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Pescaria Rio Roosevelt/MT - 2019


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Pessoal, quero postar pra vocês sobre uma pescaria no Rio Roosevelt nos dias 10 a 13 de outubro de 2019.

Saímos de Rolim de Moura/RO no dia 10/10/2019, às 05h. Pegamos bastante chuva até Machadinho/RO, mas tudo asfalto foi tranquilo. Em Machadinho fizemos as últimas compras e partimos para a balça do Rio Machado (ou também Ji-Paraná). Depois da balça seguimos sentido Guatá/MT, uma vilazinha. Do Guatá pegamos a MT/206 rumo ao Guariba/MT. Chegamos na balça do Rio Roosevelt em torno das 15h. Nunca tinha ido lá, o local é muito bonito, muitas pedras, água limpa, local bem isolado, poucas pessoas por lá. Atravessamos a balça e seguimos por 08 quilometros tendo ficado na casa do Nego, amigo de um amigo..kkkkk. Isso mesmo, fomos convidados por um conhecido nosso que era amigo desse Nego. Fomos preparados para acampar, levamos as tralhas, barraca, comida, só não levamos os barcos porque tinha lá. Na casa do Nego fomos muito bem recebidos, um local bonito, muitas galinhas, porcos e outros animais. Frutas de todo tipo tinha por lá. A ideia era ficarmos na casa, onde seria nosso ponto de apoio. Não precisamos usar as barracas, até quarto tinha à disposição. A esposa de Nego era uma excelente cozinheira, todo dia uma refeição deliciosa. Como ninguém se aguentava, ficamos por ali um pouco com o Nego, conhecendo a fazenda dele, porém mais tarde partimos todos pro rio, chegamos na beira do rio já a tardezinha. O rio tem muita pedra, uma água limpa, mas muito perigosa, fortes corredeiras e quem não conhece ou não seja acostumado deve ter muito cuidado no lcoal. Na primeira noite do dia 10, pescamos próximo ao porto, onde tivemos acesso pela casa do César e do Luis, os quais foram nosssos piloteiros, esses conheciam o rio muito bem, desviavam das pedras com facilidade, as corredeiras eram até emocionanente de se passar. Pra mim que sou acostumado a pescar no rio Guaporé, onde só tem praia praticamente, era muito diferente ver aquele monte de pedras e ainda aquela água tão ligeira, achei muito divertido. Essa primeira noite praticamente não pegamos nada, um chachára pequena, uns jundiás miúdos. Ouvimos muitas corvinas roncarem nos poços, lugares de 7 a 10 metros de profundidade.
Retonarmos pra casa e, depis de um banho e um jantar maravilho, dormi igual pedra. No outro dia cedo, já com um café maravilhoso preparado e vendo aquele monte de galinhas sendo tratadas por sua dona, nos arrumamos e partimos pro rio, pois a promessa era descermos cerca de 30km onde teríamos locais bons para pesca. Foi o que fizemos, com César e Luiz pilotando foi uma maravilha, como dito, conheciam o rio muito bem. Percebi que tinha muitos ribeirinhos no local, mas pouca movimentação de pescadores, muitas casas de ribeirinhos. Passamos por pedreiras enormes, corredeiras e assim fomos descendo. Chegado no local de pescar começou a disputa, kkkkk, todos querendo pegar o peixe primeiro. Para constar, estávamos em dois barcos, em um estava Jucimar, Leo, eu e César pilotando, no outro estava Sérgio, Galo e Luis pilotando. Depois de umas tentativa em um pontos, tirei a primeira corvina, muito linda, deu 3,5 kg. Depois de um tempo os companheiros também pegaram. Depois das corvinas insistimos nos tucunas, pois sabíamos que ali tem o Pinima. Entendam que eu sou acostumado a pegar tucunarés no guaporé, os maiores que peguei dava cerca de 2,5 quilos, as corvinas dificilmente passavam dos 2 kg. A técnica de pescaria era um pouco diferente, mas aos poucos fomos pegando o jeito e acertando onde os tucunarés estavam. Algo que fiquei impressionado é com a profundidade do rio, teve pontos que passava dos 30 metros e tiramos umas corvinas lindas desses lugares. Os locais de pesca era bem fundo. No guaporé é raro pescar em algum lugar que chegue a 10 metros, o normal é de 3 a 7 metros, para pesca de cacháras, capararis costumo pescar onde muitas vezes não dá um metro de fundura. Pois bem, no horário do almoço encostamos na mata, um local com uma sombra boa e assamos umas corvinas para comer. Os peixes que não comemos foram soltos, pois estávamos somente com pesca esportiva. Meu amigo Jucimar levou um GPS e marcou o caminho que fomos, para garantir, mas retonamos sem problema nenhuma com o César pilotando, ele conhecia tudo, passava ao lado das pedras submersas e com a maior tranquilidade chegava onde queria. Uma coisa que tentamos mudar com o César foi a forma de pescar, pois eles apoitam no meio do rio e ali pescam, eu disse que aqui na região apoitamos na beira do rio, próximo a galhos, capins, praia e é onde pegamos os peixes, não no meio do rio, inclusive convidamos ele para tentarmos próximo ao barranco pois não estávamos pegando peixes de couro no meio do rio. Aí encostamos numa beira lá, e o César desconfiado daquela técnica, jogou próximo à margem e já tirou um belo cachára, acho que parou de desconfiar. Foi quando reforçamos para ele esse jeito de pescar, pois não tivemos resultados com peixes de couro, alguns jundiás bem pequenos foi o que conseguimos. Com relação aos tucunarés, corvinas e cachorras, esses nós pegamos bem. Aprendemos onde encontrar os tucunas, o maior foi pego pelo Leo, 4kg, eu peguei um de 3,5 kg. Nas corvinas ficamos no mesmo porte, a maior com 3,5kg. Pois bem, retornamos para casa do Nego, onde tivemos um jantar maravilho, depois de tomar um banho capotei no meu colchão. No outro dia, depois daquele maravilhoso café, partimos pro rio novamente. O César e o Luis não puderam ir, pois tinham outros compromissos, com isso a turma do outro barco, Sérgio e Galo, resolveram não ir também, pois não confiavam para descer o rio, pois iriamos no mesmo lugar. Já minha turma, mesmo sem o César, nosso piloteiro, partimos, descemos os 30km tranquilamente, dizem que pra descer todo santo ajuda, pois assim foi, passamos nas corredeiras e pedreiras com tranquilidade. Pegamos várias corvinas e tucunarés nesse dia, peguei uma piranha preta com mais de 1kg na artificial. O Jucimar fisgou uma linda bicuda, mas depois de um salto ela escapou. Quando anoiteceu começamos a subir de volta, tudo tranquilo, seguindo a rota do GPS. Próximo ao porto existem várias corredeiras e ilhas, sendo que é necessário contorná-las, vez ou outra precisa desviar de pedras submersas, um volta enorme para passar cinco metros na frente. Numa dessas nosso piloteiro, agora o Jucimar, não fez a curva e mandou o barco direto na corredeira, estávamos subindo o rio. A corredeira era rasa, não tinha como o motor funcionar, sendo que logo que adentrou na corredeira o motor apagou, por ser muito forte a corredeira, a água já jogou o barco rio abaixo, meio que rolando o barco, quando eu vi que o barco ia capotar pulei do lado que estava levantando, pois nesse momento o barco atravessou na corredeira, foi quando a corredeira imprensou o barco contra uma pedra, eu não estava dando conta mas aí o Leo pulou comigo e conseguimos controlar para não capotar. As coisas se espalharam pelo chão do barco, entrou um tanto de água. Eu tive que descer em cima da pedra, o Leo também desceu, conseguimos alinhar o barco e deixamos ele rodando na corredeira. O meu medo era de começar a entrar água no barco e não conseguirmos mais controlar, mas graças a Deus deu tudo certo. Ligamos o motor e fomos subindo com muito, mas muito cuidado. As corredeiras são muito fortes lá, em alguns locais eram bem perigosas. Antes de chegar no porto, ainda precisávamos ir cuidando das ilhas, pois tínhamos que achar o local correto do porto, pois tem várias pequenas ilhas no local, o que confunde muito, ainda mais à noite. Depois de errar umas entradas conseguimos chegar no porto, um alívio. Foi uma experiência fantástica, apesar do susto, foi muito divertido ir lá, conhecer aquele local.

