Wellington BSB Postado Fevereiro 23, 2010 Denunciar Compartilhar Postado Fevereiro 23, 2010 Empresa que faz obras da Usina de Santo Antônio vai ter que repor 150 mil peixes ao Rio Madeira A empresa Santo Antônio Energia, responsável pela construção da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira (RO) assinou o termo de ajustamento de conduta (TAC) com o Ministério Púbico Federal (MPF) comprometendo-se em apresentar um projeto de reposição de 150 mil peixes ao rio. O acordo assinado dá prazo de seis meses para a apresentação do projeto de reposição e do cronograma de execução. De acordo com o MPF, após a análise do plano, será assinado um novo TAC com um prazo para a colocação dos peixes. As obras preparatórias da usina mataram pelo menos 11 toneladas de peixes, de acordo com o MPF. O número estipulado para a reposição – 150 mil – é três vezes maior que o montante de peixes mortos. O TAC também prevê uma multa diária de R$ 5 mil caso a empresa não cumpra as condições e prazos do acordo. Da Agência Brasil Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Lucas Nascimento Postado Fevereiro 23, 2010 Denunciar Compartilhar Postado Fevereiro 23, 2010 Que bom hein, resta saber se vão cumprir mesmo. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Bruca Postado Fevereiro 23, 2010 Denunciar Compartilhar Postado Fevereiro 23, 2010 Que bom hein, resta saber se vão cumprir mesmo. E se esse peixes introduzidos vão sobreviver né?.... Sei lá, acho que os alevinos acostumados com ração vão morrer pelo menos a metade até conseguirem se adaptar a vida no rio. Não falaram também sobre que espécie(s) serão introduzidas... doeu:: Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Wellington BSB Postado Fevereiro 23, 2010 Autor Denunciar Compartilhar Postado Fevereiro 23, 2010 Vou tentar conseguir cópia do Termo de Ajustamento de Conduta e posto aqui . . . Forte abraço, Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Fabiano Oliveira Postado Fevereiro 23, 2010 Denunciar Compartilhar Postado Fevereiro 23, 2010 De qualaquer forma já "estamos" andando pra frente... Pelo menos vão repor como disseram, 3x mais do mataram... Não é possível q pelo menos 1/3 não sobreviva... Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Felipe Teixeira Postado Fevereiro 23, 2010 Denunciar Compartilhar Postado Fevereiro 23, 2010 ::tudo:: ::tudo:: ::tudo:: mtoo bom ! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
TiWillian Postado Fevereiro 23, 2010 Denunciar Compartilhar Postado Fevereiro 23, 2010 Estamos progredindo mas também acredito que um grande parte desses alevinos não vão sobreviver, nem tanto por comida que nos rios tem em grande quantidade mas sim pelos outros animais. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Visitante Postado Fevereiro 23, 2010 Denunciar Compartilhar Postado Fevereiro 23, 2010 Isso é tapar o sol com a peneira nem em sonho que 150mil alevinos serão o suficiente por vários motivos: 1- Em média 10% chega a fase reprodutiva de qualquer espécie, aumenta um pouco com as que tem cuidado parental (Tucunaré). 2- Se sobreviverem a chance de reprodução entre irmãos é grande, causando defeitos genéticos na população por consaguinidade, pois eles devem pegar poucas matrizes para a reprodução. 3-Quais peixes serão introduzidos? temos tecnologia para a reprodução em cativeiro dessas espécies? 4-Mesmo que forem alimentados com peixes vivos, os alevinos serão presas fáceis para predadores. 5- Transformação do habitat a agua parada conseguira suprir as necessidades de oxigênio dessas espécies? ou eles migraram para outros locais e só existirão bem acima ou abaixo da represa. Entre outros fatores que posso citar. Repovoamento não da certo, o "projeto pacu" provou isso, precisamos é de métodos eficazes de transposição e uma avaliação séria dos impactos ambientais, pois veja o exemplo do rio paraná, antes de itaipu, depois veio a usina de Yacyreta, que sem sistema adequado acabou com nossos peixes, e mesmo com a itaipu tendo um sistema modelo ele não funciona corretamente pois o peixe esta subindo o rio para reproduzir e se depara com um mundo de agua parada e também nem todos os peixes conseguem subir, principalmente os de couro tem muita dificuldade. Antigamente aqui na região se pegavam pintados e dourados de grande porte, hoje se alguem pegar um pintado é raridade e geralmente é pequeno, enquanto isso a Argentina fatura alto com o turismo de pesca. É isso mais um rio será morto como o Rio Paraná na região brasileira. