos piloteiros do Angatu ( quiçá de outros tasmbém... ).

arrow:: No decorrer dessa tarde, encontramos bastante peixe, e isso contribuiu para agregar ao somatório diário, números expressivos !

arrow:: No entanto, o “Bruto do dia” foi embarcado pelo Piaba, conforme pode ser visto abaixo ;

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Também nessa linha de acima de 4 quilos, tivemos mais as seguintes capturas ; Traíra – 5,1 kg ( Pop Queen ); Barriga – 4,5 kg ( Perversa ); Bicuda – 4,1 ( Stick Açu ); Piaba – 8 kg ( João Pepino ); Jacundá – 4,5 kg ( João Pepino ).

Podemos dizer que a terça feira também nos foi bastante “generosa”, pois conseguimos atingir o número mágico de 382 peixes, dos quais 260 eram tucunarés !

arrow:: Para quem vê assim, não pode ter a percepção das dificuldades que encontramos para atingir esses números !

A chegada no Angatu à noite era festejada ( como de hábito ) com generosas doses de caipirosca, tira gosto, sashimi, e as anotações no SMOP eram feitas com dificuldade, diante da exaustão física de todos...

arrow:: O sol durante o dia fora “de rachar”, e o trabalho na busca de peixe deixou a todos extenuados... mas os números de capturas compensavam todo esse esforço, além do que, havíamos ido para a pescaria exatamente para isso, senão freqüentar um “Pesque & pague” seria bem mais simples... lingua2::

arrow:: Forçoso confessar, mas terminei levando “a pior” na disputa com o Mandi ! Ele terminou a minha frente, e o fez por absoluto merecimento... ( sem choro ) !

Mas vamos aos números globais ( total / tucunas ) ; Capacete ( 58 / 35 ); Traíra ( 46 / 38 ); Mandi ( 50 / 29 ); Jacundá ( 43 / 31 ); Bicuda ( 33 / 24 ); Kid ( 47 / 23 ); Barriga ( 34 / 29 ); Piaba ( 13 / 10 ); Filhote ( 31 / 22 ) e Animal ( 27 / 19 ) !

O brinde da Sub Walk ficou mesmo para o Capacete, com 46,5 pontos ! O cara estava um fenômeno, embarcando o que batesse na isca !

arrow:: Não dava nem para pensar em “jogar uma linha de fundo”, pois além do cansaço, onde é que iríamos encontrar um poço com tão pouca água...

Fomos dormir conscientes de que no dia seguinte a “rotina” teria continuidade... ( será que alguém iria querer mudar a “rotina” ? )

Amanhecer desta feita dentro de horários civilizados ( 05:15 h ), foi quase inacreditável ! Em contrapartida, a mesa do café matinal já estava repleta, e mais que isso, as comidas já estavam sendo repostas, diante da “sanha matinal” !

Nesta manhã era dia de sair com o Animal, que pesca muito mas é “azarado” em termos de peixes grandes...

arrow:: Seria uma boa oportunidade de quebrar esse tabu, até porque disposição para isso é o que não faltava...

Sairíamos com o Adriano, filho do Dinho, profissional no ramo desde pequeno, e que conhecia tão bem quanto os demais piloterios, as “curvas e malocas” desse fantástico rio ! A opção que fizemos foi buscar lagos mais distantes, até para evitar as águas novas que começavam a entrar, gerando um início de repiquete no rio Arirarrá, resultante da enxurrada que estaria vindo de Santa Izabel ( ainda na linha especulativa... ). Mas de nada adiantava esse temor, pois nada mais havia o que fazer senão “correr atrás” e continuar trabalhando, da mesma forma como até então vínhamos fazendo... ( e que inegavelmente estava dando resultado ) !

Os botes carregados de expectativa quanto a superar os 8,1 quilos do peixe já apontado como provável vencedor da pescaria, apesar de ainda haver muito tempo de pesca pela frente, faziam com que os demais integrantes do G23, se esforçassem na busca da tão desejada “estrela”...

arrow:: Partimos todos, com distintos diferentes, mas com objetivos semelhantes, que – mesmo veladamente – era o de derrubar o peixe já considerado... ( faz parte, e até mesmo eu tinha desejos que isso acontecesse – desde que fosse minha a captura... naturalmente ! ).

Não encontramos peixes nos locais em que Adriano tinha “grandes esperanças”, mas encontramos alguns peixinhos nesse percurso, permitindo inclusive ao Animal, superar a marca dos 4 quilos, com um belo paca, que pesou 4,5 kg ( Perversa ) !

Além dele, também figuraram no SMOP desse turno matinal; Traíra – 6,5 kg ( Pop Queen ), Barriga – 7,5 kg ( Perversa ); Barriga – 4,5 kg ( Perversa ); Piaba – 4,5 kg ( João Pepino ); Jacundá – 6,5 kg ( João Pepino ) e Filhote – 4,5 kg ( Perversa ).

O quantitativo de peixes não foi o que custava ser, mas ainda encontramos alguma fartura, desde que com trabalho constante nessas águas baixas em que pescávamos ! Em alguns lugares, a pesca era quase que meramente “visual”, olhem só um exemplo a que me refiro...

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Voltamos para almoçar no Angatu e dar uma descansada, pois o sol estava de matar até mesmo os mais acostumados ! Pela experiência passada, era de se esperar uma chuva próxima ! Servido o almoço durante as anotações do SMOP ( isso é um perigo, pois deixa de haver a concentração necessária para obter as informações... ainda que poucas e de cadastramento imediato ), alguns pareciam não ter tomado café da manhã, diante da voracidade com que atacavam seus imensos pratos de comida !

Há de se registrar, no entanto, que a cozinheira tinha parte de culpa nesse processo, ao nos oferecer sempre uma comida de excelente qualidade e variada, evitando repetições ( se bem que alguns dos pratos bem que poderiam ter sido repetidos... ).

arrow:: Depois do almoço, aquele cansaço de meio dia apareceu, e sair daquela área refrigerada para enfrentar o calor da tarde que se mostrava inclemente, era uma tarefa complicada...

arrow:: Negociamos melhor essa situação ( até para preservar também os piloteiros, que trabalhavam de forma incessante desde cedo a cada dia... ), e somente saímos às 15:00 h, apesar do sol parecer ser o de 12:00 h, tamanha intensidade e calor demonstrado ( coisa de doido ) !.

Optamos então, em ir para um lago próximo de onde estávamos fundeados com o Angatu, cujo acesso deveria estar dificultando a entrada dos botes, pela pouca profundidade de água no local.

arrow:: De fato, não navegamos mais do que 10 minutos para chegar a um pequeno canal ( uns 3 a 4 m de largura ), que não tinha profundidade superior a uns 80 cm ( 1 m no máximo ). Naturalmente que a profundidade foi diminuindo quanto mais navegávamos o acesso ao lago, até chegar num ponto em que houve necessidade de empurrar / puxar o bote para superar os obstáculos existentes no caminho...

arrow:: Em contrapartida, contemplávamos ao longo desse percurso, um verdadeiro berçário, onde alevinos de inúmeras espécies, tamanhos e cores, desfilavam as centenas ( possivelmente milhares ) ao longo desse riacho cristalino, de fundo arenoso, onde eram facilmente detectados !

arrow:: Misturados a essa miscelânea de peixes, vimos pequenos cardumes de acarás, traíras, tucunas borboletas, matrinxãs com seus rabos pretos, lambaris, arraias, e alguns tucunas pacas sempre mais ariscos que os demais, passavam como foguetes pelo nosso bote !

arrow:: Um verdadeiro espetáculo da vida nesse pequeno trecho de rio !

Depois de algum esforço do Adriano, eis que deparamo-nos com o esperado lago ! E que lago ! Desses de contorno visível e bem definido, grande o suficiente para acomodar bastante peixe, e cheio de estruturas convidativas a que os brutos se apresentassem nesse local !

arrow:: Tocos, margens de encosta arenosa, pedras, árvores caídas, enfim, pense num lugar privilegiado que estarão vendo esse lago !

arrow:: Só faltava mesmo aparecer o peixe, e era para isso que estávamos ali, não, e assim, começaram os lançamentos sucessivos !

arrow:: Jacundá, com sua “metralhadora portátil”, arremessava incessantemente em todos os pontos em que poderia haver algum peixe, mas estes insistiam em não pegar nas iscas oferecidas !

Finalmente conseguimos pegar alguns, já com o corpo inteiramente molhado de suor com o calor das 16:30 h ( que continuava parecendo ser o de meio dia... ), o que nos deu ânimo para seguir tentando ! Muito trabalho para resultados pouco expressivos, mas estávamos ali para pescar, e não lamuriar...

Com o motor elétrico funcionando, íamos batendo ponto a ponto de forma contínua, até porque começamos a ver ( e ouvir ) cardumes caçando às margens, mas que insistiam não atacar as diversas iscas que lhes eram oferecidas... Vez por outra entrava um “desavisado”... Isso termina cansando...

Nesse momento de parada no recolhimento da isca, ainda a uns 2 metros do bote, surge uma enorme boca que arrebata a pequena isca Td Pencil que estava sendo usada pelo Jacundá, levando-a após aquela explosão na superfície para baixo do bote, e não fosse o reflexo do Jacundá, era bastante provável que o conjunto que usava tivesse ido parar no fundo do lago...

arrow:: Mas isso não aconteceu, e o freio da carretilha cantou tirando linha com o vigor dos grandes brutos, mas para nossa sorte, isso acontecia mais para o meio do lago, onde o enrosco é mais difícil de acontecer !

arrow:: Após a puxada inicial, foi dosar a energia, e brigar com o valente até que o mesmo, exausto pelo esforço terminasse por pranchar junto ao bote sendo imediatamente recolhido e liberado da isca presa à sua mandíbula !

arrow:: Depois de verificado seu peso ( 6,5 kg ), chegou a hora da fotografia, e para facilitar, o peixe foi passado sem o “boga grip” para sair melhor na foto...

arrow:: Claro que isso não iria acabar bem, e exatamente nesse momento, o bruto deu uma sacudida, e com o corpo escorregadio, deslizou das mãos de Jacundá, caindo ao lado do bote, já dentro d’água !

arrow:: Ato contínuo, quase como num reflexo condicionado, lá vai Jacundá atrás do peixe... Foi o tempo de tirar os óculos e se atirar dentro d’água, no mesmo local onde o tucuna havia caído !

arrow:: Uma coisa incrível essa reação e ação do Jacundá... Segundos depois, eis que a dupla aparece na água ... ( e não titubeei tirando sua foto ainda retornando ao bote );

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Acredito que parte da “sorte” em encontrar o peixe no local onde ele caiu, deve-se ao fato do mesmo ainda estar exausto da briga que teve até ser embarcado !

arrow:: Dificilmente uma situação dessas se repete, por mais ágil seja o protagonista do processo ! Um tucuna dentro d’água é rápido o suficiente para tomar seu rumo rapidamente ! Mas isso não invalida o mérito e presença de espírito do jovem Jacundá e buscar seu “oponente” para sair na foto ;

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O cara não está molhado a toa... Depois do fato concluído demos muita risada juntos ! Reflexo puro e imediato ! Já era hora de devolver o bruto a liberdade, não sem antes deixá-lo recuperar-se de todo aquele estresse vivido, até por conta de além de fisgado, foi também “apalpado” e seguro dentro d’água... Liberdade mais que merecida...

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Continuamos na busca de outros exemplares, estimulados pela presença desse belo Açu, e não foi por falta de esforço que os peixes apareceram !

arrow:: Na verdade, mais uma vez, e dessa feita entrando no recolhimento da TD Pencil ( presente do também Mocorongo, mas ausente, Pinguim ), um belo exemplar de paca veio abrilhantar a cena !

arrow:: Pensei que também fosse trazer o meu “recuerdo”, mas ficou mesmo nisso...

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Ainda navegamos por diversos pontos do lago, indo de um lado para outro, experimentando locais onde os peixes estiveram batendo, e tudo parecia estar emudecido e parado !

arrow:: Tivesse nas mãos um barômetro, teria apostado – sem medo – numa variação de pressão atmosférica naquele momento ! Apesar de tudo a tarde tinha sido generosa em imagens e lembranças, principalmente por nos proporcionar a ida num local como aquele...

