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Cachaça - Preferência Nacional ( Ranking Playboy )


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Serviço destinado aos apreciadores do gênero :

RANKING PLAYBOY DA CACHAÇA

Reunimos os maiores especialistas do Brasil para eleger as 20 melhores aguardentes ( base : Abr 2007 )

Por Willian Vieira

Cada vez mais, o Brasil deixa de ser o único país do mundo a se envergonhar do seu destilado. A boa e velha cachaça há muito deixou de ser uma bebida sem valor. Hoje é apreciada em confrarias, tem admiradores mundo afora e já conta com legislação específica. Fatores que, combinados, impulsionam um mercado promissor, com lucro de até 600 milhões de dólares ao ano.

São mais de 5 mil marcas de cachaça legalizadas no Brasil e uma produção de cerca de 1,4 bilhão de litros ao ano. Nessa conta estão desde cachaças artesanais que levam anos para ficarem prontas e podem custar até 500 reais a garrafa, até pingas industriais produzidas em algumas horas e vendidas a 2 ou 3 reais. Um abismo não só de preço, mas principalmente de qualidade. Dizer qual cachaça tem sabor mais intenso, melhor buquê, melhor aroma e, em especial, qual realmente vale o que se paga por um vinho importado (embora raramente custe tanto) não é tarefa simples. Por isso, reunimos 13 experts no assunto e pedimos que eles votassem nas melhores cachaças do Brasil. Apurada a votação, levamos o químico especialista em destilados Erwin Weimann, autor do livro Cachaça: a Bebida Brasileira, à Universidade da Cachaça, em São Paulo, onde, ao lado do chef Sérgio Arno, dono da casa, ele degustou e comentou cada uma das 20 escolhidas. Confira aqui quais são, segundo os bons entendedores, as melhores aguardentes do país.

20º Lugar :Volúpia

Procedência: Alagoa Grande, PB

Graduação alcoólica: 42%

Envelhecimento: descansada um ano em freijó

:arrow: Bebida de sabor forte e bastante pronunciado, a paraibana Volúpia é uma das duas representantes das cachaças nordestinas na votação dos especialistas. É descansada em freijó, uma madeira típica do Nordeste, raramente usada por outros produtores e que pouco interfere na bebida, o que explica a cor branca dessa aguardente.

19º Lugar : GRM

Procedência: Araguari, MG

Graduação alcoólica: 41%

Envelhecimento: dois anos em carvalho, umburana e jequitibá-rosa

:arrow: Cachaça envelhecida de excelente equilíbrio e harmonia. A combinação de três madeiras suaviza a força da umburana e proporciona um sabor palatável, puxado para o amargo.

18º Lugar Seleta

Procedência: Salinas, MG

Graduação alcoólica: 42%

Envelhecimento: dois anos em umburana

:arrow: Envelhecida em umburana, a Seleta é um bom exemplo da presença dessa madeira, que empresta um gosto acre, forte e persistente por muito tempo. Recomendada aos que gostam de sabores intensos.

17º Lugar : Abaíra

Procedência: Chapada Diamantina, BA

Graduação alcoólica: 42%

Envelhecimento: três anos em carvalho

:arrow: Límpida e brilhante, com aroma suave. Nela prevalece o carvalho, que virou um símbolo de qualidade entre destilados, por causa dos whiskies e cognacs.

16º Lugar : Lua Cheia

Procedência: Salinas, MG

Graduação alcoólica: 45%

Envelhecimento: entre dois e três anos em bálsamo

:arrow: Das mais típicas de Salinas. O bálsamo confere a ela uma cor dourada e cintilante, além de trazer um sabor amadeirado e levemente apimentado.

15º Lugar : Mato Dentro

Procedência: São Luiz do Paraitinga, SP

Graduação alcoólica: 41%

Envelhecimento: descansada oito meses em amendoim

:arrow: Na variação Prata, a escolhida pelos votantes, ela é envelhecida em tonéis de amendoim, uma madeira neutra, que interfere pouco na aguardente, e dá coloração límpida. Tem sabor e aroma delicados, próximos da cana. Quase com "cheiro de roça".