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Wellington BSB Postado Fevereiro 23, 2010 Autor Denunciar Compartilhar Postado Fevereiro 23, 2010 Perfeito, Alexandre. Veja abaixo o artigo que achei. 1 A UTOPIA DO REPOVOAMENTO. Por: Emiko Kawakami de Resende Ao invés de jogar alevinos nos rios, a diminuição de estoques pesqueiros deveria ser combatida na origem, que é a devastação ambiental nas margens. É cada dia mais preocupante o modismo que está crescendo de tentar resolver a falta de peixes nos rios e reservatórios através do repovoamento, isto é, introduzindo alevinos criados em cativeiro. Pelo menos dois aspectos fazem com que o "tiro saia pela culatra", como diz o dito popular. O primeiro deles é que a introdução de alevinos criados em cativeiro e colocados nos rios e represas, quase sempre provenientes de um casal ou poucos casais, faz com que a variabilidade genética seja muito baixa. As populações naturais possuem uma grande variabilidade genética pelo fato de serem provenientes de muitos casais que se reproduzem na natureza, selecionados pelas condições naturais do ambiente. Dessa forma, introduções aleatórias, mesmo feitas com as melhores intenções, podem levar à redução dessa variabilidade genética e, eventualmente, comprometer a sobrevivência da espécie. O segundo diz respeito à introdução de doenças e parasitas, que antes não existiam no ambiente natural. Isto porque a criação em cativeiro, em alta densidade, é extremamente propício ao aparecimento de doenças e propagação de parasitas. O caso mais clássico e conhecido é a Lernia, uma espécie de crustáceo minúsculo, que parasita as brânquias de peixes e pode provocar mortandades maciças em cativeiro. Onde a Lernia foi introduzido em ambientes naturais, por repovoamentos de peixes, tornou-se praga, impossível de ser erradicada. Ainda, o repovoamento é feito quase sempre usando alevinos. Ora, alevinos, como qualquer ser vivo, necessitam de alimento. Ao menos nos rios do Pantanal, a criação dos alevinos se dá nas áreas alagadas durante a cheia, localizadas no baixo curso. Soltar alevinos no rio Cuiabá, como já vem sendo feito por alguns, nas proximidades das cidades de Cuiabá e Várzea Grande é improdutivo, pois nesse trecho do rio não há alimento para eles, além do grande risco de introduzir doenças e parasitas, conforme citado. O que faz as pessoas quererem promover repovoamentos de rios e represas com peixes? É a percepção de que estão faltando peixes! Mas porque faltam? Devido à degradação ambiental e ao excesso de pesca, ou pesca inadequada. Assim, ao invés de combater as conseqüências promovendo repovoamentos, cujos resultados poderão causar mais problemas, a batalha deveria ser em prol da recomposição das condições naturais dos rios, lutando contra a destruição das matas ciliares e da degradação de suas águas pela introdução de agrotóxicos, esgoto de cidades e poluição industrial. 2 A batalha deveria ser também pela conscientização da população, de que a pesca não pode ultrapassar a capacidade de reposição dos estoques das populações naturais, obedecendo aos limites impostos pela natureza e referendada pela legislação, como tamanho mínimo de captura (o que assegura que o peixe se reproduza ao menos uma vez antes de ser pescado), cotas de captura (o que assegura a pesca dentro dos limites da capacidade de suporte do sistema) e período de defeso de reprodução (para assegurar a reprodução e, dessa forma, a renovação dos estoques). Se assim fizermos, ao invés de repovoamentos inúteis, com todas as suas conseqüências, estaremos efetivamente contribuindo para a manutenção dos peixes, que nos fornecem alimento e lazer. Emiko Kawakami de Resende (emiko@cpap.embrapa.br) é bióloga, doutora em Ciências. É Chefe Geral da Embrapa Pantanal (http://www.cpap.embrapa.br), (Corumbá- MS). Foi secretária de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul. ADM – Artigo de Divulgação na Mídia, Embrapa Pantanal, Corumbá-MS, n. 08, p.1-2. abr. 2001. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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