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Já era hora de voltarmos, mesmo com um restinho de sol no céu, pois além da “paradeira”, havia começado a soprar um ventinho típico que antecede às chuvaradas, e não muito distante, um conjunto de nuvens pretas anunciava que estaria chegando em breve...

arrow:: Adriano confirmou meus temores, e pusemo-nos a caminho do Angatu, retornando pelo mesmo caminho de vinda, onde pudemos novamente contemplar toda aquela vida borbulhando em torno do barco ! Uma coisa absolutamente inesquecível !

Felizmente estávamos próximos do nosso destino ( Angatu ) e no caminho “de casa” ainda nos deparamos com um dos botes fundeado num pequeno canal em busca de algum peixe de couro...

arrow:: Pela água existente, acredito mesmo que nem um “mandizinho” tenha sido encontrado !

arrow:: Chegamos ao barco quase que simultaneamente as demais duplas, e com o início de alguns grossos pingos de chuva !

arrow:: Apesar de todo esse cenário, Pilolô insistia que não iria chover... ( só podia ser gozação... )

Na verdade ele acertara parcialmente, pois não iria chover pouco, e o céu desabou com raios, trovões e tudo que tinha de direito...

arrow:: O jeito foi partir para a já tradicional caipirosca, e atualizar o SMOP, não sem antes participar das conversas e relatos dos demais companheiros, em suas resenhas dos principais fatos e acontecimentos de seus tetemunhos...

Peixe mesmo, de “medida” acima dos 4 kg, apenas os dois testemunhados, e capturados pelo Jacundá, cujo relato já foi feito, de modo que o saldo do dia foi o a seguir apresentado : Jacundá ( 36 /21 ); Barriga ( 31 / 24 ); Animal ( 34 / 22 ); Mandi ( 30 / 13 ); Traíra ( 22 / 13 ); Capacete ( 31 / 8 ); Filhote ( 25 / 11 ); Kid ( 21 / 15 ); Piaba ( 17 / 17 ) e Bicuda ( 24 / 8 ).

A isca brinde do dia terminou ficando para o Jacundá, que pontuou 35,5, graças aos brutos embarcados... Houve um empate numérico com o Barriga, mas o critério de desempate favoreceu ao Jacundá, pelos tucunas embarcados...

Da mesma forma que existia a “briga” do título, existia também a “briga do troféu piranha”, dado a dupla de cabina que ( de forma conjunta ) somasse a menor pontuação do G23 !

arrow:: A disputa aí estava “ferrenha” e tão ( ou mais ) emocionante que as demais, até porque a gozação em torno do tema é a especialidade dos Mocorongos... Mas ainda tinha muita pescaria pela frente...

No que pese a intensidade da chuva que caía, o ambiente interno no Angatu era de pura festa !

arrow:: Alguns aproveitaram o ensejo para se recolher mais cedo, outros ainda estavam trocando linha de equipamento e/ou reforçando as garateias de suas iscas prediletas, já que as reposições começavam a ser difíceis nessa altura, e andamos perdendo várias iscas para peixe, principalmente Perversas e Sub Walks ! Também algumas Pop Queens se foram, sendo que tudo isso faz parte do jogo...

Aproveitamos para jogar um dominó, em meio a um alarido feito pelos mesmos de sempre ( vou declinar apontar os nomes, mas os respectivos sabem quem são... ), até que o sono terminou vencendo e dispersando os mais resistentes...

arrow:: Tudo isso aconteceu antes das 10:30 h ( só para saberem como o tempo rende num local desses ).

Antes que me esqueça, quarta feira é dia de ligar para casa, e isso foi feito por alguns mais preocupados em passar notícias de que estávamos bem e desfrutando daquele sempre paraíso !

arrow:: Notícias que certamente foram propagadas nas outras famílias...

arrow:: A ligação funcionou perfeitamente, sendo realizada de um aparelho Iridium ( já que há um tópico condenando esse sistema no FTB... ).

Quinta feira foi dia de voltar a sair com o parceiro de cabina, e para minha alegria, voltaria a pescar com o Mandi !

arrow:: O SMOP pode ser alterado a qualquer tempo, mas preferimos manter o que havia sido traçado, até porque pescar com ele é uma oportunidade de muita conversa e gozação mútua !

arrow:: Estava estimulado a “dar o troco” pelo 1º resultado, e dessa forma saímos para pescar juntos, não mais com Pilolô ( houve um “motim” a bordo, e o Pilolô foi escalado para outra dupla... creio que o sorteado foi o Animal e o Filhote ).

arrow:: Sem problemas, até porque os piloteiros na sua essência eram muito parelhos em conhecimento e atuação !

Esta foi uma manhã de pouco ação, ou melhor muito poucas fotos !

arrow:: Apesar de ainda estarmos no rio Arirarrá, a influência de água mudou completamente a ação dos peixes ! A chuva da noite anterior, copiosa e longa, havia renovado a temperatura e aberto o tempo, fazendo com que um sol pálido se fizesse presente no início da manha !

arrow:: Mas a manhã estava difícil para os tucunas e extremamente ativa para as traíras que “infestaram” nossos pontos de pesca ! Não importava qual a isca usada, fosse ela superfície, hélice ou popper, que as danadas não davam descanso...

arrow:: Usar as twitch baits ( Perversa, Sub Walks, Flash, etc... ) era um convite certo a estragá-las perante os dentes afiados das lobós amazônicas, sempre vitaminadas ( chegamos a pegar algumas com quase 3 quilos, o que representa uma encrenca certa na ponta da linha... ).

arrow:: Também as saicangas quando as traíras permitiam – colocavam as “manguinhas de fora”, e até mesmo as piranhas, que não haviam aparecido em bom número desta feita, deram o “ar da graça”, danificando algumas iscas, principalmente as frágeis Jumping Minnows da Rebel... !

arrow:: Havia lugares em que eram verdadeiros “trairódramos”, onde se poderia pescar por tempo indefinido, desde que o peixe desejado fosse a traíra, mas estávamos a cata dos tucunas, e não delas, de modo que durante a manhã foi mesmo de busca incessante a novos locais, o que terminou prejudicando um pouco nossas performances, mas mesmo assim saíram uns tucuninhas, mas nada assim tão significativo....

Assim sendo e pela estatística passada pelo SMOP, tivemos o seguinte resultado parcial nesta manhã ( tucuna / outros ) : Mandi ( 24 / 23 ); Kid ( 16 / 16 ); Animal ( 19 / 6 ); Capacete ( 7 / 5 ); Traíra ( 10 / 0 ); Barriga ( 9 / 32 ); Bicuda ( 7 / 23 ); Piaba ( 12 / 6 ); Jacundá ( 20 / 21 ) e Filhote ( 12 / 7 ).

De um total de 275 peixes embarcados, apenas 50% deles eram tucunas, sendo que acima dos 4 quilos, tivemos : Mandi – 4,1 kg ( Biruta ); Piaba – 4,1 kg ( João Pepino ) e Jacundá – 4,5 kg ( João Pepino ).

arrow:: E foi isso o que resultou o esforço matinal...

Na parte da tarde o cenário teve pouca variação !

arrow:: Retornei com o Mandi ao “laguinho da véspera”, e desta feita não me recordo de haver pego absolutamente nada ( não estou nem falando de peixes expressivos... ) no local !

arrow:: A diferença que encontrei contudo, foi no acesso, pois com a chuva da véspera, havia subido a água pelo menos em uns 20 cm, o que possibilitou trafegarmos o tempo inteiro com motor, onde antes tínhamos que empurrar o bote !

arrow:: Isso por si só já poderia explicar parcialmente o porque de tamanho silêncio e falta de ataques no local... Frustrante mesmo !

Mas em outros locais, a pescaria não foi tão ruim assim já que saíram alguns tucunas ( o Animal tropeçou num cardume ), embora o cenário matinal tenha voltado a se repetir com muitas ações em saicangas e traíras, fazendo com que procurássemos os tucunas mais próximos as praias, estratégia essa que funcionou parcialmente para algumas duplas !

arrow:: Antes dos resultados do dia, uma imagem do Animal inteiramente identificado com sua “matadora”, uma isca Flash com garatéias reforçadas, ainda remanescentes de um fornecimento antigo do amigo Halieuta !

arrow:: Coisa boa sempre tem utilidade, não importa quando... palmas::

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É claro que a despeito das marcações feitas, dentre as imagens escolhidas, não poderia faltar uma das muitas traíras embarcadas ao longo de toda a pescaria !

arrow:: Se fôssemos insistir na pescaria delas, facilmente teríamos embarcado mais do dobro desse quantidade ( talvez avariando grande parte de nossas iscas... ).

arrow:: Mas fica feito o registro e homenagem a essas valentes e agressivas traíras amazônicas !

De todas elas, apenas um exemplar foi reconhecido como “trairão”, embora ainda fosse um “juvenil” com uns dois quilos, capturada que foi pelo Capacete !

arrow:: Esta da imagem, certamente é uma típica traíra, com tudo que tem direito, principalmente os dentes... paia::

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Acelerando a parte das estatísticas ( já com pedido de desculpas pela profusão desse tipo de informação – mas não se esqueçam desse material ser também para uso interno dos Mocorongos... ), vamos aos principais números de fechamento dessa quinta feira !

arrow:: Peixes acima dos 4 kg embarcados à tarde : Traíra – 7,5 kg ( Pop Queen ); Barriga – 5,1 kg ( Sub Walk ); Piaba – 4,1 kg ( João Pepino ) e Jacundá – 4,1 kg ( João Pepino ).

arrow:: Tratando agora dos totais / tucunarés do dia, temos : Jacundá ( 72 / 38 ); Mandi ( 71 / 30 ); Piaba ( 50 / 32 ); Animal ( 47 / 39 ); Barriga ( 57 / 24 ); Kid ( 59 / 25 ); Filhote ( 38 / 29 ); Traíra ( 20 / 16 ); Bicuda ( 33 / 10 ) e Capacete ( 12 / 7 ).

Em termos de totais, o quantitativo de peixes foi de 459 unidades, sendo que os tucunas representaram 50% ( 250 unidades ).

arrow:: Mais uma vez quem ficou com o brinde da Sub Walk foi Jacundá, com 57 pontos !

arrow:: Para concluir, apenas uma observação interessante, já que apesar desse volume de peixes embarcados ( praticamente 500 unidades, numa média de 50 por integrante ), não foi um dia “comemorado”, pois o que nos alegra mesmo é pegar tucunas, e eles andaram “miúdos e pouco expressivos”, mas mesmo assim trouxemos alguns para nosso shashimi da noite...

http://i10.photobucket.com/albums/a140/mpedreira/Grupo%2023/Jacunda/SAM_0281.jpg

E chegamos na sexta feira, nosso último dia integral de pescaria na região !

arrow:: Dentro do que foi combinado, o Angatu iria descer na direção do rio Negro, já no retorno para Barcelos !

arrow:: Por ser a última noite, era “de lei” que houvesse o tradicional churrasco numa das praias do caminho, motivo pelo qual teríamos que “almoçar fora”, fato que foi imediatamente aceito por praticamente todos ( apenas uma das duplas disse que iria voltar ao barco ).

arrow:: Seria dia de sair com meu afilhado Filhote pela manhã, e com o Capacete à tarde, ou seja, dia de muita conversa a bordo do bote !

arrow:: Por uma questão de força maior, Kelson, que seria nosso piloteiro nesse dia, precisou retornar a Barcelos, e com isso foi substituído na parte da manhã por Pilolô ( essa não foi armação ! ) e na tarde pelo Fera ( outro piloteiro das antigas... ).

arrow:: Imbuído dos melhores propósitos, foi hora de seguir em frente !

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Optamos em rumar para alguns pontos já na região próxima ao Negro, e em lagos onde a influência do repiquete – já visível – pudesse ser menos sentida pelos peixes, até pela necessidade de busca de uma melhor estabilidade dos níveis das águas, e assim, aproveitando do conhecimento do Pilolô, conseguimos “amanhecer” num lago cujo acesso ainda tinha água ( embora estivesse repleto de árvores caídas ) serpenteando pelos obstáculos até atingirmos o local pretendido, que não inspirava lá essas confianças todas, pela aparência de de uma espuma sobre a superfície, como se fosse o início de uma um processo de decomposição orgânica, conhecida como “decupagem” ( ou algum nome parecido com esse... ).

