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Relato de um Acampamento


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Rio CRISTALINO relato de um acampamento

Na madrugada do dia 17/05/2008 as 03:00 saimos, 6 pessoas Ronaldo e o

Moacir na camionete vermelha, Dimas e Divino na camionete preta, e eu e o

alexandre na parati.

A viagem

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O Descanso

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Um rio Cristalino de aguas claras e transparentes, com praias submersas,

raso em alguns trechos com pequenas praias formadas junto ao sarão, e em outros

trechos fundo, com plantas submersas, capim e algas, estreito em alguns lugares

e largo em outros, com varias entradas para pequenos lagos, no barranco quase

não se vê entradas de acesso para o rio, só matas verdejantes que são refletidas

pelas suas aguas espelhadas em um céu azul límpido que se funde com as aguas, nas

suas curvas se vê um dos mais belos cartões postais, rochas, pedreiras e uma

vegetação rasteira, o rio corre em alguns lugares no meio do mato com suas aguas

escorrendo dos lagos para o seu leito.

Achamos um lago com rastros de muitos bichos, anta, paca, onça e vimos um

jacaré desengonçado saindo deste lago correndo pela grama rasteira, entrando

dentro de poças de pequenos pantanos alagados em sua margem, tambem vimos

arrirranhas no rio fechando pequenos cardumes de matrichãs, que estouravam para

todo lado, a noite elas espreitavam nosso acampamento junto com os jacarés, vi

seus olhos vermelhos refletidos por um faixo de luz da lanterna e ouvi vacas

berrando a noite das fazendas ao lado.

O rio

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Eu vi noites enluaradas, a lua como um farol no céu iluminava aquelas

noites quentes e frias de madrugada, e os banhos resfrescantes que eu tomava

naquelas noites espetaculares e misteriosas, onde alevinos de matrinchã ficavam

se debatendo sobre as espumas de sabão que eu deixava na agua, me enxugava nú em

silêncio no acampamento quando todos estavam dormindo, iluminado apenas pela luz

da lua que fazia sombra escura sobre a copa das arvores no acampamento, entrava

para dormir na barraca no meu colchão de ar, colocava uma roupa mais quente e

usava meias pois de madrugada fazia frio e serenava a tal ponto que chegava a

molhar por fora da barraca sem chover.

O Banho de noite

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O Banheiro

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Acordo no dia seguinte com o sol quente, batendo na minha barraca junto com

as cantaroladas de passaros que desconheço, ao sair da barraca, vejo 2 gralhas na

arvore da cozinha descendo para comer a quilera aberta no chão, na chapa do fogão,

saltava na minha frente toda manhã,deliciosos mistos quentes que o alexandre e o

Dimas fazia.

Sanduba.

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O Acampamento

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Outro dia num sol escaldante eu de chapéu de palha sentando num banco,

de frente a uma pedreira, jogando quilera, cevando, empunhando uma pequena vara

enquanto uma outra ficava apoiada numa pedra em frente, a ponta da vara embica, a

briga e boa, é sai da agua um grande piau flamengo, continuo horas ali na mesma

posição sem me mecher e outra briga boa agora é matrinchã 1, 2, 3, 4, que

estranho ninquem conseque pegar peixe neste dia somente eu, o pessoal tentava,

mais ou a vara quebrava ou a linha partia ou o anzol abria.

No dia sequinte ainda pego 2 piaus flamengo, 1 pacu e a sequir na maior

cagada e sorte, a vara que eu deixava sobre a pedra começa a dar pequenos

solavancos eu seguro no cabo e dou aquela chachada, o peixe é bruto a vara é

mentirosa, e ele continua brigando, vejo ele se debatendo mas não consigo, saber

que peixe é, não é matrinchã! e nem piau! so quando ele cansa, que eu consigo

tira-lo para fora e ver que se tratava de uma Jaraqui, foi pega na soja numa

linha de multifilamento é um anzol mustad 12, larguei tudo na ceva e fui fazer

um assado dela para a turma na hora do almoço.