14º Lugar : Corisco

Procedência: Parati, RJ

Graduação alcoólica: 45%

Envelhecimento: dois anos em carvalho

:arrow: "É uma cachaça jovem, que ainda precisa envelhecer", afirmam nossos conhecedores. A combinação de muito álcool e pouco envelhecimento, característica das cachaças de Parati, resulta numa bebida forte e picante. Boa representante das pingas da região.

13º Lugar : Sapucaia Velha

Procedência: Pindamonhangaba, SP

Graduação alcoólica: 40,5%

Envelhecimento: dez anos em carvalho

:arrow: É do envelhecimento no carvalho que vem o sabor e o buquê acentuados. Criada em 1930, tem fama de ser produzida com extremo cuidado.

12º Lugar : Indaiazinha

Procedência: Salinas, MG

Graduação alcoólica: 48%

Envelhecimento: oito anos em bálsamo

:arrow: De cor dourada, passa por longo envelhecimento no bálsamo, o que dá a ela um sabor ligeiramente semelhante ao de amêndoa. "Para se beber de joelhos", diz Weimann.

11º Lugar : Maria Izabel

Procedência: Parati, RJ

Graduação alcoólica: 44% (o rótulo indica, erroneamente, 42%)

Envelhecimento: entre um e quatro anos em carvalho

:arrow: Suave, agradável, de baixa acidez. Aroma e sabor lembram a cana. Se destaca entre as cachaças de Parati pelo esmero da produtora e pelo uso do carvalho.

10º Lugar : Piragibana

Procedência: Salinas, MG

Graduação alcoólica: 47%

Envelhecimento: 22 anos em bálsamo e carvalho

:arrow: A Piragibana é harmônica, com sabor e aroma persistentes, ainda que delicados - resultado do longuíssimo envelhecimento em bálsamo e carvalho. Caso típico de influência da combinação de madeiras, aqui escolhidas por Juventino Miranda, o produtor.

9º Lugar : Magnífica

Procedência: Miguel Pereira, RJ

Graduação alcoólica: 45%

Envelhecimento: três anos em carvalho

:arrow: Uma cachaça equilibrada. Apesar dos 45% de graduação alcoólica, a Magnífica é uma bebida suave, que desce fácil e apresenta buquê simples de cana jovem. Sua cor límpida é mais um destaque.

8º Lugar : Armazém Vieira

Procedência: Florianópolis, SC

Graduação alcoólica: 44%

Envelhecimento: quatro anos em ariribá

:arrow: O ariribá, madeira do litoral catarinense pouco usada no armazenamento de cachaças, tem interferência mínima na bebida e permite que ela envelheça sem afetar o gosto da cana. Desce macia, segundo os especialistas, pois o frescor da cana equilibra bem com a madeira.

7º Lugar : Casa Bucco

Procedência: Passo Velho, RS

Graduação alcoólica: 40%

Envelhecimento: dois anos em bálsamo e carvalho

:arrow: Seu aroma e o sabor de carvalho são persistentes e lembram um bom brandy. É ácida e um pouco forte, sabores típicos de um terroir com pH elevado. Para quem gosta de carvalho e de tudo o que a madeira

empresta à bebida.

6º Lugar : Boazinha

Procedência: Salinas, MG

Graduação alcoólica: 42%

Envelhecimento: dois anos em bálsamo

:arrow: Cor brilhante e viscosidade perfeita, com forte presença do bálsamo no aroma e no sabor, que persistem longamente. A Boazinha é uma clássica representante de Salinas, por causa da influência da madeira: cor bem amarelada e sabor marcante.

5º Lugar : Claudionor

Procedência: Januária, MG

Graduação alcoólica: 48%

Envelhecimento: entre um e meio e dois anos em carvalho

:arrow: A cidade de Januária já foi sinônimo da bebida, mas perdeu a vez para Salinas como região emblemática da cachaça mineira. A Claudionor, porém, é ótima opção para quem gosta de cachaça à moda antiga, forte, com muito gosto de cana. Para adequar-se à nova legislação, teve de reduzir seus 54% de graduação alcoólica para "apenas" 48%. Transparente, apesar de bem envelhecida, Claudionor tem buquê neutro, de cana madura e bem descansada, cujo gosto persiste na boca. É uma cachaça com corpo, equilibrada, perfeita para quem foge das madeiras.