Imagem PostadaImagem Postada

Mas fora isso, o local estava silencioso e o sol filtrando-se pelas copas das árvores existentes nas margens, fornecia um visual bem interessante ! Com o “afilhado” na frente do barco, os trabalhos se iniciaram, em busca de um exemplar maiorzinho para o “novato” sentir o gosto da selvageria amazônica !

arrow:: Atentos para as oportunidades, principalmente para os eventuais rebojos, o olhar conhecedor do Pilolô ia procurando por essas oportunidades, embora as iscas perversa e sub walk fossem fazendo o mapeamento do lugar, apresentando ( quando em vez ) algum resultado ! Nesse processo, consegui embarcar um belo “paquinha” de 4,5 kg !

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Mas o objetivo maior era fazer com que o Filhote também sentisse a força dos “brutos”, e continuamos a busca dos valentes...

O esquema – com a chegada do sol – passou a ser mais passar, jogar, recolher algumas vezes, e seguir adiante, pois era muita área a garimpar, e o peixe, em estando disponível, certamente atacaria a isca apresentada...

arrow:: Tornou-se então praticamente visitas a locais absolutamente maravilhosos, com estruturas excelentes, e com praticamente pouca ou nenhuma ação !

arrow:: Evidente que havia algum “problema” ( certamente o repiquete, pressão atmosférica, sei lá... ), pois locais do tipo dos visitados TINHAM QUE TER PEIXE...

arrow:: Parte das respostas procuradas começaram a aparecer diante dos diversos botes encontrados pelo caminho !

Gente de outros barco hotéis, como Tayaçu, Juliana, Karen Juliana ( alguns dos nomes que me lembro ) estavam na área, e até mesmo o “Neguinho” ( excepcional piloteiro que trabalhava antes no Angatu, e que agora atuava por conta própria a partir de Barcelos ) encontramos por lá !

Ou seja, além das adversidades climáticas, “gente pra cacete”... ( o que não devia surpreender, pois já era final de pescaria, e todos grupos de pesca / operadores estavam retornando para Barcelos... ).

Mas a busca continuava, e o Pilolô tiando seus “coelhos da cartola” ! A coisa estava mesmo complicada...

Mas quem trabalha, sempre acha sua recompensa, e num desses muitos pontos visitados, ainda com águas do rio Arirarrá ( segundo Pilolô ), num lago bem grande ( desses que se extendem tanto que parecem ser infinitos, com suas curvas e locais escondidos... ), pinchávamos em locais promissores, bem próximos à margem, quando num tronco caído ofereceu-se uma minúscula enseada, onde consegui um arremesso certeiro, prontamente atacado por um tucuna ( nada expressivo ), que creio ter sido um “paquinha” !

Pelo local, incentivei o “Filhote” a fazer um novo lançamento, só que do outro lado do tronco, enquanto tratava de recolher o valente peixinho que estava na minha linha !

Na queda da Perversa ( cabeça vermelha ) no ponto indicado, a batida chegou firme, e pela cantada do molinete e retirada de linha com força, via-se logo que o “bruto” desejado e procurado, mostrava – finalmente – a sua presença !

O bicho correu para o meio ( felizmente ), o que possibilitou uma “briga limpa”, embora sorrateiramente o elétrico tenha-nos conduzido para um local afastado da margem...

arrow:: Filhote suava, e arqueado com o envergar da vara, batalhava com “seu troféu”, que resistiu por algum tempo antes de “pranchar vencido” !

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Mais uma vez, e se tornando um padrão na Amazônia, o belo Açu pesou apenas 5,5 quilos, contrariano nossas expectativas, já que esperávamos ( pela briga presenciada ) algo próximo aos 8 ou 9 quilos !

De qualquer forma, um “troféu” para ninguém botar defeito ! Aliás, basta olhar para a cara do “moleque” para ver que a felicidade estava estampada, e que ele, a exemplo de qualquer pescador que passa por uma experiência dessas, de “esbarrar” com um Açu criado, fica irremediavelmente “fisgado” e desejoso de repetir a experiência... ( será que essa afirmação é algo presunçoso de minha parte ?? ).

De ânimo renovado, e desejosos de encontrar os “pais” e posteriormente ( com o passar do tempo ) os “irmãos” já estaria ótimo... continuamos a tentar, mas as capturas foram esparsas e inexpressivas...

Já era tempo de encontrar com o pessoal no local que fora marcado pelos piloteiros... ( não era tão longe de onde estávamos, mas mesmo assim navegamos um tempinho e econtramos mais botes pelo caminho – além do Karen Juliana e até mesmo do Amazon Nemo, pertencente ao Jorge da Casa Sucuri estava “na área”... ).

Pelo local onde estava ancorado o Angatu ( rio Negro ), certamente essa teria sido a despedida do belo rio Arirarrá, cuja imagem fica não apenas na fotografia, mas na mente de todos os integrantes do G23.

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Chegamos dentro do horário estipulado, onde os demais botes já estavam, e o povo na água...

arrow:: Sabem aquela vidinha mais ou menos”, composta de cerveja gelada, peixe assado e conversa inconseqüente, pois é... ( fazer o que ? ).

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Mas tivemos notícias não muito boas, mas que – felizmente não se agravaram pelos resultados finais !

Na verdade duas ocorrências, sendo a primeira delas ocorrida entre Capacete e Mandi, quando o 1º teve a cabeça acertada por uma garatéia ( entrou no couro cabeludo ), cujo socorro foi prontamente prestado pelo barco Amazon Nemo, muito mais por precaução do que por necessidade...

arrow:: Tal fato contudo foi o suficiente para deixar o Mandi acabrunhado e chateado, pois isso jamais acontecera com ele antes ! Fortuitamente o acidente aconteceu na ida da isca para as costas, antes de ser lançada ( aí sim a coisa teria sido muito mais séria... ), de modo que apenas feriu o couro cabeludo ! Rapidamente recuperado, Capacete já estava pronto para continuar pescando...

Já a 2ª ocorrência, também “besta”, ocorreu com o piloteiro Fera, quando ao retirar as garatéias da boca do peixe capturado, acho que era uma traíra, no chacoalhar do peixe, teve uma ponta de garatéia transpassando o dedo ! Essa deu um pouco mais de trabalho, com o retorno do bote ao Angatu para serem ministrados os socorros necessários a retirada do anzol ( ponta cortada ) e respectivo curativo...

arrow:: À tarde, o piloteiro já estava “na lida”...

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Mas a conversa mesmo era sobre os efeitos do repiquete, e a dificuldade em encontrarmos o peixe procurado ! Mesmo assim, ainda conseguimos pegar 4 peixes acima dos 4 quilos : Filhote – 5,5 kg ( Perversa ); Kid – 4,5 kg ( Sub Walk ); Barriga – 4,5 kg ( Perversa ) e Animal – 4,1 kg ( Flash ).

Estávamos ficando “exigentes”, pois nessa manhã foram embarcados 86 peixes, sendo 76 tucunas... ( sem esquecer que 2 dos botes tiveram suas performances “avariadas” pelos acontecimentos já registrados... ). Vida muito complicada essa nossa !

Mesmo assim deu para preparar uns poucos exemplares do “Tucuna a Mocorongo”, que sequer foram fotografados pelos “sempre famintos” participantes do G23, misturados que foram com os já tradicionais “peixes na brasa”, agilmente preparados e servidos ( sem a presença de qualquer espinha ) pelos piloteiros...

Peixe fresco assado com uma gelada, é complicado a qualquer tempo... ( tenho certeza de que, como eu, vai ter gente “salivando” ao ler isso... ).

Tudo muito bom, mas era preciso retornar ao dever”, até por ser a nossa última tarde...

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Duplas refeitas e dispostas a pescar couro no entardecer, era hora portanto de arranjar as “iscas” a serem usadas, preferêncialmente traíras, sempre presentes ao longo da pescaria...

Claro que se os tucunas aparecessem, estávamos ali para isso, já no rio Negro, local permanente de grandes surpresas...

Refeitos do calor, e com as novas duplas ajustadas, assim como piloteiro ( Pilolô trocou de bote ou voltou para o Angatu... e fiquei com o Fera, o acidentado, já recuperado e sempre disposto a uma aventura... ).

Com o Capacete na poltrona da frente, com o pensamento na pescaria de couro que ele tem predileção especial, fomos trabalhar, pois a tarde ainda nos possiblitava buscar umas “encrencas”...

Fico sempre admirado com a capacidade e conhecimento dos piloteiros da região em encontrar ( na verdade se lembrar ) de acessos e pontos de pesca em locais onde nós, leigos, jamais poderíamos suspeitar ( e/ou supor ) da existência de acessos, quanto mais de lagos e paranás cobertos pela vegetação ciliar !

arrow:: Para eles, tudo não deixa de ser “uma grande avenida, cheia de rua, passagens e vielas” que permitem encontrar verdadeiros tesouros escondidos, revelados mais recentemente pela tecnologia do Google Map ! Que coisa fascinante...

arrow:: Entramos por uma passagem estreita, daquelas em que o bote sai “saracutiando” por entre tocos e trocncos caídos, conhecido por aqueles – a exemplo do Fera – que trabalham profissionalmente como “caçadores de peixes ornamentais” fora da temporada de pesca esportiva.

arrow:: Sinuoso e cheio de “pegadinhas” para os incautos, nosso bote foi superando todas as dificuldades até depararmos com um belo lago de águas claras, azuladas na superfície pela ação do sol, mas cor de coca cola transparente na sua profundidade ! Uma beleza de local !

arrow:: Iniciamos logo a busca dos tucunas logo na “boquinha” da chegada, ponto sempre preferido dos predadores, e nada conseguimos encontrar... o calor era grande, e o esforço em busca do peixe também !

arrow:: As iscas sub walk com anzóis Owner ( mais pesados ) faziam seu trabalho um pouco abaixo dos das perversas, de modo que trabalhávamos as iscas em duas profundidades, ambas visíveis do bote ( 5 / 8 m ).

Uma pescaria legal, pois dá para ver o trabalho da isca nitidamente !

Mais uma vez, experimentei outras iscas, inclusive a hélice que o Mauro Nakatani me havia presenteado, e mesmo com um ótimo trabalho na superfície, não tive ações com ela...

arrow:: Também testei uma “novidade” chamada “shashimi”, que apesar de nadar muito, é plenamente descartável !

Os peixes acompanhavam seu incrível nado, mas nem por uma vez chegaram a arriscar um bote !

Já escrevi em algum lugar se tratar ( tipicamente ) daquele contexto plagiado do grande mestre Nelson Rodrigues bonitinha, mas ordinária”...

Uma grande parte do perímetro do lago foi pescada, com pequeníssimo resultado ( apenas eu andei pegando uns “mini tucunas”, imediatamente liberados ), e mudamos de local até mesmo para ver se achávamos as traíras, um de nossos objetivos para a pesca de couro a ser realizada muito em breve...

Mas deu trabalho para embarcar essas traíras desejadas !

Contando assim, ninguém poderia supor nessa dificuldade, até porque nem as sempre presentes saicangas deram as caras ! Paradeiro total !

Já perto de 16:00 h, o negócio era ir para o ponto de couro, ajeitarmos o bote num local sombreado e esperar pelos “lisos”...

arrow:: No caminho de volta para a saída do lago, deparamo-nos com outro bote ( do Karem Juliana ), onde os pescadores estavam se desmanchando de puxar hélice improdutivamente...

Passamos “ao largo”, e seguimos nosso caminho na direção do rio Negro ( eles não demoraram a tomar a mesma decisão... ) com a “lua que estava”, e um dos caras vestido de roupa preta, devia estar “uma delícia”...

No caminho, numa tentativa de ligar o motor, quebra-se “a cordinha do arranque” !

arrow:: Acidente mais que natural, mas que em se tratando do Fera, tem estória pregressa, quando pescando com o Mandi no próprio Negro, depois dele engatar um bruto que saiu a tirar linha de um molinete de mar que usava com linha 0,80 mm, a “cordinha do motorpartiu com o alvoroço, e perdemos o peixe que praticamente tirou metade da linha do carretel antes de se entrincheirar dentro de uma tranqueira, da qual somente partindo a linha é que conseguimos liberar o bote !

arrow:: O Mandi ficou sem dormir nessa noite...

Era um bom presságio, se fôssemos pensar pelo lado positivo / otimista da coisa...

