Léo Postado Julho 17, 2009 Denunciar Compartilhar Postado Julho 17, 2009 Bom.. esta crônica do Marcelo, arranquei de um outro fórum, e repasso para cá, devido ser muito interessante. Como essa crônica já existe a anos, naum sei se já postaram ela por aki... caso sim... ignorem o Léo e arranquem esse post. mas se não: Leiam! Bão demais da conta! Há muitos anos o Johnny comentou comigo sobre a coisa. Ai decidi na época escrever a crônica abaixo que foi publicada em um jornal, duas revistas e no meu site. A COISA Existe um ser que nos persegue em todas as nossas pescarias. Desde as primeiras que realizamos na vida com vara de bambu sentados em algum barranco. É misterioso, indefinido, trás emoção e medo. Esta presente em rios, mar, lagoas, pesque e pague, ou seja, em qualquer lugar em que pescamos. Sem ele, as pescarias não seriam as mesmas. Faz parte integrante de nossas histórias de pesca e via de regra ocupam o espaço mais importante em nossas narrativas Não existe pescaria onde ele não apareça, fisgado em nossos anzóis, arrebentando nossas linhas, levando nossas iscas embora ou escapando inexplicavelmente. O que é que faz todo este estrago? O que causa tanta emoção? Na verdade todos sabemos. A COISA. A coisa está sempre presente. Aparece quando menos esperamos e some com a mesma rapidez com que apareceu. É esperta, astuta, forte, brigona, enfim a coisa é fantástica. Fisgar a coisa trás ao pescador um misto de alegria, emoção ansiedade e ódio. Ódio por que nunca conseguirá tirar a coisa da água. Mesmo assim, todo pescador quer pegar pelo menos uma coisa em suas pescarias. Se não o fizer, ficará para trás na hora de contar suas histórias. Por mais peixes que tenha pescado e fotografado, se não pegou pelo menos uma coisa não está com a aventura completa. Se o seu companheiro não embarcou nenhum peixe, mas fisgou uma coisa apenas, terá muito mais espectadores interessados na sua história. Tudo isso por causa da coisa. A coisa fascina. Trás um brilho no olhar de quem conta e uma ponta de incredibilidade em quem ouve. É necessário ter testemunhas quando fisgamos uma coisa. Isso por que ninguém acreditaria em nosso relato, se não tivermos um companheiro para confirmar. - É verdade. A coisa devia ser grande mesmo. E assim a narrativa ganha credibilidade e mais uma vez a coisa rouba a cena. Eu mesmo já tive a oportunidade de fisgar a coisa várias vezes. Sei que eram de tamanhos diferentes. Algumas delas nem contei a ninguém por não ter testemunhas. Sabia que ninguém acreditaria se eu contasse. Os relatos são os mais diversos possíveis. Aquela coisa que grudou no anzol e levou a linha pra galhada. Aquela coisa que descarregou toda a linha da carretilha na pesca em alto mar, arrebentando no nó em seguida. Quando falamos dela é como se a tivéssemos visto, Até peso a coisa tem às vezes. - A coisa devia pesar uns 30 quilos, no mínimo. A coisa sempre vence. Nunca é derrotada em uma briga limpa. Nem mesmo com equipamentos modernos ou técnicas menos esportivas conseguimos derrota-la. Já vi pescadores desesperados, usando de tarrafas, redes, espinheis e muitos outros artifícios tentarem de qualquer forma pegar a coisa. Mas nunca conseguiram. Ela tem a incrível capacidade de mudar de forma e espécie. Quando você ferra a coisa, a expectativa é grande para conseguir finalmente ver o que ela é. Como ela é. Mas sempre que conseguimos trazer até as nossas mãos, percebemos que não é a coisa e sim algum peixe qualquer. Seguramente, posso afirmar que nenhum pescador do mundo conseguiu estar frente a frente com a coisa a ponto de segura-la e fotografa-la. Alguns até chegaram a ver a coisa. Mas não conseguiram pegá-la de forma definitiva, muito menos fotografa-la. Já ouvi relatos que até diziam sobre a forma da coisa. - Era uma coisa enorme, redonda, escura, que boiou rápido e depois correu para o fundo e arrebentou tudo. - Eu vi aquela coisa prateada rasgando a superfície....... Com estes relatos, podemos até concluir que realmente a coisa muda de forma e cor. Na verdade, estudos