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[RESENHA] - Como tirar o tucunaré do igapó?


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Como tirar o Tucunaré do Igapó?

Planejar uma big pescaria na Amazônia e na hora H encontrar um repiquete, ou mesmo a cheia, é situação bastante comum.

É só fazer as contas: temos de 4 a 6 semanas excelentes numa temporada (nas outras 20 temos de administrar o prejuízo).

Das 6 vezes que estive no Rio Negro, em apenas 1 eu encontrei a água no nível adequado (aí é como estar no paraíso).

Sabemos que durante o repiquete o peixe deixa de atacar e tende a se esconder na mata igapó.

Como administrar este prejuízo? O que fazer para se adaptar à natureza e mesmo diante da diversidade ter um bom número de capturas?

Nesta semana a Revista Pesca Esportiva (Ed. 142) trouxe uma matéria assinada pelo Ian de Suloki que abordou o tema de forma muito apropriada. Vou transcrever as dicas sugeridas por ele, me dando o direito de fazer alguns comentários.

arrow:: Se você pegar repiquete no afluente, volte para o negrão. Ele pode salvar a sua pescaria, visto que é menos susceptível às oscilações de água, devido à sua grande caixa.

O gráfico abaixo ilustra bem este conceito:

Imagem Postada

Enquanto no afluente (Rio Branco) o nível da água oscila abruptamente, no Negro o processo é muito mais gradual.

arrow:: Abandone os lagos e ressacas alagados e procure estruturas com maior concentração de peixes nesta situação, como:

- Praias submersas com cabibizal

- Pontas de terra com barranco exposto

- Pontas de ilha com pouca inundação na mata

- Entradas de lagos com molongó

arrow:: Seja persistente e explore ao máximo um ponto promissor:

Se for o caso desligue o elétrico, e se tiver correnteza, desça a poita. Agora é pinchar sem preguiça. Comece pelas iscas barulhentas para atrair o peixe (hélice e popper), vá para as mais lentas de superfície (zara e stick), e se não tiver atividade ou o peixe acompanhar e não atacar, é hora de tirar todo arsenal da bolsa. Dê especial atenção às iscas erráticas de subsuperfície e os volumosos jigs. Varie os tamanhos e cores, bem como a velocidade do trabalho. Paciência é a chave do sucesso.

arrow:: Reforce a tralha:

Com a água no igapó, em quase 100% das vezes o tucunaré vai se refugiar no meio da pauleira. Nesta situação, suas chances são mínimas, então não as desperdice. Nada de usar vara 18lb, linha 50lb, garatéia original e snap vagabundo!

Na última pescaria, vi snap 100lb virando arame reto, linha multi de 65lb estourando e vara de 25lb quebrando. Sugiro que quem ainda não conhece, leia o tópico do Fabrício sobre a tralha adequada:

http://www.turmadobigua.com.br/forum/viewtopic.php?t=1294

arrow:: Se o tucunaré não vem ao pescador, o pescador vai até o troféu:

Isso mesmo, a sugestão é entrar no igapó. Seja de barco, através de canais, ou mesmo a pé.

Nunca pesquei nesta situação, mas a matéria do Ian refere grande produtividade, principalmente de pequenos exemplares. É fundamental utilizar uma vara de ação mais lenta, visto que muitas vezes os pinchos devem ser laterais ou mesmo inferiores. Vou tentar na próxima vez.

arrow:: Se nada disso funcionar é hora de tentar arrancar as feras do rio. Pirararas e piraíbas são comumente capturadas na cheia. Por isso vale a pena carregar uma vara adequada a esta técnica. Finalmente, lembre-se que você está entre amigos, e tomar cachaça e jogar conversa fora, sem dúvida é melhor que um estressante dia de trabalho.

Em março deste ano, encontramos a maior cheia das últimas décadas. Utilizamos as técnicas sugeridas nesta matéria e comprovamos a sua eficácia. Boas pescarias!

Imagem Postada

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Nesta semana a Revista Pesca Esportiva (Ed. 142) trouxe uma matéria assinada pelo Ian de Suloki que abordou o tema de forma muito apropriada. Vou transcrever as dicas sugeridas por ele, me dando o direito de fazer alguns comentários.

Acabei de ler a matéria, achei muito boa!

Inclusive sai nas páginas da Foto do Leitor, hehe, Olhem la: Pedro Dominguete, só colocaram a isca errada.

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Acabei de ler a matéria, achei muito boa!

Inclusive sai nas páginas da Foto do Leitor, hehe, Olhem la: Pedro Dominguete, só colocaram a isca errada.

Pedro,

A sua foto tá nota 10. Lindo tucunão.

A isca é uma Curinga da Aicas?

Se for, ela pode sim ser considerada um jig, ou melhor um tubejig.

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Acabei de ler a matéria, achei muito boa!

Inclusive sai nas páginas da Foto do Leitor, hehe, Olhem la: Pedro Dominguete, só colocaram a isca errada.

Pedro,

A sua foto tá nota 10. Lindo tucunão.

A isca é uma Curinga da Aicas?

Se for, ela pode sim ser considerada um jig, ou melhor um tubejig.

Valeu companheiro!! é a coringa mesmo... ::tudo::

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  • 1 ano depois...

Show! São os macetes para os grandes bocudos. Gostaria de acrescentar, apenas, que, quando existem mudanças severas nos níveis dos rios, como baixas muito rápidas ou repiquetes, os bocudos tendem a se posicionar nas bocas dos lagos, portanto vale explorar bem uns 30 metros acima e uns 50 metros abaixo das bocas dos lagos, nos barrancos ou praias. Sempre dá alguma coisa.

Abraços

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  • 9 meses depois...
  • 1 ano depois...
  • 1 mês depois...
  • 11 meses depois...
  • 1 ano depois...
  • 2 anos depois...

Estava olhando esse tópico e lembrei que em 2013 foi exatamente essa a situação que vivi. Conversando com o guia, resolvemos investir na pescaria no Igapó.

Compartilho a foto de um tucuna de 6kg que pegamos no meio do igapó, arremessando a T20 n máximo 8 a 10 metros. 

Perseverar sempre!!!

Abraços a todos.

DSC_0474.JPG

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  • 3 semanas depois...

Conheço o Ian desde 1999, é um sósia perfeito do John Travolta, e conhece a fundo a pesca esportiva. Suas dicas são muito valiosas, mas diante dos insucessos de muita gente por conta de repiquetes e alto nível das águas, vale a pena acrescentar (ou complementar) uma dica: quando contatar um operador de pesca, pergunte se o local pretendido tem trechos de terra firme, que são áreas de barrancos não sujeitas á formação de igapós. Se a resposta for positiva, é bem possível que  você salve sua pescaria nessas ocasiões, pescando nessas áreas. É importante ter em conta que os igapós impedem que se arremesse onde os cardumes se concentram, o que não pode ser confundido com áreas onde os peixes se refugiam.   

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