Fizemos o resto do percurso a remo mesmo, pois não estávamos distantes da boca com o rio, e enquanto paramos na margem para o trabalho de recuperação da cordinha ser concluído ( com sucesso ), passou-nos o outro bote, onde conversamos com os dois outros pescadores ( acho que do Paraná ), que estavam “de dedo”, reclamando da paradeira...

arrow:: Aparentemente a pescaria deles não havia sido como a nossa, até porque eles haviam subido na direção de Santa Izabel e certamente encontraram o repiquete dias antes de nós...

arrow:: Mas isso faz parte do risco e pode acontecer com qualquer grupo que estiver por lá, já que esses são os riscos das opções definidas !

Voltando ao que interessa, a recomendação que fiz ao Fera é que ele nos encontrasse um ponto que ficasse próximo onde o Angatu estaria a nossa espera para o Churrasco de despedida, pois num rio como aquele, o que não iriam faltar eram pontos de pesca de fundo !

arrow:: Ele me disse que estava com um lugar em vista que atenderia aos nossos propósitos e mandou ver no motor SeaPro 25 Hp que equipava esse bote !

arrow:: A tarde já havia mudado, ou melhor o aspecto climatológico encontrado já era diferente daquele do horário de almoço !

Bastante vento, e pequenas ondas com cristas de espuma ao longo do rio, fizeram com que parte da viagem ( que não foi assim tão curta... ) fosse feita num sobe e desce bem desconfortável !

arrow:: Nada a fazer até pegarmos uma margem de ilha protegida, e então voltar a navegação acelerada !

Que imensidão de lugar, onde água potável lhe deixava inseguro em pensar que a falta d’água será um problema do mundo dentro em breve...

arrow:: Maravilha o contorno das encostas, mesmo distantes, com praias de areias alvas e aquela mata verde por trás de tudo !

Aproveito para fazer um adendo com os comentários ( resenha ) colhidos posteriormente no Churrasco, de dois belos peixes ( tucunarés açús ) que foram pegos nessa tarde, um dos quais ( Mandi ) superou o que havia embarcado, e outro batera nos 8 quilos !

Começando pelo segundo ( o de 8 quilos ), que foi pego pelo Bicuda !

Com a dificuldade de encontrar peixe nas lagoas e nos pontos de ressaca do rio, a opção deles foi de irem bater nas areias das praias, local onde os peixes param para dormir à noite, mas que com as águas baixas, freqüentam atrás de eventuais presas !

arrow:: Numa dessas praias foi que nosso Bicuda usando uma isca de hélice ( Vamu’s do Hilton Lellis ) – encontrou seu troféu dessa pescaria !

arrow:: O bruto depois que foi ferrado, rebojando no ataque feito na superfície, não teve muito para onde correr ( em termos de enrosco ), e com isso, depois de algum esforço, pranchou e foi embarcado ( ainda no rio Arirarrá ) !

Olhem só as cores desse peixe !

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Já o Mandi, tendo como parceiro o Mandi, pescando com uma Dr Spock da KV, levantou o maior da pescaria, que chegou a ser filmado pelo parceiro, já que houve condições disso, já que a briga foi num local limpo !

arrow:: Importante destacar, principalmente para os menos crédulos, que o Mandi estava usando Power Pro de 30 lb, sem sequer um líder, e nem por isso deixou de embarcar o peixe !

arrow:: Reparem no tamanho do seu molinete...

http://i10.photobucket.com/albums/a140/mpedreira/Grupo%2023/Jacunda/SAM_0374.jpg

As comemorações foram mais que devidas, pois se tratava de sua 6ª vitória, arrancando-me minha 5ª estrela ( que me permitiria empatar com ele ) na última tarde da pescaria ! Total mérito dele, sem direito a choro...

arrow:: O peixe era realmente magnífico, e se conseguir arranjar um jeito de postar o vídeo filmado, vocês poderão ver o trabalho e embarque do bruto... ( vamos ver se consigo superar essa minha deficiência de postar filmes aqui ! ). HELP ! ::nada::

? Local para o arquivo MPEG !

Seu piloteiro, o Dinho, também havia sido o que utilizei para embarcar o meu bruto, de modo que ele já acumulara dois “extras” ( tucuna acima de 8 quilos ), além do prêmio financeiro do “maior peixe” nessa pescaria !

arrow:: Pessoa de falar pouco ( e difícil de ser entendido ), mas que conhece bastante do ofício e sabe “ler as águas” como poucos !

arrow:: Um grande nome que re-encontramos todos os anos no Angatu !

arrow:: Deve ser “patrimônio” da equipe do André ! Que se conserve assim...

arrow:: Olha o cara e o Mandi na comemoração mais que merecida...

http://i10.photobucket.com/albums/a140/mpedreira/Grupo%2023/Jacunda/SAM_0379.jpg

Voltando a nossa pesca de fundo, finalmente chegamos ao lugar pretendido pelo Fera, que nos colocou numa sombra agradabilíssima, em frente ao local que posteriormente soubemos ser o “ponto”, que era numa chegada de entrada numa ressaca não muito profunda !

arrow:: Quando o sol abaixou um pouco ( nem por isso deixou de esquentar ), mudamo-nos para o local desejado, próximos ( 500 m ) do bote do Mandi e do Jacundá ( Dinho também conhecia o ponto ), onde soubemos se tratar de um pequeno paraná que mantinha uns peixinhos que eram bastante procurados pelos predadores de couro nas suas passagens pelo canal onde nos posicionamos !

Foi iscarmos as traíras nos empates 12/0, lançar as linhas de 80 lb ( Power Pro ) que equipavam nossos conjuntos ( vara MS de 60 lb com molinetes Daiwa Regal Z 5000 ), e esperar no silêncio do entardecer – pelos amigos do couro !

arrow:: Esse silêncio foi interrompido pelo bote do Mandi e Jacundá, que saiu do ponto trabalhando um peixe ( não deu para vermos do que se tratava no momento ), mas as fotos estão aí para mostrar o ocorrido... ( o Mandi estava mesmo num dia de grandes “cagadas” – isso era incontestável ! )

http://i10.photobucket.com/albums/a140/mpedreira/Grupo%2023/Jacunda/SAM_0383.jpg http://i10.photobucket.com/albums/a140/mpedreira/Grupo%2023/Jacunda/SAM_0384.jpg

Continuamos a esperar pela “nossa vez”, até que o barulho das corvinas que roncavam em baixo de onde estávamos, fez com que me lembrasse de um jig que tinha e que já vira ( numa pescaria anterior ) o Capt JP pegar uns peixinhos que serviram de isca viva !

arrow:: Por que não tentar pegar um ? Passei a vara de fundo para o Fera, que estava junto, e fui atrás do jig para usar numa vara em que estava pescando tucuna durante a tarde...

arrow:: Parece que peixe pressente, e nem bem me abaixo para pegar a caixa onde o jig estava guardado, o Fera me grita “seu Kid, o peixe tá na linha...” !

Foi largar o que estava fazendo e confirmar a ferrada no bruto, que já partira em disparada !

arrow:: O experiente Fera já estava com o bote em cima da linha que não parava de ser retirada com violência do meu conjunto, ignorando o freio que lhe era aplicado !

A vara envergada em mais de 90º indicava que não era um peixe qualquer, e a força que aplicava para manter a vara em posição vertical era imensa !

O bicho não tomou conhecimento, e continuou tirando linha ( seguramente mais de 150 m ), somente facilitando meu trabalho quando invertou o rumo, retornando para próximo da costa, o que me permitiu trabalhar com afinco sem frouxar a linha, e recolher uns 2/3 do que havia sido arrancado !

E o Fera com o bote em cima do bruto, fazia um papel importante nessa briga !

arrow:: Claro que a astúcia do bitelo fez com que ele procurasse abrigo num enrosco, e para lá fomos nós...

Puxa de um lado, muda a posição do bote para outro, recolhe aos pouquinhos, e o peixe começa a ceder, e num momento de sorte, com a ajuda do remo, onde enrolamos a linha, conseguimos quebrar a resitência do enrosco, e sobe preso na linha um pedaço grosso de madeira...

arrow:: Com a linha praticamente já toda recolhida no carretel do molinete ( certamente menos de 10 m de fora ), o peixe consegue um novo enrosco, esse definitivo, que foi preciso quebrar a linha para podermos ir embora !

arrow:: O “bitelão” esteve bem próximo de sair na fotografia, mas ainda não foi dessa vez que ele se mostrará para o FTB... Faz parte !

O aprendizado dessa feita é que por mais que venhamos a fazer as manobras consideradas como adequadas, termos um bom pioteiro que influencia positivamente no desequilíbrio entre peixe e pescador, os resultados finais são imprevisíveis !

arrow:: Desta feita cheguei a pensar que iria conhecer tão admirável oponente, mas ele levou a melhor !

Mas acho que para mim, que iria soltar o peixe de qualquer forma, ficou o gostinho de ter labutado com um tremendo peixe, que soube usar da artimanha certa para sair vencedor, e mais, nos permitir uma final de tarde carregado de adrenalina e emoção, que no fundo é a busca de qualquer pescador !

arrow:: Enganam-se aqueles que pensam que me senti frustrado por não ter pego o peixe, pois o principal desse embate foi vivenciado não apenas por mim, mas por todos que estavam no bote, e isso é o que teve importância...

arrow:: Hora de voltar para o Angatu, pois estávamos “pescados” e exaustos do dia e das emoções vividas...

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Chegamos ainda com céu claro, pois estávamos praticamente ao lado do “nosso lar” nesses dias !

Pensei que fôssemos navegar um pouco, mas isso se resumiu a uns poucos minutos e já estávamos atracando onde a ajuda dos encarregados nesse receptivo, aliviaram-nos dos “instrumentos de trabalho” que tínhamos nas mãos.

arrow:: Não deu nem para ir a cabina, pois o cheiro da carne assando na praia onde o Angatu estava atracado, era um “convite irrecusável” para pisarmos em terra firme ( areia, na verdade ), e com a indolência que surge nesse momento, procurar um local para sentar e algo para “mordiscar”...

arrow:: Rapidamente surgiu uma caipirosca nas minhas mãos, e uns pedacinhos de picanha no ponto para forrar o estomago...

arrow:: O ventinho era algo que tomou conta do local após o sol se por, e ser substituído por lâmpadas colocadas com gambiarras no local onde nos sentaríamos...

http://i10.photobucket.com/albums/a140/mpedreira/Grupo%2023/Jacunda/SAM_0387.jpg

O serviço era esmerado, e foi preciso “frear” as contínuas ofertas que vinham sendo trazidas, sob o risco de não sobrar lugar para desfrutarmos do jantar...

arrow:: As demais duplas foram chegando, e trazendo suas respectivas informações e relatos dos principais fatos da tarde !

arrow:: Era hora de ir buscar o PC e fazer os registros do SMOP !

arrow:: Claro que o Mandi falava mais que “a nega do leite”, completamente mudado ( felizmente ) de como havia deixado o grupo no pós almoço na praia em virtude da garatéia na cabeça do Capacete, que por sua vez, sequer lembrava-se mais do fato, comentando com vigor as proezas do peixe que perdemos à tarde !

arrow:: A festa era por conta do Mandi, e ele tinha todos os motivos de ficar feliz, pois além do tucunão de 8,5 quilos, poderia também arrebanhar o troféu de couro com seu “filhotinho” de 10 quilos...

Será que ele estava falante ??

http://i10.photobucket.com/albums/a140/mpedreira/Grupo%2023/Jacunda/SAM_0395.jpg

Mas o fato concreto é que a carne já estava passando do ponto, e a ordem de "servir o rango” foi dada, e de repente apareceram acompanhamentos de arroz, farofa, maionese, vinagrete, etc... e grandes travessas com costeleta de porco, frango, picanha, lingüiças diversas, e por aí seguiu...

arrow:: Quando nos lembramos de tirar uma fotografia do preparo das coisas, já estávamos no 2º tempo, com a grelha com as “sobras”, mas mesmo assim dá para ver que a fartura e qualidade são coisas comuns no Angatu !

arrow:: Serviço excelente, onde foi preciso pedir para ser encerrado, já que os roncos a noite seriam inevitáveis, após tanta comida assim...

arrow:: O cansaço era grande, e mesmo sabendo que seria nossa última noite dentro do rio, a busca de uma posição horizontal não custou a chegar para todos, sendo que os mais resistentes não superaram as 22:00 h !