4º Lugar : Germana

Procedência: Nova União, MG

Graduação alcoólica: 40%

Envelhecimento: dois anos em carvalho e bálsamo

:arrow: Facilmente reconhecida numa prateleira devido à embalagem, a garrafa da Germana é toda revestida de folhas secas de bananeira por mulheres artesãs do Engenho de Nova União. O objetivo é proteger a bebida da luz e do calor e assim manter suas características. Antes de ser engarrafada, a Germana envelhece dois anos em tonéis de carvalho e bálsamo. O resultado é uma cachaça suave, com sabor sutil, que pode agradar também ao público leigo.

3º Lugar : Canarinha

Procedência: Salinas, MG

Graduação alcoólica: 44%

Envelhecimento: três anos em bálsamo

:arrow: A procedência e o sobrenome do produtor são belas credenciais. Produzida em Salinas, a Canarinha é feita por Noé Santiago, sobrinho de Anísio Santiago, criador da famosa cachaça Havana (veja abaixo). Antes de ser embalada nas tradicionais garrafas de cerveja, ela é envelhecida por três anos em tonéis de bálsamo, o que lhe confere uma cor suave, amarelinha, e um sabor levemente apimentado, típico das aguardentes de Salinas. Para Weimann, a cor dourada como um champagne, o sabor frutado e o buquê de flores do campo e capim fazem a diferença. "É uma cachaça das mais puras, equilibrada, persistente e excelente", garante Weimann.

2º Lugar : Anísio Santiago

Procedência: Salinas, MG

Graduação alcoólica: 44,8%

Envelhecimento: entre seis e oito anos em carvalho e bálsamo

:arrow: Anísio Santiago é mais que uma cachaça - é um mito. Forte, com cheiro de madeira seca, um leve amargor que permanece na boca, sabor e aroma persistentes. "O segredo de Anísio é a combinação de madeiras diversas. Não é perfeita, é mais uma boa cachaça, um ícone a ser reverenciado", diz Weimann. E que se tornou mitológica devido a uma questão judicial: a Havana perdeu o nome e foi rebatizada como Anísio Santiago. Hoje, uma garrafa antiga de Havana chega a custar mais de 20 mil reais. "É o marketing 'cubano': 'a gente faz por gosto, dane-se o mercado, quem quiser que corra atrás'. Ainda que haja uma dúzia de cachaças tão boas quanto ela por 10% do preço", diz o jornalista Ronaldo Ribeiro, autor de várias reportagens sobre a Havana. O preço de uma Anísio Santiago varia bastante, podendo custar entre 200 e 300 reais em São Paulo. "A expectativa é tão grande que, ao provar, no primeiro gole você já está fascinado", garante Ribeiro. Tal é o sabor de uma boa história.

1º Lugar : Vale Verde

Procedência: Betim, MG

Graduação alcoólica: 40%

Envelhecimento: três anos em carvalho

:arrow: A campeã é uma cachaça correta em todos os sentidos. É produzida na fazenda Vale Verde que, além de engenho de cachaça, é também um parque ecológico, com visitas guiadas onde se pode conhecer os "segredos" da produção. A aguardente é equilibrada, encorpada e madura. Segundo os produtores, suas técnicas de fermentação e destilação foram baseadas naquelas praticadas na Europa para fabricação de whiskies. Isso proporciona um produto final equilibrado, estável, pronto. Os três anos em tonéis de carvalho explicam a cor dourada e o buquê marcante de madeira. É justamente esse envelhecimento que garante o equilíbrio da bebida, que desce redondinha, sem aspereza. A cana colhida no ponto certo, fruto dos solos calcários da região de Betim, a fermentação nos antigos alambiques de cobre e a criteriosa escolha dos barris de carvalho garantem a cor brilhante e o sabor adocicado persistente. Além disso, a Vale Verde tem a melhor relação custo-benefício: uma garrafa custa, em média, 30 reais.

