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Um filão turístico a ser descoberto...


Kid M

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Trata-se de um artigo que encontrei nas minhas arrumações, mas que ( infelizmente ), cujo autor não ficou registrado, motivo pelo qual não lhe confiro o merecido crédito... de qualquer modo, precisei substituir algumas das imagens, pois o texto original está em "word", e não sei como transformar as imagens de ".doc" para ".jpg" ! Fazer o que ?

As fotos serão postadas posteriormente, já que apenas ilustram o tema... ( muito em breve ) !

Bom proveito do material que achei bastante interessante...

"Um filão turístico a ser descoberto

Apesar disso tudo, a indústria do Turismo - que rende mais de 200 bilhões de dólares, por ano, no mundo inteiro - ainda não descobriu todo esse potencial, deixando apenas míseros 0,01% deste montante na região. Contudo é crescente o número de iniciativas que se verifica por parte de autoridades, empresários e da comunidade de um modo geral. Eles começam a vislumbrar os lucros que esse verdadeiro tesouro verde é capaz de lhes auferir.

A pesca esportiva é atividade emergente no segmento turístico da região. Mas, apesar de já se verificar um certo desgaste em determinados trechos de rios, próximos aos grandes centros, também se constata a criação de áreas destinadas exclusivamente a pesca no sistema de pesque-e-solte ( catch and release ). Isso ocorre, principalmente, no estado do Pará, um exemplo que, espera-se, a curto prazo, seja assimilado por outros estados. Desta forma, estará garantida, e por tempo indefinido, a continuidade dessa atividade turística em toda região.

Considerado o embaixador da Amazônia, o tucunaré é o peixe predileto de oito entre dez pescadores brasileiros. Ele também atrai, anualmente, esportista de todo mundo ávidos por embates com o peacock bass, sua denominação internacional.

Se tudo na Amazônia é grande, não poderia ser em outro cenário em que se estabeleceria o recorde mundial para a pesca do tucunaré: um Cichla Temensis pescado no Rio Negro, na região de Barcelos, e que pesou nada menos que 12,7 quilos, se tornou o parâmetro a ser superado pelos batedores de recordes nacionais e internacionais. Outros peixes, como as piraíbas, as pirararas, as douradas, os tambaquis e as matrinxãs - só para citar alguns -, conseguem se tornar obsessão e motivo de cobiça de esportistas pescadores, que viajam na idéia de medir forças com esses titãs.

A infra-estrutura voltada ao turismo, seja para a contemplação da Natureza ou para a prática da pesca esportiva, apesar de pouco divulgada, pode ser considerada como das mais completas. Existem, na maioria das cidades, aeroportos que recebem vôos das principais capitais, hotéis de todos os níveis - alguns construídos em meio à mata ou sobre árvores - e botéis, ou barcos-hotéis, muito confortáveis e capazes de atingir as regiões mais inóspitas, em busca de lugares exclusivos.

Partindo para o paraíso : Manaus é o principal ponto de partida para quem pretende se embrenhar na mata para contemplar a Natureza ou embarcar em um dos vários barcos-hotéis configurados para levar pescadores a lugares que ofereçam condições satisfatórias à prática desse esporte. Porém, para realizar este sonho, é necessário participar de grupos com no mínimo 10 pessoas - contingente exigido para a partida das embarcações - e não ter restrições em se afastar por cerca de 20 a 30 horas floresta adentro.

Já, quem costuma pescar em grupos menores, ou não abre mão de praticar seu esporte predileto com certo conforto e não muito distante de centros urbanos, existem algumas opções. Entre elas as principais são: as cidades de Luís Alves/GO e São Félix do Araguaia/MT, que dispõem de diversificada infra-estrutura e servem de acesso ao Rio Araguaia e seus afluentes; Pimenteiras/RO, com hotéis e barco-hotéis que possibilitam desfrutar da piscosidade do Rio Guaporé; Tucuruí/PA, com boa infra-estrutura hoteleira e que tem, como principais atrativos, o lago da hidrelétrica e o leito do Rio Tocantins. Há, ainda, outros verdadeiros paraísos de pesca, como o Salto Augusto, no Rio Juruena, ao Norte do Mato Grosso e o Salto Thaimaçu, no Sul do Pará.