Com a ventania, houve necessidade do Angatu manobrar e buscar um melhor ponto para ficar abrigado, mas isso eu já não posso contar, pois não vi quando aconteceu ( soube que não navegamos nem 5 minutos ) !

Faltou apenas listar os números do dia, que relato na sequência, até para a apresentação ser completa !

arrow:: Durante o dia, tivemos ( segundo o SMOP ) a seguinte totalização ( tucunas / total embarcado ) por integrante do G23 : Mandi ( 7 / 9 ) – 8,5 kg ( Dr Spock ) + 10 kg Filhote ( isca natural ); Kid ( 13 / 16 ) – 4,5 kg ( Sub Walk ); Animal ( 18 / 21 ) – 4,1 kg ( Flash ); Capacete ( 0 / 2 ) – 1 garatéia na cabeça; Traíra ( 11 / 11 ) – 5,3 kg ( Pop Queen ); Barriga ( 7 / 9 ) – 4,5 kg ( Perversa ); Bicuda ( 7 / 9 ) – 8,0 kg ( Vamu’s ); Piaba ( 7 / 7 ); Jacundá ( 14 / 22 ) e Filhote ( 7 / 7 ) – 5,5 kg ( Perversa ).

Tudo isso totalizou 108 peixes, dos quais 90 tucunarés, o que diante das circunstâncias ( inclusive repiquete ) se tornou um excelente quantitativo !

arrow:: Segundo o SMOP, a premiação do dia ficou para o Animal, com 19,5 pontos !

Imposível deixar de apresentar o belo tucuna do Traíra, que emoldurou sua tarde !

http://i10.photobucket.com/albums/a140/mpedreira/Grupo%2023/KID/Fonseca1.jpg

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Café do sábado já aconteceu em clima de menor estresse, mas nem por isso em horário mais tarde ! Na hora definida ( 05:00 h ) o café já estava servido e antes das 06:00 h já estávamos partindo para aquela que seria o nosso último turno de pesca do G23.

arrow:: Dia claro e tendo como companheiro o primo Bicuda ( já deu para ver que se trata de uma “confraria” com muitos parentes integrados... ), ainda em “estado de graça” pelo açuzão que pegara na véspera, tivemos a grata satisfação de saber que nosso piloteiro que seria o Kelson fora substituído pelo Pilolô, já que o Kelson havia retornado a Barcelos para se juntar ao André, que estava vindo fazer uma pescaria 15 h acima de São Gabriel da Cachoeira, numa reserva indígena toda complicada !

Apenas um parêntesis aqui para um comentário paralelo, já que apesar do André possuir ( pelo menos ) os dois Angatus, estava indo a essa pescaria de voadeira ( motor de 40 Hp ), apenas com o Kelson ( + um representante da comunidade indígena ), ACAMPAR em barraca nesse rio ( acho que era na região do Mamoré, ou algo do tipo... ).

arrow:: Muito apetite para uma aventura e despojo de um mínimo de conforto, principalmente tendo os meios para isso...

O esquema era tão “doido”, que o Kelson iria subir de Barcelos no “barco de linha” ( que sai de Manaus e vai até São Gabriel da Cachoeira, parando nas diversas cidades e comunidades ribeirinhas ao longo do rio Negro ), com viagem prevista de aproximadamente 17 horas, rebocando uma voadeira ( alugada ) de 8 m, onde estariam sendo transportados todo o combustível a ser usado, além das tralhas e víveres para a empreitada de 10 dias...

arrow:: André iria se juntar em São Gabriel da Cachoeira, onde chegaria de Trip... ( quando me lembro ou escrevo uma coisa dessas é que me sinto envelhecer... )

Imagem PostadaImagem Postada

Já ajeitados no bote, e com a disposição do Pilolô nos levar num local “secreto” onde poderíamos encontrar algum “peixinho desavisado”, entramos numa bela estrutura de lago, próximo de onde nos encontrávamos, na boca do rio Negro, cujo acesso era através de um igarapé minúsculo, que somente seria encontrado por aqueles que o conhecessem, tal era o aspecto camuflado como se apresentava ! Promissor !

Logo na chegada, no segundo arremesso na entrada do lago, um paquinha dando o ar da graça e injetando adrenalina nos pescadores !

arrow:: O local ainda estava “acordando”, pois o sol ainda não conseguira superar a altura da mata ciliar, e o silêncio era quebrado apenas pelos pássaros nativos dentre os quais papagaios e araras barulhentos pela nossa presença no seu habitat...

arrow:: Com o elétrico ligado, começamos a fazer os lançamentos, sendo que optei por uma Popper, aproveitando o ambiente propício ao seu funcionamento ( Bicuda usava sua zara preferida – uma Aicas Açu osso, com ótimo rattlin, já judiada por tantas capturas realizadas... ).

Nada fugia ao olhar treinado do Pilolô, e quando estávamos em busca de onde jogar, ele percebeu uma movimentação de peixe num local distante de onde estávamos, mas que – segundo ele – mereceria nossa investigação, pois lhe parecera ser um peixe maior...

arrow:: Era uma espécie de grota, com uns 30 m de extensão, ao lado de uma estrutura de árvores semi afundadas, e que pouca inspiração sugeria uma tentativa, mas como estava com uma isca de superfície, por que não tentar ?

E o arremesso, bem longo por sinal ( uns 40 m ), fez com que a Popper executasse seu trabalho de forma eficiente e barulhenta ! Não estava usando a minha predileta Chug Bug, e sim uma Vulcan da Marine Sports, cujo trabalho já me surpreendera em pescaria antreriores, e “a menina” vinha “cuspindo água” por todo trajeto !

arrow:: Não existe essa de apenas um lançamento, de modo que nem foi preciso falar numa segunda tentativa, pois nem bem a isca subira da água, já estava a caminho do mesmo local indicado...

Foram necessárias apenas umas 3 ou 4 “popadas” para ver aquela onda se formar atrás da isca, e numa ferocidade voraz, o abocanhamento da isca numa explosão na superfície, com água espanando por todo lado ! O bruto dera as caras...

arrow:: O freio do meu Ryobi Zauber cantava com a arrancada do peixe, que imediatamente buscou encontrar refúgio em todo e qualquer local onde pudesse gerar enrosco, e não se limitava a um ou dois pontos e sim por diversas galhadas existentes no local !

arrow:: A experiência do Pilolô mais uma vez nos socorreu nessa hora, recomendando deixar o freio solto, permitindo o peixe tirar a linha que precisasse ( ou desejasse ), pois dali não haveria para onde ele ir... Claro que fiz o que ele recomendou !

Como que por encanto, o peixe parou de tirar linha sem a resistência do freio, e estacionou num local onde o piloteiro se dirigiu imediatamente...

arrow:: Com o remo do bote, “pescou” suavemente a linha Power Pro ( 40 lb ) que usava, e gentilmente, recomendando que deixasse o carretel solto, foi trazendo o bruto como de forma displicente, mas na verdade, segura e com conhecimento de causa !

arrow:: Claro que o bruto ainda deu umas duas corridas, mas sem qualquer chance diante de mãos conhecedoras do ofício, e com simplicidade, embarcou o peixe para as fotos desejadas !

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Que bela coloração e que peixe bonito !

arrow:: Possivelmente estivesse no local aninhando para produzir uma futura geração, e na dúvida, tratamos logo de soltá-lo na região onde foi pego rapidamente !

arrow:: Nas conversas a bordo do bote ( não economizo o aprendizado prático com essas pessoas que conhecem o que fazem... ), tomei conhecimento que os filhoteiros originados pelas diversas espécies são diferentes, não apenas nas suas ações dentro d’água, mas principalmente quanto ao seu quantitativo !

arrow:: As maiores proles são justamente as dos tucunarés açus, sendo seguidas pelos “pacas” e finalmente – em número expressivamente menor – pelos borboletas, que compensam isso pela quantidade de indivíduos que formam os cardumes da espécie...

Aparentemente o lago estava reservado para esse peixe, pois os demais encontrados foram os conhecidos como “periféricos”, não passando dos padrões inferiores a um quilo, embora cheios de vitalidade !

arrow:: Claro que as traíras também se mostraram presentes, e andamos pegando umas duas ao longo desse tempo !

Já com o sol quente, e as possibilidades de encontrar peixe cada vez menores, comecei a achar que já era momento de concluir os trabalhos, embora Bicuda ainda insistisse para pegar mais um tucuna !

Nessas tentativas, terminei pegando um “paquinha” mais ajeitado, mas ainda inferior aos 4 kg, que deu valor ( como sempre ) a captura, lutando para ser embarcado !

arrow:: Peguei-o numa isca zagaia antiga que tinha na caixa, e que se mostrou adequada para utilização nas condições em que pescamos...

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Com esse peixe, encerrei minha participação, já recolhendo e começando as arrumações a bordo do bote onde estávamos, o que não impediu Bicuda de continuar em busca do seu peixe do dia...

Como ainda eram antes das 11:00 h ( o horário marcado para todos os botes estarem de volta ao Angatu fora 12:00 h ), ainda restava algum tempo de pesca, embora – reconheça – já estivesse saciado e feliz com os meus resultados alcançados ! Passamos por uns dois locais excelentes, mas de pouca valia...

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Os peixes praticamente não atacavam e quando o faziam, era sem a convicção das “bocadas” para valer...

arrow:: Bicuda chegou a trocar de material, ora usando algo bem mais leve com uma isca Flash, que é bem pequena ( nem por isso pouco eficiente ), ora usando a Popper Vulcan, mas o peixe estava “displicente” e com pouca atividade, pelo menos ali nesses locais onde pescávamos !

arrow:: Isso ficou sendo um “desafio” para o Pilolô, que começou a busca de locais onde alguma captura pudesse acontecer !

arrow:: Batemos enseadas, ressacas e até mesmo beiras de praia, sem qualquer resultado prático...

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passando das 11:00 h, um último local a ser visitado, bem próximo ao local onde o Angatu estaria a nossa espera, de modo que não havia porque não irmos até lá...

arrow:: Passamos pelo Angatu e não mais que uns 100 m distantes, havia uma ressaca ( quase um minúsculo laguinho ), precedida por um belo “drop off” !

arrow:: Cheguei até a ficar com vontade, mas com tudo já guardado, a vontade terminou com a mesma velocidade que havia chegado...

Mas isso era com o fominhaBicuda, que chegou a ter uns pequenos ataques, sem contudo conseguir confirmar uma captura...

Mas a busca continuava, não mais no “drop off”, e sim na beirada da ressaca, onde as estruturas poderiam favorecer no encontro com algum desavisado !

arrow:: Orientado pelo Pilolô, que parecia conhecer bastante aquele “fundo, as tentativas se sucederam, até que pareceu ter havido um bom rebojo num local bem raso e próximo ao bote !

A isca que Bicuda usava havia embolado, ou algo do tipo, e Pilolô disse-lhe usar o outro conjunto ( mais pesado ) pois o peixe era “maiorzinho” !

arrow:: E com isso, a isca MS Açu foi para o local do rebojo, e nem mesmo foram necessários mais que dois toques para a batida acontecer !

Batida de bruto, com corrida e retirada de linha da carretilha, e movimentação do peixe em direção ao rio, ns busca de águas mais profundas, e com isso, pela forma como abocanhou a isca, estava “condenado” a sair na fotografia !

arrow:: Já no limpo, foi apenas uma questão de trabalhar o peixe, até que o mesmo pranchou, vencido pelo cansaço da briga na qual não saiu vencedor !

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Com a “alma lavada”, e o “coração em festa”, era hora de voltarmos para o Angatu, onde ainda iríamos tomar conhecimento de “outros acontecientos” significativos, principalmente para um turno de despedida da pescaria !

A primeira delas foi saber que Jacundá optou desde cedo ( após uma fominhagem de lei nos tucunas na primeira hora ... ) ir atrás de peixe de couro, e para sucesso de seu esforço, conseguiu embarcar um belo “filhote” de 20 quilos !

arrow:: Embarcar um peixe de couro na Amazônia é algo sempre inesquecível, ainda mais nas águas do rio Negro, onde os peixes parecem ser mais valentes e fortes...

arrow:: Tenho certeza que, mesmo sem ter estado presente, esse troféu de maior peixe de couro ( merecidadmente “faturado” pelo Jacundá ), veio premiar sua obstinação em levar uma recordação como essa de volta a Salvador, pois apesar da pouca idade, já se tornou um “veterano” entre os Mocorongos, fominha como poucos ( em todos os sentidos... ).

arrow:: Parabéns portanto pelo belo espetáculo compartilhado conosco !

