Paulo Roberto Postado Maio 27, 2009 Denunciar Compartilhar Postado Maio 27, 2009 Este tópico fica muito ao gosto do meu colega de profissão, o Dr. Moacyr Sacramento, pois é um grande estudioso da fisiologia e fisiopatologia dos peixes... Quando eu pescava na plataforma marítma de Tramandaí-RS, via que quando pegávamos uma fêmea de cação, antes que a soltássemos ela abortava muitos filhotes, ainda na bolsa. As arraias, liberavam aquelas ovas que mais parecem um envelope de cartas, preto. No Mato Grosso, se a fêmea tava ovada, ao embarcá-la, liberava milhares de ovos no barco... Será que o Pesque e solte é seguro, prá estas mãezinhas?? hein??? seus fominhas... me digam... rindo3:: rindo3:: Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Adhemar Postado Maio 27, 2009 Denunciar Compartilhar Postado Maio 27, 2009 Ai esta uma questão para nosso amigo biólogo Michel responder, pois tal fato nunca foi vivenciado por mim, sempre que peguei peixe que parecia ovado , ele nunca expeliu as ovas. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Léo Postado Maio 27, 2009 Denunciar Compartilhar Postado Maio 27, 2009 Idem ao Adhemar! e um texto sobre isso seria muito bom! Boa Papai Roberto! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Bruca Postado Maio 27, 2009 Denunciar Compartilhar Postado Maio 27, 2009 Não sou biólogo mas vou dar minha opinião seila:: seila:: seila:: Qual o impacto do pesque e SOLTE, na época do defenso? Nenhum... ou muito pouco... Pq? Porque a maioria dos peixes soltos sobrevivem, a taxa de mortalidade eu acredito que seja bem baixa. No caso do tucunaré cuidando da cria ai sim, todo pescador esportivo deve soltar o mais rápido o peixe e ainda o mais próximo possível do local onde foi capturado. Outra coisa é que se for abater um tucunaré para alimentação na pescaria, evite matar fêmeas pois elas podem estar ovadas. joia::: Meu ponto de vista rsrsrsr! vergonha:: Bração!!! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Fabrício Biguá Postado Maio 27, 2009 Denunciar Compartilhar Postado Maio 27, 2009 Eu acredito q de tudo aquilo q chocam uma porcentagem muito pequena chega a idade adulta....então, um abortinho isolado, daqui e dalí, interfere muito pouco. joia::: Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Visitante Postado Maio 28, 2009 Denunciar Compartilhar Postado Maio 28, 2009 Concordo acho que interfere muito pouco, pode até ser que os biologos afirmem ser diferente... mas acredito que o impacto seja o minimo... Pesque solte sempre danca:: danca:: danca:: Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Rodrigo Esteves Postado Maio 28, 2009 Denunciar Compartilhar Postado Maio 28, 2009 Acredito que seja um impacto pequeno tambem, mas acredito que tem uma interferencia sim. Qualquer peixe quando capturado ou manuseado sofre um "stress", e no caso de peixe ovados acho que pode causar algum tipo de reação, como a relatada acima, abortos e etc. Mito ou verdade? Em algumas regiões no inteiror os ribeirinhos usam o termo "ova pedrada" ou "empedrada", ou seja, quando o peixe ovado é capturado ele reage de tal forma que sua ova é perdida, fica dura, impossibilitando de ser fertilizada, mesmo que ocorra a tentativa de fecundação da ova. Bom, como são conversas embasadas na crença dos ribeirinhos eu não sei dizer se acredito ou não, pois apesar da falta de cultura são pessoas super observadoras e interagidas com a natureza.. gostaria de saber dos biologos se é possivel essa reação nas femeas dos peixes... valew bração Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
ThaisonScopel Postado Agosto 28, 2009 Denunciar Compartilhar Postado Agosto 28, 2009 isso e uma coisa muito seria como podemos observa quando uma muie ta gravida o que o medico fala pra ela nao fazer esforço se nao corre o risco de sofre aborto isso fora mensona em outros animais.............imagine o esforco que o peixe faz pra se livra do anzol por isso que como que nos temos os melhores lugar do mundo pra pesca eu vejo que e pouco estudo que e feito a respeito disso Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Moacyr Sacramento Postado Agosto 30, 2009 Denunciar Compartilhar Postado Agosto 30, 2009 O próprio Kruel foi autor de um estudo sobre a viabilidade do pesque-solte, e em seu estudo foi perto de 100% de sobrevivência quase sem "efeitos colaterais" para os peixes soltos. Que eu me lembre, o menor índice de sucesso que eu vi (com peixes de água doce) foi de 92% ou perto disso (embora eu já tenha ouvido falar de ate 80% de sobrevivência, não tive acesso ao estudo)... Claro que nem que seja bem de vez em quando, haverão mortes de peixes ou "efeitos colaterais" dessa captura; quem sabe coisa como 1 morte a cada 30 ou 50 peixes soltos... Em minha experiência pessoal, a maior causa de morte dos peixes foi a ferrada nos arcos branquiais. Ocorre que não ha como remover a garateia sem deslocar o arco, ate porque o próprio peixe já deixa o arco meio-solto... Felizmente ocorre pouco, seguramente nem chega a 1 ferrada em 100, e e virtualmente impossível de ocorrer se não for na garateia caudal de uma isca pequena engolida por trás... Outras causas de morte ou lesão seria que eu presenciei foram o rasgamento da barriga pela ferrada, ferimentos nos olhos, luxação (deslocamento, desencaixe) da