Peixes da Amazônia

Piraíba  Na região amazônica os peixes de couro são chamados "peixes lisos ou - quando muito grandes - de feras". Dentro desse universo, a piraíba reina absoluta como um dos maiores peixes fluviais do mundo. Não é peixe de poços nem remansos, por isso deve ser procurada no canal do rio, principalmente nos trechos onde não haja correnteza. Também não é fácil de ser encontrado, mas quando a oportunidade se oferece, seu ataque e luta são brutais e sua resistência prolongada. Devido ao porte avantajado, é recomendável pescar em um barco estável, sempre acompanhado, pois tão logo o peixe seja fisgado, o parceiro ou guia de pesca deverá levantar a poita e se encarregar do motor e/ou remo. O equipamento indicado para sua captura é o de categoria ultra pesado (UH), varas com molinetes ou carretilhas capazes de lançar um conjunto isca-chumbada de até 500 gramas, linha testada para 50 libras e anzóis com tamanho acima de 10/0 providos de empate de aço. As melhores iscas são peixes de pequeno porte, os quais, preferencialmente, devem ser iscados inteiros e vivos.

Pirarara  Classificada entre os grandes da Amazônia - perde em tamanho e peso somente para as piraíbas e jaús - apresenta cores fortes, mesclando amarelo, vermelho e marrom. Seu nome, por sinal, no dialeto indígena, significa peixe arara (pira arara). Chega a medir cerca de 1,50 metro e ultrapassa os 60 quilos, sendo que os grandes exemplares são encontrados nos poços profundos. São extremamente vigorosas, e os maiores espécimes - devido a descomunal força que demonstram - dão muito trabalho quando fisgados. Uma característica dessa espécie é o som que emite quando retirada da água, o qual, muitas vezes, assusta os pescadores de primeira viagem. Pegam em vários tipos de iscas, mas, dependendo da região, podem variar sua preferência entre minhocuçu, iscas brancas, e pequenos peixes da região onde estiver sendo pescado. O equipamento mais indicado é o de categoria pesada (H), composto por varas para carretilhas ou molinetes, linhas com resistência entre 30 e 50 libras, anzóis de 5/0 a 8/0 providos de empate de aço.

Pintado, cachara e caparari  São espécies da família Pseudoplatystoma, cujos nomes variam em função da região. No Rio Guaporé, por exemplo, a cachara é chamada de pintado, enquanto que, no Rio São Benedito, durante muito tempo, o caparari foi chamado de cachara. Considerados como peixes dos mais esportivos, tem contra si, no entanto, o finíssimo sabor de sua carne, fato que os tornam objetos de cobiça não só de pescadores esportivos, como infelizmente, também, de profissionais. A pegada desses peixes é bastante característica e, mesmo um exemplar de pequenas dimensões, exige bastante perícia e habilidade do pescador que terá que desvia-los de galhadas ou pedras, sem romper a linha. O caparari é, dentre três espécies, a que menos informações se tem a respeito, isto devido ao fato de apresentar uma anatomia muito parecida a do cachara. Dependendo do lugar e das características do rio, podem ser encontrados em poções, debaixo dos camalotes, início ou final de curvas e, nos horários em que o sol estiver mais quente, os praianos. O equipamento indicado para a captura dessas espécies são do tipo pesado, constituído por varas para linhas de até 50 libras e anzóis de 8/0 a 14/0, providos de um empate de aço. As iscas mais indicadas são as naturais, compostas por pequenos peixes, minhocuçu, pirambóia, tuvira e, em rios onde não haja piranhas, filés de peixe. Os horários mais promissores para a prática da pesca é durante a alvorada até por volta das 9 horas e do finalzinho da tarde até o início da noite.

Dourada  Prima da Piraíba, pois pertence ao mesmo gênero, seu corpo é mais esguio e sua coloração lembra a mica (malacacheta). É um peixe que pode ser considerado raro, mais ainda pode ser encontrado em alguns rios e, principalmente, no leito do Tocantins, abaixo da hidrelétrica de Tucuruí. Quando pescado com equipamento adequado, é um adversário de respeito que sabe tirar partido da correnteza para potencializar sua resistência. Freqüenta os trechos de rio com correnteza branda, e prefere iscas feitas de pedaços de peixes, ou espécimes pequenas. O equipamento mais indicado é o de categoria pesada (H), composto por varas para carretilhas ou molinetes, linhas com resistência entre 30 e 50 libras, anzóis de 5/0 a 8/0 providos de empate de aço.