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A outra novidade foi o tucuna embarcado pelo Barriga, que desbancou meu 2º lugar e ameaçou a “estrela” do Mandi, que estava presente e presenciou essa captura !

arrow:: Usando uma Sub Walk ( o cara pescou praticamente apenas de Sub Walk ou Perversa durante toda a pescaria, e depois sou eu o “propagandista da twitch bait”... ), não sei como, arranjou um peixe desses “dando bobeira” no final da pescaria !

arrow:: Total mérito para esse nosso alegre amigo, que persegue SUA estrela a diversas pescarias !

arrow:: Tudo leva a crer que a mesma está amadurecendo a cada ano que passa e que não demora a se concretizar ! Desta feita, podemos afirmar que “foi na trave”...

Mas independente das palhaçadas que faz ( e não são poucas... ), Barriga é um pescador nato, que usa muita técnica e é bastante observador e leitor dos ambientes onde pesca e joga suas iscas !

arrow:: Melhora a cada ano, e quando está focado em ter produtividade, é dos que mais resultado consegue consolidar no final de cada dia !

arrow:: Seu belo tucuna é um prêmio a sua obstinação em buscar sempre a superação, independente do resultado final !

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Também nosso bom Traíra, sempre agarrado a sua Pop Queen ( andou perdendo algumas durante a pescaria, o que é normal na Amazônia... ), trouxe mais um bom resultado nesse colorido Açu que pegou durante o dia !

arrow:: Esse é outro que se aprimora a cada pescaria, embora já seja “das antigas”, quase fundador dos Mocorongos !

De presença mais constante nesses últimos anos, está em busca de sua segunda estrela, já sendo “vice” por diversas vezes... ( acho que mais de 5 pescarias... ).

Esse ano, a exemplo do anterior, pegou muito e alguns belos peixes !

http://i10.photobucket.com/albums/a140/mpedreira/Grupo%2023/KID/Fonseca2.jpg

Finalmente todos a bordo do Angatu ( atrasos pouco expressivos – claro que do Animal... ), e uma rodada final de dados a serem inscritos no SMOP, revelaram as seguintes performances matinais ( tucunarés / total de peixes ) : Mandi ( 1 / 2 ); Kid ( 6 / 8 ) – 1 de 6,5 kg ( Vulcan ); Animal ( 5 / 6 ); Capacete ( 0 / 1 ); Traíra ( 5 / 5 ) – 1 de 5,3 kg ( Pop Queen ); Barriga ( 8 / 10 ) – 1 de 8,3 kg ( Sub Walk ); Bicuda ( 2 / 3 ) – 1 de 4,5 kg ( Stick Açu ); Piaba ( 7 / 11 ) – 1 de 4,1 kg ( Jumping Minnow ); Jacundá ( 1 / 5 ) – 1 filhote de 20 kg ( natural – piranha ) e Filhote ( 0 / 1 ).

Hora de apurar os totalizadores e definir as premiações, que foram distribuídas num momento mais tarde, em Barcelos, após a distribuição das gratificações e despedidas ao pessoal do Angatu !

Mas “O povo” queria saber dos resultados, antes mesmo do almoço, já pronto para ser servido...

arrow:: Embora esses dados venham ser melhor descritos adiante, para sanar a curiosidade geral, os troféus foram assim distribuídos :

arrow:: Maior peixe escamado ? estrela = Mandi com tucuna Açu – 8,3 kg ( pilot Dinho ) - Sex à tarde

arrow:: Maior peixe ? Troféu couro = Jacundá com filhote – 20 kg ( pilot Fera ) – Sab de manhã

arrow:: Quantidade de Peixes ? Troféu = Barriga com 188,5 pontos ( 194 peixes embarcados )

arrow:: Quantidade de Tucunas ( excl )

? 1º lugar = Barriga com 159 pontos ( 135 tucunas embarcados )

? 2º lugar = Jacundá com 147 pontos ( 136 tucunas embarcados )

? 3º lugar = Animal com 140 pontos ( 138 tucunas embarcados )

arrow:: Troféu Fair Play – ainda seria definido ( votação aberta entre os 10 integrantes do G23 )

arrow:: Dupla Piranha ? Troféu = Barriga e Bicuda com 225 pontos ( 255 peixes embarcados ) – 16% do G23

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Hora de almoçar e liberar a tripulação / piloteiros, já que a chegada em Barcelos seria uma questão de minutos !

arrow:: Para evitar confusão, e mesmo tendo ao fundo a ciade a vista, o Angatu ficou estacionado num local que nos pemitiu alguma privacidade nesses momentos derradeiros !

arrow:: Apesar dos rostos sorridentes, era evidente que o semblantes de todos era o de “perda” !

Após dias tão animados e festivos, retornar a realidade do cotidiano sempre é uma tarefa difícil !

O almoço aconteceu ruidoso como de hábito, com a comida farta e boa como sempre. Antes que o Grupo dispersar para arrumar suas respectivas tralhas, resolvemos estabelecer logo a votação para alguns dos itens ainda pendentes ( gratificações ), assim a escolha daquele que seria indicado como “Fair Play” da pescaria !

arrow:: Numa disputa de diversas indicações, sagrou-se vencedor o Filhote, que mesmo sendo “O novato” da pescaria, soube se conduzir de modo adequado, sempre afável e comprometido com o sucesso dos companheiros, jamais reclamando e/ou questionando as situações adversas quando estas se apresentaram !

arrow:: Mérito pleno e devido, mesmo que a disputa tenha sido “apertada”...

Nesse Grupo, caberiam diversos troféus Fair Play !

Na sequência, e por indicação, seria a hora de estabelecermos os prêmios adicionais para aqueles que – na opinião de cada integrante – seriam escolhidos como “os melhores” de sua categoria, fugindo da tradicional socialização da distribuição das gratificações !

arrow:: Já disse antes, mas não me importo de repetir !

Todos da equipe do Angatu recebem uma gratificação mínima ( este ano estipulada em R$ 100,00 – para amainar a curiosidade de alguns ), independente do trabalho e/ou função desempenhada !

arrow:: Dos piloteiros ao mecânico a bordo, passando pela cozinha, garçon, prático, etc... todos indistintamente, por entendermos que o resultado é o somatório de todos esses esforços ao longo da semana !

arrow:: De “brinde”, recebem também uma camiseta alusiva ao G23, como uma forma carinhosa de retribuição pelo muito que fizeram para nos propiciar dias tão agradáveis...

Fora isso, a complementação é por mérito individual, sendo algumas situações definidas por voto direto e aberto !

arrow:: Dentro desse esquema ( e também com a ajuda do SMOP ), chegamos aos seguintes reconhecimentos :

arrow:: Melhores piloteiros ( através da escolha dos dois melhores indicados pelos integrantes do G23, que indicam 2 nomes cada ), com direito a R$ 150 cada !

Importante ter em mente que se trata de um posicionamento pessoal, onde o reconhecimento é feito em função daquilo que foi observado na prática e lida com cada um dos integrantes, ou seja, são apontados aqueles com quem existiu a maior identificação e resultados, não necessariamente os tecnicamente mais capacitados...

arrow:: Dessa forma ( e com mérito ) foram eleitos Fera e Manoel ( Pinduca ).

Na definição do melhor elemento da tripulação ( piloteiros e o comandante não concorrem ), por critério parecido com o utilizado com os piloteiros, só que com a indicação de apenas um nome, sagrou-se vencedora a arrumadeira ( Francisca ), que também cuidava da lavagem diária da nossa roupa, e com quem pouco contato tivemos !

arrow:: Faturou R$ 100,00 a mais de “gratificação extra”. A ótima cozinheira ficou em vice... ( faz parte ).

E já que o assunto é grana, acho interessante publicar a tabela que usamos esse ano, até para que tenham um “indicador” de valores a serem usados como referência ( se assim acharem indicado ) !

arrow:: Vamos lá : Comandante ( R$ 200 ), Tripulação de bordo ( R$ 100 ), Piloteiros ( R$ 100 ), Melhor serviço de bordo ( extra de R$ 100 ), Melhores piloteiros – 2 ( R$ 150 cada ), Piloteiro do Maior Tucunaré ( R$ 200 ), Piloteiro do maior peixe de couro ( R$ 150 ).

arrow:: O montante de R$ 2.250 ( valor distribuído nesses reconhecimentos ) foi previamente provisionado no caixinha do G23, antecipadamente ao longo do ano !

arrow:: Não esquecer também que tucunas acima dos 8 quilos, recebem um adicional ( por pescador que o tenha embarcado ) de R$ 30 a unidade, e com isso, agregou-se mais R$ 120...

Entendemos que esses pagamentos, antecedidos de uma conversa de agradecimento a todos os que compuseram a “turma do Angatujustificam os serviços com que fomos brindados, sempre de qualidade e com enorme boa vontade, de quem quer que fosse, seja nos horários das refeições, dos esforços na busca dos maiores exemplares de peixes, dos cuidados com as caixas térmicas e sanduíches matinais, das roupas lavadas sem maior solicitação, enfim, por tudo aquilo que tivemos a nosso dispor, e nos fizeram sentir como “mimados” durante esses dias !

Pode parecer que a pescaria seja medida pelos peixes pegos, mas inconscientemente, a forma pela qual somos tratados nesse período tem uma influência cativante para um novo retorno... ( pelo menos tem sido assim com os Mocorongos e Angatu, sem desmerecer qualquer outro operador da região, a começar pelo próprio Marlon, com quem temos excelente relacionamento... ).

Por uma concessão especial do André ( endossada pelo Pilolô ) iríamos permanecer a bordo até a manhã seguinte, quando a “equipe de faxina” viria ( às 06:00 h ) deixar o Angatu preparado para novamente seguir com um novo grupo de felizes pescadores.

arrow:: Com isso, tivemos a possibilidade de com calma, arrumar todos os nossos pertences, a começar pela colocação das varas dentro dos tubos, que é sempre algo chato a ser feito pelo cuidado em embalá-las !

arrow:: Não fosse pela quebra do ar condicionado do salão ( que foi consertado ao longo da tarde por um mecânico de terra – vazamento do gás... ), teria sido perfeito !

arrow:: O calor era digno da tarde mais quente que conhecêramos em Barcelos !

arrow:: Nem a brisa vinda do rio amainava aquele braseiro das 15:00 h !

Nos locais sombreados, a situação era menos ruim, mas a coisa estava bem difícil !

Com a torre da Vivo, os celulares dessa operadora nos possibilitaram fazer ligações para casa a um custo bem mais realista que os das chamadas internacionais do Iridium ( R$ 10 por minuto ), o que evitou uma subida a Barcelos, pois a escadaria com esses níveis d’água é desestimulante !

Como teríamos que subir para jantar num restaurante regional local ( Sabor da Terra ), nosso conhecido de outras viagens, que fora previamente agendado, entendemos como melhor ficar a bordo, buscando uma trégua daquele sol inclemente !

arrow:: Tivemos – por conta disso – a oportunidade de ver o desfile de diversos outros barcos de pesca passarem por Barcelos, inclusive o Discovery ( Cadu ), um dos precursores nessa atividade !

Vimos também um “incrível serviço de taxi fluvial”, onde botes de alumínio com indicação através de uma bandeirola junto ao condutor, mostravam sua condição de “taxizeiro”...

arrow:: O fluxo de usuários os utilizavam para atravessar o rio Negro e ir para uma praia que se formara em frente a cidade ! Com a subida da água ( repiquete ), a faixa de areia branca não era tão comprida quando do dia de nossa chegada, mas ainda grande o suficiente para que um grande contingente de pessoas fosse usufruir dessa praia fluvial...

arrow:: Pensamos em ir até lá, mas o sol não permitiu...

Se permanecíamos “na encolha” atrás de sombra e água fresca, as equipes dos diversos barcos da região estavam trabalhando a todo vapor, providenciandoo ingresso de novos suprimentos para a semana que se iniciaria no dia seguinte !

Já havíamos abastecido de combustível no retorno a Barcelos, num ritual que deve ser a prática cotidiana, e agora víamos o “subir e descer” naquela escada, de caixas, engradados, pacotes de cerveja e refrigerantes, frutas, e tudo que se fazia necessário para repor o estoque dos barcos para mais uma semana de trabalho, até porque estávamos em plena temporada de pesca na região !

arrow:: Vendo essas coisas, é preciso admitir que os custos cobrados são “amigáveis”...