Ainda sobre "o mesmo tema" e que serve como "REGRAS BÁSICAS" :

OS DEZ MANDAMENTOS DA BOA AGUARDENTE

Por Sérgio Arno, Chef e Dono da Universidade da cachaça

1º MANDAMENTO

:arrow: ANALISARÁS BEM O RÓTULO

Verifique o ano, a procedência, a cor, o lacre

e a graduação alcoólica. Garrafa deve ser sempre transparente, pois a cor ajuda a identificar, entre outras coisas, as impurezas.

2º MANDAMENTO

:arrow: NÃO TERÁS PRECONCEITO

Se de qualidade garantida, a cachaça não tem nada de "marvada". Ter preconceito é totalmente infundado.

3º MANDAMENTO

:arrow: BEBERÁS SEMPRE EM TEMPERATURA AMBIENTE

A temperatura ambiente é ideal, pois mantém o aroma e o sabor intocados.

4º MANDAMENTO

:arrow: DARÁS A CADA CACHAÇA SEU FIM MERECIDO

Para a mundialmente conhecida caipirinha, deve-se usar uma cachaça com teor alcoólico alto, pois o gelo dilui a bebida. E sempre branca. O sabor envelhecido não combina com a caipirinha.

O mesmo tipo de cachaça, branca e forte, deve ser usado para culinária, pois o alto teor alcoólico flamba melhor. E, para beber purinha, vale a melhor cachaça, claro, envelhecida em tonéis de madeira e de boa procedência.

5º MANDAMENTO

:arrow: ESTOCARÁS SEMPRE

Monte a sua adega. Mantenha as garrafas num ambiente escuro, fresco e longe da mesa, para evitar a tentação.

6º MANDAMENTO

:arrow: CONHECERÁS PARA DEGUSTAR

Um pouco de conhecimento sobre o mercado e a história da cachaça ajuda a não levar gato por lebre. Salinas, por exemplo,é ícone da cachaça

nacional, mas algumas marcas desconhecidas embarcam na fama e vendem pinga barata com a rubrica da cidade. Atenção às cachaças indicadas por este ranking. Livros, como o de Erwin Weimann, também ajudam.

7º MANDAMENTO

:arrow: NUNCA BEBERÁS CACHAÇA SOZINHO

Cachaça é para bebericar com os amigos, é algo social. Quanto mais amigos se tem, mais cachaça na cabeça...

8º MANDAMENTO

:arrow: COMBINARÁS A BOA CACHAÇA COM A BOA COMIDA

Tudo que é gorduroso vai bem com cachaça. Mas tem de ser branca, nunca envelhecida, porque o sabor da madeira compete com o do alimento. Cachaça envelhecida, só após as refeições, de preferência com um bom charuto.

9º MANDAMENTO

:arrow: CONQUISTARÁS AMIGOS E MULHERES

Para impressionar, diga que cachaça envelhecida guardada no freezer ganha a viscosidade de um licor, e substitui até um bom brandy.

10º MANDAMENTO

:arrow: DEGUSTARÁS, MAS NÃO SE TORNARÁS UM CACHACEIRO

As provas de cada cachaça devem ser pequenas. Mesmo. Mas não se cospe depois- seria pedir demais. Tenha sempre água, pão ou bolinho para consumir entre as provas, para limpar a boca

Bom proveito dos mandamentos e dos sabores...

... afinal de contas, faz parte ! :roll: :wink:

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  • 1 ano depois...

Só agora estou vendo esse tópico, muito boa essa pesquisa e mostra que Cachaças baratas como Boazinha e Germana estão em boa posção não precisando se gastar os olhos da cara para tomar uma boa cachaça melhor que muito uísque! Agora a Vale Verde em primeiro??? sei não, eu particularmente prefiro muito mais o sabor da Havana(Anísio Santiago) e da Canarinha, por sinal a Canarinha é excepcional no meu paladar a melhor do Brasil principalmente quando julgamos CustoxBenefício! É fabricada pelo nsobrinho ou irmão do Anísio Santiago fabricante da Havana também da região de Salinas de Minas o paraíso dos Cachaceiros! Ainda vou lá! ::evil::

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