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Rio Xeruini - Nov/2013 com River Plate


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A viagem

Esta pescaria foi programada e paga com mais de um ano de antecedência, pois desta forma conseguimos um desconto super-especial da River Plate. O grupo de 12 pescadores, reunindo duas turmas de pesca (a Turma do Champagne, e parte do grupo ÉNóisNaLinha) foi composto pelos colegas: Luis Mário, Osmar, Humberto, João Manoel, Pedro, Zacarias, Hamilton, Germano, Siegfried, Luiz Cláudio, Rogério e Fernando.

Os preparativos foram tensos, pois havia um limite de peso de 20 Kg por pescador para o frete aéreo entre Manaus e o acampamento. Parte do grupo, também conhecido como "a turma do champagne", representados em suas reivindicações pelo colega Osmar, queria levar um grande lote de garrafas de champagnes e vinhos, enquanto a outra metade do grupo preferia levar material de pesca em excesso e algumas garrafas de whisky. Realmente um problema muito sério a resolver!

Saímos de Curitiba no dia 15 de novembro de 2013 com destino a Manaus e nos hospedamos no Hotel Tropical após um almoço à base de costelas de Tambaqui e filés de Pirarucu no Restaurante Canto da Peixada.

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Na manhã seguinte, perto das 06h30, o grupo foi dividido, pois 9 seguiriam de avião Caravan saindo do Aeroporto Eduardinho e outros 3 iriam de avião Minuano saindo do Aeroclube. Os voluntários para irem no pequeno Minuano foram o Rogério, o Hamilton e eu (Fernando). Chegamos ao aeroclube e aguardamos alguns minutos até que fomos autorizados a embarcar. Quando estávamos prestes a decolar, já tomando velocidade na pista, o Hamilton falou alarmado que várias pessoas estavam acenando para que parássemos, embora o Rogério garantisse que estavam apenas acenando para se despedirem da gente. Por sorte, ficamos com a opção número um e a decolagem foi abortada, quase no final da pista.

O avião Minuano da Taxi Aéreo Parintins realmente estava com um problema, que nunca saberemos qual era, pois este tipo de informação não se consegue facilmente. De qualquer modo, voltamos para o hangar e aguardamos cerca de 40 minutos até a chegada de um novo piloto para nos levar em um avião Seneca bimotor em um voo perfeito até a pista de Santa Maria do Boiaçu. Lá chegando encontramos o restante da equipe, que nos esperava comendo um aperitivo e tomando cerveja num bar do local.

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O deslocamento entre Santa Maria do Boiaçu e o acampamento da River Plate na comunidade de Terra Preta foi feito em barco expresso, conhecido por Trem Bala ::bassboat:: , numa viagem de cerca de duas horas. O barco é confortável e a viagem foi muito tranquila com um pequeno tour pelos Rios Branco e Xeruini. O Rio Xeruini tem todo o seu curso no Estado de Roraima, no município de Caracaraí e sua foz no Rio Branco, mas suas águas são um pouco menos barrentas, mais escuras e mais ácidas, não havendo uma proliferação tão grande de mosquitos.

Na chegada ao acampamento, fomos recebidos pelo Heraldo, nosso anfitrião, que nos apresentou a equipe de piloteiros e as regras do acampamento. Parte do grupo, em especial a "turma da champagne", já conhecia a operação de pesca da River Plate em cabanas flutuantes. A estrutura é muito bacana, limpa e bem projetada. O acampamento foi montado numa pequena praia fluvial e era composto por seis cabanas duplas de alojamento, uma cabana restaurante, uma cabana para o pessoal de apoio, uma para a cozinha e outra para os conjuntos de geradores. Esta estrutura pode se mudar sempre que necessário para outros locais do rio em busca de melhores opções de pesca, movendo-se como um pequeno trem fluvial puxado por um barco.

A chegada ao acampamento foi próxima ao horário do almoço e ainda permitia algumas horas de pescaria, assim nos alojamos, fizemos um rápido almoço e partimos para o rio.

A Pescaria

A maioria dos pescadores já ouviu aquela estória de que a semana passada é que estava boa, mas que infelizmente naquela semana algo tinha acontecido... E ouvimos esta mesma estória do Heraldo, que nos informou que o grupo anterior havia pego um número razoável de peixes, mas as condições de pesca haviam mudado e estavam difíceis, o rio estava alto, subindo e havia previsão de chuvas durante a semana; ou seja, o repiquete.