No terminal de embarque, estava encostado o iate Santana, magnífico e luxuoso, pronto para partir, e com a chegada de um avião fretado, que ainda fez um vôo panorâmico sobre a cidade antes de pousar, chegaram os pescadores, num grupo animado ( como todos que chegam ) que rapidamente embarcou com seus tubos, tralhas e esperanças de dias inesquecíveis pela frente...

arrow:: Esquema legal o dos caras que evitou a confusão do domingo...

Com o sol querendo se por, e com ele a iluminação do dia, era hora de fazer as fotos tradicionais de entrega dos troféus, até por conta desse ato ser a complementação / reconhecimento da semana de pesca que tivemos !

arrow:: Sem mais delongas, vamos aos registros pertinentes...

O grande campeão de 2010

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Outros troféus entregues...

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Os relacionados a apenas tucunas”...Imagem PostadaImagem PostadaImagem Postada

E naturalmente a grande sensação do “Piranha”...

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É claro que todas essas premiações são para funcionar como lembranças dos dias que estivemos pescando juntos, num Grupo excepcional como foi o G23, embora para alguns participantes, ainda que indevidamente, a competitividade pela disputada estrela seja algo presente, MAS é importante deixar claro que isso não atrapalha a forma das duplas pescar, até porque tudo isso não passa de uma forma motivacional de incrementar as brincadeiras e gozações entre e dentro do Grupo !

Tem funcionado bem, e com a maturidade de pescarias realizadas, as pessoas que integram nossos grupos de pesca, percebem que muito mais e melhor que o troféu e a possibilidade de usar um indicativo de estrela na camisa, é poder desfrutar desses momentos com os companheiros, e compartilhar suas alegrias de modo fraternal !

Prova disso foi a disposição de todos em “fugir do piranha”, e não necessariamente “ganhar a estrela” !

arrow:: Há críticas de competitividade pelo sistema, cada vez menores, mas acima de tudo a confraria de amigos dispostos a qualquer esforço que beneficie o companheiro !

Hora de subir para Barcelos, e esperar pelo horário do jantar ( 20:00 h ) batendo um dominó na praça, tomando um sorvetinho de creme de cupuaçu ( de lei ), até para variar da ambrosia ( doce de leite de flocos amarelo ouro ) que nos foi trazida a bordo do Angatu pelo Capacete, produzido no interior da Bahia por sua sogra, exímia cozinheira, do qual desfrutamos – com prazer – ao longo de toda a pescaria ( foram quase 4 quilos de doce... ).

O movimento fraco de gente às 18:30 h ( quando chegamos por lá ), nos permitiu ocupar as mesas próximas ao rio, até para ver se conseguíamos encontrar algum “restinho de vento”, mas o calor permanecia implacável, e as gotas de suor corriam nas nossas costas como se riachos fossem...

arrow:: Um verdadeiro “chama trovoada”, a despeito do céu limpo e estrelado ( que em termos de Amazônia, pouco quer dizer... ).

As brincadeiras se sucediam, ora nas duplas que se levantavam derrotadas, ora nas lembranças de fatos curiosos ocorridos na pescaria ( dança das abelhas, etc... ).

arrow:: Ninguém daria “um tostão furado” por um grupo de pessoas tão escrachado assim...

Junto de onde estávamos, num restaurante climatizado ( coisa nova para mim ), estavam enormes mesas de jantar, alegremente preenchidas por outros grupos de pescadores, dentre os quais os do Tayaçu II, onde estavam o mgusman e os dois Neves, a quem fui cumprimentar e saber como tinham ido, deixando-os em paz para saborearem o momento após uma conversinha ligeira... ( afinal estavam sentados na espera do jantar ) !

arrow:: Num telão de plasma ( ou LCD ), uma bela filmagem sobre pescaria... ( muito apetite para após 1 semana embarcados, ainda ficarem olhando pescaria, mas fominhagem não é fácil, e até eu fiquei “hipnotizado” com algumas cenas... ).

Hora de seguir para o restaurante, onde esperávamos encontrar alguns acepipes regionais, mas nossa decepção foi grande, não apenas pelos produtos que nos foram disponibilizados, mas pela qualidade dos mesmos... ( coisa complicada ).

Certamente não mais retornaremos ao local, a despeito da relação de amizade existente com o proprietário, que preferiu responsabilizar quem fez a encomenda do que assumir sua parcela de culpa pela nossa enorme decepção ! Nem vou me estender nesse assunto...

Retornamos para a praça, já apinhada de gente, onde finalizamos a “janta” com mais um sorvetinho de despedida, voltando ao Angatu logo em seguida...

arrow:: O cansaço era evidente, e desta feita não houve “paradas” suplementares, com todos se recolhendo a suas cabinas para essa última noite de sono fora de casa... A mágica da pescaria começava a se dissolver... !

Amanhecer normal, sem haver café da manhã, dentro do que ficara acordado com Pilolô, até por conta da tripulação ter ido descansar em suas casas !

arrow:: Só de dormirmos num bom ar condicionado valia muito...

arrow:: A notícia desagradável ficou por conta do Mandi que teve uma recaída na sua “ciática” e passara parte da madrugada entrevado sentindo dores fortes !

arrow:: Felizmente ele já havia se arrumado de véspera de modo que na hora da saída do Angatu ( estávamos todos prontos britanicamente antes das 07:00 h ), foi só subir aquelas escadas, ajudado naturalmente por Filhote !

Questionei ao Pilolô sobre a questão das licenças de pesca, quando ele finalmente me entregou o material utilizado, já informando ter dado “baixa” na tarde anteiror, quando chegamos a Barcelos !

arrow:: A respeito da devolução do material ele disse-me relevar ( e trazer de lembrança ) pois o importante ele já fizera, que seria...

arrow:: Dessa forma, possibilitou-me trazer a “famosa pulseirinha” e juntamente com um dos recibos de pagamento emitidos, tirar uma foto para postar no FTB !

arrow:: Junto também, a licença federal ( MPA ) que me autoriza a pescar embarcado pelo prazo de 1 ano !

Estes – na verdade são os documentos legais exigidos para quem for pescar em Barcelos !

A questão da emissão prévia deles foi tratada com Patrícia, filha mais velha do Pilolô, que tomou todas as providências necessárias para que pudéssemos desembarcar no aeroporto e seguir diretamente diretamente para o Angatu, sem Pit stop” no Centro de Atendimento ao Turista ( CAT ), onde se dá esse controle !

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Ainda nesse final de relato, e antes mesmo de concluir os detalhes da pescaria, gostaria de fazer alguns comentários sobre as principais iscas utilizadas nesse ano, até por achar que essa é uma questão que sempre se levanta pelos leitores ao final de cada relato publicado !

arrow:: Assim sendo, vejam aquelas que deram mais resultado, lembrando sempre que não foram exclusivas e sim aquelas que indico como usadas ( principalmente por mim ) com bons resultados...

arrow:: Impossível querer enumerar ( ou mostrar... ) todas as utilizadas pelos integrantes do G23 !

Uma simbólica homenagem àquela que se destacou neste ano, rivalizando com sua “primaPerversa...

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Agora uma visão global das “twitch baits” ( sub superfície ) que utilizei ( assim como outros Mocorongos ) neste ano.

http://i10.photobucket.com/albums/a140/mpedreira/Grupo%2023/KID/GEDC0128.jpg http://i10.photobucket.com/albums/a140/mpedreira/Grupo%2023/KID/GEDC0131.jpg

Para não ficarmos sem mencionar as iscas de superfície ( predominantemente zaras e poppers ) que sempre abrilhantam nossas pinchadas em qualquer “parada” onde exista a possibilidade de encontrar peixe...

http://i10.photobucket.com/albums/a140/mpedreira/Grupo%2023/KID/GEDC0136.jpg http://i10.photobucket.com/albums/a140/mpedreira/Grupo%2023/KID/GEDC0132.jpg

Isto posto, e apenas com a ressalva de alguns comentários sobre as iscas TNT, que vinham sendo “criticadas” num tópico do FTB, ao qual não me manifestei, até por não tê-las testado ( entendendo que somente deveria fazê-lo após isso acontecer... ) gostaria de dizer que mesmo as hélices não sendo minhas iscas favoritas ( questão de hábito e estilo pessoal ), coloquei-as para nadar ( a exemplo do que fiz com a do Nakatani ), e confesso-lhes que aprovei o nado das duas versões que tinha nas mãos...

arrow:: Fiz mais que isso, pois seria importante verificar junto a quem lida e conhece o assunto se minha opinião tinha razão de ser, e passei as iscas ao Pilolô, que testou as três ( as TNT e a do Nkatani ), esta última já conhecida dele de algum grupo anterior ao nosso... resta o Mauro saber quem anda difundindo o trabalho dele, ou se já é artigo pirateado... !

arrow:: Todas as 3 iscas passaram com mérito, tracionadas que foram por uma carretilha nas habilidosas mãos do Pilolô, que prefere pescar com hélices...

arrow:: A única ressalva feita ( e houve ressalva ), é que a TNT 110 parece ser menos efetiva junto aos amazônicos do que sua irmã maior, a 140, mas que funciona tão bem quanto...

arrow:: Inquirido sobre a isca do Mauro, ele fez bons elogios a mesma, principalmente a forma como levanta água... ( isso deve ter um significado para os que são do ramo... ).

arrow:: Assim sendo, cumpri minha obrigação de postar aqui no FTB uma outra visão, incluindo a de um ex-pescador profissional ( Pilolô ), que permanece no ramo da pesca, só que agora como defensor do pesque e solte...

Hora de voltarmos para Barcelos, onde o amanhecer era de trovoada e chuva intensa !

Se a noite fora um prenúncio de que poderia chover, as condições de chuva se materializaram e os estrondosos trovões ecoavam por toda a cidade !

arrow:: Chuva em intensidade suficiente para “encher o Negro”, e cá comigo pensava no sufoco que deveria estar sendo para o pessoal que chegaria no vôo das 07:00 h...

Esse avião ainda iria para São Gabriel da Cachoeira, para às 10:20 h, no seu caminho de retorno à Manaus nos pegar em Barcelos...

arrow:: Soubemos da chegada do avião pelo pessoal do Angatu-mirim ( grupo do Carlos Dini ), já que o pessoal que iria embarcar no Angatu, viria depois num vôo fretado...

Chovia bastante, e por conta disso, aguardávamos uma “trégua” para enfrentar as escadarias de acesso a cidade, com o Angatu já estacionado no terminal a espera do “Novo Grupo”...

Deu uma folguinha e subimos ( inclusive a bagagem ) para o bar onde tradicionalmente tomamos café nos domingos de retorno...

arrow:: Contrariamente às nossas expectativas, por ser dia de eleição – 2º turno presidencial – a cidade estava vazia, com pouco movimento nas suas ruas...

arrow:: Tomamos o café com sanduíches de queijo ( claro que tiveram aqueles que não abriram mão do ovo estalado / mexido ) e esperamos o transporte para seguirmos logo para o aeroporto, até para facilitar o “check in” de nossa bagagem...

A VAN que faz esse serviço terminou aparecendo, e mesmo tendo procurado pelo Carlos Dini, não foi possível nos encontrarmos ( ele havia se refugiado no Angatu-mirim... ). É bom que fica para uma próxima vez...

No aeroporto já tinha um pessoal a espera do vôo, e rapidamente chegaram outros grupos de pesca para embarcarem nos vôos contratados, ou esperarem pelo da TRIP, que nem nós...

arrow:: Nesse embarque um pouco mais de “rabugisse” por conta dos funcionários encarregados do “check in”, vez que precisamos pesar nossas malas de mão para que o peso dos 5 quilos não fosse excedido...

Tudo bem pois estávamos mais leves que na vinda, e tudo ficou dentro do padrão da empresa que era de 23 quilos ( + 5 quilos de bagagem de mão ) por passageiro !

arrow:: Aproveitei para “cobrar” a marcação dos assentos que havia sido pré-estabelecida, mas São Gabriel não operava no “on line” e por conta disso não era possível estabelecer a marcação dos lugares !

Muxoxos e reclamações geraram-nos ( grupo ) a possibilidade de embarque prioritário, o que terminou acontecendo, mas "sem grandes vantagens”, pois o avião era bastante confortável com suas duas fileiras de assentos... E o tempo que não passava...

