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SUIA MIÇU - SENSACIONAL


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MATÉRIA PUBLICADA ESSE MÊS NA REVISTA ECOAVENTURA.

Nesse relato vamos falar sobre uma aventura ímpar realizada em uma pescaria no maravilhoso Rio Suia Miçu em seus lagos e afluentes. Muitos mistérios cercam essa região, que ainda se mantem intocada com uma enorme diversidade de peixes, animais e uma floresta exuberante.

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Nosso grupo foi formado por 12 pescadores das cidades de São Paulo e São Bernado do Campo. Utilizamos duas formas de transporte, 05 pescadores optaram em ir de avião até a cidade de Sinop no Mato Grosso e o trecho final foi através de um fretamento aéreo até uma pista de terra que fica a 2km da pousada. O segundo grupo de 07 pescadores escolheu o transporte terrestre, divididos em 02 carros 4x4 para cumprir sem sofrimento os 170 km de terra no trecho final. A opção de avião torna a viagem muito mais rápida e sem o cansaço da volta que o grupo de carro acaba sentindo, em contra partida a viagem de carro acaba interagindo o grupo em suas paradas, com direito a um grande churrasco que relatarei mais à frente.

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Partimos de São Paulo com destino a cidade de Querência no Mato Grosso, distante 1.740km.

Nossa primeira parada após percorrer 1.000 km foi na cidade de Jataí em Goias, ficamos no confortável Hotel Guerini, essa parada é estratégica para uma boa noite de sono.

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No dia seguinte seguimos até a cidade de Barra do Garças no Mato Grosso, na entrada da cidade já se percebe que a pescaria está próxima, um grande marco com 03 enormes pintados recepcionam os pescadores. Ficamos no excelente Araguaia Park Hotel às margens do Rio Araguia. Neste hotel realizamos um grande churrasco numa área privativa do hotel. A festa se estendeu por toda à tarde até o início da noite. No mês de julho o Araguaia se apresenta com suas praias de areias brancas, nessa época muitas pessoas se deslocam para a região para curtir a famosa Férias do Araguaia, enormes acampamentos se formam ao longo do rio.

No terceiro dia partimos rumo à Pousada Rio Suiá Miçu no município de Querência no estado de Mato Grosso.

Antes de rodar os 450 km, podemos contemplar o esplendor da Serra do Roncador, uma chapadão imponente que acompanha muitos quilometros da MT 158.

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Uma parada para o almoço e energia para os 170 km de terra que teríamos pela frente. Ao sair do asfalto é que percebemos a imensidão do nosso país, uma transição do Cerrado para a Floresta Amazônica. Árvores gigantescas começam a fazer parte das paisagens.

A estrada de terra está em excelente condição, mesmo após a época de chuva. Nesse trecho se passa por alguns rios de águas cristalinas e suas pontes de madeira.

Antes de chegar na pousada, faltando 500 metros de mata fechada, preparamos um “abre alas” com duas baterias de fogos apenas para dar o recado aos que já se encontravam na pousada. Após isso, ai sim, a festa teve início com a recepção do gerente Márcio e proprietário Euler. O sistema all inclusive sem dúvida nenhuma é a melhor opção, você não se preocupa com o consumo de combustível para os barcos, nem com as bebidas. Outra grande sacada da pousada foi o sorteio de todos os guias de pesca, desta forma não existe o previlégio para qualquer dupla de pesca e todos sairam satisfeitos, tanto o nosso Grupo Tucuri quanto os amigos que lá fizemos de Sorocaba e Belo Horizonte que estavam na mesma semana de pesca.

Nossa estratégia de pesca num primeiro princípio iria se basear nos enormes Trairões que habitam aquelas águas e também os valentes Tucunarés, mas a diversidade de peixes acabou surpreendendo a todos, em especial as enormes cachorras, algumas ultrapassaram os 10 kg e com sua esportividade e saltos, acabou sendo a atriz coadjuvante que ganhou o Oscar.

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A seguir relatarei os cinco dias sensacionais de pesca que tivemos. Já na segunda-feira todos os pescadores com expectativa máxima, café da manhã servido a partir das 5 hs da manhã, extremamente farto com frutas, pães, sucos, ovos e bolos.