A primeira tarde não foi muito produtiva, pois as mãos ainda não estavam calibradas e a ansiedade ainda tomava conta. De qualquer modo, a ideia era fazer algumas experiências com técnicas e iscas diferentes para verificar a produtividade e trocar informações no final do dia.

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Todos tivemos que nos armar com jigs de cores diversas devido às condições do rio. A técnica mais empregada foi a de tentar atrair os peixes para fora do mato com iscas de superfície, em especial hélices e João Pepinos, e depois atirar jigs com trabalho muito rápido.

A turma sempre se dividia indo para duas ou três direções disitintas para pescar. O rio xeruini é claramente muito piscoso, pois quando achávamos um meio de entrar no mato e pescar no meio das árvores fáziamos a festa, trabalhando em raias de poucos metros e utilizando pequenos jigs (15g) e iscas de superfície, em especial João Pepino e T20 na cor osso. Nestas situações os peixes capturados não eram muito grandes, mas eram pegos vários exemplares em poucos minutos.

Na segunda-feira, dia 18, saímos para pescar numa manhã aparentemente normal e com algumas nuvens no céu. Nossa saída, como sempre, ocorreu cedo perto das 06h00 da manhã e quando eram 09h00 o mundo desabou em chuva. Chuva grossa, com raios e trovoadas durante todo o dia.

Com o passar dos dias aprendemos mais uma lição: "jig sem anzol não pega peixe". Por mais de uma oportunidade, experientes pescadores reclamavam que somente os parceiros de barco estavam pegando peixes e que os peixes "batiam" nas suas iscas mas não conseguiam fisgar o peixe. Somente então verificavam os jigs e notavam que os anzóis estavam quebrados. Prefiro manter o nome dos pescadores anônimos para não criar situações constrangedoras...

No dia seguinte à chuvarada o nível do rio subiu quase 20 cm e a água ficou barrenta, assim a pescaria que já estava difícil ficou ainda mais dura.

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Ao longo da semana foram capturados 951 tucunarés, sendo 26 entre 8 e 17 libras, o quê pelas condições do rio e os dois dias de chuva ininterrupta que passamos foi razoável. O maior exemplar foi um açu de 17 libras capturado no jig pelo Luiz Cláudio.

Terminamos a pescaria na sexta-feira, dia 22, e partimos da pista de pouso da própria comunidade de Terra Preta na manhã do dia 23. Os dois voos no Caravan e no Minuano transcorreram sem maiores problemas, mas a experiência de retorno de Manaus para Curitiba com a Tam não foi das melhores, com atrasos, trocas e destrocas de voos e horários e extravios de varas.

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Generalidades

Quase na brincadeira, o Pedro informou ao Heraldo que queríamos assistir a primeira partida da final da Copa do Brasil entre o Atlético do Paraná e o Flamengo. Para nossa surpresa foi organizado junto com a família do piloteiro Doca um verdadeiro auditório ao ar livre para assitirmos o jogo na Terra Preta, onde montaram as cadeiras do nosso refeitório e colocaram uma TV de 42 polegadas na lateral de uma casa para assistirmos ao jogo. A imagem era perfeita com recepção com antena parabólica e fomos recebidos de uma forma muito amistosa e até emocionante na vila, pois nos informaram que tínhamos sido o primeiro grupo de turistas a visitar a comunidade, onde moram cerca de 300 pessoas de 40 famílias diferentes.

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Nosso grupo pede um favor àqueles que pescarem no Rio Xeruini em outras oportunidades. Caso encontrem dois conjuntos de varas e carretilhas no fundo do rio nos avisem, pois provavelmente pertencem a colegas "um pouco" distraídos desta turma.

Quem tiver mais curiosidade, pode dar uma olhada no relato completo no nosso blog, onde irei colocar mais fotos, assim que meus colegas me enviem doeu:: . Para quem tiver 8 minutos, temos também um vídeo relato da pescaria, mostrando mais detalhes da viagem e da estrutura da River Plate no endereço de youtube abaixo:

Link:

http-~~-//www.youtube.com/watch?v=y9WwkmTLhMk

Saudações pescadorísticas! ::fishing

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Obrigado pelos comentários ::tudo::

Acho que se fosse fácil não nos daria tanto prazer. Depois de horas sem pegar nada, sofrendo no sol, chuva, mosquitos, cerveja já quente, braços doídos,..., qual o melhor prêmio senão um belo troféu na ponta da vara.

::fisherman

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