O Pescador de Piau

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Filme agua Cristalina

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Ao meio dia parei numa praia em uma curva do rio e Vi um cardume estourando

na entrada de um lago proximo, eram tucunares caçando nas corredeiras na curva do

rio em praias rasas, me vejo entrando na areia rasa desta praia na curva do rio

com agua ate a cintura, arrastando os pés por causa das arraiás que eu via, indo

ate ao centro do rio e pinchando no barranco e para todo o lado em volta, senti a

força dos bocudos nas corredeiras do rio, se debatendo e saltando na minha frente

tentando sair da minha artificial, uma colher brilhante de fabricação caseira,

meu azar neste dia foi de ter me esquecido de trazer a maquina digital.

Meus amigos bem tentaram, mas por falta de sorte muito pouco pegaram,

ficaram com pesar de pescar no cocalinho, pois quando vinhamos, passamos por lá,

e nos comunicaram que o cardume de pintados estava passando ali, não quiseram

ficar, vieram para o cristalino, e se não fosse eu peixes eles não comeriam no

almoço, que teve pratos especiais como galinha caipira, estrogonoff, feijoada,

espetinhos, sanduiche de pit-dog, isto porque a esposa do Dimas, é maravilhosa

e nos preparou estas guloseimas semi-prontas, com instruções ao seu marido, para

ele só poder esquentar para a nossa turma, quem preparou os peixes do acampamento

foi eu e teve, peixe ao molho com leite de coco, frito, assado e na chapa, so o

Dimas que um dia nós preparou um belo sachimi de tucunaré.

Os Amigos

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No ultimo dia me despedi do cristalino, com o coração na mão, me senti

como um índio integrado a este lugar tão lindo, queria ficar, mas a hora

chegava, no ultimo final de tarde sai sozinho de canoa para pescar fui ate

aquela curva do rio onde tinha pego alguns tucunares, levei sabão para banhar,

mas já era tarde o sol se punha no horizonte, e eu fiquei ali a pinchar, sem

nada pegar, tirei fotos para não me esquecer daquele lugar, em pé em cima da

canoa pinchando vi a agua agitar um cardume de não sei o que, pinchei varias

vezes sem nada entrar, então entendi que era uma despedida do rio, parei de

pinchar e fiquei observado a cena ate a agua parar de se agitar, liquei o

motor e fui embora devagar apreciando a paisagem, ja com saudade, o sol ja

tinha se posto, era um final de tarde melancolico, dois passaros resolveram

me acompanhar no caminho de volta, eram os meus quias, de vez em quando

cruzavam o rio outros passaros como as 3 araras coloridas e os 2 patos que vi,

uma grande garça branca bateu asas quando me viu chegar no acampamento e os

dois passaros que me acompanhavam deram razantes em cima da minha cabeça na

canoa, se despedindo de mim, eu não queria ir embora dali, mas tenho a certeza

de que um dia estarei de volta aqui no cristalino, que rio, foi uma paixão a

primeira vista e que jamais será esquecida.

A Despedida

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Paulinho... tinha visto este relato em outro forum e realmente o Cristalino é um lugar de rara beleza.

Pescar acampando tem uma certa diferença, ao meu ver se torna uma pescaria de verdade.

Parabéns pelas fotos camarada.

E que por qual estrada passaram?

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Paulinho... tinha visto este relato em outro forum e realmente o Cristalino é um lugar de rara beleza.

Pescar acampando tem uma certa diferença, ao meu ver se torna uma pescaria de verdade.

Parabéns pelas fotos camarada.

E que por qual estrada passaram?

Flavio e que eu fiquei devendo ao xandego um post aqui.

a Estrada foi Jussara, Britania, Ponte Tacaiu, Cocalinho. e fica a 70 km

de cocalinho em fazendas da região.

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Tô precisando - definitivamente - ir pescar...

Parbéns Paulinho por nos levar para o Cristalino com um relato simples e cheio de emoção ! Me deu vontade de retornar por lá e desfrutar de parte disso que você tão bem registrou ! :wink:

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