articulação da boca, sufocação pela isca (o peixe morreu entalado com a isca na boca), deglutição da isca e anzol, ferrada na cloaca (alta possibilidade de infecção, só vi uma vez que eu me lembre),..., e desova muito raramente mesmo! Ainda não vi complicações serias por descompressão (dilatação da bexiga natatória), o maximo que eu vi foi o peixe não conseguir afundar rapidamente, mas conseguir após poucos minutos de descanso. Outro detalhe e que a piracema cumpre o papel fisiológico de cansar os peixes, o estresse tem a fundamental função de estimular os hormônios que irão amadurecer as gônadas e prepará-las para a reprodução. Claro que o estresse na hora errada pode causar uma desova acidental (assim como em humanos, uma ansiedade exagerada pode levar a ejaculação precoce, ou a um parto prematuro)... Mas seria precipitação achar que o estresse e sempre prejudicial! Continuo com a firme convicção de que o pescador esportivo deveria ser usado como fiscal da pesca predatória! Dessa forma, o saldo seria amplamente positivo já que uma rede e muito mais mortal aos peixes que qualquer garateia! Sugiro ler: http://www.turmadobigua.com.br/turmadobigua/forum/viewtopic.php?f=56&t=5125 Ótimo tópico Dr. Paulo Roberto! Parabéns! Aquele abraço a todos! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Moacyr Sacramento Postado Agosto 30, 2009 Denunciar Compartilhar Postado Agosto 30, 2009 Mito ou verdade? Em algumas regiões no inteiror os ribeirinhos usam o termo "ova pedrada" ou "empedrada", ou seja, quando o peixe ovado é capturado ele reage de tal forma que sua ova é perdida, fica dura, impossibilitando de ser fertilizada, mesmo que ocorra a tentativa de fecundação da ova. Bom, como são conversas embasadas na crença dos ribeirinhos eu não sei dizer se acredito ou não, pois apesar da falta de cultura são pessoas super observadoras e interagidas com a natureza.. gostaria de saber dos biologos se é possivel essa reação nas femeas dos peixes... valew bração A tecnica de fertilizacao assistida usada hoje em todos os viveiros de peixes, na qual se coloca as ovas de muitas femeas e o esperma de alguns machos junto em uma bacia, desmente por essa lenda!Imagino que possa acontecer das ovas morrerem por conta do tempo exagerado com o peixe fora da agua, devido a falta de oxigenio; mas ai seria um grande descuido se alguem pretende mesmo soltar o peixe... Tambem pode acontecer de se manipular inadvertidamente o abdomem do peixe para ver se esta ovado, e ocorrer a contracao da musculatura do saco que contem as ovas, tipo uma colica uterina (com algum risco de expulsao das ovas); mas isso nao interfere com sua viabilidade! Aquele abraco Rodrigo! Aquele abraco a todos! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Paulo Roberto Postado Setembro 13, 2009 Autor Denunciar Compartilhar Postado Setembro 13, 2009 :gorfei: :gorfei: :gorfei: :gorfei: Este é o Moacyr que falei proces... É mole ou quer mais... Agora falando sério, acredito que o impacto sobre a sobrevivência do peixe, seja pequena, porém o impacto sobre a captura dos progenitores do "CHUVEIRINHO", aliado a hipóxia que sofre o peixe, certamente é muito alto. Acredito que ele sobreviva, porém que seja incapaz de "lembrar" e retornar ao cuidado usual de sua prole... Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Moacyr Sacramento Postado Setembro 13, 2009 Denunciar Compartilhar Postado Setembro 13, 2009 Agora falando sério, acredito que o impacto sobre a sobrevivência do peixe, seja pequena, porém o impacto sobre a captura dos progenitores do "CHUVEIRINHO", aliado a hipóxia que sofre o peixe, certamente é muito alto. Acredito que ele sobreviva, porém que seja incapaz de "lembrar" e retornar ao cuidado usual de sua prole...Tambem acho que pode dar amnesia... ::tudo:: Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
JCKruel Postado Setembro 16, 2009 Denunciar Compartilhar Postado Setembro 16, 2009 Pois é... Como o trabalho que fizemos sobre o pesque e solte (em parceria com o IBAMA em 1998) é muito grande, ainda não consegui colocar aqui no site para que vocês possam ver. Foram 5 etapas de tagueamento e a taxa de mortalidade direta foi de apenas 2,5%, mas isso apenas em relação às corvinas e apapás que são peixes mais sensíveis. Quandoa APEGO conseguiu a liberação da pesca esportiva no Araguaia, o que se viu foi uma enorme preocupação por parte dos guias de pesca. Eu mesmo tive a oportunidade de ver o Perú (guia de Aruanã) perguntar: vocês vão fotografar este peixe? Como falamos que não, ele sequer tirou o peixe fora dágua e soltou o anzol... Podemos sim, incentivar a pesca esportiva na piracema desde que seja transporte zero e que seja obrigatória a contratação de um guia especializado. No caso, ele mesmo vira o fiscal de forma que isso tem tudo para dar certo. Não há necessidade de uma piracema de 120 dias, até porque algo em torno de 90% das epécies realizam a piracema em apenas 60 dias, mas como tem as cestas básicas éramos obrigados a "engulir" este sapo todsos os anos! Parabéns pelo tópico! Ele foi muito oportuno, porque este é um assunto a ser discutido com o ministério da pesca e ver no que pode dar... abração Kruel Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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