comprovam que a coisa tem variações quase que infinitas. Já nos deparamos com a coisa louca, a coisa estranha, a coisa forte, a coisa esquisita, a coisa doida, a coisa colorida, a coisa redonda, a coisa chata, a coisa pesada, e assim várias outras coisas, até mesmo a mais desconhecida de todas elas, a coisa qualquer. Cada uma com as suas características próprias, porém todas intocáveis e desconhecidas. As formas de coisa estranha, coisa esquisita, coisa doida e coisa louca são as que mais conseguimos nos aproximar até hoje, historicamente. Quando ela toma estas formas é que conseguimos chegar mais perto dela. Chegamos a pegá-la na mão e até a fotografar. Nestes casos temos a certeza de que flagramos e capturamos uma coisa estranha, por exemplo. Vários amigos dão suas opiniões dizendo que realmente é uma coisa doida que você pegou. Você se sente um vitorioso. Finalmente aqui está a coisa. Até que alguém aparece esclarecendo e dizendo do não se trata da coisa e sim de determinada espécie de peixe. Você percebe que ainda não foi desta vez que pegou a coisa. Foi identificada entre as formas de vida conhecidas cientificamente. Então, definitivamente, não é a coisa. A coisa continua sendo misteriosa. Para aumentar ainda mais este mistério, às vezes a coisa sai de dentro da água. Como quando ouvimos a coisa andar no mato, por exemplo. É comum ouvirmos a expressão – Tem alguma coisa andando ali no mato. Olhamos, procuramos, mas não conseguimos ver a coisa. E logo em seguida, a coisa gruda em nossa linha de pesca e mais uma vez some, sem que possamos identifica-la. Relatos emocionantes sobre a coisa são ouvidos quase a todo instante. - Cara. Era uma coisa muito forte. Levava linha que nem louca. Não consegui nem ver a cara dela....... - Aí a coisa começou a puxar e eu não consegui segurar...... - Quando eu ia trazer a coisa a linha arrebentou................ - Aquela coisa começou a correr correr e eu fiquei só olhando........... - Alguma coisa bateu na minha linha e cortou o empate......... Reparem que nunca você ouviu alguém dizer que pegou a coisa e tirou uma foto dela. Claro. A coisa é invencível, impegável e infotografável. Esta minha fixação pela coisa ficou tão grande nos últimos tempos, que resolvi dar um prêmio a quem me mostrar a coisa. Algo como uma recompensa por sua captura. Quem enviar uma foto da coisa para este site vai ganhar um bom prêmio em dinheiro ou o equivalente em equipamentos de pesca. Mas deve ser uma foto nítida, mostrando claramente a coisa derrotada, enfim capturada. Confesso que ainda tenho esperanças de até o fim da minha vida pegar a coisa definitivamente. Que coisa hein!!!! Tchellof Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Adhemar Postado Julho 17, 2009 Denunciar Compartilhar Postado Julho 17, 2009 Caracas meu, oia que inte eu ja tive com a coisa na linha. :gorfei: joia::: danca:: alegre:: surtei:: aplauso:: mestre:: Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Léo Postado Julho 20, 2009 Autor Denunciar Compartilhar Postado Julho 20, 2009 Peixe que é bom eu naum estou pegando muito naum.. mas a coisa... hummmm Faz um tempo que vou pra balada e bebo demais... assim só consigo pegar mulheres tão feias, que chamo de Coisa!... tenho que pescar mais e beber menos! rsrsrsrsrss Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Binhofish Postado Julho 21, 2009 Denunciar Compartilhar Postado Julho 21, 2009 É verdade! A coisa é invencível....... Você acha que pegou a coisa, mas quando vem, não passa de um azul de 5 kg, uma Açu de 20lbs ou um surubim de 70kg. Mas nunca a coisa...... Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Alejandro Postado Julho 21, 2009 Denunciar Compartilhar Postado Julho 21, 2009 Concordo. Às vezes a coisa ataca até anzol pra lambarí na telescópica e não deve passar de 15cm... já noutras arrasta o bote por vários minutos, como vi acontecer no Lago do Manso, e do nada larga o anzol. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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