PESQUE E SOLTE - PRESERVAÇÃO

[Eder Nascimento]

Fala caros amigos

Ultimamente tenho visto fotos de uma matança incalculável dos nossos queridos Tucunarés e isso tem me causado nojo. 

Por isso vim aqui só para desabafar um pouco com vocês, não vou postar fotos desse depredação que tem ocorrido com nossos tesouros das águas, mas sim testemunhar um breve relato.

Tem um grande amigo que trabalha comigo, que também é um grande pescador de Tucunarés que me mostra umas fotos toda segunda-feira de um grupo de whastapp de pescadores que ele participa. 

Pois bem, essas fotos é sempre dos mesmos caras que pratica matança de Tucunaré na represa de Furnas-MG. Tanto eu quanto ele estamos indignados com a perversidade, algo que me deixa realmente chateado.

Eu sou de Belo Horizonte e tenho junto com meu pais e irmãos algumas propriedades em Três Marias-MG e há alguns meses fizemos um belo negocio trocando uns lotes em um terreno na beira da represa onde deságua o Ribeirão do Boi. O lugar é magnifico, muito lindo, onde se pega belos amarelos e até mesmo os azuis (é raro mas as vezes vem).

Meus tios já sabem que estamos com esse pequeno recanto, mas eu já dei o GRITO, aqui não se mata peixe, lugar de peixe e na água e eles estão aqui para nos dar alegria. Foi o que eu disse a eles e direi a quem mais tiver lá comigo.

Claro que é hipocrisia minha dizer que nunca vamos comer um tucunaré pescado lá, sabemos que o peixe é um dos mais gostosos de água doce. Mas vou deixar bem claro para quem estiver comigo que para comer apenas um basta.

Meu filho tem três anos e quando se pergunta para ele o que devemos fazer depois que se pega um peixe ele não hesita em falar: devolvemos para água papai. Quero que ele tenha o prazer de sempre ter peixe na linha por isso devemos ensinar desde cedo.

Por isso se você ainda não sabe o prazer que é praticar o pesque e solte e importância do mesmo conscientize-se, ou se tem um amigo que ainda não sabe ensine a ele.

Fica um belo vídeo do Juninho falando da importância.

 

Abraço a todos

 

[Fabrício Biguá]

Vale a dica, Eder...

[TiWillian]

Isso aí :)

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[Marcelo Pupim]

O nosso trabalho é duro galera. Eu realmente acredito que o exemplo faz toda diferença. Vamos mostrar para a nova geração está necessidade. Parabéns. Lugar de peixe e na água

Marcelo Pupim 62-996791494

[Gustavo Felici]

Isso mesmo cada um fazendo sua parte.

[Rodrigo Pontara]

Olha gente, conheço um monte de gente que pesca em Furnas e mata tudo. Tanto que a represa tem diminuído consideravelmente seus estoques pesqueiros, não só do tucunaré, mas também de outras espécies. O maior problema que temos aqui em Minas, sem contar a falta de consciência, é também a falta de fiscalização, além das leis que aqui em Minas são muito frouxas no meu modo de pensar.

Olha pesco em vários locais de Minas, e vejo cada barbárie que me dá medo. Mas o caso mais sério é com certeza o São Francisco, pois esse sim esta morrendo e nenhuma fiscalização é feita e quando fazem viram as costas para os crimes. 

Só para entenderem, recentemente fui pescar no Rio Itiquira em Mato Grosso, cara pegamos muito peixe, Dourado meu Deus pegamos mais do que Piranha. Levamos um amigo, que é pescador profissional aqui, o cara só fala em matar, não pensa em preservar nada, nem fora da medida os caras respeitam. Ai eu bati em cima e tive que ficar bravo por várias vezes com ele chegando até que ser bem rude. Felizmente ele soltava os peixes de cara ruim, mas soltava. Então aqui eles não vão respeitar nada, pois a fiscalização não pune esses caras. quanto menos alguns predadores que estão por ai. E olha não adianta ligar para a ambiental, eles não vão de jeito nenhum!

Uma pena ver esse tipo de situação, mas acredito que ainda teremos que conviver com isso durante muitos anos aqui em Minas, pois o mineiro com certeza é o maior predador que temos no Brasil. No mais, temos que denunciar e torcer para que as autoridades compram com o seu papel e com as leis.

 

Parabéns pelo tópico.

[Pedro Guadalupe]

boa tarde pessoal,

Só pra deixar claro, sou contra a matança desenfreada de peixes principalmente nos rios, acho que em muitas situações a solução é cota zero mesmo. Dito isso, tenho pensado sobre uma situação e tenho até medo de compartilhar e ser apedrejado aqui no Fórum, mas acho que vale a pena a discussão saudável.

Furnas foi onde aprendi a pescar e por lá eu pesco já faz trinta anos, vi todas as alterações de comportamento das especies de peixe por lá  e vivenciei a chegada do tucunaré e seu domínio do território.  O nosso querido tucunaré é uma especie invasora altamente agressiva e que mudou todo o equilíbrio da vida no lago, lembro que quando eu era menino se pescava lambaris até sem isca durante o dia todo e a noite os mandis dominavam, sem contar com as traíras, cachorra e tilápias (especie invasora, porem menos agressiva e com menor impacto)  que tinha em maior abundancia. Com o domínio dos tucunas os lambaris começaram a aparecer em menor quantidade e só no fim da tarde e inicio de noite, os mandis diminuíram de quantidade e tamanho e começaram a se alimentar de dia, as tilápias sumiram e por aí vai (digo isso de acordo com o que eu observei na região de formiga e ponte vila, não sou cientista e posso estar enganado).

Levando isso em consideração, não seria viável imaginar que uma proteção aos tucunarés em furnas levaria a um desiquilíbrio ainda maior no ecossistema de lá?? Se o tucunaré não fosse um peixe com o potencial esportivo que tem, provavelmente seria combatido??? Imagina uma invasão de mandis e rapa canoas acabando com a população de tucunarés em uma represa, como seria nossa reação?? Estamos pensando na nossa diversão ou de fato no equilíbrio do ecossistema???

São só provocações, logico que eu não quero sumir com o tucunaré de furnas (Deus me livre). Mas as vezes, se tivesse uma pesquisa sobre o assunto, possivelmente seriam criadas politicas de incentivo a caça controlada do tucunaré em determinada época do ano em Furnas.

Se alguém tem alguma opinião contrária ou teve acesso a alguma pesquisa sobre o assunto, por favor se manifeste. Não estou aqui colocando uma verdade, nem estou certo do que eu mesmo escrevi, mas acho legal de vez enquanto sair do pensamento obvio.

Abraços