Jaú  De vasta distribuição geográfica, pode ser encontrado em várias bacias hidrográficas. Dependendo do habitat e do tamanho dos espécimes, a variação cromática do jaú oscila entre o amarelo acastanhado, o preto e o cinza esverdeado. Apresenta em sua anatomia, cabeça grande e larga, focinho quadrado e o corpo grosso. Freqüenta os poços profundos, principalmente aqueles formados por pedras, encontrados abaixo de corredeiras e cachoeiras. O equipamento indicado para sua captura é o de categoria ultra-pesado (UH), varas com molinetes ou carretilhas capazes de lançar um conjunto isca-chumbada de até 300 gramas, linhas com resistência em torno de 50 libras e anzóis de 8/0 a 10/0 providos de empate de aço. As melhores iscas são peixes de pequeno porte, de preferência, os encontrados na própria região.

Existem ainda uma infinidade de peixes de couro de porte menor, que mesmo não sendo grandes, são extremamente esportivos. É o caso da piramutaba, do piranambú, da dourada bandeira, dentre outros.

Tucunaré  Considerado o embaixador da Amazônia, se divide em diversas sub-espécies sendo que algumas, dependendo da região, chegam a pesar mais de 13 quilos. Dentre as que atingem maior porte, destacam-se o tucunaré-paca e, principalmente, o tucunaré-açu. Suas cores, bem como as pintas e manchas que os caracterizam, variam de acordo como o meio onde vivem. Preferem as águas paradas em ambientes como lagoas e baias, não sendo raro, porém, encontrar cardumes em obstáculos e galhadas nas bocas de cursos d'água que se interligam com o rio. Costumam se juntar em grandes cardumes para dar caça a suas presas, sendo que estas chegam a pular fora d'água no desespero de escapar à suas investidas. Pode ser pescado praticamente em todas as modalidades, inclusive com iscas vivas e no corrico. Contudo são mais esportivos quando se emprega o uso de iscas artificiais ou equipamento de fly. Para a pesca de arremesso uma boa opção é um conjunto bem balanceado, composto por vara para carretilha ou molinete de ação média pesada (MH), linhas com resistência entre 17 e 25 libras e, dependo da região, é recomendável utilizar empate de aço flexível. Quanto as iscas, qualquer uma que tenha tamanho adequado aos lugares onde estiverem ativos, sejam artificiais, moscas ou naturais, certamente serão atacadas. No caso das artificiais, as de fundo e meia-água são as mais fáceis de serem trabalhadas. Porém, para os pinchadores mais experientes, nada supera a plástica e emoção das iscas de superfície, as quais disparam o coração do pescador, sempre que um redemoinho se forma em sua volta, precedendo um estrondo cujo som é indescritível. Na pesca com "moscas" o equipamento ideal é o de número 8, com linhas WF-8-F, FS, I e S. As moscas devem ser do tipo streamers, bugs e poppers, com tamanho em torno de 4 a 6 centímetros, atadas com penas e fios naturais e/ou sintéticos, para que fiquem bem volumosas.

Aruanã  De anatomia singular, é o único peixe de escamas que apresenta barbilhões na mandíbula, o aruanã divide-se em duas sub-espécies: uma de tom esverdeado claro, e que pode atingir mais de 1,5 metro e a outra, que só incide no Rio Negro, que é menor e quase preta. Cuidam da prole durante um bom período protegendo os filhotes na boca diante da iminência de perigo. Peixe de visão apurada, predador nato, costuma freqüentar os lagos de águas limpas que margeiam os rios das bacias Amazônica e do Tocantins. Se alimentam de insetos, enguias, pequenos peixes e diversos tipos de invertebrados aquáticos, os quais são caçados dentro e fora da água, em locais rasos ou em meio à obstáculos como matas e galhadas. Uma das características da espécie é a habilidade para saltar até dois metros fora d'água, seja para capturar suas presas, ou para fugir de seus predadores. A pesca desse peixe é um grande desafio, sobretudo em função de sua boca, extremamente dura, o que dificulta a penetração de anzóis e garatéias. Também é muito comum errarem o primeiro bote, voltando com mais determinação para uma derradeira investida. Pode ser fisgado em iscas naturais, artificiais ou em moscas, oferecendo muita esportividade. Para a pesca com iscas naturais e artificiais, recomenda-se o uso de varas para carretilhas e molinetes de categoria médio (M), linhas com resistência em torno de 17 libras e, no caso de iscas naturais, anzóis de tamanho entre 1/0 e 4/0. Quanto as iscas artificiais, as mais eficientes são as de hélices, zaras, sticks e poppers. Na modalidade de fly, varas de n° 7 a 9 com linhas WFF, e iscas do tipo streamers, poppers, divers garantem a esportividade.