Deixamos meio que marcado para irmos novamente agora em 2020, em Setembro. Mas iremos para acampar no mato, conforme fazemos no guaporé, pois é melhor que descer 30 km todo dia para pescar, inclusive tem uma possibilidade de descermos uns 50km, onde há locais melhores ainda. Conversei com alguns ribeirinhos, disseram que lá é bom de tambaqui e pirapitinga, peixes que quero fisgar na próxima pescaria lá. Em nossa viagem, a partir de Machadinho, a estrada é de terra, bem cuidada, isso dentro de Rondônia, quando adentramos no Mato Grosso tivemos alguns locais ruins, mas poucos. Posso dizer que as estradas estavam em boas condições. Passamos por muita mata, um local muito bonito. Na região de Guatá há muitas serrarias, várias. É possível ver milhares de árvores nos pátios, com certeza não deve ser tudo dentro da lei que são extraídas. Não passamos por fiscalização, o que deixa a ideia de que está descontrolada, que estã derrubando árvores aos montes sem qualquer fiscalização, muito triste isso. Comparado com o Rio Guaporé, achei que tem pouco peixe, apesar de os tucunarés do Rio Roosevelt serem bem maiores, assim como as corvinas, o Rio Guaporé tem bem mais peixes, pois o dia que pegamos mais peixes no Roosevel pegamos 12 corvinas e uns 10 tucunarés, sendo que no Guaporé pegamos bem mais, mas tudo depende da época também, pois no rio Guaporé, no período das cheias, dificilmente se pega esses peixes, quem dirá em grande quantidade, mas se for nos meses de junho a outubro, é quase certa a pescaria. Amigos, abraços a todos e espero que gostem do relato.

Ps. Toda pescaria tem as brincadeiras, destaque para o Leo, que apesar de ser um exímio pescador, fez diversos arremessos nas árvores, criamos o jarguão Leozei, ou seja, arremessei nas árvores. O Leo chegou a perder uma isca pois não foi possível recuperá-la em virtude da altura que ele enroscou. Nos divertimos muito e iremos agora em Setembro, dia 05/09/2020, previsão de cinco dias acampados.

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Em 24/08/2020 em 19:23, Hudson Hayashi disse:

Bela pescaria, meu sogro Tião de Rolim de Moura vai estar presente na desse ano com vocês.

Rapaz, o Tião irá dessa vez..se não me engano ano passado ele iria tb, fui no lugar dele. Trabalhei um tempo com ele aqui, gente boa de mais o Tião. Assim que retornarmos postarei as histórias e estórias.

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