O cansaço era evidente em todos os rostos que dormitavam na sala de espera ! Apenas o mgusman é que volta e meia se levantava para ir tomar um refrigerante e possivelmente esticar as pernas...

Os demais ( onde me incluo ) guardando seus lugares, já que o número de assentos era em muito inferior ao quantitativo de pescadores na sala !

E os grupos de pesca continuaram a chegar...

arrow:: Um pessoal de Floripa com uniformes reluzentes, e bem organizados, com indicação de que pescava há tempos, inclusive em outros países chamava a atenção !

Mas havia também – pelo menos – uns cinco ou seis outros grupos ( inclusive o nosso ) no aguardo do retorno !

Os aviões fretados chegavam, “despejavamnovos grupos, e levavam outros de volta para Manaus ! Com um atraso de uns 20 minutos, chegou a nossa vez, já com o tempo sem chover, embora bastante nublado...

arrow:: Desembarque e embarque quase que simultâneo, e as despedidas ao Pilolô e equipe do Angatu foram mal realizadas, diante do momento de realizar o embarque prioritário...

No final tudo deu certo, e com o avião praticamente cheio ( haviam uns dois lugares vazios e gente – que não era pescador – vindo de São Gabriel da Cachoeira ), tomamos o rumo de Manaus e decolamos incontinente !

Para os que ( como eu ) esperavam turbulência no vôo, uma agradável surpresa ver o ATR-32 da TRIP fazer uma curva depois da decolagem, passar por uma brecha nas nuvens existentes e ganhar o céu de brigadeiro até o Eduardão, onde pousamos sem qualquer contratempo...

Pelo horário ( quase 12:00 h ), o melhor mesmo a fazer foi providenciar logo os “check in” na TAM e GOL ( dependendo das respectivas passagens ) para depois tratar dos “perfumes & encomendas”, além do almoço, já que o vôo da Gol seria às 14:00 h ( Bicuda e Filhote ) e o da TAM ( demais ) às 14:20 h.

Existe um restaurante a quilo no próprio aeroporto que não chega a ser uma “maravilha”, mas é honesto e suficientemente rápido para acomodar os passageiros que – como nós – faziam um trânsito na espera do chamado de embarque !

arrow:: Optamos sempre em ficar por lá, pois além do tempo disponível não ser grande, deslocamento externo do aeroporto é sempre uma complicação ( sem esquecer do calor... ).

arrow:: E tem sempre um sorvetinho que ajuda a esquecer que estamos retornando de mais uma aventura !

Os vôos saíram dentro do horário ( atraso de até meia hora não conta ), e contrariamente a vinda, estávamos voltando num Airbus 320, que era muito diferente do avião usado na vinda...

arrow:: A parte positiva contudo, é que esse avião faria escala em Brasília ( onde o Mandi saltaria para fazer uma conexão para Ribeirão Preto / SP, onde mora ), seguindo após isso diretamente para Salvador, onde chegaríamos por volta das 20:30 h... ( chegamos antes das 21:00 hSSA não está no HBV, antes que alguém faça as contas... ).

Viagem também cheia, mas ainda com alguns poucos lugares vagos, e suficientemente discreta para um retorno como o nosso ! Em Brasília, mesmo sem podermos sair do avião, tomamos conhecimento do resultado do 2º turno das eleições, o que ensejou a manifestação discordante de alguns passageiros...

Para os que estavam contra a continuidade do poder instalado ( como foi o nosso caso – Mocorongos ), a certeza de que como povo e democracia, temos a representação escolhida pela maioria, e isso – por si só encerra a questão, independente dos prós e contras... ( fim de papo ).

Ao concluir esse “arrazoado” de comentários, onde certamente abusarei daqueles que tiveram a “pachorra” de acompanhar todos esses tópicos postados ( ficou parecendo uma “novela mexicana”... ), as minhas desculpas pelo excesso de escrita e eventuais detalhes comentados !

arrow:: Normalmente termino me excedendo nesse tema, esquecendo-me que nem todos tem paciência para tanto relato como esse postado !

A essas pessoas, minhas desculpas antecipadas, e para as que “viajaram conosco” nesses detalhes, a certeza do compartilhamento de nossa alegria !

arrow:: Para todos os leitores, independentemente de quem sejam, a homenagem que presto àqueles que verdadeiramente geraram a possibilidade de mais essa pescaria inesquecível, embora já saibamos todos, que a próxima, será ainda melhor...

joia:::

http://i10.photobucket.com/albums/a140/mpedreira/Grupo%2023/KID/DSCN3240640x4801-1.jpg

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simplesmente uma aula de relato mestre kid

mandi gente boa demais até justificamos voto juntos kkkk, animal tambem agora descobri porque o barriga dorme tanto ele nao deve ter parado de pescar kkkkkk

obrigado e com certeza muitos encontros virão entre mocorongos e baitbrasil nessa regiao rsss

lindas fotos e realmente eu devo ter sido atingido pela doença 2011 la vou eu rss

e como eu disse no meu relato PRAZER ENORME conhecer mestre kid

BAIT ABRAÇO

:bompost: :bompost:

arrow:: Amigo mgusmann

Exagero seu ! O relato ficou enorme...

Os Mocorongos são na sua essência "gente boa", quando não se dá muito "intimidade", porque depois ficam "insuportáveis"... :gorfei:

Quem sabe numa próxima oportunidade não poderemos nos reunir ao pessoal do Bait Brasil ! Para nós Mocorongos, será um motivo de orgulho e prazer... ( com "prazer", fica mais caro... :gorfei: )

arrow:: Imagem Postada

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Gde relato Kid, essa turma bate forte belas fotos a turma toda esta de parabéns..

Abraços a todos.

arrow:: Grande João Neto

A turma realmente é das "melhores"... As fotos foram um "catado" entre as muitas que foram batidas e o relato deu bastante trabalho, mas ficou - apesar de bastante extenso - do jeito que pretendia...

Obrigado pelas congratulações !

arrow:: Imagem Postada

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Top, de Relato.... Mestre Kid palmas::

e Belos Bocudos Também...

Parabéns a todo Grupo, principalmente pela organização.... ::tudo::

Show de Bola alegre::

arrow:: Grande Junior

Relatinho ficou legal... !

A "organização" é resultado de anos de tentativas e erros, onde o aprendizado se faz na observação dos detalhes...

arrow:: Imagem Postada

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No "prefácio" já se previa o que vinha pela frente... Confirmado agora com essa obra didática, ilustrada e inteligentemente elaborada pelo Kid, Não entendo ainda porque compramos revistas de pesca se temos o FTB com essas relíquias!!!!! Parabéns para os Mocorongos e pra vc Mestre Kid, já está na hora de transformar esses relatos em um livro de verdade, o que acha?????

Cristiano Silveira

arrow:: Grande Cristiano

Generosidade de sua parte !

Escrevo esses relatos como uma forma de registrar nossas experiências de pesca, e lembrar os participantes do Grupo, os dias alegres que tivemos juntos ! A diferença dessa feita, é que estamos ampliando essa participação, compartilhando essas emoções e observações com nossos amigos aqui do FTB !

Essa conversa de "escrever livro" é algo complexo e que esbarra em diversas variáveis... não está fora de hipótese, mas é algo para consumo interno, até porque a linguagem a ser usada não poderá ser diferente dessa usada, pois é com ela que me dá prazer comentar...

Quem sabe no futuro ?

arrow:: Imagem Postada

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Maravilhoso relato digno da pessoa que o fez, Kid parabéns aos Mocorongos - G23 a pescaria de voces foi show!

palmas:: ::tudo::

arrow:: Grande TiWillian

Obrigado pela suas observações... !

O mais importante dessa feita, foi que tivemos uma pescaria repleta de emoções e alegrias...

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E aí kid, o tal repiquete quebra as pernas de qualquer um né, mais que bom que pra vocês isso não foi empecílho e não acabou com a diversão e confraternização do grupo. Parabéns pelas belas imagens e detalhamento do relato. Não saiu o de 2 dígitos mais quase... joia::: palmas::

arrow:: Grande Junior

O tal do repiquete quando aparece, é um "sufoco"...

A pescaria fica mais difícil e se tem que "trabalhar mais", mas desta feita tivemos êxito... palmas::

arrow:: Tentei passar imagens que mostram o que foram os nossos dias na região !

Fico satisfeito de que tenha gostado...

O "crescidinho" de dois dígitos está "pegando peso" para ser devdamente fotografado e mostrado para a galera do FTB !

arrow:: Até lá, vamos nos divertindo mesmo com os de 1 dígito, que a alegria é tão grande quanto...

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Mestre Kid,

Realmente um show de informações seu relato!!

Muitos brutos na ponta da linha!

Muita informação para quem quer se aventurar lá pelos lados do Negro no próximo ano!

Abraços e parabéns aos mocorongos pela excelente pescaria!

arrow:: Grande Nilton

Obrigado pelas suas considerações !

Fico feliz em poder contribuir com outros companheiros que pretendem ir até aquele paraíso...

arrow:: Estou a disposição naquilo em que puder colaborar !

arrow:: Imagem Postada

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Depois deste relato, todos os demais ficam no chinelo. Beleza de detalhes. Deu agua na boca e uma vontade enorme de poder estar junto. . Parabens a turma, mesmo que não tivesse peixe, a pescaria seria excelente..

Abraços.

Ricardo

arrow:: Grande Ricardo

A forma como um relato se apresenta vai muito da vontade de compartilhá-lo com os amigos ! Fico feliz de ter conseguido alcançar esse objetivo !

arrow:: Na verdade, esse está apenas mais detalhado que os demais, também excelentes...

E me parece que você "captou" o espírito da coisa, pois "peixe" é apenas uma consequência, pois bom mesmo, é desfrutar desse clima de amizade reinante...

arrow:: Imagem Postada

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Sinceramente, já que o KID avisou antes, vou ler depois...rsrsrs

arrow:: Grande João Biguá

Leia com calma para não engasgar na emoção...

arrow:: Mesmo sem ter um de dois dígitos ( ainda estou aprendendo para chegar lá ), sairam uns peixinhos... ::tudo::

arrow:: Imagem Postada

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palmas:: palmas:: palmas:: palmas:: kid :amigo: :amigo: :amigo: que relato é esse ::tudo:: ::tudo:: ::tudo:: ::tudo:: ::tudo:: parabens a equipe pela pescaria[/color] aplauso:: aplauso:: aplauso:: aplauso::

arrow:: Grande Thayson

Fico feliz que tenha gostado do relato !

arrow:: Ele retrata nossos dias pela Amazônia !

arrow:: Imagem Postada

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mestre:: mestre:: mestre::

Dizer o que,é só admirar e tirar

o maximo de proveito duma aula

dessa!!!! palmas:: palmas::

Parabéns KID NOTA 1000....... aplauso:: aplauso::

Abraços!!

DIOVANE KEXÃO

arrow:: Grande Diovane

Generosidade sua ! Qualé "aula"...

Como já disse antes, as "contribuições" são experiências a serem compartilhados com os amigos !

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Kid..o que dizer de um relato deste nível...tudo bem explicado, detalhado e outros ados...deve ter dado um trabalhão danADO...parabéns a todos os pescadores que participaram desse empreitada...novamente o toque de genial do KID....

arrow:: Grande Adão

Enorme generosidade de sua parte !

Entendo que para um relato passar as emoções aos que o lêem, é preciso haver detalhes que "transportem" o leitor para o cenário descrito, que nesse caso se reforça pela presença das fotos !

De fato, a trabalheira foi enorme para deixar nesse ponto, mas valeu cada minuto investido em produzí-lo... Essa conversa de "genialidade" termina por me deixar envergonhado ! vergonha::

Buscar "novidades" para entreter aos leitores, é o mínimo que se pode esperar de um moderador... ( tirado a "síndico" ) ! :gorfei:

arrow:: Imagem Postada

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Não é a toa que não posso pescar sem meu irmão mais velho, Kid, que além de ser ótimo pescador e escritor é um grande coordenador.

Relatório sensacional, no padrão dos de antigamente.

sds

mandi

Fala "Cagão"...

Enquanto a sorte está do seu lado, tudo são flores...

Pescaria excelente, com ótimo grupo e técnica apurada só podia redundar nisso...

O relato ficou dentro daquilo que pretendia fazer, a exemplo dos passados, como bem lembrou... joia:::

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