Jatuarana e matrinxã  Ao contrário do que muitos afirmam, esses peixes possuem características completamente diferentes, pertencendo inclusive, a famílias distintas. A jatuarana tem um colorido amarelo ouro, com uma mancha preta que cobre boa parte da nadadeira anal, chegando a pesar mais de 8 quilos. São mais ativas, quando o rio apresenta um bom volume de águas, sendo que os lugares que mais freqüentam são aqueles com fundos rochosos e, principalmente os lagos que se formam embaixo de cachoeiras. Costumam atacar suas presas - normalmente cascudinhos e pequenos peixes - na linha que divide os remansos com as águas mais rápidas. Quando uma jatuarana é fisgada o pescador logo percebe, pois além de saltarem espetacularmente para fora da água, costumam disparar rio abaixo em busca de obstáculos que possam livrá-la do anzol. Um dos poucos lugares que possui bom retrospecto na pesca dessa espécie, é o lago que se forma abaixo da cachoeira Ahlfeld, no Rio Pau Cerne, afluente do Guaporé, todavia, a área está dentro de um parque, em território boliviano, onde a pesca é proibida. A matrinxã, por sua vez, é menor, possui o corpo todo prateado, e raramente ultrapassa os quatro quilos. São mais fáceis de serem encontradas, mas nem por isso tornam a tarefa do pescador mais amena. É comum visualizar enormes cardumes em baías de águas limpas, contudo, nestas circunstâncias, o pescador fica cansado de trocar de iscas, e com o braço dolorido de tanto arremessar inutilmente. Para conseguir bons resultados, o ideal é procurar lugares onde o contato entre as baías e o rio tenha sido interrompido, ou rios de águas limpas e rápidas. Após localizar o cardume ou uma boa estrutura, é só arremessar o mais próximo possível de onde estiverem ativas, que o ataque será inevitável, restando então ao pescador, o deleite e o prazer de uma boa briga, que perdurará até que o peixe se canse. Uma das poucas semelhanças entre esses dois peixes está relacionada ao tipo de equipamento e iscas utilizadas para sua captura, composto por varas para carretilhas ou molinetes de categoria média (M), linhas de até 20 libras, e colheres e spinners como iscas.

Tambaqui  É um dos maiores peixes de escamas de nossas águas. Chega a medir 1,5 metro e pesar mais de 30 quilos. Possui corpo arredondado e comprimido lateralmente, cor esverdeada no dorso, branco da parte inferior da cabeça até o meio, e vai se intensificando a cor preta até acentuar-se em direção a nadadeira caudal. É encontrado durante as cheias nos campos alagados, onde alimenta-se de folhas, flores e frutos que caem das árvores. A pesca esportiva do tambaqui é um fato novo, mas, aos poucos, vai conquistando seus adeptos. Não existem muitas informações sobre os métodos mais eficazes para a sua captura, por isso, quem gosta de desafios, encontra uma ótima oportunidade para testar a sensibilidade e desenvolver novas técnicas. Por enquanto, a maior parte dos confrontos tem sido vencidos pelo peixe. Devido ao pouco conhecimento que se tem sobre a espécie, em determinados lugares é muito comum confundi-la com a não menos esportiva pirapitinga. O equipamento mais indicado para a sua captura e composto por varas para carretilhas ou molinetes de categoria pesada (H), linhas que suportem peso em torno de 40 libras com empate de aço e anzóis de haste curta com tamanho entre 5/0 e 7/0. O minhocuçu e as frutas têm se mostrado como as iscas mais produtivas. O rio Guaporé, até o momento, é o que apresenta melhor retrospecto para a pesca dessa espécie."

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