MORTE DE PEIXES RIO SANTA BARBARA - BURITAMA SP

[Wagner Costa]

Falta de oxigênio provoca morte de toneladas de peixe no rio Santa Bárbara

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Em um dos tanques-redes centenas de peixes mortos aguardavam para serem retirados da águaA mortandade de peixes no Rio Santa Bárbara, em Zacarias, região de Araçatuba, tem preocupado os cerca de 13 piscicultores que sobrevivem com a renda obtida com a produção de peixes. A falta de oxigênio na água teria provocado a morte de centenas de peixe, na Piscicultura Santa Bárbara.

Segundo o proprietário do local, Fernando Noboru Watanabe, 32 anos, desde o último sábado, 11 de agosto, foi constatado a falta de oxigênio na água. “Em dois dias retiramos 10 toneladas de peixes mortos dos tanques. Até agora, apenas na entrega, calculo um prejuízo de R$ 60 mil. Na produção de tilápias, esse prejuízo está próximo a R$ 200 mil.

A tristeza é grande, tento não pensar. Tenho funcionários para pagar, entregas para fazer”, declara o piscicultor.

Segundo o piscicultor, antes da mortandade havia aproximadamente 250 mil tilápias nos tanques-redes. O local possui 64 tanques e chega a produzir, em média, de 15 a 18 toneladas de tilápias grandes por mês. O Rio Santa Bárbara passa pelas cidades de Zacarias, Turiúba e Buritama, todas na região de Araçatuba.

OXIÔMETRO

A Piscicultura Santa Bárbara foi a primeira a ser afetada pela falta de oxigênio. O proprietário identificou o problema por meio do aparelho oxiômetro, usado diariamente pelos funcionários para verificar a quantidade de oxigênio da água.

Na manhã de ontem (16), durante a medição feita próxima a margem o aparelho acusou 0.2 PPM (Partes Por Milhão) de oxigênio, quando o ideal é ter acima de 3.0 miligramas de oxigênio por metro cúbico de água.

Em entrevista à reportagem de O LIBERAL, Watanabe relatou que há um mês surgiu uma faixa avermelhada no rio, se dissipando ao longo dos dias. Na noite de quarta-feira (15) a Hidrelétrica Nova Avanhandava, que fica próxima ao local, abriu as comportas para tentar amenizar o problema.

“A usina tentou amenizar o problema, mas a iniciativa não surtiu efeito.

Os peixes continuam morrendo e não podemos fazer nada”. Buscando prolongar a vida dos peixes que são produzidos, Watanabe colocou um aerador próximo aos tanques-redes para ajudar na oxigenação da água.

E as outras espécies nativas que vivem lá, Tucunares, Piaus, Piaparas, etc, tomara que as autoridades punam os culpados exemplarmente.

[Rodrigo Yamaki]

Os outros peixes por não estrem confinados podem migrar para regiões mais seguras.

Infelizmente esses produtores terão grande prejuizo.

A faixa vermelha pode ser um indicativo do problema, lembram da chamada maré vermelha que ocorria em algumas praias!

MAis importante é saber se a própria atividade da piscicultura contribuiu ou não para ocasionar o evento, pois a quantidade de ração e de fezes liberadas nestas "fazendas" flutuantes é enorme, com grande incremento de fósforo que é o grande estimulador do crescimento do fitoplancton.

[Marques]

Conheço lá, mas não tão bem.

Alguém sabe de alguma indústria ou usina de cana que fica as margens do Sta Barbara?

Não deve ser difícil de desconfiar de onde veio a poluição, basta o 'QUERER' dos orgãos públicos(ambiental, cetesb,etc); tem muitos poucos canditatos potenciais. Pode ser até como o Rodrigo apontou, a própria atividade dos pisicicultores, tem um lá que é enorme. Esgoto doméstico também aumenta a matéria orgânica e pico de reprodução de microalgas.

No rio São José dos (ex)Dourados houve algo parecido e foi tubulação rompida de vinhaça e isso na água acaba com a oixigenação.

O duro é esse 'QUERER', o pequeno produtor se fizer uma poça dágua no brejo pra dar água pro gado lá estão 'os homi' pra multar o coitado, agora a industria de cana derruba infinidaddes de ipês de noite, cava valas enormes e enterra tudo na madrugada..... nada acontece.

Isso não vai virar nada, vc vai ver, dai a pouco o responsável ofereçe 'doações para projetos sociais' à mídia local e ninguém fala mais nada.