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Nesse primeiro dia de pesca partimos atrás dos tucunarés no Rio Parnaíba, um afluente a cerca de 40 minutos da pousada rio acima, acertamos a mão, 37 tucunas embarcados apenas por uma dupla, fotografados e soltos. A pousada exige cota zero.

Voltamos para a pousada, almoço e o merecido descanço. Na parte da tarde fomos em busca dos trairões dentro dos Lago da Navalha, embarcamos 8 mas nenhum acima dos 6kg.

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Terça-feira pescaria no lago dos índios e nos três lagos, ambos não ficam a mais de 30 minutos da pousada, dia extremamente positivo com grandes trairões embarcados, com troféus na faixa de 12kg. Lá o trairão mostra toda a sua força, normalmente são pegos nas zaras com trabalhos lentos e com arremessos a menos de trinta metros do barco.

Ataques do lado do barco também aconteceram, ai a briga fica pura adrelanila, com grande tomada de linha e lindos saltos. Nesse momento o pescador deve ficar atento, pois se o trairão “correr” para debaixo do barco, a vara deve ser mergulhada ou certamente irá se quebrar ao bater na borda do barco.

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Quarta-feira pescaria nos chamados buritis do Suia, uma hora de barco, a paisagem é sensacional, águas cristalinas e tucunarés pegos no visual. Saiu algo em torno de 50 peixes na parte da manhã, alguns chegando aos 6kg. Na parte da tarde pescando no leito do rio Suiá fomos atrás das cachorras e para nossa surpresa uma quantidade absurda foi capturada, com exemplares com mais de 10kg. Briga impressionante, lindos saltos e também muitas cachorras perdidas pela enorme ossatura na boca. No mesmo ponto entraram palmitos excelentes, próximos aos 4kg.

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Quinta-feira pescaria próximo ao lago sessentão, esse nome se refere ao seu tamanho, 60 hectares, essa pescaria foi diferente a tudo que já vi, se pesca sobre uma ponte com longos arremessos das iscas artificias e também iscas naturais, mais uma vez uma surpresa atrás da outra, trairões acima de 04 kg com troféus chegando aos 12 kg. A maior dificuldade não era engatar o peixe, mas sim descer os 5 metros de barranco para colocar o trairão no grip. O esforço valeu à pena e diversas duplas acabaram indo pescar nesse ponto extremamente produtivo. Na parte da tarde fomos conhecer o lago do Cavalo, nome esse dado devido a um guia de pesca da pousada de apelido Cavalo ter ficado perdido dentro desse lago, alguns dizem que ele passou dois dias lá até achar a saída, o próprio guia jura de pé juntos que não passou de algumas horas. No final do dia ainda fomos atrás das grandes cacharas, sairam muitas mas todas pequenas, esse horário sempre foi produtivo até o final da noite em torno das 20 hs.

Sexta-feira a pescaria só aconteceu na parte da manhã com uma variedade imensa de espécies, sairam cacharas, capararis, trairões, tucunarés, bicudas, palmitos, cachorras e as grandes piranhas negras da região.

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Realmente o Rio Suia Miçu retornou toda sua potência pesqueira, por ser um afluente do grande Xingu, se torna um verdadeiro berçario em seus diversos lagos e no próprio leito do rio.

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A pousada com a cota zero está retomando a preservação que nunca deveria ser abandonada naquele bioma único, águas cristalinas em suas nascentes, uma transição entre cerrado, pantanal e floresta amazônica.

EQUIPE TUCURI

Bruka

Silvada

Ademir Cabeça

Jerri Canela

Dadi Santiago

Lucio JD

Batata

Toninho Português

Lobinho

Gaúcho Camana

Paredão

Carlos Reve

Equipamentos utilizados.

Varas Sumax e Shimano de 5,6 a 6,0 pés – 14lb até 30lb

Carretilhas shimano Calais, Scorpion, Metanium, Marine Sports

Iscas de superfície e meia água com preferencia nas cores osso, transparente e verde.

Iscas naturais

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Robson,

Um relato para tirar a impressão de gente (como eu) que não imaginava um local tão piscoso e surpreendente quanto esse apresentado ! Lindos cenários, diversidade de peixes e formas de pescá-los, e acima de tudo, a evidência clara que mais uma vez se demonstra que NADA supera um grupo de amigos que pescam juntos !

Obrigado por compartilhar conosco essas belas imagens.

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